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sexta-feira, agosto 13, 2010

Lídice e Aleluia são destaques em debate

Evandro Matos

O debate entre cinco candidatos ao Senado realizado ontem ao meio-dia pela TV Aratu, embora não tenha se configurado numa grande batalha política, pode ser considerado quente graças ao seu formato livre e aos embates travados entre alguns candidatos, principalmente os deputados federais José Carlos Aleluia (DEM) e Lídice da Mata (PSB). Procurando demarcar o próprio espaço, Aleluia conseguiu, em momentos diferentes, alfinetar outros adversários que nem estavam no ringue: Otto Alencar (PP), candidato a vice na chapa do governador Jaques Wagner (PT), e César Borges (PR), candidato ao Senado na chapa do candidato ao governo Geddel Vieira Lima (PMDB).

Sobre César, Aleluia tratou de jogá-lo nos braços de Geddel, desvinculando-o do voto carlista. O democrata luta para ser o herdeiro principal do espólio do ex-senador Antonio Carlos Magalhães nesta disputa para o Senado. “Tem candidato fingindo que é comum de três. César Borges precisa se apresentar e parar de dizer que é candidato de Paulo Souto, depois diz que é de Wagner: ele é candidato é de Geddel”, disse Aleluia, depois de perguntar a Edvaldo Brito como ele se sentia com o seu parceiro de chapa para o Senado.

Em relação a Otto Alencar, num momento em que fazia uma “tabelinha” com Edson Duarte, que criticava os equívocos da política em favor dos poderosos, Aleluia condenou indiretamente a aposentadoria de Otto no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). “O eleitor vai ver isso. Um trabalhador passa 35 anos para se aposentar, mas um conselheiro do Tribunal de Contas, que trabalhou apenas cinco anos, se aposentou ganhando R$ 25 mil”, protestou, cutucando também Lídice e a candidatura de Wagner.

Mas o debate, com uma hora e meia de duração, mediado pelo apresentador Casimiro Neto, já começou quente desde o primeiro bloco, quando a candidata Zilmar Alverita (PSOL) investiu contra o professor Edvaldo Brito (PTB). Após associá-lo a governos corruptos e defensores da ditadura, a candidata do PSOL indagou se isso o credenciaria a ocupar uma vaga no Senado.

Além de mostrar o seu cartão de apresentação, Zilmar deixou o seu oponente nervoso, a ponto de influenciar o seu desempenho no resto do debate. Brito, contudo, negou as acusações, recorrendo à sua extensa biografia para desqualificar as acusações da sua adversária. “A senhora não entende disso, não tem propostas e veio para cá apenas usar chavões”, devolveu Brito.

Edson Duarte criticou repetição de erro

Mas isso foi só o começo. Aleluia e Lídice também protagonizaram cenas que apimentaram mais ainda o debate. Ao citar avanços sociais do governo federal, a socialista perguntou como Aleluia avaliava os resultados. “O presidente Lula fez algumas coisas positivas, como manter na política econômica um deputado do PSDB, e unificar os programas sociais como Bolsa Escola e Vale Gás, num só, o Bolsa Família. Mas foi mal sucedido no combate ao tráfico de drogas e armas, que teve como conseqüuência o aumento da criminalidade e de mortes, inclusive aqui na Bahia”, respondeu.

No momento da réplica, a deputada Lídice da Mata se disse surpresa, alegando que Aleluia usava sempre a tribuna da Câmara para atacar o governo federal, mas que, agora, estava com uma posição diferente. Excluindo as observações iniciais, o democrata confirmou as críticas na área de segurança, atingindo à administração estadual. “Wagner não ajudou o Lula.

Passou quatro anos e não tirou proveito disso”, disse Aleluia, prometendo que os candidatos da aliança que ele faz parte “vão trabalhar para manter a estabilidade econômica e do emprego e combater o tráfico de drogas”.

Com o debate livre e um tempo de dois minutos para os candidatos discorrerem sobre as respostas, Aleluia propôs um acordo com Lídice, mas não foi cumprido. No intervalo, os dois fizeram defesas firmes de suas posições, estabelecendo a temperatura do debate. Lídice foi a única a ter direito de resposta de um minuto e meio de duração, concedido pelo presidente da OAB, Saul Quadros Filho, em razão de Aleluia ter citado o seu nome quando criticava a participação de Otto Alencar na chapa de Wagner.

Último a participar, o deputado federal do PV, Eduardo Duarte, também não fugiu à regra. Duarte criticou a repetição dos mesmos erros e propostas do passado, condenou o fisiologismo e disse que lamentava que a política passou a ser feita “para interesses de grupos e não para as pessoas”. Com isso, se apresentou como o novo, mirando na deputada Lídice da Mata, questionando a sua influência no governo estadual, inclusive com cargos.

Lídice justificou elogiando o governo Wagner, devolvendo: “O seu partido também fazia parte do governo. Saiu agora para disputar a eleição”. No que Duarte retrucou: “Fazer parte do governo não significa barganha”. (EM)

Fonte: Tribuna da Bahia

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