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terça-feira, junho 28, 2011

Nos jornais: Dilma quer RDC no lugar da Lei das Licitações

O Estado de S. Paulo

Dilma pede que aliados incluam na Lei de Licitações modelo usado para Copa

A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem a ministros durante a reunião da coordenação política do Planalto que quer que o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), destinado a licitar mais rapidamente serviços e obras para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, substitua a Lei das Licitações (Lei 8.666), em vigor desde 1993. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi orientado pela presidente a discutir no Congresso a forma mais viável de alterar a Lei 8.666. Uma possibilidade é o governo incluir as mudanças em projeto já aprovado na Câmara e que aguarda votação no Senado desde junho de 2009, cujo relator é Eduardo Suplicy (PT-SP).

O Estado já havia anunciado, em reportagem publicada no último dia 18, que a presidente tinha a intenção de estender o RDC a todas as obras do País caso a experiência da Copa fosse bem-sucedida. A Medida Provisória 527, que trata do RDC, foi aprovada na semana passada pela Câmara. As emendas que modificam o texto deverão ser votadas hoje pelos deputados. Na mesma reunião ontem com ministros e líderes, a presidente autorizou a negociação de emendas de redação ao texto para evitar polêmicas sobre o sigilo dos preços e garantir a aprovação hoje.

"Todo mundo que não defende intenções escondidas sabe que as mudanças propostas no RDC são muito produtivas para o País", disse Vaccarezza, logo depois da reunião com a presidente. Segundo ele, o novo regime tem a vantagem de ocultar o quanto o governo pretende gastar numa obra, o que evitará a formação de cartéis ou conluios. "Ninguém que vai construir uma casa diz o quanto pretende gastar. Quer é saber quanto custará a obra", disse o líder.

Governadores viram entrave para oposição votar contra proposta

O governo está confiante na falta de empenho da oposição em derrubar o pacote de regras para licitação mais rápida de serviços e obras para ser usado na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016. Ao espalhar por 12 capitais os jogos da Copa, o Palácio do Planalto aposta que os parlamentares de oposição têm interesse na aprovação da medida provisória com o Regime Diferenciado de Contratações (RDC). Afinal, os jogos também vão ocorrer em redutos eleitorais de partidos como PSDB e DEM.

A expectativa dos governistas é maior no Senado, onde grande parte dos senadores já ocupou a cadeira de governador e tem planos futuros de vir a comandar novamente seus Estados de origem. Eles não querem ser acusados de ter dificultado a realização de um evento tão popular como o Mundial. "Não posso ser o algoz da Copa", observou o senador José Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM. Natal é uma das 12 capitais que vão receber os jogos da Copa e reduto eleitoral do senador.

Governo vai garantir acesso do TCU a dados de obras

Para garantir a aprovação na Câmara e no Senado do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), o governo concordou em incluir na Medida Provisória 527 uma emenda de redação para deixar mais claro que o Tribunal de Contas da União (TCU) não pode sofrer nenhuma tipo de restrição no acesso aos editais das obras, aos preços sigilosos e ao processo de licitação.

A presidente Dilma Rousseff também autorizou aliados e líderes a negociar um "ajuste técnico" para deixar claro que o aditivo de 25% sobre o preço leiloado só pode ser feito a pedido da Fifa ou do Comitê Olímpico Internacional (COI), entidades que concedem a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.

Base quer a liberação obrigatória de emendas

Insatisfeita com a relação com o Palácio do Planalto, a base aliada da presidente Dilma Rousseff quer incluir na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012 um mecanismo para proteger cerca de R$ 6 bilhões de emendas parlamentares. A ação, proposta no relatório de Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG), protocolado ontem, é a mais evidente forma de pressionar a presidente Dilma Rousseff a liberar o dinheiro destinado aos redutos eleitorais de deputados e de senadores.

Para Sarney, ministros têm de explicar ''aloprados''

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sugeriu ontem aos ministros da Ciência Tecnologia, Aloizio Mercadante, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que prestem esclarecimentos sobre a denúncia de envolvimento no escândalo dos aloprados. Ele alega que esse procedimento deve partir de todos que forem alvo de acusações.

Os ex-senadores e atuais ministros são acusados de envolvimento no esquema de forjar um dossiê falso contra José Serra, principal adversário de Mercadante na disputa de 2006 ao governo de São Paulo. O ministro é esperado hoje em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e sua fala deve nortear os caminhos que a oposição tomará em relação ao caso. A oposição vai aguardar os esclarecimentos do ministro para decidir se pedirá também a convocação de Ideli Salvatti.

Governo paulista reajusta pedágios em até 9,77%

O governo de São Paulo anunciou ontem os novos preços dos pedágios. O valor nas 12 concessões mais antigas do Estado de São Paulo foi reajustado com base no Índice Geral de Preços (IGP-M), que normalmente fica acima dos demais. No período usado como base para o cálculo (entre junho e maio), o índice acumulado esteve em 9,77%. Estão nesse caso rodovias como Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco e o sistema Anchieta-Imigrantes.

Déficit externo dobra e chega a US$ 4,1 bi

O déficit na conta corrente do balanço de pagamentos atingiu US$ 4,1 bilhões no mês passado, o maior valor para maio desde 1947 e o dobro do registrado em maio de 2010. O resultado acumulado em cinco meses é de US$ 22 bilhões.

Kadafi agora é procurado

Na Líbia, mulheres comemoram o mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional contra o ditador.

Brasil tem primeiro casamento gay

Um casal homossexual de Jacareí (SP) conseguiu na Justiça o direito de converter sua união estável em casamento civil - fato inédito na história do País. A decisão do juiz Fernando Henrique Pinto, da 2.ª Vara da Família e das Sucessões, foi registrada ontem. O casal José Sérgio Sousa Moresi e Luiz André Sousa Moresi, que mantém um salão de beleza em Jacareí, no Vale do Paraíba, vai retirar hoje - Dia Mundial do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) - a certidão de casamento civil, sob o regime de comunhão parcial de bens, num cartório da cidade. Eles estão juntos há oito anos e haviam oficializado a união estável em maio, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que equiparou a união estável homossexual à heterossexual.

Mercadante quer ajuda de hackers após ataques

Após ataques cibernéticos a portais do governo federal, o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse ontem que pretende chamar hackers para elaborar ferramentas que deem mais transparência à gestão de sua pasta. O ministro disse querer tornar públicas informações como "gastos, decisões e fluxos" e que, para tanto, pretende chamar "jovens talentosos e criativos" para contribuir com o ministério. "Quero chamar os hackers para ajudar a construir os indicadores e a forma de transparência, pra abrir as informações. Quero fazer do ministério uma referência do ponto de vista de acesso e de transparência nas informações", afirmou após encontro com empresários em São Paulo.


Folha de S. Paulo

Governo abre orçamentos da Copa para fiscalização

O governo decidiu ontem que vai alterar a medida provisória que muda as regras de licitações da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. Serão feitos ao menos dois ajustes de redação, a fim de deixar "mais nítidas" duas garantias: o acesso permanente dos tribunais de contas às planilhas e a imediata divulgação dos orçamentos tão logo feitos os lances. Na semana retrasada, pouco antes de votar a MP na Câmara, o governo alterou o seu texto, dificultando a fiscalização dos orçamentos, como revelou a Folha.

Pela redação aprovada pelos deputados, a lei retirava dos órgãos de fiscalização o direito de consultar os dados a qualquer momento.
As informações sobre licitações seriam repassadas em "caráter sigiloso" e "estritamente" a esses órgãos depois de conhecidos lances da licitação -mas em data que caberia ao governo determinar. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), disse que alterações poderão ser feitas por "emenda de redação" na Câmara, hoje, ou no Senado, semana que vem.

Governistas querem comando de fiscalização de obras

Aliados do Planalto organizam a criação de um grupo de trabalho no Congresso para fiscalizar os investimentos públicos para a Copa-2014 e a Olimpíada-2016. A manobra tem como objetivo tirar o poder da oposição de cobrar formalmente do governo explicações sobre o direcionamento de verbas. Hoje, o Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle de Execução Orçamentária é comandado pelo PSDB. Entre as atribuições atuais do grupo estão a realização de reuniões bimestrais com os ministérios do Planejamento e da Fazenda.

Estados tentam acordo sobre royalties

Governadores de Estados produtores e não produtores de petróleo se reúnem quinta-feira, em Brasília, para tentar um acordo sobre a divisão de royalties do pré-sal. O Congresso aprovou, no ano passado, emenda do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) que incluiu os Estados não produtores na partilha dos royalties do pré-sal.

Em dezembro, o ex-presidente Lula vetou a emenda. O Congresso ameaça derrubar o veto, o que levaria a questão para o STF (Supremo Tribunal Federal). Em reunião na semana passada, Geraldo Alckmin (São Paulo), Luiz Fernando Pezão (Rio) e Renato Casagrande (Espírito Santo) esboçaram uma proposta pela qual os Estados produtores manteriam a prerrogativa de receber os royalties, e a União criaria um fundo para compensar os Estados que não produzem petróleo.

