A presidente Bachelet, com 80 por cento de popularidade, não elegeu seu candidato. Isso assustou Lula, com os mesmos 80 por cento, da mesma popularidade. Os candidatos, fraquíssimos.
Lula estava preocupado com a eleição no Chile, e não era de hoje. Havia a coincidência das pesquisas, Dona Bachelet com 80 por cento, ele com o mesmo índice de popularidade. Suposta, pseuda e presumida popularidade, lá e aqui.
Admitamos até, pelo menos para argumentar, que não houvesse dúvidas ou restrições aos resultados dos levantamentos feitos, pelo menos para uso pessoal. Quer dizer: Dona Bachelet e Lula seriam invencíveis se fossem candidatos. Mas aquela história tão divulgada aqui, (muito mais do que lá) de que elegeria “um poste”, não se confirmou para desagrado da presidente do Chile.
Como o Chile tem uma história de nenhuma restrição à democracia, (a não ser o episódio dos EUA derrubando o presidente do país (em 1972) e transferindo a sede do Poder para o belo e a partir daí sangrento Estádio Nacional) não permitiu e não permitia que a popularíssima presidente, pensasse em continuar.
Toda a América do Sul apostou e ganhou na aventura do segundo mandato, ou seja, a reeeleição inconstitucional. E alguns presidentes queriam mais inconstitucionalidade, (Menem, FHC, Fujimori, e outros que se refugiavam no plebiscito da “democracia direta”), ou seja, o terceiro mandato. (Que chamam de “ininterrupto”, e até eterno, quem consegue três, não sai nunca mais).
Ninguém conseguiu. Apesar disso, Lula, um jogador incorrigível que desde 1989 vem tentando “o preto e o vermelho”, insiste na aposta que nem o Lloyd de Londres se dispõe a bancar. Lula teria até “um bom jogo”, se pudesse manejar as próprias cartas.
Mas obrigado a transferir o jogo para Dona Dilma, o presidente sabe sem qualquer dúvida, que se for essa a opção que sobrar para ele, Dona Dilma será seu Eduardo Frei.
Por que Dona Bachelet apoiou esse candidato, que já foi presidente, e reconhecido por todos, como o pior da história chilena? Não era o candidato dela e sim do partido, o que podia ou poderia fazer?
Fez um bom governo, faltou coragem, decisão, vontade para se insurgir e apoiar o candidato do próprio partido, que teria sido escolhido se fosse o nome da sua preferência. Teve 25 por cento no primeiro turno, teria ido para o segundo, bastariam outros 26 por cento, que certa e seguramente seriam transferidos para ele. (Na INDICAÇÃO e na ELEIÇÃO).
Agora, além da preocupação com o que acontecerá no Chile, a presidente de lá deixa praticamente decidido que o Brasil não terá uma presidente mulher. Nunca teve, por que seria agora? E logo com alguém que jamais disputou eleição, não tem a menor intimidade com campanha, voto, povo, urna?
Piñera, o novo presidente do Chile, tido e havido como de direita, como ganhou a a eleição? Bilionário, terá comprado o mandato? Geralmente bilionários não arriscam o próprio dinheiro, embora a devolução seja garantidíssima, com juros de taxa “selic”, como no Brasil.
Já sabemos que Frei repetiria o fracasso do primeiro mandato, por isso perdeu, não adiantou nada a poderosa alavanca manejada pela presidente Bachelet. E Dona Dilma, onde entra política, ideológica e democraticamente nessa competição?
Pouco se sabe a respeito de Dona Dilma, pois ela se encarrega de dar duas ou até mais versões sobre sua vida, sua atuação, seu comportamento. E o que provoca sustos irreprimíveis: seu temperamento arbitrário, atrabiliário.
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PS – De qualquer maneira, Dona Dilma não será presidente, o que não quer dizer que haja alguma satisfação com a “hipótese” José Serra. Este, mais enrustido, o que não significa menos temido.
PS2- Por enquanto Lula tem Dona Dilma como alternativa de “opções”, não sofrerá nem sentirá se Dona Dilma chegar a candidato, e logicamente perder; Com a derrota dela, os terroristas da “esquerda”, adorariam morar no Japão, onde se pratica o haraquiri).