Pressionado, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), pediu desfiliação do DEM, conforme antecipou a Folha Online. O pedido ocorre um dia antes da reunião da Executiva do DEM, que decidiria amanhã a sua expulsão. Arruda ficou isolado dentro do partido depois das denúncias do envolvimento dele num suposto esquema de corrupção no Distrito Federal. A pressão sobre ele ficou maior depois que vieram à tona imagens de Arruda recebendo de Durval Barbosa, seu ex-secretário de Relações Institucionais. Num primeiro momento, ele justificou o recebimento como doação para compra de panetones. Depois, disse que o dinheiro —recebido quando era candidato ao governo do DF, em 2006— havia sido declarado para a Justiça Eleitoral. Arruda quer avaliar sua situação política após sua desfiliação do DEM. A dúvida é se haverá ou não condições para ele disputar as eleições de 2010. Antes de trocar telefonemas com lideranças do partido, Arruda já teria tomado conhecimento de que a ministra Cármen Lúcia negou o mandado de segurança protocolado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para tentar suspender o processo de cassação aberto pelo DEM. A Executiva Nacional do DEM se reuniria hoje para decidir entre a permanência ou expulsão de Arruda. Governador vê farsa de correligionários Ao anunciar nesta quinta-feira a sua decisão de se desfiliar do DEM, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, atribuiu as acusações de participação em um suposto esquema de mensalão no DF à disputa política de 2010. Arruda disse que, como líder nas primeiras pesquisas de intenções de voto à reeleição, seus adversários políticos decidiram montar um “triste espetáculo de cenas e imagens montadas com óbvias motivações políticas”. “A farsa montada foi o recurso usado pelos meus adversários para me tirar da disputa de 2010. Tudo porque as pesquisas eleitorais me davam ampla vantagem. As práticas políticas que marcam negativamente a vida brasileira, infelizmente, devo admitir, são herança que, agora vejo com clareza, não consegui extirpar completamente como gostaria e como era o meu dever”, afirmou. Abatido, ao lado do vice-governador do DF, Paulo Octavio, e da esposa, Flávia Peres Arruda, o governador leu um pronunciamento de cerca de cinco minutos no qual anuncia a sua desfiliação do DEM. O democrata classificou de “armadilha” as acusações do seu envolvimento no suposto mensalão do DEM por ter contrariado “interesses pessoais, políticos e empresariais” que estariam se voltando atualmente contra os seus aliados.
O esquema envolveria o pagamento de uma mesada a parlamentares da base aliada na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
A doação, entretanto, só foi declarada em 2009. Pouco antes de anunciar sua desfiliação, o vice-governador, Paulo Octavio (DEM), disse à Folha Online que Arruda tomaria essa medida. O governador do DF convocou no início da tarde de ontem uma reunião de emergência com seus advogados José Gerardo Grosso e José Eduardo Alckmin na residência oficial em Águas Claras.
“Fatos ocorridos há mais de três anos, ainda no governo anterior, foram embaralhados para incutir na opinião pública a impressão de que tudo se passa no tempo presente”, disse Arruda em referência às imagens em que aparece supostamente recebendo dinheiro do esquema de corrupção.
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sexta-feira, dezembro 11, 2009
Arruda se desfilia do DEM para evitar desgaste da expulsão
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