O deputado do PT de São Paulo, Antonio Mentor, foi o primeiro a defender o Presidente das sujeiras da Folha. E Mercadante, Suplicy, Romero Jucá, Salvati, Chinaglia e outros silenciosos?
Quarta-feira, o deputado do PT de São Paulo, ANTONIO MENTOR, deu início ao que, espero, seja uma reação contra a miséria de um abuso da falsa Liberdade de Imprensa. Não é defesa de Lula e sim um tratamento que o Chefe de Governo e do Estado, merece. Não pode ser tratado dessa maneira.
Quantas vezes já critiquei o presidente Lula, em nenhum momento fiquei omisso, quando ele repetia incessantemente, “eu não sabia de nada”.
Leiam o que o deputado comentou e protestou, transcrevendo o que saiu neste blog, que não defende Lula, e sim a grandeza do Presidente.
“Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quero também saudar os representantes diplomáticos de Cuba, os representantes do Esporte do Estado de São Paulo que nos visitam e a todos os presentes, o motivo desse meu pronunciamento é para refletir sobre um tema extremamente sensível, mas de grande importância da democracia. Quero abrir um debate sobre a liberdade de imprensa, e quero juntar a esse tema a responsabilidade da imprensa. Isso porque, dias atrás, o jornal “Folha de S.Paulo” entrega uma das suas principais páginas a um dito colunista, de nome César Benjamin, que relata uma estória sem “h”, que teria acontecido há 29 anos e diz ele ter presenciado. Pois bem, essa manifestação do dito colunista já foi motivo de várias manifestações de leitores do jornal “Folha de S.Paulo”, de outros colunistas do jornal “Folha de S.Paulo”, manifestações de repúdio à atitude que o jornal “Folha de S.Paulo” adotou ao permitir que as suas páginas fossem utilizadas dessa maneira.
Porém, eu recebo um texto publicado no jornal “Tribuna da Imprensa”, assinado por um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro, o jornalista Helio Fernandes, o jornal “Tribuna da Imprensa”, que tem uma tradição e mais de 60 anos circulando no Brasil e busca manter sua equidistância, seu equilíbrio e a sua independência. E nesse artigo, o jornalista Helio Fernandes reflete as suas opiniões a respeito dessa matéria publicada no jornal “Folha de S.Paulo”.
E num dos parágrafos do seu artigo, ele menciona que foi eleitor do Presidente Lula no ano de 2002, mas que divergiu da implementação do seu governo logo em seguida e através do seu jornal “Tribuna da Imprensa”, passou a cobrar e criticar com muita firmeza as ações do Governo do Presidente Lula, demonstrando assim que não tem vínculos e que também não tem procuração para defender o Presidente da República.
Mas o texto me chama a atenção porque, na verdade, o que se está discutindo não é evidentemente a fabulosa matéria publicada com assinatura de César Benjamim. O que se está discutindo é a responsabilidade da imprensa ao publicar uma matéria inverossímil, uma matéria ofensiva, uma matéria que ataca as instituições brasileiras, a Presidência da República, ataca o Chefe de Governo e um Chefe de Estado, que tem hoje um prestígio internacional e um prestígio nacional reconhecidos até pelos seus adversários.
E o jornalista Helio Fernandes cita, Sr. Presidente, no seu texto, que vou repetir aqui: “Não dá para acreditar que a “Folha de S. Paulo”, que, competentemente, produz artigos e comentários fundamentados sobre os mais variados temas (jornal de maior circulação), tenha permitido que tamanho e tão comprometedor disparate tenha sido inserido em suas páginas.
Somente uma mente doentia e abominável poderia concordar com tal maldade, pois, goste-se ou não de Luta, a criminosa e intempestiva história atinge um cidadão que preside a República Federativa do Brasil há 7 anos e com aprovação de 70% de sua população, sem falar no prestígio que vem desfrutando no Exterior.