Papéis secretos da ditadura sumiram, afirma ministro

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse ontem que a proposta de acabar com o sigilo eterno de documentos -incluindo os do período da ditadura militar- não deverá encontrar resistência nas Forças Armadas. Isso porque, afirmou, esses papéis já "desapareceram". "Não há documentos, nós já levantamos os documentos todos, não tem. Os documentos já desapareceram, já foram consumidos à época", afirmou Jobim. Segundo ele, como os arquivos não existem, a revelação de papéis sigilosos não representará problema algum: "Então não tem nada, não tem problema nenhum em relação a essa época".

Marina traça roteiro para deixar PV e criar partido

Depois de três meses de queda de braço com a cúpula do PV, a ex-senadora Marina Silva, terceira colocada na eleição presidencial de 2010, deve anunciar na próxima semana sua saída do partido. Ela planeja reunir verdes e simpatizantes num movimento político baseado na internet antes de articular a criação de outra sigla para disputar o Planalto em 2014. A ideia é divulgar a decisão no dia 6, em ato público em São Paulo ou Brasília. Marina comunicou o roteiro anteontem à noite, em reunião com verdes no apartamento do ex-deputado Fernando Gabeira, no Rio.

Tribunal penal pede a prisão de Gaddafi

O TPI (Tribunal Penal Internacional) emitiu ontem um mandado de prisão para o ditador líbio, Muammar Gaddafi, seu filho Saif al Islam e o chefe da inteligência do país, Abdullah al Senussi. Os três são acusados de assassinato e perseguição de civis, considerados crimes contra a humanidade. O tribunal ainda deve investigar, no futuro, suspeita de envolvimento com estupros em massa.

Como o TPI não tem polícia própria, o mandado tem pouco efeito enquanto Gaddafi permanecer na Líbia. Os países signatários do tratado que criou o tribunal têm o dever de detê-lo somente em seus territórios. "Não estamos falando de um país invadindo o outro", diz Fadi el Abdallah, porta-voz para assuntos legais do TPI, em entrevista à Folha.


O Globo

Siderúrgicas impulsionam novo ciclo de mineração

Com o apetite da China e o preço do minério de ferro no mercado internacional em alta desde a crise global de 2008, as siderúrgicas estão investindo pesado em mineração. A CSN, por exemplo, já produz todo o minério que precisa para jogar nos seus altos-fornos e fabricar o aço. Vão pelo mesmo caminho gigantes como a Gerdau, a ArcelorMittal e a Usiminas. A CSN, aliás, já lucra hoje mais com o minério do que atuando como siderúrgica. O resultado é que apenas essas quatro empresas do aço estão investindo US$ 12 bilhões até 2015 para atingir a autossuficiência. Com isso, elas se tornam fortes competidoras da Vale, mineradora tradicional no país e que sempre foi a grande fornecedora desse mercado. Justamente agora que a Vale quer investir mais em siderúrgicas.

Refazendo o mapa da mina

Os investimentos das siderúrgicas mudam o perfil de cidades que tradicionalmente não viviam da mineração. É o caso de Brumadinho e outros municípios na região de Serra Azul, em Minas. E, na Bahia, de Ilhéus e Caetité, que têm projeto da ENRC, do Cazaquistão.

Marina e seu grupo decidem sair do PV

Parte do grupo da candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva, deixará o partido. A saída será oficializada em 7 de julho. Parte fica e tenta tomar o controle do partido. Marina quer disputar a Presidência - de volta ao PV ou em outro partido.

Governo joga pesado para blindar Ideli

O governo decidiu jogar todo o seu peso político para barrar a convocação da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para depor no Congresso sobre seu suposto envolvimento com a distribuição de um dossiê contra o ex-governador José Serra, o chamado escândalo dos aloprados.

Os líderes do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disseram ontem que não vão permitir que a ministra seja chamada para dar explicações sobre os alopr
ados. O governo adotou estratégia diferente no caso do ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, também acusado de envolvimento com os aloprados.

Antes mesmo de ser convocado, Mercadante decidiu que falará sobre o assunto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, a partir das 10h de hoje. Mercadante dispensou a ajuda de Jucá e até de colegas do PT. Ele estaria disposto a falar mesmo que não seja questionado pela oposição sobre o assunto. No caso de Ideli, a estratégia é evitar a exposição da ministra.

Governo se arrisca a provocar rebelião de aliados

A presidente Dilma Rousseff confirmou ontem a auxiliares diretos que não prorrogará o decreto que permite pagamento de emendas parlamentares de 2009, mesmo com ameaças de aliados de retaliar o governo no Congresso. Os partidos da base pressionam por prazo adicional de 90 dias para tentar validar R$ 4,6 bilhões em emendas inscritas nos chamados restos a pagar, para que as prefeituras possam agilizar a documentação necessária para aprovação de projetos e, com isso, liberar parte dessas emendas.

O prazo estabelecido no decreto vence nesta quinta-feira. Com isso, Dilma optou por mandar um recado de responsabilidade fiscal ao mercado financeiro, assumindo, pelo menos até agora, o risco de sofrer derrotas no Congresso. O aviso à base aliada de que não haveria prorrogação do decreto foi feito ontem pela ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, num almoço no Planalto com os líderes do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Governo pretende transparência em obras para os Jogos

O governo vai apresentar nesta terça-feira, na votação na Câmara dos destaques ao texto que institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) nas obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas do Rio, em 2016, duas emendas na tentativa de aumentar a transparência da proposta e deixá-la pronta para a aprovação do Senado, onde sua maioria é frágil.

Uma tratará do monitoramento pelos órgãos de controle de alterações sugeridas no projeto pela Fifa e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Outra deixará mais claro que a possibilidade de sigilo de preço nos editais é exclusiva da fase de licitação e apenas para participantes e público em geral.

O texto-base da medida provisória (MP) 527, que contém o RDC, já foi aprovado em 15 de junho na Câmara. Permaneceram cinco destaques (propostas que alteram o conteúdo da MP), cuja votação o governo quer ver concluída hoje.

Empresa condenada recebe benefício do governo

O programa de concessão de benefícios fiscais do governo do estado, que até o ano passado chegou a R$ 50 bilhões em redução de impostos, ajuda empresas que respondem a ações na Justiça ou que já foram condenadas, num total de R$ 73 milhões. Uma das maiores fornecedoras de equipamentos e serviços na área de informática para o estado, a Investiplan foi condenada pela 2ª Vara Federal, no fim de 2009, a ressarcir em mais de R$ 348 mil a Universidade Federal Fluminense (UFF) num contrato para manutenção de computadores.

A Justiça entendeu que a empresa não prestou o serviço como previsto. Apesar disso, a Investiplan conseguiu nos últimos dois anos - portanto, após a condenação - cerca de R$ 11 milhões em benefícios fiscais do estado. No total, desde 2007, ela já deixou de recolher R$ 28 milhões em ICMS.

O caso da empresa de computadores não é o único. A Ermar Alimentos e a Comercial Milano foram denunciadas pelo Ministério Público estadual por dano ao erário e ato de improbidade administrativa, em 2008. Mas isso também não impediu que ambas fossem beneficiadas com R$ 12,5 milhões, após a Justiça aceitar a denúncia do MP. Desse total, 89% foram para a Milano. Se analisado o período entre 2007 e 2010 das duas empresas, o maior volume das isenções foi para a Milano: 77% de um total de R$ 44 milhões.

Doença de Chávez deixa oposição inerte

Deputados opositores admitem que estão de mãos atadas diante da ausência do presidente e dos rumores cada vez mais intensos de que Chávez - internado em Havana - tem câncer.

Kadafi caçado pela Justiça internacional

O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o ditador líbio, Muamar Kadafi, seu filho Saif e um cunhado por crimes contra a Humanidade. Mas são poucas as chances de prisão agora.


Correio Braziliense

Nova lei põe 100 mil presos em liberdade

Vai ficar mais difícil decretar a prisão preventiva de alguém no Brasil, mesmo nos casos em que o acusado em questão for pego em flagrante delito. Isso porque a Lei Federal nº 12.403, que entra em vigor na próxima segunda-feira, estabelece medidas alternativas e novos critérios para esse tipo de detenção. Entre eles, a de que a pena não poderá ser aplicada a quem cometer crimes dolosos puníveis com detenção inferior a quatro anos. Mais de 100 mil presos poderão deixar a cadeia no país — o equivalente a 20% da população carcerária. No DF, o número de beneficiados deve ficar entre 200 e 300 detentos. A nova lei é alvo de críticas e elogios. “O importante é ter um controle e evitar as prisões abusivas”, defende o ministro Gilmar Mendes, do STF. “Não vejo avanço algum”, diz o delegado Watson Warmling.

Servidores: ação tenta barrar farra de técnicos na Receita

Procurador-geral da República quer que o STF considere inconstitucional a promoção de 3,5 mil técnicos de nível médio. Eles foram enquadrados, sem se submeter a concurso público, em cargo de nível superior. Na Receita Federal, a ação acirrou os ânimos entre esses servidores e os auditores-fiscais, contrários ao trem da alegria favorável aos colegas.

Congresso: governo quer frear sangria de R$ 88 bilhões

A ordem do Planalto à base aliada é empurrar para depois do recesso parlamentar a votação de pelo menos três projetos que aumentam os gastos públicos. Entre eles está a PEC 300, que equipara o piso salarial de policiais e bombeiros em todo o país.

