No rumoroso esquema de corrupção do governo do Distrito Federal, segundo Lula as imagens não falam por si. Genial, presidente! Somos, patuléia, por acaso um bando de cegos, beócios e desvairados, para não atestar que naquelas cenas está o triste retrato do comportamento de boa parcela de nossos políticos?
Essas ocorrências nefastas, proporcionadas por indignos cidadãos políticos, têm contribuído negativamente para a imagem parlamentar brasileira. Mas o que nos chama a atenção é a forma contemplativa como tem se posicionado o nosso governo federal na tentativa de amenizar a culpabilidade de políticos envolvidos. Esse comportamento presidencial cortesão representa um grande desrespeito à ética e à moralidade, porque envolve a coisa pública.
Em vez de o presidente da República, precipitadamente, vir tecer comentários descabidos, como se fosse o juiz da verdade, em defesa de indecorosos, deveria comedir suas palavras, para não ferir a decência pública. O presidente fala pelos cotovelos como se ainda estivesse empunhando um microfone nas épocas de militância sindical.
No plano de políticas externas, o presidente da República se comporta como o bobo da corte internacional tentando cooptar platéia. Faz muito bem o papel de truão, divertindo com suas chalaças os chefes de governos estrangeiros em suas andanças. É o cara! Talhado para ser mambembe. Ele é o próprio contraditório. Vende no exterior a imagem de um Brasil irreal. Não sabe o que diz, aliás, quando esquece a decoreba do texto, dana-se a dizer estultices. Quem já considerou Sarney um exemplo de passado político não pode mesmo ter noção do que diz.
Fonte: Jornal Feira Hoje