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sexta-feira, outubro 29, 2010

Segurado que trabalha pode ter auxílio

Carolina Rangel e Gisele Lobato
do Agora

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deve pagar o auxílio-doença referente ao período em que o segurado ficou esperando a concessão do benefício na Justiça --mesmo se ele continuou trabalhando. A decisão é da Turma Recursal do Juizado Especial Federal da 4ª Região, que atende os Estados do Sul, e foi publicada no último dia 26.

Para o INSS, o auxílio-doença não deve ser pago a quem continua trabalhando. Por isso, o instituto pediu que fosse descontado da segurada o valor referente a esse período, mesmo que ela estivesse esperando a concessão do benefício na Justiça.

De acordo com o juiz da ação, o segurado precisa garantir a própria subsistência enquanto não tem a concessão do auxílio-doença. Além disso, trabalhar doente prejudica a saúde do segurado.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta sexta,

STF condena ex-deputado a 13 anos de prisão por desvio de verbas

Natan Donadon (PMDB-RO) entregou carta de renúncia à Câmara.
Defesa do ex-parlamentar nega que ele tenha cometido irregularidades.

Débora Santos Do G1, em Brasília

Deputado Natan Donadon (PMDB-RO), em foto de abril passado. Deputado Natan Donadon (PMDB-RO), em foto de
abril (Foto: Rodolfo Stuckert / Agêcia Câmara)

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira (28), por 7 votos a 1, o ex-deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO) a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado, além de multa, pelos crimes de peculato (crime praticado por funcionário público contra a administração) e formação de quadrilha.

Donadon terá ainda de devolver R$ 1,6 milhão ao governo de Rondônia e ficará com os direitos políticos suspensos pelo mesmo tempo da pena. Não cabe recurso que modifique a condenação, mas a defesa pode pedir que as penas sejam reavalidas. Ele é o quarto parlamentar condenado à prisão pelo STF desde a Constituição de 1988.

Fica patente e evidenciado que a renúncia foi objetivamente operada para se furtar ao julgamento por esta corte. A vontade é continuar no Congresso. Tanto que se lançou candidato e, apesar de não obter registro, entrou com recursos"
Ministro Dias Toffoli, do STF, sobre a renúncia de Natan Donadon (PMDB-RO) para tentar paralisar o julgamento do processo no Supremo

O ex-parlamentar foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por supostamente liderar uma quadrilha que desviava recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia. Os desvios teriam sido feitos entre 1995 e 1998, num total de R$ 8,4 milhões. Segundo o MPF, os valores eram distribuídos a empresas de comunicação do estado com o objetivo de favorecimento político a integrantes da família de Donadon.

A defesa do ex-parlamentar negou as acusações e alegou que Donadon não foi responsabilizado pelas supostas fraudes em licitações que teriam possibilitado os desvios. Segundo o advogado Bruno Rodrigues, o ex-deputado, na função de diretor financeiro da Assembleia Legislativa, apenas limitou-se a assinar cheques. “O que pesa contra o acusado é mera prova indiciatória e o depoimento de outro réu”, disse.

Condenado em primeira instância pelos crimes, ele recorreu ao Tribunal de Justiça de Rondônia, que manteve a decisão. Donadon se candidatou à reeleição nas eleições deste ano, mas foi barrado pela Lei da Ficha Limpa pelo Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia. Ele obteve 43,6 mil votos e, se tivesse o registro liberado, seria eleito novamente deputado federal.

Renúncia na véspera do julgamento
Nesta quarta-feira (27), Donadon apresentou carta de renúncia à Mesa da Câmara dos Deputados e a defesa pediu que o julgamento da ação penal fosse cancelado, pois, deixando de ser deputado, ele deveria ser julgado pela Justiça comum.

Os ministros decidiram que, mesmo diante da renúncia, o ex-parlamentar deveria continuar a ser julgado pelo Supremo. A maioria entendeu que Donadon pretendia adiar o julgamento para se beneficiar da prescrição de um dos crimes, prevista para novembro.

“Fica patente e evidenciado que a renúncia foi objetivamente operada para se furtar ao julgamento por esta corte. A vontade é continuar no Congresso. Tanto que se lançou candidato e, apesar de não obter registro, entrou com recursos”, disse o ministro Dias Toffoli.

O que pesa contra o acusado é mera prova indiciatória e o depoimento de outro réu"
Bruno Rodrigues, advogado de Natan Donadon, na defesa apresentada ao STF

Casos anteriores
O primeiro caso de condenação de parlamentar pelo STF, em 13 de maio passado, foi o do deputado Zé Gerardo (PMDB-CE), por crime de responsabilidade ocorrido quando foi prefeito de Caucaia (CE), entre 1997 e 2000. Ele foi condenado a dois anos e dois meses de prisão em regime aberto, mas a pena foi convertida em pagamento de 50 salários mínimos e prestação de serviços à comunidade.

Uma semana depois, o STF condenou a seis meses de prisão o deputado federal Cássio Taniguchi (DEM-PR) por mau uso de dinheiro público quando ocupava a prefeitura de Curitiba no Paraná, entre 1997 e 2000. Apesar do julgamento do STF, o crime já havia prescrito, razão pela qual o deputado não teve de cumprir pena.