Comportamento: juiz vai além do STF e aprova 1º casamento gay

O Supremo já havia reconhecido a união estável. Ontem, em Jacareí (SP), um juiz foi além. Homologou o primeiro casamento civil entre dois homens no país. A decisão permite que eles usem o mesmo sobrenome e não precisem provar a relação, à época, em caso de partilha de bens.

48 milhões escalam a pirâmide

Segundo a FGV, em oito anos, milhões de brasileiros migraram para as classes A, B e C. Brasília é a sexta cidade com mais ricos.

Hemofilia é curada em animais

Pela primeira vez, cientistas conseguem corrigir falhas no DNA e eliminar a doença em ratos. Apesar do avanço, aplicação nos humanos vai demorar.

Fonte: Congresseoemfoco

A cigarra e a formiga na vida real

"Durante a infância e juventude, meus filhos sempre foram privados de qualquer tipo de excesso. Sempre entendi que, se tivessem pouco, uma vida dentro dos padrões normais, sempre estariam bem"

João Bosco Leal*

Todos sabem da fábula da formiga e da cigarra, quando uma trabalhava, armazenava alimentos para os dias mais difíceis enquanto a outra nada fazia, só cantava, voava, via o mundo de cima, e ainda criticava o excesso de trabalho da formiga, chamando-a de burra. Mas a vida passa para todos e, como dizem, o mundo dá voltas.

Durante a infância e juventude, meus filhos sempre foram privados de qualquer tipo de excesso e, em muitas vezes, até em excesso. Sempre entendi que, se tivessem pouco, uma vida dentro dos padrões normais, sempre estariam bem. Se, no futuro, por motivos diversos, pudessem possuir mais, gastar mais, ótimo, certamente sentiriam prazeres com isso.

Se não pudessem, não sentiriam falta de nenhum supérfluo, pois já estariam acostumados com o 'feijão com arroz' do dia-dia, e o caviar não seria sequer sonhado, seria insignificante em suas prioridades.

Muitas pessoas não pensam dessa maneira e dão a seus filhos tudo o que podem, e que normalmente é mais do que podem, acostumando-os a um padrão der vida que dificilmente conseguirão manter no futuro.

Os exemplos estão aí aos milhares, assim como os resultados. Poucos são como Antonio Ermírio de Moraes, que, numa entrevista a que assisti, foi questionado sobre como era o relacionamento do homem mais rico do país com seus filhos. Perguntado se não se importava de levar uma vida tão simples diante de seu patrimônio, sem motoristas particulares, usando ternos adquiridos em magazines e se não era cobrado por estar educando os filhos da mesma forma, ele deu uma resposta tão simples quanto seu estilo de vida: "Digo a meus filhos que podem se divertir à vontade, desde que saiam de casa para trabalhar no mesmo horário que eu".

Como a matemática, certas coisas não são e nunca serão alteradas, como a relação ganho e despesa. Toda boa dona de casa sabe o que pode e o que não pode adquirir no supermercado para que os mantimentos sejam suficientes para o consumo da família até o próximo pagamento.

Pessoas estão consumindo cada vez mais e permitindo que seus filhos possuam tudo o que solicitam. Elas passam a ser crianças sem limites, que gritam, choram e até agridem seus pais sempre que contrariadas.

As crianças criadas dessa forma certamente levarão sua vida adulta da mesma maneira e provavelmente, salvo algumas exceções de gênios, não conseguirão fechar a conta do final do mês, passarão por 'necessidades', mesmo que psicológicas, e a culpa, sem dúvida, é dos pais que as criaram dessa forma.

Quando se realiza uma atividade comercial ou industrial, podem ocorrer diversas possibilidades que proporcionem danos financeiros e até a destruição econômica daquela atividade, e isso pode ocorrer a todos, que normalmente recomeçam, possuem novas chances e agora já não cometerão o mesmo erro.

Não é o que ocorre com aquele que leva a vida em nível superior ao que pode. Para esses, o resultado certamente será triste, assim como sempre foi em toda a história da humanidade. O mundo costuma ser cruel com aqueles que perderam o que já tiveram, até por passarem a ser rotulados como incompetentes.

Como na fábula da cigarra e da formiga, as pessoas se esquecem de seu passado, de como gastaram mais do que podiam e agora, quando já não podem suprir sequer o necessário, passam a criticar os que possuem, sem se importar com o que eles passaram para se manter ou aumentar seus bens.

* Produtor rural, articulista e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários.
Fonte: Congressoemfoco

Congresso: 652 parlamentares, apenas 1 pós-doutor

Eduardo Suplicy é o único parlamentar, entre titulares e suplentes que assumiram, com pós-doutorado num parlamento em que apenas pouco mais de 8% dos deputados e senadores têm mestrado ou doutorado

Wilson Dias/ABr
Eduardo Suplicy é o único parlamentar com pós-doutorado em todo o Congresso brasileiro

Renata Camargo e Fábio Góis

Ele já vestiu uma sunga vermelha em pleno Salão Azul do Senado, já ergueu cartão vermelho para o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e cantou “Blowing in the wind”, de Bob Dylan, em plenário. Essas são algumas das façanhas conhecidas do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) no exercício da sua atividade parlamentar. O que pouca gente sabe é que ele, o primeiro petista eleito para o Senado em toda a história do partido, é o único parlamentar com pós-doutorado em todo o Congresso brasileiro.

Levantamento exclusivo feito pelo Congresso em Foco, por sugestão do Observatório da Imprensa, revela que o Parlamento brasileiro tem pouco mais de 8% de congressistas com mestrado ou doutorado. Foram analisados os currículos de 652 parlamentares, entre titulares que foram eleitos e suplentes que assumiram desde o início da legislatura. De todos os deputados e senadores que exercem ou exerceram mandato na atual legislatura, apenas 55 deputados e senadores concluíram algum curso de pós-graduação stricto sensu.

Na Câmara e no Senado, há um pós-doutor, 14 doutores, 40 mestres e 119 especialistas. Quase 27% dos parlamentares tem algum tipo de pós-graduação, seja lato sensu ou stricto sensu (veja gráfico abaixo).

No Senado, além de Suplicy, há dois doutores, três mestres e oito especialistas. Na Câmara, são 12 doutores, 37 mestres e 111 especialistas. Se considerados esses três tipos de pós-graduação, o Congresso brasileiro tem ao todo 14 senadores e 160 deputados com algum título acadêmico.

Comparando-se o nível acadêmico do Congresso brasileiro com o verificado em Parlamentos de países desenvolvidos, percebe-se a diferença. Segundo levantamento da revista norte-americana The Economist, publicado em março deste ano, o Parlamento alemão conta com 114 doutores, incluindo-se a chanceler alemã, Ângela Merkel. Guardadas as devidas proporções, o Congresso Nacional aproxima-se mais do norte-americano, que tem 18 doutores, nenhum deles senador.

Senadores

A escolaridade de deputados e senadores


Escolaridade

Câmara

Senado

Total

%

Pós-doutorado

0

1

1

0,15%

Doutorado ou PhD

12

2

14

2,17%

Mestrado

37

3

40

6,19%

Especialização

111

8

119

18,42%

Graduação

- - -

56

56

8,67%

Sem curso superior

- - -

11

11

1,70%

Sem informação

405

0

405

62,69%

Total

565

81

646

100,00%

Fonte: Congresso em Foco, com base em dados da Câmara e Senado


Veja a escolaridade de cada um dos deputados e senadores

Em um universo de 81 senadores, apenas Eduardo Suplicy ostenta diploma de pós-doutorado em Economia, pela Stanford University (Califórnia, EUA). Nos anos 1970, Suplicy também concluiu mestrado e PhD, sempre na área de Economia, na norte-americana Michigan State University, quando apresentou a tese “Os Efeitos da Minidesvalorização na Economia Brasileira”, publicada em 1975 pela Fundação Getúlio Vargas.

Além do senador petista, apenas Cristovam Buarque (PDT-DF) e Francisco Dornelles (PP-RJ) concluíram estágio de doutorado em suas respectivas áreas – Dornelles em Direito Financeiro pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Cristovam, também em Economia, pela Universidade de Sorbonne – graças à ajuda do líder religioso Dom Helder Câmara (1909-1999), que conseguiu uma bolsa para o pedetista, nos anos 1970, depois do agravamento do quadro político com o Ato Institucional nº 5, instituído durante a ditadura militar.

O Senado ainda conta com três mestres – Aloizio Nunes Ferreira (PSDB-MG), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Marta Suplicy (PT-SP) – e oito pós-graduados – Alfredo Nascimento (PR-AM), Armando Monteiro (PTB-BA), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE), Lobão Filho (PMDB-MA), Marta Suplicy (PT-SP), Paulo Davim (PV-RN), Romero Jucá (PMDB-RR).

Entre as áreas acadêmicas mais cursadas pelos senadores estão: Direito (22 bacharéis), Economia (11), Administração de Empresas (6), Medicina (6) e Contabilidade (5).

Ao todo, 11 senadores (9,5%) estão entre os que não concluíram ou sequer ingressaram em curso superior.

Veja a lista completa com a escolaridade dos senadores

Deputados

Pouco mais de um quarto da Câmara tem algum nível de pós-graduação, entre especializações, mestrados e doutorados. Naquela Casa, dos 565 deputados que exercem ou exerceram mandato nesta legislatura – entre titulares em exercício, suplentes e titulares licenciados –, 160 têm títulos acadêmicos. O número corresponde a 28% do total de parlamentares que passaram pela Câmara de fevereiro até junho deste ano.

