Pedro do Coutto
O destino fez com que a tragédia do Haiti levasse Zilda Arns, uma mulher notável, um exemplo de compromisso com o desenvolvimento social, para a eternidade. Indicada por três vezes para o Prêmio Nobel da Paz, a sociedade brasileira perde e ao mesmo tempo torna eterno um de seus símbolos. Marcado sobretudo pelo seu empenho em retirar crianças pobres da mortalidade infantil, de desnutrição e da violência no ambiente familiar. Presidente da Pastoral Internacional da Criança e da Pastoral Brasileira para a infância e para os idosos, sua dedicação e seu empenho fizeram seu trabalho presente em 92% dos municípios brasileiros, abrangendo mais de 40 mil comunidades. Quatorze mil voluntários acompanham quase 130 mil idosos. Atuou entrosada com a NOBB. Mas sobretudo em sintonia com a consciência nacional. O país não a esquecerá. Ela pertence à categoria das pessoas que ficam para sempre. Lutou contra a fome, o desemprego, lutou pela vida e pela dignidade humana. Entre os diversos prêmios internacionais que lhe foram concedidas está o da Organização Panamericana da Saúde: Heroína da Saúde Pública das Américas.
Fonte: Tribuna da Imprensa