No dia 27 de setembro, o STF condenou, por unanimidade, o deputado federal José Fuscaldi Cesílio (PTB-GO), conhecido como Tatico, a sete anos de prisão por sonegação e apropriação indébita de contribuição previdenciária dos funcionários de um curtume que mantém em sociedade com a filha, Edna Márcia Cesílio.

Nas defesas apresentadas ao STF, os três deputados alegaram não ter cometido irregularidades.
Fonte: G1

Lula chega a Buenos Aires para velório de Kirchner

TJ manda Flamengo depositar pensão para filho de Bruno

Agência Estado

A Justiça do Rio de Janeiro determinou na última segunda-feira (25) que o Clube de Regatas Flamengo deposite em juízo um porcentual do salário do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza. O depósito deverá ser feito no processo pelo reconhecimento da paternidade e para recebimento de pensão, aberto por Eliza Samudio contra o atleta, quando ela estava grávida, em 2009. Eliza também acusava Bruno de tê-la agredido e tentado fazê-la abortar o bebê.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), a decisão foi dada pela juíza Maria Cristina de Brito, da 1ª Vara de Família da Barra da Tijuca, que estabeleceu que o clube deve depositar em conta judicial, até o dia 5 de cada mês, o equivalente a 17,5% do valor recebido pelo goleiro, que está suspenso.

Além disso, a juíza também determinou que o laboratório responsável pelo exame de DNA da criança envie o resultado à Justiça, no prazo de cinco dias a partir da publicação do despacho. Eliza está desaparecida desde o início de junho e seu corpo nunca foi encontrado, mas a polícia já a considera morta. Bruno, um dos acusados do crime, está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG).

FONTE: Gazeta do Povo

Orientações de Bento XVI vão ser divulgadas nas missas

Parte dos bispos brasileiros vai expor aos fiéis a posição do Papa nas celebrações religiosas já antes da eleição. E tevês católicas vão fazer o mesmo

29/10/2010 | 00:23 | Rogerio Waldrigues Galindo

Curitiba, São Paulo, Brasília e Salvador - Bispos católicos que já haviam se posicionado claramente sobre a questão do aborto, orientando os fiéis a evitar candidatos e partidos que pudessem optar pela sua descriminalização, deverão usar o discurso de Bento XVI para reforçar a mensagem. O texto do Papa já foi parar em tevês católicas e deve estar presente em missas até o domingo da eleição.

“Já solicitei que a TV Canção Nova divulgue amplamente a mensagem do Papa”, afirma o bispo de Lorena, em São Paulo, dom Benedito Beni dos Santos. A Canção Nova, ligada à diocese de Lorena, é uma das maiores emissoras católicas do país. “Também pedi a um padre da diocese, que vai à TV Aparecida, que faça o mesmo”, afirmou ontem o bispo.

Orientação

A Gazeta do Povo perguntou ontem aos leitores se eles se deixariam influenciar pela orientação de um sacerdote na hora de votar. Veja algumas das respostas:

“Não. Eu sei o que passo todos os dias; a luta travada pela sobrevivência. Eu decido o que é melhor pra mim sozinha, sem interferências de padres ou bispos.” Rosimeire

“Qualquer pessoa que segue a Bíblia e seja de qualquer religião, católica ou evangélica, já tem uma opinião definida. A aparição na mídia de líderes de diversas religiões só reforça nosso pensamento sobre determinado assunto. Não defendemos nenhum candidato. Mas, quando algum deles confronta nossos princípios, somos obrigados a dar opiniões e orientar as pessoas que não têm informação. Respondendo à pergunta: sim, seguiria a orientação de líderes religiosos. É esse o trabalho deles.” Laedson

“Não, pelo fato de que cada um possui uma opinião, da qual não deve ser dissuadido. A utilização da religião como forma de convencer a pessoa de determinada opinião é um meio esdrúxulo de se conseguir voto. O voto deve ser ganho pela apresentação de projetos e não pela força político-religiosa.” Robson Fraga Ferreira

“Tenho temor ao meu Deus e conheço suas leis e mandamentos. Não preciso que padre, bispo ou pastor me influenciem. Tenho muito carinho pelos padres e bispos, pois sou católica com muito orgulho. Mas acho que é bom eles falarem.” Sandra Porto

“O poder público deve ser isento de dogma de fé. Deve estar preso à ordem democrática e ao estado de direito laico.” Marco Antonio de Moraes Sarmento

“Seguiria apenas se fosse de acordo com minhas ideias.” Vanessa

S.J dos Pinhais: “A Igreja não tem partido”, diz bispo

Nem todos os bispos brasileiros tiveram o mesmo entendimento do discurso do Papa sobre o aborto. O bispo de São José dos Pinhais (PR), dom Ladislau Biernaski, afirmou ontem, por exemplo, que a posição de Bento XVI não é nova e que não quer dizer que os sacerdotes devam orientar os fiéis a votarem ou não em um candidato. “A Igreja não tem um partido. O que tem é uma posição em defesa da vida. É claro que não existe neutralidade, mas isso não quer dizer escolha de candidatos”, resumiu.