Quando a análise é sobre o número de doutores, esse universo se reduz a 13 deputados (2,3%). Entre eles, está o ex-reitor da Universidade de São Carlos Newton Lima (PT-SP), o ex-governador de Santa Catarina e ex-prefeito de Florianópolis Esperidião Amin (PP-SC) e o presidente do PMDB paulista, Gabriel Chalita. A única mulher na lista de doutores da Câmara é a deputada e professora Dorinha Seabra (DEM-TO).

Veja a lista com a formação dos deputados

No universo de doutores da Câmara, cinco são do PT, três são do PSDB e um do PP, PSB, PR, PMDB e DEM, respectivamente. Por região, o Nordeste é a bancada que detém maior número de parlamentares doutores, com cinco, seguido do Sudeste, com quatro, Norte, com três e Sul, com um parlamentar com doutorado.

Em relação a mestrado, a Câmara conta com 36 diplomados. Dez deles são do PMDB, oito do PT, cinco do PSDB. Por estado, a bancada mais rica em mestrados é a do Rio de Janeiro, com nove mestres, seguida da de São Paulo, com cinco, Minas Gerais, com quatro, Pernambuco e Maranhão, com três cada, e Rio Grande do Norte e Santa Catarina, com dois mestres cada. As bancadas do Acre, Bahia, Ceará, Goiás, Piauí, Paraná, Roraima e Sergipe possuem um deputado mestre cada uma.

Metodologia

O levantamento dos títulos acadêmicos dos deputados foi feito a partir da biografia de cada parlamentar disponível na página da Câmara. Para realizar o levantamento, o Congresso em Foco consultou o item Estudos e Cursos presente nas biografias. Em várias delas, no entanto, não havia qualquer informação nesse item. O site identificou 62 biografias sem apresentação de nível de escolaridade, incluindo a do próprio presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP).

A pesquisa foi realizada a partir de informações sobre os cursos de especialização, mestrado e doutorado concluídos pelos parlamentares. Em alguns casos, como em biografias de parlamentares médicos, foram computados apenas os títulos de deputados que identificaram explicitamente o curso como uma pós-graduação.

Em alguns casos, como o de deputados professores universitários, a exemplo de Newton Lima, ex-reitor da Universidade de São Carlos, e Pedro Uczai (PT-SC), o site já detinha as informações quanto à escolaridade. Nesses casos, a menção ao título foi incluída no levantamento, mesmo que esse dado não conste na página oficial da Câmara.

Já a página eletrônica do Senado não registra diretamente os dados acadêmicos de seus representantes. Na seção reservada a cada um dos senadores, a maioria tem sua página pessoal ou blog veiculado no canto inferior direito da tela, com a seguinte advertência: “A página abaixo é de responsabilidade do gabinete do senador”.

Mas, mesmo em algumas páginas particulares, não há informações sobre a vida acadêmica do titular. Diante da restrição, a reportagem fez contatos diretos com os parlamentares, as assessorias de imprensa e até registros oficiais publicados na internet – informações constantes, por exemplo, no site da Câmara, no caso em que os senadores já tenham exercido mandato naquela Casa.

Fonte: Congressoemfoco

A disputa pela prefeitura de São Paulo já começou e terá influência direta na sucessão presidencial, através de Lula e Serra.

Carlos Newton

O número de pré-candidatos é impressionante. Somente no PT, por exemplo, existem três nomes. O ministro Aloizio Mercadante e a senadora Marta Suplicy querem a indicação pelo PT, mas tudo depende de Lula, que insiste em lançar o ministro Fernando Haddad. Embriagado pelo poder e pela demonstração de força com a eleição de Dilma Rousseff, o ex-presidente sonha em repetir a dose com Haddad. Pode ter uma grande decepção.

Haddad é diferente de Dilma Rousseff, que já vinha comandando o governo federal há 5 anos e era uma candidata leve. O ministro da Educação, pelo contrário, nos últimos meses se transformou numa mala muito pesada de carregar. Pelas decisões estapafúrdias que tem tomado no MEC (tipo prova do ENEM, cartilha gay, erros de português e aritmética em livros oficiais), é um desastre completo como homem público, além de nunca ter disputado eleição. Se Haddad ganhar, Lula se reforça para 2014, mas se perder, quebra-se o encanto de sua liderança inatingível.

Os adversários são fortes. Um dos candidatos já definidos é o vice-governador Guilherme Afif Domingos, pelo novo PSD. Mas o prefeito Gilberto Kassab precisa apressar o registro do partido na Justiça Eleitoral, e o prazo termina em outubro, porque os novos partidos só podem concorrer nas eleições se estiverem registrados no TSE até um ano antes do pleito.

Para Kassab e Afif, que são uma espécie de irmãos siameses na política, o novo PSD precisa continuar controlando a Prefeitura da capital, que tem o terceiro maior orçamento do país, inferior apenas aos orçamentos da União e do governo paulista. Além disso, a cidade concentra um terço dos 30 milhões de eleitores no Estado, e Kassab quer sair candidato ao governo de São Paulo.

Já o PCdoB está animado com as possibilidades do vereador Netinho de Paula, que quase se elegeu senador na última eleição e com certeza tem chances, em função do grande número de candidatos, que levariam a decisão para um mais do que provável segundo turno.

Uma grande dúvida é saber quem será o candidato tucano, e nesse caso a disputa da prefeitura tem relação direta com a sucessão presidencial. Serra só não será candidato se não quiser. O governador Geraldo Alckmin dá a maior força à candidatura de Serra, alegando que pretende tentar a reeleição para o governo paulista, quando na verdade por estar mirando em uma nova candidatura à Presidência. Mas Serra não é bobo e está recusando a candidatura a prefeito, porque quer pela terceira vez o Palácio do Planalto. Na reserva de Serra, o PSDB dispõe de outros nomes, como o senador Aluizio Nunes Ferreira e o secretário estadual José Aníbal. Ninguém sabe o que vai acontecer.

Lula sonha que os partidos da base aliada apoiem Fernando Haddad, mas essa possibilidade não existe. Além do PCdoB, que quer lançar Netinho de Paula, o PMDB já decidiu que terá candidato próprio. Deve ser o deputado Gabriel Chalita, que tem apoio do vice-presidente Michel Temer. O presidente da FIESP, Paulo Skaf, que deixou o PSB e entrou no PMDB, diz que será candidato a governador, mas é um brincalhão, que apenas gosta de notoriedade.

Quem também gosta de um holofote é o publicitário e apresentador de TV Roberto Justus, que adora imitar o empresário e apresentador americano Donald Trump. Lá na nossa Matrix, Trump se ofereceu para ser candidato à Casa Branca, e aqui na Filial, Justus logo se lançou a prefeito pelo DEM. É outro brincalhão.

Por fim, Celso Russomano quer ser candidato pelo PP, mas não deve conseguir, porque o dono do partido, Paulo Maluf, fez acordo para que o PP participe do governo Alckmin, com a condição de apoiar o candidato tucano à prefeitura, e não vai romper o trato. Mas quem pode confiar em Maluf?

Fonte: Tribuna da Imprensa

O mistério da morte

Sebastião Nery

Agildo Barata, herói dos tenentes de 1930, dos capitães de 1935 e dos comunistas de 1945 e pai do querido ator Agildo Ribeiro, era o menor e o mais valente dos prisioneiros de Fernando de Noronha, entre 1935 e 45, na ditadura de Getulio Vargas. Um guarda enorme, bruto e violento, sempre armado, estava espancando presos, que se reuniram e encarregaram Agildo de falar com ele para dar um basta.

Na hora da chamada matinal, todos no pátio, Agildo, baixinho, mãozinha miúda, deu dois passos à frente, ficou algum tempo parado diante do brutamontes, pôs o dedo no nariz dele e disse que, na primeira vez em que ele batesse em um preso, iria matá-lo em público.

O guarda ficou parado, imóvel, arregalou os olhos e pumba!, caiu duro. Começou o corre-corre. Chamaram o médico do presídio.

***
AGILDO

Antes dele, chegou chorando a mulher, gritando desesperada:

- Meu amor. Não morra! Você não pode morrer! Não me deixe!

Punha a mão nos olhos, no coração, pegava o pulso, conferindo. Chegou o médico. Não adiantava mais nada. A mulher gritava:

- Doutor, me diga. Ele morreu mesmo? Não é só um desmaio?

- Não, minha senhora. Morreu. Não há mais o que fazer.

A mulher ajoelhou-se, enfiou os dedos nos olhos dele, convenceu-se de que ele estava mesmo morto e se levantou, sorrindo histérica:

- Graças a Deus, doutor! Ele está morto mesmo! Morreu tarde! Isso era um bandido. Um canalha. Me batia, quase me matava todo dia. Morreu tarde. Todo poderoso, todo valentão um dia se acaba!

***
CLERISTON

Cleriston Andrade chegou ao hotel da Bahia às oito da noite em ponto. Candidato do PDS a governador da Bahia, em 1982, nosso amigo comum, Nilson de Oliva Cesar, o saudoso Pixoxó, havia marcado aquele jantar para conversarmos. Jantamos e conversamos até meia-noite. Uma conversa fácil, agradável, carinhosa, cheia de infâncias e lembranças.

