ODÍLIA MARTINS
Ao contrário do que se pensa e se divulga, nem sempre os episódios de corrupção terminam em pizza. A Controladoria Geral da União (CGU) que tem poder para punir administrativamente expulsou 385 servidores federais no Brasil, sendo 11 na Bahia. Os motivos? Recebimento de propina, usar o cargo para obter vantagens, lesões aos cofres públicos, entre outros atos de improbidade. Quanto às pessoas jurídicas, o órgão suspendeu 1.060 empresas e declarou como inidôneas 360, também por práticas corruptivas. Para combater essas condutas ilícitas, é que ontem no Dia Internacional Contra a Corrupção, o assunto foi debatido no Hotel Fiesta, no Itagaira.
A data instituída há seis anos e destacada a ocasião através da realização de um evento pela quarta vez, em decorrência do prazo de ratificação no Congresso, em Brasília. “Discutimos a corrupção em geral, mas neste ano focamos a responsabilidade social das empresas no combate à corrupção”, disse o coordenador do núcleo de ações de previsão da CGU- BA, Filipe Leão.
Ao falar da contribuição das empresas no enfrentamento dessas práticas, Leão exemplificou as situações. “Na relação privado X público, privado X privado. Cabe a empresa consciente de uma postura empresarial impor a obtenção do lucro dentro da legalidade, sem levar vantagens. Outra forma é a corrupção de um funcionário por uma empresa para derrubar a concorrente”.
A função da CGU é apurar, detectar e encaminhar para a esfera competente dando continuidade ao processo de combate a corrupção, podendo punir somente administrativamente. “A CGU pode expulsar um servidor federal, empresas envolvidas com corrupção, neste caso declarando-as como inidôneas por até cinco anos ou enquanto perdurar os motivos da suspensão. Isso significa dizer até que o dinheiro desviado seja ressarcido”, explicou o auditor da CGU, Márcio Sampaio.
Fonte: Tribuna da Bahia
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