Dom Ladislau ressaltou ainda que o aborto não pode ser o único critério de defesa da vida a ser levado em conta pelo cidadão na hora do voto. De acordo com ele, o fato de o candidato defender “honestidade, transparência, a luta pelos direitos humanos e pela justiça” também é fundamental. “O aborto é uma questão importante. Mas há outros grandes temas, também relevantes, que acabaram ficando de fora da discussão nas eleições deste ano”, afirmou o bispo. (RWG, com agências)

Dom Beni, que gravou uma declaração sobre o aborto e as eleições, disponível no YouTube, diz que a palavra do Papa sobre o assunto é “esclarecedora”. Segundo ele, a mensagem papal resolve a questão entre os bispos que preferiram dizer que são a favor da vida sem mencionar nomes de partidos ou candidatos e os que preferiram “apontar o dedo” para os que defendem a descriminalização do aborto.

“O Papa diz que às vezes realmente é preciso apontar o dedo e dizer quem é defensor do aborto”, afirmou. No texto, o Papa ressalta que, quando “os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas”.

“Precisamos ser prudentes. Mas temos de tomar cuidado para que essa prudência não se transforme em covardia”, afirmou o bispo. Dom Beni diz que os sacerdotes serão orientados a ler a mensagem do Papa nas missas neste domingo.

Dom Luiz Gonzaga Bergon­­zini, bispo de Guarulhos que encomendou folhetos anti-Dilma apreendidos pela Polícia Federal, disse sentir-se aliviado pela fala do pontífice: “Essa posição que o Papa assumiu foi, em parte, ao menos, motivada pela situação que nós temos aqui. A situação que estamos vivendo no Brasil, principalmente durante a campanha política”.

O arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Geraldo Majella Agnelo, foi mais comedido. Ele disse que o clamor do Papa deve ser transmitido em missas, mas sem que se façam menções aos nomes de candidatos. “É preciso deixar o eleitor fazer sua opção.”

A disposição de divulgar o pronunciamento de Bento XVI é compartilhada por dom Roberto Francisco Ferreira, bispo auxiliar de Niterói (RJ). “Domingo, eu vou fazer ressoar a fala do Papa. Certamente será uma motivação para pastorais esclarecerem cristãos.”

Bispo de Oliveira, em Minas Gerais, dom Miguel Ângelo Ribeiro foi um dos primeiros a escrever artigos sobre o aborto na atual campanha. Segundo ele, o posicionamento do Papa mostra que a luta contra a legalização do aborto ganhou força. “Não se trata de defender um candidato. O que interessa mais não é o resultado da eleição. E, sim, a defesa da vida.”

Dom Miguel diz que “todos os partidos têm abortistas”. O que levou alguns sacerdotes a citar nominalmente o PT foi o fato de o partido ter incluído a legalização do aborto em suas diretrizes partidárias. “O que me assusta é a posição de uma certa militância que quer excluir a Igreja do processo eleitoral, afirmando que ela não pode se pronunciar no processo”, diz.

O bispo diz, porém, que não vai orientar os sacerdotes a repetir a mensagem do Papa nas missas até domingo, data do segundo turno. “Até porque está muito em cima da hora.” E também afirma que é preciso tomar cuidado para não forçar a consciência de ninguém ao apontar a posição de cada candidato. “A consciência é um sacrário de cada indivíduo, que nós não devemos invadir. Nosso papel é orientar, mostrar os fatos. Indicar que o voto é uma questão de cidadania, mas que deve ser coerente com o mandamento de Deus.”

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não havia se pronunciado oficialmente sobre o tema até o fechamento desta edição. A reportagem procurou o arcebispo metropolitano de Curitiba, dom Moacyr Vitti, que também é presidente da regional paranaense da CNBB, para ouvir suas declarações sobre o tema, mas ele não concedeu entrevista.

Fonte: Gazeta do Povo

Supremo poderá julgar ainda este ano as ações contra a emenda do “calote” dos precatórios. O relator é o ministro Ayres Britto

Carlos Newton

Poderá chegar ao fim ainda em 2010 o sofrimento de centenas de milhares de brasileiros, que há anos (ou até décadas) aguardam para receber precatórios (dívidas judiciais cujos pagamentos são propositadamente atrasados pela União, os Estados e os Municípios).

Apesar da sobrecarga de trabalho, o relator das Ações Diretas de Inconstitucionalidade, ministro Ayres Britto, vem dando prioridade ao exame desses processos de interesse nacional. Segundo informação prestada por sua assessoria à Tribuna da Imprensa, o julgamento dessa importante matéria poderá ocorrer já nos próximos dois meses.

Para concluir o seu voto, o ministro, que também é vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, estava aguardando parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que já foi juntado aos autos, com manifestação claramente favorável à declaração da inconstitucionalidade da Emenda 62/2009 e à sua perda de eficácia.

A Tribuna da Imprensa já cansou de denunciar a questão do calote dos precatórios, dívidas judiciais que a União, os Estados e os Municípios insistem em retardar ao máximo o seu pagamento, convictos da impunidade propiciada pela emenda 62, criada pelo senador Renan Calheiros, que foi reeleito apesar dos escândalos em que se envolveu.

Segundo o respeitado advogado brasiliense José Carlos Werneck, “a emenda Calheiros, além de inconstitucional, é sobretudo imoral. Significa um calote nos jurisdicionados e DESACREDITA A JUSTIÇA BRASILEIRA”.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Ficha Limpa vale para todos os que renunciaram para fugir da cassação

Priscilla Mazenotti, da Agência Brasil


O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou hoje (28) que a decisão da Suprema Corte sobre a Lei da Ficha Limpa é válida para todos os casos de políticos que renunciaram ao mandato para fugir de processo de cassação. Ontem (27), ao analisar recurso de Jader Barbalho (PMDB-PA), segundo colocado na eleição para senador no estado, o STF decidiu que a Lei poderá ser aplicada na eleição deste ano.