Ele havia estudado no internato do Colégio Taylor-Egídio, de minha pequenina cidade de Jaguaquara, quando eu chegava de Salvador nas férias, de batina. Era de Ipiaú, ali perto, as famílias ligadas por casamentos. Fizemos um levantamento sobre a situação política baiana. Ele tinha absoluta certeza da eleição. E nenhum receio das brigas dentro do PDS.

***
SENHOR DO BOMFIM

Já falava com pose, gestos, palavras e sotaque de governador:

- Nery, a liderança do Antonio Carlos é tão forte no partido que superará tudo. O Jutahy quer um pedaço do poder. Darei. O Luis Viana quer voltar para o Senado. Voltará. O Lomanto quer ficar em evidência. Ficará, tem mais quatro anos de Senado. O Prisco Viana ainda é muito verde para o governo. Minha eleição é uma coisa do destino, Nery.

Como ele era evangélico, brinquei:

- Você já perguntou ao Senhor do Bonfim?

Deu uma gargalhada. Não tinha perguntado.

Dias depois, meu amigo Cleriston Andrade morria de helicóptero na serra do Marçal, entre Conquista e Itapetinga, um mês antes das eleições.

***
PAULO RENATO

Uma tragédia coletiva, no helicóptero entre Porto Seguro e Trancoso, na Bahia, com sete mortos no mar, e a morte súbita do saudoso e exemplar ex-reitor da Universidade de Campinas e ex-ministro da Educação, Paulo Renato, jogou a morte nas paginas dos jornais, na semana passada.

São Paulo, o maior dos jornalistas da historia humana, desafiava :

- “Onde está, ó morte, a tua vitoria”?

Sempre está quando morre alguém perto de nós. Ficamos derrotados. E quanto mais absurda a morte, mais impotentes e arrasados nos sentimos. Sabia é a Igreja Católica que, bem antes dos quinze anos, toda manhã, no inesquecível Seminário de Santa Tereza, em Salvador, nos punha a ouvir quinze minutos de leitura e meditar outros quinze minutos sobre o livro “Sete Meditações Sobre a Morte”, de Santo Afonso Maria de Ligorio.

***
RENATO NALINI

No dia da tragédia de Porto Seguro, eu havia recebido e estava lendo um livro sábio de um sábio, o filósofo e desembargador José Renato Nalini, do Tribunal de Justiça de São Paulo, doutor em Direito Constitucional da Universidade de São Paulo, ex- presidente da Academia Paulista de Letras : – “Reflexões Jurídico-Filosóficas Sobre a Morte – Pronto Para Partir”?

É o mistério da morte, em primorosa edição da “Editora Revista dos Tribunais” (procurem no 0800-702-2433). E uma enciclopédica bibliografia com citações de centenas de autores, da Grécia à USP, de Platão a Nalini.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Sem competência e probidade, nada feito

Carlos Chagas

Longe de estar superado, o confronto entre o PMDB e Dilma Rousseff caminha para dias piores. Porque a presidente não abre mão de só aceitar indicações para cargos no segundo escalão afinadas com as condições expostas nos primeiros dias de seu governo: competência e probidade, aliás, também necessárias a sugestões de outros partidos da base oficial.
Na composição do ministério precisou fechar os olhos a certas imposições não propriamente acordes com seus requisitos, mas agora, em se tratando do segundo escalão, mantém férrea a determinação inicial. Fica até mais fácil rejeitar nomes que não conseguiu recusar para o ministério, em se tratando, aquelas, de reivindicações apresentadas pelo PMDB inteiro. Agora, são grupos peemedebistas que se empenham nesta ou naquela indicação. Evidência disso é o empenho um tanto esmaecido do vice-presidente Michel Temer.

Caso antes do recesso parlamentar entre em pauta na Câmara ou no Senado algum projeto de interesse especial do palácio do Planalto, valerá à pena atentar para o comportamento das bancadas do PMDB. Com toda certeza, porém, a temperatura subirá no segundo semestre, se a maioria das nomeações não tiver sido atendida. Esta semana a ministra Ideli Salvatti, da Coordenação Política, fará mais uma tentativa para compor as duas tendências aparentemente inconciliáveis, claro que sustentando as concepções da chefe do governo.

***
MERCADANTE NO PELOURINHO

O ministro Aloísio Mercadante estará hoje no Senado, mas temas de ciência e tecnologia serão dos que menos será inquirido. Mesmo em tom respeitoso, as oposições centralizarão os debates no antigo escândalo dos aloprados, enriquecido nas últimas semanas pelo testemunho de um dos seus participantes, confirmando toda a maracutaia engendrada para tentar impedir a vitória de José Serra em anteriores eleições para o governo de São Paulo.

O antigo senador pelo PT mostra-se disposto a encarar os questionamentos e até, se puder, dar por encerrado o singular episódio do dossiê que seria comprado pelo seu partido por alguns milhões de reais.

***
A HORA DE ENGROSSAR

Que um perigoso atraso envolve a reforma de estádios e de aeroportos, nem se discute. Por conta disso, dias atrás, a presidente Dilma deu um puxão de orelhas em governadores e prefeitos de estados e cidades onde se realizarão os jogos da Copa do Mundo de futebol, em 2014. Mesmo assim, não há porque o Brasil aceitar em silêncio a grosseria de dirigentes da Fifa, como ainda agora Jerome Valcke, secretário-geral da entidade, para quem há preocupação a respeito da realização do certame, por falta de condições.

A Fifa lucra horrores com cada Copa, ou melhor, também no intervalo entre elas, faturando com publicidade e outras fontes de renda. Não seria o caso de, em vez de nos criticar, seus responsáveis viessem ajudar? De quem será o prejuízo maior, se não dispusermos de aeroportos e estádios à altura das necessidades? Dará empate.

***
PSD NA BAIXA

Antes mesmo de criado, o PSD do prefeito Gilberto Kassab ameaça naufragar. As defecções do DEM vem sendo refluídas por conta das próximas eleições para a prefeitura paulistana. O PMDB, com o deputado Chalita, e o PT, com a senadora Marta, ocupam espaços que o PSDB tentará compensar, pode ser até que com José Serra. Os espaços ficam cada vez menores para a nova legenda, ainda mais se o Tiririca aceitar candidatar-se. Quanto às eleições de governador, em 2014, pior ainda. Geraldo Alckmin tem direito à reeleição…

Fonte: Tribuna da Imprensa

Itamar é internado na UTI com "pneumonia grave", diz boletim

Vida Pública

Terça-feira, 28/06/2011

Waldemir Barreto / Agência Senado

Waldemir Barreto / Agência Senado / Senador Itamar Franco na bancada do Plenário Senador Itamar Franco na bancada do Plenário
Saúde

Itamar é internado na UTI com "pneumonia grave", diz boletim

Itamar Franco está internado para tratar de uma leucemia. Senador está internado em SP desde o último dia 21 de maio

27/06/2011 | 19:28 | G1/Globo.com

Boletim médico divulgado pela assessoria do senador e ex-presidente da República Itamar Franco (PPS-MG) nesta segunda-feira (27) afirma que o parlamentar “desenvolveu pneumonia grave” e foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Israelita Albert Einstein “para melhores cuidados”.

Itamar está internado desde o último dia 21 de maio para tratar de uma leucemia e, segundo boletim médico desta segunda, “apresentou ótima resposta no primeiro ciclo de tratamento quimioterápico”.

Até o último boletim, divulgado em 15 de junho, o ex-presidente da República “seguia tolerando bem” o tratamento de quimioterapia e era descartado pela equipe médica a realização de um transplante de medula óssea para tratar da doença.

Segundo a assessoria do senador, a licença médica de Itamar do Senado, esgotada no dia 22 de junho, foi renovada por mais 30 dias.

Leia o boletim médico na íntegra:

"O Hospital Israelita Albert Einstein informa que o Senador Itamar Franco apresentou ótima resposta no primeiro ciclo de tratamento quimioterápico. No entanto, desenvolveu pneumonia grave sendo transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para melhores cuidados.

O Hospital Israelita Albert Einstein fornecerá boletins semanais à imprensa ou assim que haja alguma nova informação.

Médico responsável - Dr. Nelson Hamerschlak

Diretor Superintendente do Hospital – Dr. Miguel Cendoroglo Neto"

Fonte: Gazeta do Povo

Ataques de hackers mostram fortalecimento do ciberativismo

Vida Pública

Terça-feira, 28/06/2011

 /
Manifestações on-line

Ataques de hackers mostram fortalecimento do ciberativismo

Grupos defendem uma maior transparência de informações públicas na internet, mas ações contra sites do governo são criticadas

Publicado em 28/06/2011 | Rogerio Waldrigues Galindo

O grupo de hackers que na semana passada bloqueou e invadiu sites oficiais brasileiros agora usa a internet para convocar manifestantes para passeatas “no mundo real” contra a corrupção e a favor da liberdade de expressão. Outro grupo de ciberativistas deve publicar hoje uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff para pedir que a lei de acesso a informações públicas seja sancionada sem a previsão de sigilio eterno para documentos oficiais. Nesta semana, uma ONG dedicada ao jornalismo investigativo está publicando uma sequência de 50 reportagens sobre a diplomacia brasileira com base em documentos do Wikileaks.

