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sexta-feira, dezembro 11, 2009

Sem consenso, três grupos disputam a presidência do TJ-BA

*Valmar Hupsel Filho, do A TARDE

O Tribunal de Justiça da Bahia elege nesta sexta, os nomes da mesa diretora (presidente, 1º e 2º vices e desembargadores-corregedores) que decidirá os rumos do Judiciário baiano pelos próximos dois anos. Ao contrário da eleição passada, que teve consenso em torno do nome da desembargadora Silvia Zarif, a disputa este ano revela a existência de três grupos distintos, que disputam entre si a hegemonia.

Três nomes estão postos à prova. A desembargadora Lícia Carvalho Laranjeira é a candidata que conta com o apoio, não declarado oficialmente, da atual presidente. Já a corregedora-geral de Justiça, desembargadora Telma Britto, é a representante do desembargador e ex-presidente do TJ-BA Carlos Alberto Dultra Cintra.

O atual 2º vice-presidente, Jerônimo dos Santos aparece como a terceira via. Há dois anos ele chegou a lançar candidatura, mas retirou o nome no dia da eleição em nome da chapa única. Os três magistrados se candidataram ao cargo e atendem à exigência de estar entre os desembargadores mais antigos que nunca foram presidente.

A campanha pela presidência do TJ-BA ocorre em conversas reservadas nos corredores e gabinetes, escondidas por trás de um discurso de unidade. A desembargadora Telma Britto, por exemplo, nega que sua candidatura seja em oposição à gestão da atual presidente, Sílvia Zarif, que não quis dar entrevista. “Pelo contrário. Nada pode ser feito se não houver união e empenho de todos nós em construir um Judiciário que se imponha e seja forte”, disse. A TARDE não conseguiu falar com a desembargadora Lícia Carvalho.

Ataque - A exceção fica por conta do desembargador Jerônimo dos Santos. Ele defende que sua vitória representaria “a verdadeira independência do Tribunal baiano”, e critica Dultra Cintra, desembargador que exerceu influência na escolha dos últimos três presidentes: Gilberto Caribé, Benito Figueiredo e Sílvia Zarif, além de ele mesmo ocupar o cargo. “Cintra é autoritário e não deixa que outras lideranças surjam. Isso acaba engessando o Tribunal”, dispara.

“Se antes o TJ-BA tinha um chefe externo (numa referência a Antonio Carlos Magalhães), agora temos um interno”, diz Jerônimo.

*Colaborou Flávio Costa/A Tarde

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