No entendimento do ministro, o recurso de Barbalho é idêntico ao apresentado em setembro pelo então candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC). Na época, o julgamento do recurso contra a impugnação da candidatura de Roriz terminou empatado em 5 a 5. No início da análise, os ministros aprovaram a repercussão geral sobre o tema, aplicando, com isso, a decisão a todos os outros casos similares.



“A meu ver, a lei vale. No caso Roriz, o tribunal reconheceu a repercussão geral do tema, e a questão julgada ontem foi exatamente idêntica. Todos os demais casos terão essa mesma solução”, disse.



Lewandowski ainda ressaltou que o caso de Valdemar Costa Neto (PP-SP) é diferente do de Jader Barbalho e Joaquim Roriz, apesar de envolver também renúncia de parlamentar. Costa Neto renunciou ao mandato de deputado federal em 2005, depois de ser acusado de envolvimento no caso do mensalão. Entretanto, o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral foi o de que, como Valdemar Costa Neto renunciou antes da abertura de processo ou de representação contra ele, não poderia ser aplicada a Lei da Ficha Limpa nesse caso.

Fonte: A Tarde

Gilmar Mendes defende aplicação da Ficha Limpa apenas para Jader Barbalho

Priscilla Mazenotti, da Agência Brasil


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes defendeu a aplicação da Lei da Ficha Limpa nestas eleições apenas no caso de Jader Barbalho (PMDB-PA), eleito para uma vaga no Senado. Ele teve a candidatura negada depois que o Supremo determinou a validade da lei no pleito deste ano, em julgamento na noite de ontem (27).

O STF, depois de um novo empate ao analisar recurso de Jader, decidiu adotar a interpretação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que a lei vale para estas eleições. Ele recorreu ao STF depois de ter a candidatura impugnada, porque renunciou ao mandato de senador em 2001 para fugir de processo de cassação.

“Vale [para] este caso, tão somente isso. Vamos aguardar agora outros casos”, disse Gilmar Mendes. “Há muita confusão, emoção, e a função do Tribunal é controlar esse tipo de impulso”, completou.

O ministro votou contra a aplicação da Ficha Limpa nestas eleições e entende que a solução adotada pelo Supremo de manter a decisão anterior do TSE é “artificial”. Para Gilmar Mendes, a lei, da forma como foi aprovada no Congresso Nacional, favoreceria o PT do Distrito Federal (DF).

Inicialmente, o candidato petista ao governo do DF, Agnelo Queiroz, concorreria com Joaquim Roriz (PSC), que desistiu da disputa depois que o julgamento de recurso que questionava a impugnação do registro da sua candidatura terminou empatado em 5 a 5, em setembro. Roriz indicou sua mulher, Weslian Roriz (PSC-DF), para concorrer ao cargo.

“A emenda parlamentar foi feita no Congresso por iniciativa do deputado José Eduardo Cardozo [SP], que é do PT. Evidente que a intenção do PT estava nas eleições do Distrito Federal, mas a decisão ricocheteou no Paulo Rocha”, disse Gilmar Mendes, ao se referir ao candidato ao Senado no Pará, que, assim como Jader e Roriz, renunciou ao mandato parlamentar para escapar de um processo de cassação, o que é proibido pela Lei da Ficha Limpa.

Para o ministro, a decisão do Supremo vai permitir o uso “dessa pretensa emenda popular para desenhar o quadro eleitoral, [e decidir] quem devem ser os adversários”.

A Agência Brasil procurou o deputado José Eduardo Cardozo para comentar as declarações de Gilmar Mendes e aguarda o retorno.

Fonte: A Tarde

quinta-feira, outubro 28, 2010

NA RETA O QUE VALE É A LIDERANÇA.

O retrato do Brasil que se moderniza é a inclusão da maior parte da população na classe média, dos mais de 30 milhões de pessoas saíram da linha de miséria, das classe C e D que passaram a acessar bens de consumo jamais impensados, da classe C que passou a freqüentar aeroportos, coisa que há décadas passadas somente eram acessíveis aos ricos com ternos e gravatas e a mulheres refinadas.

34% dos domicílios brasileiros dispõem de veículo próprio e a internet é disponibilizada de todas as formas, especialmente na área da educação. O ensino público foi revitalizado com a criação e instalação de novas universidades federais e ampliação ou extensão de campus e oferta de escolas técnicas profissionalizantes. Os programas especiais possibilitaram aos menos favorecidos, pobres, pardos, índios e pretos ao acesso a universidade, diferentemente do que aconteceu nos anos de FHC quando se sucateou as escolas públicas em benefício dos empresários da educação.

O crédito fácil para a habitação e os programas voltados para a população carente fez disparar a construção civil e o aumento da oferta de emprego. O PAC converteu o Brasil em um canteiro de obras públicas.

A produção industrial bate recorde, especialmente da indústria automobilística, e o desemprego chegou ao seu menor nível desde quando começou a ser feita a aferição. No campo da energia o etanol brasileiro é exemplo para a comunidade mundial e o Brasil caminha para ser um dos grandes produtores e exportadores de petróleo. As empresas nacionais que viviam sob as tetas oficiais passaram a acreditar e investir e se expandiram, muitas, convertendo-se em empresas multinacionais e estão espalhadas por todas as partes do mundo.