O ciberativismo nunca esteve tão em alta no país. E, com os novos fatos, a discussão sobre o papel que esse tipo de atividade pode ter na vida política brasileira se acirrou. Por um lado, os defensores do ciberativismo debatem entre eles mesmos os limites que devem ser obedecidos. Várias entidades criticaram, por exemplo, a atitude do grupo LulzSec Brasil, que divulgou na rede dados pessoais de autoridades e servidores. Por outro lado, empresários e políticos falaram em criar leis que inibam comportamentos que consideram criminosos.

Mercadante quer discutir invasões com hackers

Depois do maior ataque aos sites do governo federal, o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse ontem que pretende convidar os hackers para ajudar na abertura de dados do ministério. “No Hacker’s Day, você chama os hackers para eles desenvolverem solução própria”, disse Mercadante.

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ONG publica dados inéditos do WikiLeaks sobre o Brasil

A ONG brasileira Agência Pública começou ontem a publicar uma série de 50 reportagens sobre o Brasil baseada em documentos vazados pelo WikiLeaks, a instituição internacional que ficou famosa depois de divulgar dados do governo norte-americano em todo o mundo via internet. A “Semana WikiLeaks” começou ontem, com a divulgação de cinco matérias no site http://apublica.org.

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Pressão

Carta aberta pede o fim do sigilo eterno de documentos

O Movimento Brasil Aberto, formado por ciberativistas, promete divulgar hoje uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff pedindo que ela não sancione o trecho da Lei de Acesso a Informações Públicas, que permite sigilo eterno em documentos oficiais do país. O projeto de lei tramita no Congresso. Na Câmara Federal, o sigilo eterno não foi aprovado. Mas no Senado, há parlamentares que querem mudar isso.

Na carta, os manifestantes afirmam que a Constituição garante a liberdade de informação e a liberdade de expressão como direitos fundamentais. “A noção de liberdade de informação é considerada, pela ONU, como fundamento de todas as demais liberdades. A entidade defende o direito de todos e todas de buscar, receber e divulgar informações, criando uma obrigação para os Estados de tomar medidas a fim de fazer valer estes direitos, inclusive estabelecendo legislações e políticas públicas necessárias para tanto”, diz o texto.

O texto também cita vários acordos que o país assina, como a Convenção Americana de Direitos Humanos. O documento, diz a carta, “estabelece o direito fundamental à liberdade de expressão e informação, englobando o direito de qualquer pessoa de solicitar informação em poder do Estado, com as exceções reconhecidas na própria Convenção”.

Por fim, o documento lembra que o governo brasileiro assumiu compromisso com a criação de uma Comissão Nacional da Verdade para investigar casos de violação de direitos humanos ocorridos no período da ditadura militar. (RWG)

“Nem todos nós concordamos com o tipo de manifestação que foi feita pelo LulzSec”, afirma Pedro Markun, integrante de uma rede de ativista denominada Transparência Hacker, que de­­fende a necessidade de maior transparência de dados públicos na internet. “Nossas atividades são mais propositivas. Alguns tipos de ação, como as que eles fizeram, parecem um pouco ingênuas”, afirma.

Para o sociólogo Sérgio Ama­­deu da Silveira, que estuda comportamentos na internet, a importância dos “ataques” do LulzSec Brasil foi exagerada. “Bloquear acesso a sites oficiais é a mesma coisa que fazer um protesto à prefeitura no mundo real. Quanto maior a adesão, mais você dificulta o acesso”, diz.

No Congresso, no entanto, já houve indicativo de que os protestos dos hackers poderão levar à criação de leis mais rigorosas. O deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor de um projeto sobre o assunto, aproveitou a deixa para defender a tipificação de novos crimes no Código Penal. “Hoje, a lei brasileira não prevê punição para comportamentos como o desse grupo, mesmo com a publicação de dados pessoais. O projeto de lei muda isso”, afirma. Um dos artigos da “Lei Azeredo” prevê a punição com até três anos de prisão para quem burlar segurança para acessar dados sigilosos.

Ações positivas

Para Sérgio Amadeu, no entanto, o importante é que as ações dos hackers não tirem a visibilidade de ações positivas que o ciberativismo pode trazer para a política brasileira e que têm sido cada vez mais comuns. “Há ações infantis, como essa que vimos na semana passada. E há o que pode ser mais propriamente chamado de ativismo político”, afirma.

A ONG Artigo 19, que foi fundada em Londres nos anos 80 e chegou ao Brasil em 2007, trabalha com esse tipo de ativismo. “Acreditamos que a informação é o oxigênio da democracia. E o nosso trabalho é fazer com que as informações circulem melhor para que as pessoas possam ter mais dados sobre o mundo em que vivem”, afirma Arthur Serra Massuda, oficial de projetos de acesso à informação da ONG.

A entidade participa do Movimento Brasil Aberto, que hoje deve divulgar um pedido público para que a presidente Dilma não permita a existência de sigilo eterno em documentos oficiais brasileiros. O projeto sobre o tema está tramitando no Senado atualmente, e deve ir para a sanção presidencial em breve (leia mais no quadro). “Nossa ideia é marcar posição e forçar a sociedade a discutir esses temas”, diz Massuda.

Fonte: Gazeta do Povo

Brasileiro está confiante e endividado como nunca

Terça-feira, 28/06/2011

Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo / A redução nos prazos não chegou a derrubar as vendas de automóveis A redução nos prazos não chegou a derrubar as vendas de automóveis
CONJUNTURA

Animado com o mercado de trabalho, consumidor exibe a maior satisfação com a economia e também o maior montante de débitos desde 2005

Publicado em 28/06/2011 | Fabiane Ziolla Menezes

O endividamento do brasileiro é recorde. No mês de abril, o montante total de débitos chegou a R$ 653 bilhões, o que, segundo a LCA Consultores, equivalente a 40% da massa de renda anual oriunda dos rendimentos trabalhistas e previdenciários pagos no país. Trata-se do maior valor desde o início da série histórica do estudo da LCA Consultores, em dezembro de 2005.

Mas as dívidas parecem não incomodar, uma vez que o consumidor está acreditando como nunca na economia do país. É o que sugere uma sondagem do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Depois de três meses consecutivos de queda, o chamado Índice de Confiança do Consumidor subiu de 115,4 para 118 pontos de maio para junho. A pesquisa também indicou a maior satisfação dos consumidores a respeito da situação financeira familiar desde o início da série histórica da pesquisa, em 2005, batendo os 120 pontos.

O que fazer

Confira o que fazer em meio ao cenário de juros altos, prazos menores e uma perspectiva de mercado de trabalho menos aquecido:

- Evite contrair financiamentos de mais de três meses. Ou seja, parcela­mentos, só no curtíssimo prazo.

- Não encare o limite do cheque especial e do cartão de crédito como complemento da renda, e evite sempre alargar a dívida. Fuja, portanto, do “pagamento mínimo” do cartão. O melhor é pagar o devido e, se necessário, renegociar a dívida.

- Espere de quatro a seis meses para se comprometer com financiamentos de longo prazo, como a compra de um carro ou casa própria. Assim, será possível ver que medidas o governo ainda tomará no combate à inflação e qual será o impacto disso no emprego.

- Se estiver endividado, procure as taxas e encargos mais baratos. Na hora do aperto, vale mudar de banco, para uma instituição com taxas mais baratas. Para isso, basta consultar o ranking dos juros e custos dos bancos na página do Banco Central (www.bcb.gov.br), na área do Sistema Financeiro Nacional.

Fontes: Nelson de Sousa, professor de Matemática Financeira e Finanças do Ibmec, e Lucas Dezordi, professor de Economia da Universidade Positivo.

Inadimplência das empresas tem maior alta em 22 meses

A inadimplência das empresas brasileiras subiu 23,6% em maio ante o mesmo mês do ano passado, segundo dados da empresa de análise de crédito Serasa Experian. Es­­ta foi a maior alta registrada na va­­riação anual desde julho de 2009, ano da crise econômica mundial. Na variação mensal, a inadimplência das empresas registrou elevação de 16,2% em maio ante abril. No acumulado de janeiro a maio deste ano, o crescimento foi de 7,1% na comparação com igual período de 2010.

Leia a matéria completa

Segundo os especialistas, esse otimismo é perigoso porque reflete um entusiasmo do presente e deve levar a uma inadimplência maior nos próximos meses. “O brasileiro, animado com a taxa de desemprego baixa, de 6,4%, ainda não percebeu que o combate à inflação vai demandar um ajuste no mercado de trabalho. Está comprando sem pensar nesse cenário que nós, economistas, chamamos de futuro próximo, com economia desaquecida e mercado de trabalho um pouco pior, com taxas de desemprego voltando à casa dos 9%”, avalia o professor de Economia da Universidade Positivo Lucas Dezordi.

Sinal amarelo

Em abril do ano passado, a dívida das famílias brasileiras era de R$ 524 bilhões, cerca de 36% da massa de renda anual, segundo o cálculo da LCA. O crescimento econômico do último ano – o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 7,5% –, com ganho de renda e crédito mais fácil e barato, foi o grande impulso para o aumento do endividamento.

