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quinta-feira, janeiro 07, 2010

Geddel destina 48% das verbas contra desastres para a Bahia

Walter de Carvalho/Agência A TARDE
Geddel refutou acusações e apontou distorções no estudo do Contas Abertas

O ministro baiano pré-candidato ao governo do Estado, Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), voltou na quarta-feira, 6, a chamar os holofotes para o seu ministério por suposta política de favorecimento na pasta.

Segundo dados apurados pela ONG Contas Abertas, no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), em 2009, quase metade (48%) dos R$ 135,1 milhões liberados pelo governo federal através da rubrica “Prevenção e Preparação para Desastres” foi destinada à Bahia (R$ 65,3 milhões).

A TARDE apurou no portal Contas Abertas que, em programas, o ministro destinou aos municípios baianos R$ 390 milhões, sendo que só Salvador ficou com R$ 190 milhões desse total.

Por outro fundo ligado a tragédias, chamado de “Resposta aos Desastres e Reconstrução”, a Bahia foi agraciada com R$ 125, 44 milhões, ficando atrás somente de Santa Catarina (R$ 268,04 milhões) – Estado que no final de 2008 enfrentou uma das mais graves enchentes e deslizamentos de terra, resultando na morte de 120 pessoas.

No ano passado, A TARDE já havia revelado em outro levantamento – feito até julho com base em dados disponibilizados no Portal da Transparência, da Presidência da República –, que do total de recursos do ministério a prefeituras baianas, 88,2% foram direcionados a municípios governados pelo próprio PMDB, partido do ministro.

Procurado pela reportagem, Geddel refutou na quarta qualquer tipo de privilégio e apontou equívocos e distorções no estudo do Contas Abertas. Ele explicou que, desses R$ 65 milhões repassados pelo ministério à Bahia, R$ 30 milhões são de emendas parlamentares. “São emendas de deputados baianos, então esse dinheiro só poderia vir para a Bahia”.

Além disso, o ministro criticou o fato de o levantamento não ter feito uma leitura global das diversas rubricas de programas executados pelo ministério. “Eles pegaram apenas uma rubrica, a de prevenção. Não pegaram a de macrodrenagem sustentável. Só para o Rio de Janeiro foram R$ 97 milhões em macrodrenagem na Baixada Campista. Então só aí já cai por terra o raciocínio”.

Geddel reforçou ainda que vai continuar na mesma linha de ação: “Onde puder, vou colocar dinheiro para Bahia. Onde é que está o problema nisso?”, indagou. Presidente estadual do PT, Jonas Paulo criticou o ministro. “Não consta que nos últimos dois anos a Bahia tenha sido o estado com mais desastres”.
Fonte: Lília de Souza l A TARDE

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