No contexto internacional a solidez da economia nacional sofreu apenas leves vibrações na quebra da carteira hipotecária norteamericana, o efeito marola, e o Brasil passou a ser respeitado no concerto das nações, fazendo parte do BRIC e do G-20, alcançando sua diplomacia externa conquistas consideráveis. O Brasil tem o maior crescimento mundial, depois da China, e a projeção é que nos próximos 30 anos Brasil, Rússia, China e a Índias ditem os rumos da economia mundial.

Para tudo isso acontecer era preciso uma liderança capaz de unir os brasileiros e devolver a dignidade a todos, nascendo ai o fenômeno Lula, o nordestino e ex-operário. Segundo as últimas pesquisas o índice aprovação ao governo Lula somados os conceitos ótimo e bom, é de 83%, e apenas 3% dos entrevistados conceituaram o Governo Ruim ou péssimo, de forma que acrescendo o conceito regular ao ótimo e o bom, o índice de aprovação é de 97%, coisa jamais pensada.

Todo o ganho da sociedade incomodou a carcomida elite política brasileira e aos mais conservadores da sociedade. Era demais pensar como eles pensam (eles o povo não precisa mais dos nossos favores). A reação veio violenta e da forma mais sórdida, capitaneada pela imprensa e seus porta-vozes. Não consigo mais fazer a leitura da coluna diária de Dora Kramer e Samuel Celestino. Todo dia é um ataque a Lula.

No primeiro turno das eleições a coisa beirou o ridículo. Qualquer cidadão com uma visão crítica da sociedade não tinha mais estomago para as sandices das revistas Veja e Época. Quando a imprensa se partidarizou para as bandas de serra, Lula denunciou que ela estava partidarizada e foi um deus acusa. A versão é que Lula era contra a liberdade de imprensa. As multas impostas pelo TSE pelas incursões de Lula no pleito eleitoral eram havidas como um insulto, por se exigir do Presidente da República a figura do magistrado.

Ninguém poderá imputar a Lula qualquer tentativa contra as instituições. Quando chamado pelo Poder Judiciário para um pacto objetivando acelerar as reformas pretendidas, ele atendeu de plano. A imprensa continua livre como ela foi forjada pela Constituição de 1988.

O que Lula percebeu é que mesmo com seus índices de aprovação seria necessário voltar às barricadas, ao lado de sua candidata para evitar e estancar qualquer tentativa golpista. Lula se forjou na resistência. Suas incursões deram certo. Agora no 2º Turno o povo que não é bobo, percebeu o jogo de cena da velha elite e a sua manipulação da imprensa. A tendência de Serra tem sido de definhar. Ele que usou desbragadamente o caso de Erenice Guerra, Ministra Chefe da Casa Civil, agora se vê mais do que enrolado com Paulo Preto e os escândalos que cercaram o Rodoanel no seu governo. Corrupção por todo lado.

Dilma é técnica respeitada, séria, é indicação de Lula e receberá um governo com linhas definidas, de um Presidente que na semana passada *foi escolhido pela revista Times como o Líder mais influente do mundo, reafirmando as posições dos jornais Le Monde, de Paris, e o El País, o mais importante meio de comunicação em língua espanhola (e muito atento aos temas latino-americanos) que já haviam na virada de 2009, destacado Lula como o “homem do ano”. Em 2008 a Newsweek, seguida pela Forbes, admitiam Lula como um personagem de alcance mundial. O conservador Financial Times declarava, em 2009, que Lula, “com charme e habilidade política” era um dos homens que haviam moldado a primeira década do século XXI.

*O mais surpreendente é que o reconhecimento internacional do presidente brasileiro não traz qualquer orgulho para a elite brasileira. Ao contrário. Lula foi ridicularizado por sua política no Oriente Médio. Enquanto isso o presidente de Israel, Shimon Perez ou o Grande-Rabino daquele país solicitavam o uso do livre trânsito do presidente para intervir junto ao irascível presidente do Irã. Dizia-se aqui que Lula ofendera Israel, enquanto o Haaretz o chamava de “profeta da paz” e a Knesset (o parlamento de Israel) o aplaudia em pé. No mesmo momento o Brasil assinava importantes acordos comerciais com Israel.

*Em suma, quando a influente revista, sem anúncios do governo brasileiro, Time, escolhe Lula como o líder mais influente do mundo, a mídia brasileira “esquece” de noticiar. Nas páginas internas, tão encolhidas como um vira-lata em dia de chuva noticia-se que Lula “... está entre os 25 lideres mais influentes do mundo”. Errado! A lista colocava Lula como “o mais” influente do mundo.

Agora se espera o silêncio da elite brasileira!

* Trechos extraídos: DEBATE ABERTO - Paulo Henrique Amorim.

É por isso que minha escolha é Dilma.