Mas, para o autor da pesquisa da LCA, o economista Wermeson França, o montante atual das dívidas não é alarmante; é mais “um sinal amarelo”. “Os dados revelam um pico do consumo até agora, com uma dívida que aumentou de tamanho também por conta do aumento de juros, mas que ainda está sustentada em uma boa base de pagamento, com o mercado de trabalho estável. O que se espera com isso, nos próximos meses, é que uma rigidez maior nas concessões de crédito por parte dos bancos e também o aumento na inadimplência tragam esses números novamente para baixo”, avalia França.

O economista diz que parte do problema ainda é cultural: o consumidor brasileiro não aprendeu a enxergar os juros quando vai às compras, mesmo quando eles estão mais caros, como agora. “A parcela da renda só para o pagamento de juros está em 14%, quando no ano passado estava em 12%. Os prazos também encolheram; passaram de 80 meses para 60 meses, no caso da compra de automóvel. Ainda assim, o consumidor continua enxergando apenas o valor da parcela”, explica.

Em termos macroeconômicos, o crédito ainda teria muito a crescer no país. A relação crédito/PIB está na casa dos 47%, enquanto que nos Estados Unidos e no Japão passa dos 180%. “Mas isso não deve ser exatamente parâmetro. As medidas para conter a inflação são necessárias no Brasil e vão, invarialmente, afetar o crescimento do país, ao menos por enquanto”, avalia o professor de Matemática Financeira e Finanças do Ibmec Nelson de Sousa.
Fonte: Gazeta do Povo

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Pagamento de correção da poupança é mantido

Débora Melo
do Agora

O pagamento das revisões que pedem a restituição das perdas dos planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991) para ações já finalizadas --ou seja, sem possibilidade de recurso por parte dos bancos-- está mantido.

A Consif (Confederação Nacional do Sistema Financeiro) havia pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal), em março de 2009, a suspensão de todos os processos relacionados às perdas da poupança. No último dia 22, porém, a entidade desistiu do pedido em cima da hora, quando a questão já estava no plenário do tribunal. O STF, então, acatou a desistência.

Inicialmente, o que a entidade queria era congelar todas as ações, em qualquer etapa de andamento --ou seja, da primeira instância à fase de pagamento--, até o julgamento final do Supremo, que deveria ocorrer neste mês.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta terça,

segunda-feira, junho 27, 2011

Nos jornais: PSD busca se viabilizar com caciques de outros partidos

O Estado de S. Paulo

PSD busca se viabilizar com caciques de outros partidos

Concebido como projeto político paulista e pessoal do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o novo PSD nasce como um ajuntamento de sublegendas de caciques tradicionais da política nos estados. É a partir da força local de lideranças como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e de governadores do PMDB, do PT, do PSDB, do PSB, do PMN e do DEM, que Kassab e seus operadores constroem a sigla nacional.

Líderes do DEM e do PSDB apostam que o PSD terá dificuldades para sair do papel e torcem pelo fracasso da operação. No registro da nova legenda no cartório eleitoral dois meses atrás, 33 deputados de 12 siglas diferentes anunciaram a adesão e assinaram o documento. Anúncios à parte, no entanto, até hoje nenhum político deixou sua legenda para ingressar no PSD. Nem Kassab, que agora a direção do DEM quer expulsar.

Apesar da demora, quem está com um pé no PSD diz que não tem dúvida quanto à conveniência da troca. O que vale aí é a máxima segundo a qual quem tem prazo, não tem pressa. O prazo legal em questão é o que estabelece no mínimo um ano de filiação partidária para os candidatos às eleições municipais de 2012.

Partido é organizado em pelo menos 15 diretórios

Não é obra do acaso o fato de que nenhum dos 35 deputados que anunciaram a adesão ao PSD recuaram da decisão de trocar de partido até agora. No comando da operação política para criar a nova legenda em todo o Brasil, o ex-deputado e futuro secretário-geral do PSD Saulo Queiroz trabalha acelerado para cumprir à risca o cronograma de montagem da sigla e anuncia que, até 15 de julho, no mínimo15 diretórios estaduais estarão registrados. Para se constituir um novo partido, bastaria organizá-lo em nove das 27 unidades da federação.

O PSD será fato político concreto a partir do próximo domingo, quando serão realizadas convenções municipais em dez Estados onde o partido está melhor organizado. Logo em seguida, no dia 10, o comando do PSD quer fazer as convenções estaduais. Nos outros Estados em que o trabalho está um pouco mais atrasado, as convenções serão realizadas no dia 14 de julho.

"Diante de um projeto sem risco, minha ambição é fazer um diretório nacional com pelo menos 55 deputados federais. Hoje temos 44 e há expectativa de ingresso de mais dois senadores", diz Queiroz, certo de que o prazo atenderá sem riscos quem quiser se candidatar às eleições de 2012.

DEM rediscute imagem de ser ou não de "direita"

Embalado pela crise no governo que derrubou o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil) e pela desarticulação do PSDB, maior partido de oposição, o DEM resolveu fazer um "reposicionamento de imagem", o que abriu internamente a discussão sobre o uso de expressões como "direita".

Após a refundação em 2007, quando abandonou a sigla PFL numa jogada de marketing considerada malsucedida pela direção partidária, o DEM vai lançar nova linha de comunicação no segundo semestre, depois de medir os ânimos do eleitorado em pesquisa qualitativa e quantitativa.

Ex-coordenador do Fome Zero vence eleição na FAO

O Brasil venceu sua primeira grande batalha diplomática internacional e elegeu ontem José Graziano diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Coordenador do programa Fome Zero no primeiro mandato do presidente Lula, Graziano venceu o espanhol Miguel Ángel Moratinos por 92 votos a 88.

Dívida dos brasileiros bate recorde

O endividamento do brasileiro atingiu nível recorde. A dívida total das famílias corresponde a 40% da massa anual de rendimentos do trabalho e dos benefícios pagos pela Previdência Social no País, aponta um estudo da LCA Consultores ao qual o Estado teve acesso. Em dezembro de 2009, a divida estava em R$ 485 bilhões. Em abril de 2011, atingiu R$ 653 bilhões. Também cresceu neste ano a parcela dos juros no total do débito no País.

Paulo Renato Souza morre aos 65 anos

Ex-ministro da Educação (governo Fernando Henrique Cardoso), ex-deputado e um dos fundadores do PSDB, Paulo Renato Souza passava o feriado com a família em São Roque (SP) quando sofreu um enfarte.

Parada Gay usa santos e cria polêmica

A 15.ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo reuniu pelo menos 4 milhões de pessoas, segundo os organizadores, na Avenida Paulista. E causou polêmica usando santos em uma campanha pelo uso de preservativos. Em 170 cartazes distribuídos em postes por todo o trajeto, 12 modelos masculinos, representando ícones como São Sebastião e São João Batista, apareciam seminus ao lado das mensagens: "Nem Santo Te Protege" e "Use Camisinha". "Nossa intenção é mostrar à sociedade que todas as pessoas, seja qual for a religião delas, precisam entrar na luta pela prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Aids não tem religião", diz o presidente da Parada, Ideraldo Beltrame.

Lei que criminaliza a homofobia vai voltar à estaca zero

O projeto de lei que criminaliza a homofobia (PLC 122/06), deverá ser descartado para que uma nova proposta seja apresentada - pela bancada evangélica, segundo a senadora Marta Suplicy (PT). O trâmite, assim, voltaria à estaca zero - o projeto teria de tramitar por todas as comissões e voltar a ser votado na Câmara dos Deputados, onde já havia sido aprovado em 2006. O motivo, segundo ela, é a "demonização" do número do projeto.

"O número 122 foi demonizado por religiosos por mais de dez anos. O nome ficou muito complicado", disse a senadora. Ela afirmou que está negociando com evangélicos da Casa - justamente os maiores críticos da proposta - e já houve consenso sobre um conteúdo. O novo texto deverá amenizar o tom atual, para que consiga ser aprovado.


Folha de S. Paulo

Após um ano, ANS volta a cobrar planos por uso do SUS

Após ficar quase um ano sem pedir de volta às seguradoras de saúde ressarcimento das internações de conveniados em hospitais públicos, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) bateu recorde de cobrança e arrecadação neste ano. Relatório feito a pedido da Folha revela que a agência voltou a emitir notificações para as operadoras em julho.

Nos cinco primeiros meses de 2011, a agência arrecadou R$ 25 milhões. O valor é superior à soma dos anos de 2008, 2009 e 2010. Neste ano, o valor efetivamente cobrado dos planos (sem direito a recurso administrativo) é de R$ 97 milhões, também superior à soma dos três anos anteriores. A diferença não foi paga ou está sendo contestada judicialmente.

Apesar dos recordes, os valores continuam pequenos em relação à dívida dos planos com o SUS. E devem crescer. Isso porque as últimas notificações da ANS são de atendimentos feitos no segundo semestre de 2008. As notificações são usadas pela ANS para informar a operadora, que tem duas instâncias de recursos na própria agência para negar que o paciente atendido na unidade pública tenha plano de saúde válido.