A matéria não é jornalística, não se justifica e foi mal montada. Seus escusos objetivos não foram bem dissimulados, o que só agrava a responsabilidade de quem autorizou sua edição e veiculação. Por muito menos, o conceituado jornal “O Estado de S. Pauto” vem sofrendo inaceitável censura prévia. O irresponsável artigo só faz crescer a convicção dos inimigos da liberdade de imprensa e que clamam por censura prévia mais ampla, indistintamente.”
São esses comentários que fazem parte desse artigo da “Tribuna da Imprensa” que me trouxeram a esse microfone. Não vai aqui nenhuma intenção no sentido de que se volte a ter neste País aquilo que tantos brasileiros lutaram para que tivesse fim – a censura, o autoritarismo, o controle das opiniões, a falta de liberdade de organização política e a falta de liberdade de organização sindical. Ao contrário, nós queremos aprofundar, cada vez mais, as liberdades democráticas do nosso País. Mas não podemos aceitar que um veículo, da dimensão da “Folha de S.Paulo”, se ofereça para uma tarefa tão sórdida como essa apresentada e assinada pelo dito colunista César Benjamim.
Ainda gostaria de reproduzir mais um trecho da matéria assinada por Hélio Fernandes, do jornal “Tribuna da Imprensa”.
“No mais, é pacífica a responsabilidade civil da empresa jornalística quando o autor da publicação tenha desejado ou assumido o risco de produzir o resultado lesivo, ou ainda, embora não o desejando, tenha lhe dado causa por imprudência, negligência ou imperícia. O fato de a “Folha” estar amparada pelo direito de liberdade de expressão não a isenta da responsabilidade pela prática de ato ilícito e, no caso, repugnante contra a figura de um Chefe de Estado e de Governo.
Assim, o direito da liberdade de informar não deve ser tolhido, mas exercido com responsabilidade sem lesionar os direitos individuais dos cidadãos. Em síntese, sem tirar nem por, com a extemporânea “revelação”, a “Folha de S. Paulo” abusou de seu direito de liberdade de expressão, o que resultou na violação da honra objetiva do cidadão Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República Federativa do Brasil, em âmbito nacional e internacional.”
Esse debate sobre a responsabilidade da liberdade de imprensa é necessário, é fundamental. Mas todas as vezes que se pede para debater essa questão, imediatamente, a reação é fortíssima e vem no sentido de abafar essa discussão, de impedir que ela aconteça e que censura o debate desse tema – isso sim é censura -, porque os órgãos de comunicação de massa deste País reagem com veemência contra a discussão a respeito da liberdade com responsabilidade dos veículos de comunicação deste País. Todas as vezes que alguém imagina poder debater com absoluta liberdade essas questões, vem à tona uma reação fortíssima daqueles que imaginam que liberdade pode ser confundida com libertinagem. Liberdade não deve ser confundida com algo que tenha capacidade de atacar, de destruir a vida de alguém, através da divulgação de estórias, na sua grande maioria das vezes, inverossímeis, como esse apresentado pela “Folha de S.Paulo”, com assinatura desse cidadão de nome César Benjamim.
É sobre essa questão, Sr. Presidente, que passo a ler o texto assinado pelo Helio Fernandes, do jornal “Tribuna da Imprensa”, cujo título é “A Folha Ensandeceu de Vez”, para fazer parte da nossa sessão de hoje e para que conste nos Anais desta Casa.”
Para ler o artigo citado de Helio Fernandes “A Folha ensandeceu de vez”, clique aqui.
* * *
PS- Quero ver, depois do pronunciamento do deputado ANTONIO MENTOR, quem tem medo de Virginia Wolff, perdão, da Folha de São Paulo. Todos os que disseram que estavam no citado almoço, negaram ou disseram que não houve nada do que foi publicado.
PS2- E lideranças do PT na Câmara e no Senado, vão participar do debate e da defesa da dignidade da República e do seu chefe? Mercadante, (que “concordou” em ficar na liderança), Ideli Salvatti, Suplicy (que fala todo dia), Chinaglia, manterão a cumplicidade do silêncio? Espero que não. E Romero Jucá, poderoso, arrogante, do PMDB da base e líder do governo?
Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa
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