Alhos

Perdura ainda a polêmica no STF em relação à lei da Ficha Limpa. E o que era feio, agora ficou medonho. De fato, acompanhem, leitores, o absurdo que uma decisão do Supremo pode causar. É que ontem a votação empatou novamente. Aliás, de quem foi a infeliz ideia de votar o caso já se sabendo do empate? Pois bem, instalada a igualdade, passou-se a definir se o STF iria ou não dar um fim àquele caso na assentada. Não entendeu ? É porque parece mesmo incrível. Os ministros passaram a votar se iriam decidir o julgamento que estava empatado (!?!). Não sem agastamentos, eles entenderam que iriam, sim, proclamar um resultado. E assim se fez. Com voto condutor do ministro Celso de Mello, entendeu-se, por uma forçada analogia ao inciso II do art. 205 do RI/STF, que deveria prevalecer a decisão do TSE. Assim, manteve-se cassado o registro da candidatura de Jader Barbalho, que teve mais de um milhão de votos e estava eleito. Diante disso, ao que parece, o TRE/PA terá de convocar novas eleições. E vamos agora ao absurdo. Como o STF não decidiu quanto à constitucionalidade da lei Ficha Limpa - nesse ponto continua o empate -, imaginemos que o novo ministro (quando Lula se dignar a indicá-lo) entenda pela inconstitucionalidade da vigência imediata da lei. Com isso, o TRE/PA, que realizou novas eleições e diplomou outro candidato, terá de esquecer tudo, pois uma simples rescisória recoloca Jader Barbalho como representante do Estado. É como diz aquele locutor esportivo : o que é que vou dizer lá casa? *Extraído site Migalhas.

Município transfere feriado do servidor público para 1° de novembro

Bob Charles

A Prefeitura transferiu o feriado do dia 28 de outubro, Dia do Servidor Público, para a próxima segunda-feira, 1º de novembro, de acordo com a portaria assinada pelo chefe de gabinete Hermes Benzota Junior.

O Município também já definiu como funcionarão os serviços essenciais e no segundo turno das eleições 2010 e nos feriados dos dias 1º e 2 de novembro, Dia de Finados. O cronograma da coleta de lixo domiciliar também atenderá normalmente durante esses dias.

Moral da história. Duplicidade de Prefeitos. Jornada de trabalho é definida em lei e a competência na matéria é do Prefeito. É o Chefe de Gabinete o novo Prefeito depois da derrocada do 1º Turno?

FRASE DA SEMANA. É melhor um adversário leal do que um aliado traidor”. (Jaques Wagner, governador da Bahia em Sepeaçu).

Paulo Afonso, 29 de outubro de 2010.

Fernando Montalvão.

PORQUE A ELITE CORRUPTA ODEIA LULA?

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DEBATE ABERTO - Paulo Henrique Amorim

Lula, as elites e o vira-latas

Seguindo outros grandes meios de comunicação globais, a revista Time escolheu – na semana passada - o presidente Lula como o líder mais influente do mundo. A notícia repercutiu em todo o mundo, sendo matéria de primeira página, no jornalão El País.

Elite e preconceito

Na verdade a matéria o apontava como o homem mais influente do mundo, posto que nem só políticos fossem alinhados na larga lista composta pelo Time. Esta não é a primeira vez que Lula merece amplo destaque na imprensa mundial. Os jornais Le Monde, de Paris, e o El País, o mais importante meio de comunicação em língua espanhola (e muito atento aos temas latino-americanos) já haviam, na virada de 2009, destacado Lula como o “homem do ano”. O inédito desta feita, com a revista Time, foi fazer uma lista, incluindo aí homens de negócios, cientistas e artistas mundialmente conhecidos. Entre os quais está o brasileiro Luis Inácio da Silva, nascido pobre e humilde em Caetés, no interior de Pernambuco, em 1945, o presidente do Brasil aparece como o mais influente de todas as personalidades globais. Por si só, dado o ponto de partida da trajetória de Lula e as deficiências de formação notórias é um fato que merece toda a atenção. No Brasil a trajetória de Lula tornou-se um símbolo contra toda a forma de exclusão e um cabal desmentido aos preconceitos culturalistas que pouco se esforçam para disfarçar o preconceito social e de classe.

É extremamente interessante, inclusive para uma sociologia das elites nacionais, que o brasileiro de maior destaque no mundo hoje seja um mestiço, nordestino, de origens paupérrimas e com grande déficit de educação formal. Para todos os segmentos das elites nacionais, nostálgicas de uma Europa que as rejeita, é como uma bofetada! E assim foi compreendida a lista do Time. Daí a resposta das elites: o silêncio sepulcral!

Lula Líder Mundial

Desde 2007 a imprensa mundial, depois de colocá-lo ao lado de líderes cubanos e nicaraguenhos num pretenso “eixinho do mal”, teve que aceitar a importância da presença de Lula nas relações internacionais e reconhecer a existência de uma personalidade original, complexa e desprovida de complexos neocoloniais. Em 2008 a Newsweek, seguida pela Forbes, admitiam Lula como um personagem de alcance mundial. O conservador Financial Times declarava, em 2009, que Lula, “com charme e habilidade política” era um dos homens que haviam moldado a primeira década do século XXI. Suas ações, em prol da paz, das negociações e dos programas de combate à pobreza eram responsáveis pela melhor atenção dada, globalmente, aos pobres e desprovidos do mundo.

Mesmo no momento da invasão do Iraque, em busca das propaladas “armas de destruição em massa”, Lula havia proposto a continuidade das negociações e declarado que a guerra contra a fome era mais importante que sustentar o complexo industrial-militar norte-americano.