Renúncias fiscais de Cabral vão de boate a cabeleireiro

Entre 2007 e 2010 cerca de 5.000 empresas deixaram de recolher R$ 50 bilhões aos cofres do Estado porque obtiveram renúncia fiscal do governo Sérgio Cabral (PMDB). Dados da Secretaria Estadual de Fazenda mostram que boates, motéis, mercearias, padarias, postos de gasolina e cabeleireiros foram beneficiados. O montante da renúncia cresceu 72% em 2010, em relação a 2007. Os R$ 50 bilhões já são mais do que a metade do valor da receita tributária que foi de R$ 97 bilhões no mesmo período.

Uma das empresas que se beneficiaram é a Werner Coiffeur que, nos últimos anos, cuidou dos cabelos da primeira-dama Adriana Ancelmo e do governador. A renúncia chegou a R$ 336 mil. Outras empresas pouco convencionais aproveitam-se dos descontos. É o caso de duas boates na zona sul do Rio, Termas Monte Carlo e Termas Solarium. A primeira tem fotos de camas e banheiras em sua página na internet. A outra oferece "discrição", saunas e massagens.

Impacto de emenda da saúde vai ser maior nos Estados

Os Estados sentirão um impacto maior sobre os seus orçamentos caso seja regulamentada a emenda 29, que fixa percentuais mínimos de gastos na saúde. O texto, que deverá ser votado em julho pela Câmara, também define o que poderá ser contabilizado como despesa em saúde.

Por lei, o Distrito Federal e as 26 unidades da Federação devem destinar 12% dos recursos à saúde. Hoje, parte dos governadores chega a contabilizar até o pagamento de aposentadorias e restaurantes populares para alcançar esse percentual mínimo. Levantamento do Siops (Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde) de 2008 mostra que 12 Estados não cumpriram esses patamares mínimos. O Rio Grande do Sul tem o mais baixo percentual (4,8%).

Brasil vence disputa por direção da FAO

Com quatro votos de diferença, o brasileiro José Graziano, 61, foi eleito ontem em Roma diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), vencendo o espanhol Miguel Ángel Moratinos. A vitória foi no segundo turno, quando o ex-ministro do governo Lula obteve a preferência de 92 nações, incluindo os países do G77, conhecido como grupo dos "não-alinhados", que reúne hoje 131 países, muitos dos quais procedentes da África. Moratinos obteve 88 votos.

A disputa, que se dá em rodadas eliminatórias, foi tensa. Na primeira votação, Graziano já havia superado Moratinos por 77 votos a 72. Divulgado esse resultado, os outros aspirantes ao cargo ""o indonésio Indroyono Soesilo, o austríaco Franz Fischler, o iraquiano Abdul Latif Jamal Rashid e o iraniano Mohammad Saeid Noori Naeini retiraram suas candidaturas. Com a disputa concentrada em dois rivais, o embaixador brasileiro junto à FAO, Antonino Marques Porto, pediu reunião entre os países, antes do segundo turno.

Morre Paulo Renato, criador do Enem

O ministro da Educação do governo FHC Paulo Renato Souza morreu na noite de anteontem, aos 65, vítima de um infarto, em São Roque (66 km de São Paulo), no hotel onde estava hospedado. O corpo foi velado ontem na Assembleia Legislativa de São Paulo, e o enterro está marcado para as 10h no cemitério do Morumbi.

Estiveram no local familiares, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito da capital, Gilberto Kassab, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), além de aliados políticos. Também compareceram ministros do governo Dilma Rousseff, entre eles Fernando Haddad (Educação) e José Eduardo Cardozo (Justiça). A presidente emitiu uma nota na qual destacou "relevantes serviços" prestados ao país.

ENTREVISTA DA 2ª CEZAR PELUSO

Há dados que podem pôr em risco segurança do país

Em uma das poucas entrevistas concedidas desde que assumiu a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Cezar Peluso, 68, disse que o sigilo de determinados documentos é necessário para preservar a "segurança do Estado" e fez enfática defesa de reuniões fechadas entre os ministros antes das sessões públicas. Ele recebeu a Folha em seu gabinete na última quarta-feira, quando afirmou que a chamada PEC dos Recursos- proposta de emenda constitucional de sua autoria que considera transitadas em julgado ações examinadas em segunda instância- é uma proposta "de caráter pessoal", e não do Supremo. Peluso também avaliou que o mensalão é "o processo mais complexo que o STF já teve".

O processo do mensalão no Supremo está célere?
É o processo mais complexo que o STF teve. São quase 40 réus, com advogados diferentes. Só para a sustentação oral, cada um deles pode gastar uma hora. Isso significa que, só de sustentação oral de advogados, teremos 40 horas no mínimo.

Há risco de alguém se livrar de uma eventual condenação por prescrição?
Acho que o ministro relator está muito atento a isso. Se ele tivesse vislumbrado algum risco, já teria antecipado alguma coisa. Ele está conduzindo com a tranquilidade de quem não está correndo risco de prescrição.

Justiça Federal derruba acusações em caso da Kroll

A Justiça Federal derrubou as acusações contra funcionários da empresa Kroll em um dos processos criminais decorrentes da Operação Chacal da Polícia Federal, deflagrada em 2004 para investigar supostos atos de espionagem praticados por funcionários da companhia.

A decisão esvaziou quase por completo a acusação do Ministério Público Federal na ação penal. O julgamento do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, em vigor desde 20 de junho, marca a segunda derrota significativa da Procuradoria no caso.

No ano passado, o mesmo TRF livrou o banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity, a executiva Carla Cicco, ex-presidente da Brasil Telecom, e outros réus de várias acusações do Ministério Público no outro processo originado pela Chacal.


O Globo

PT e PSDB se unem na defesa de avaliações na educação

O adeus ao ex-ministro tucano Paulo Renato Souza, que no governo Fernando Henrique criou os mais importantes exames de avaliação do ensino no país, como o Enem e o Provão (atual Enad), reuniu ontem petistas e tucanos na defesa de cobranças e metas na educação. Quatro ministros do governo Dilma compareceram ao velório, em SP, entre eles o da Educação Fernando Haddad. A presidente Dilma e o ex-presidente FH destacaram o legado dos testes criados por Paulo Renato para a qualidade do ensino. Aos 65 anos, o tucano teve um infarto fulminante.

Mercadante sai em defesa de Ideli

Na antevéspera de seu depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, onde irá amanhã para rebater a acusação de participação no chamado escândalo dos aloprados, o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, saiu em defesa da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati. Ao GLOBO, ele afirmou ontem que há uma tentativa de atingir a nova ministra e o governo Dilma Rousseff.

Em reportagem no fim de semana, a revista "Veja" afirma que, em 4 de setembro de 2006, a então senadora petista Ideli Salvati participou das negociações para a compra de um dossiê falso contra o ex-governador tucano José Serra, que disputava e venceu a eleição contra Mercadante.

Segundo a revista, Ideli ficou com a tarefa, após essa reunião, de divulgar o falso dossiê que mostraria ligações de Serra com empresários envolvidos em fraudes na saúde.

Petista assume órgão da ONU contra fome

O petista José Graziano foi eleito ontem, em Roma, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Graziano, que no governo Lula comandou o Fome Zero, disse que "erradicar a fome é uma meta razoável e alcançável" no mundo. Seu desafio será aumentar a produção de alimentos sem degradar o meio ambiente.

Uma via expressa que anda fora da linha

As ondulações na pista da Linha Vermelha em Caxias: a via só tem asfalto liso e boa sinalização entre o Centro e o Aeroporto Tom Jobim. Depois, vira uma rodovia mal conservada. A prefeitura do Rio promete melhorias.

Contra a homofobia

Imagens de modelos representando santos católicos foram empregadas para defender o uso de camisinha na Parada Gay de São Paulo, que reuniu 4 milhões de pessoas e foi marcada por discursos pela criminalização da homofobia.

UPP da Coroa tem efetivo reforçado

Após soldado ter tido uma perna amputada por causa de uma granada lançada por bandidos, policiamento na favela ganhou mais 50 homens.


Correio Braziliense

O alto escalão das mordomias

Levantamento feito pelo Correio em 25 dos 37 ministérios revela extensa lista de regalias incorporadas aos contratos de diretores e secretários. Esses privilégios mobilizam milhões de reais e são concedidos sem qualquer transparência ou controle. Entre outras vantagens, cada um dos 180 secretários lotados na Esplanada tem veículo oficial e motorista à disposição, serviço de garçom, acesso aos elevadores privativos e um auxílio-moradia que só se equipara ao que é pago aos ministros.

Adeus a Paulo Renato

Políticos do PSDB, entre eles o ex-presidente FHC, e do PT se unem no velório do ex-ministro da Educação, morto por um infarto.

Brasileiro no comando da FAO

O agrônomo José Graziano, ministro do Fome Zero no governo Lula, veceu a disputa para a direção-geral da Organização de Alimentação e Agricultura (FAO) com 92 votos. Para ele, a vitória é o reconhecimento internacional do que o país fez nos últimos anos.

Brasil: o futuro ainda não chegou

O forte crescimento econômico nos últimos anos entusiasma os brasileiros. Apesar das conquistas, o país não consegue resolver problemas cruciais, que podem inibir o desenvolvimento.

Governo federal: sindicatos vão fazer pressão

Paralisação programada pela CUT para 6 de julho dá início a uma onda de manifestações a serem organizadas por diversas categorias do funcionalismo com o objetivo de reivindicar reajuste salarial.

Fonte: Congressoemfoco

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