Em 2010, em meio a uma polêmica bastante desinformada no Brasil – quando alguns meios de comunicação nacionais ridicularizaram as propostas de negociação para a contínua crise no Oriente Médio – o jornal israelense Haaretz – um importante meio de comunicação marcado por sua independência – denominou Lula de “profeta da paz”, destacando sua insistência em buscar soluções negociadas para a paz. Enquanto isso, boa parte da mídia brasileira, fazendo eco à extrema-direita israelense, procurava diminuir o papel do Brasil na nova ordem mundial.

Lula, talvez mesmo sem saber, utilizando-se de sua habilidade política e de seu incrível sentido de negociações, repetia, nos mais graves dossiês internacionais, a máxima de Raymond Aron: a paz se negocia com inimigos. As exigências, descabidas e mal camufladas de recusa ás negociações, sempre baseadas em imposições, foram denunciadas pelo presidente brasileiro. Idéias pré-concebidas estabelecendo a necessidade de mudar regimes para se ter a paz ou usar as baionetas para garantir a democracia foram consideradas, como sempre, desculpas para novas guerras. Lula mostrou-se, em várias das mais espinhosas crises internacionais, um negociador permanente. Foi assim na crise do golpe de Estado na Venezuela em 2002 (quando ainda era candidato) e nas demais crises sul-americanas, como na Bolívia, com o Equador e como mediador em crises entre outros países.

Lula negociador

O mais surpreendente é que o reconhecimento internacional do presidente brasileiro não traz qualquer orgulho para a elite brasileira. Ao contrário. Lula foi ridicularizado por sua política no Oriente Médio. Enquanto isso o presidente de Israel, Shimon Perez ou o Grande-Rabino daquele país solicitavam o uso do livre trânsito do presidente para intervir junto ao irascível presidente do Irã. Dizia-se aqui que Lula ofendera Israel, enquanto o Haaretz o chamava de “profeta da paz” e a Knesset (o parlamento de Israel) o aplaudia em pé. No mesmo momento o Brasil assinava importantes acordos comerciais com Israel.

Ridicularizou- se ao extremo a atuação brasileira em Honduras, sem perceber a terrível porta que se abria com um golpe militar no continente. Lula teve a firmeza e a coragem, contra a opinião pública pessimamente informada, de dizer e que “... a época de se arrancar presidentes de pijama” do palácio do governo e expulsá-los do país pertencia, definitivamente, a noite dos tempos.

Honduras teve que arcar com o peso, e os prejuízos, de sustentar uma elite empedernida, que escrevera na constituição, após anos de domínio ditatorial, que as leis, o mundo e a vida não podem ser mudados. Nem mesmo através da expressa vontade do povo! E a elite brasileira preferiu ficar ao lado dos golpistas hondurenhos e aceitar um precedente tenebroso para todo o continente.

Brasil, país no mundo!

Também se ridicularizou a abertura das relações do Brasil com o conjunto do planeta. Em oito anos abriu-se mais de sessenta novas representações no exterior, tornando o Brasil um país global. Os nostálgicos do “circuito Helena Rubinstein” – relações privilegiadas com Nova York, Londres e Paris – choraram a “proletarização” de nossas relações. Com a crise econômica global – que desmentiu os credos fundamentalistas neoliberais – a expansão do Brasil pelo mundo, os novos acordos comerciais (ao lado de um mercado interno robusto) impediram o Brasil de cair de joelhos. Outros países, atrelados ao eixo norte-atlântico e aqueles que aceitaram uma “pequena Alca”, como o México, debatem-se no fundo de suas infelicidades. Lula foi ridicularizado quando falou em “marolhinha”. Em seguida o ex-poderoso e o ex-centro anti-povos chamado FMI, declarou as medidas do governo Lula como as mais acertadas no conjunto do arsenal anti-crise.

Mais uma vez silêncio das elites brasileiras!

Lula foi considerado fomentador da preguiça e da miséria ao ampliar, recriar, e expandir ações de redistribuição de renda no país. A miséria encolheu e mais de 91 milhões de brasileiros ascenderam para vivenciar novos patamares de dignidade social... A elite disse que era apoiar o vício da preguiça, ecoando, desta feita sabendo, as ofensas coloniais sobre “nativos” preguiçosos. Era a retro-alimentação do mito da “pereza ibérica”. Uma ajuda de meio salário, temporária, merece por parte da elite um bombardeio constante. A corrupção em larga escala, dez vezes mais cara e improdutiva ao país que o Bolsa Família, e da qual a elite nacional não é estranha, nunca foi alvo de tantos ataques.

A ONU acabou escolhendo o Programa Bolsa Família como símbolo mundial do resgate dos desfavorecidos. O ultra-conservador jornal britânico The Economist o considerou um modelo de ação para todos os países tocados pela pobreza e o Le Monde como ação modelar de inclusão social.

Mais uma vez a elite nacional manteve-se em silêncio!

Em suma, quando a influente revista, sem anúncios do governo brasileiro, Time, escolhe Lula como o líder mais influente do mundo, a mídia brasileira “esquece” de noticiar. Nas páginas internas, tão encolhidas como um vira-lata em dia de chuva noticia-se que Lula “... está entre os 25 lideres mais influentes do mundo”. Errado! A lista colocava Lula como “o mais” influente do mundo.

Agora se espera o silêncio da elite brasileira!

STJ decide pela 1ª vez federalizar um crime por violação a direitos humanos

Bruno Paes Manso - O Estado de S.Paulo

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ontem por 5 votos a 2 federalizar a investigação do assassinato do advogado e defensor de direitos humanos Manoel Bezerra de Mattos e de outros crimes relacionados. Mattos foi morto em 24 de janeiro do ano passado, depois de ter denunciado a existência de um grupo de extermínio atuando na divisa entre Pernambuco e Paraíba.

Wilson Magao/AE-19/5/2006
Wilson Magao/AE-19/5/2006
Enterro de integrante do PCC. Investigações foram arquivadas em 2008

Foi a primeira decisão do gênero. Em 2004, estabeleceu-se o chamado Incidente de Deslocamento de Competência (IDC), que permite a federalização, mas nunca foi usado. Em 2005, o STJ negou o pedido para investigação federal da morte da irmã Dorothy Stang, assassinada no Pará. No dia 1.º de junho, quando Mattos faria 42 anos, ele teve seu nome citado no relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre execuções sumárias, que criticou o STJ pela demora na federalização.

Com a decisão, a investigação e o julgamento dos cinco suspeitos do assassinato de Mattos saem da alçada das autoridades locais e passam para a competência da Polícia Federal, do MPF e da Justiça Federal da Paraíba. A medida pode garantir maior isenção e segurança nos trabalhos. "É uma decisão histórica, que pode abrir caminho para que outros casos semelhantes sejam federalizados", disse a advogada Andressa Caldas, diretora executiva da Justiça Global, uma das organizações não governamentais que entraram com pedido para que a Procuradoria Geral da República levasse o caso ao STJ.

Nascido em Pernambuco, na cidade de Itambé, vizinha de Pedras de Fogo, na Paraíba, Mattos passou a trabalhar com direitos humanos na década de 1990, quando autoridades da divisa montaram um grupo de extermínio para matar suspeitos de roubos e furtos na região - incluindo crianças e adolescentes.

Em 2002, Mattos passou a ser ameaçado de morte, juntamente com outras quatro pessoas. Depois de ser procurada por ONGs, a Organização dos Estados Americanos (OEA) determinou que fossem tomadas medidas para proteger as testemunhas. Pouco foi feito e o advogado acabou assassinado sete anos depois.

De acordo com levantamento da promotora de Justiça Rosemary Souto Maior, da Comarca de Itambé, que atua na cidade desde 1994, ocorreram mais de 200 assassinatos só no lado pernambucano. "São casos que não foram investigados e acabaram registrados como de autoria desconhecida, uma vez que poucos têm coragem de denunciar."

O grupo de extermínio continua atuante na fronteira. A mãe de Mattos, Nair Ávila, e a promotora estão sofrendo ameaças de morte. Nair esteve presente ontem no julgamento e ficou emocionada com a decisão da Justiça. "Fiquei muito feliz com a decisão, que me leva a acreditar mais na Justiça. Tenho orgulho de meu filho, que sempre foi um homem de bem."



Nos jornais: Erenice fez pressão por empresa de padrinho

FOLHA DE S. PAULO

Erenice fez pressão por empresa de padrinho
Erenice Guerra usou uma carta enviada à então titular da Casa Civil, Dilma Rousseff, para pressionar a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em 2007 em favor da Unicel Telecomunicações. O marido de Erenice, José Roberto Campos, era consultor da empresa.
Em janeiro de 2007, o presidente da Unicel, José Roberto Melo e Silva -padrinho de casamento de Erenice e Campos- mandou uma carta para Dilma com graves acusações à Anatel.
Erenice, que era secretária-executiva da Casa Civil, mandou cópia da carta ao então presidente da Anatel, Plínio Aguiar Júnior, e cobrou explicação urgente.
O empresário acusava a comissão de licitação e a procuradoria da Anatel de mentirem à Justiça Federal, de vazarem informações para empresas de fora da licitação e de coagirem o advogado da Unicel, Gabriel Laender -que depois foi nomeado assessor na Casa Civil.
A empresa tentava obter concessão para oferecer telefonia celular na Grande São Paulo, numa licitação iniciada pela Anatel, em 2005. Foi a única a apresentar proposta, mas depositou garantia aquém da exigida no edital -R$ 930 mil em vez dos R$ 9,3 milhões, graças a uma liminar obtida na Justiça.
A pressão da Casa Civil na Anatel, agora comprovada por documentos obtidos pela Folha, foi relatada em setembro pela revista "Veja".

Ficha Limpa vale para eleição deste ano, decide STF
Eleições 2010: Em sessão tumultuada, Supremo barra Jader Barbalho para o Senado e referenda posição do TSE
O Supremo Tribunal Federal decidiu, por 7 votos a 3, referendar a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e considerar a Lei da Ficha Limpa constitucional e válida para este ano.
A sessão, tensa e tumultuada, julgou recurso de Jader Barbalho (PMDB- PA).
A exemplo do caso do ex-governador Joaquim Roriz - que também renunciou ao cargo para não ser cassado -, o julgamento terminou empatado. O impasse terminou com a sugestão do ministro Celso de Mello de manter a decisão já tomada pelo TSE no mesmo caso.
Outros casos, como o do deputado Paulo Maluf (PP-SP), serão analisados um a um. Ministros ouvidos pela Folha tinham dúvida se o STF poderá decidir de forma diferente. O 11º integrante da corte, a ser indicado por Lula, pode votar o desempate.

Para Serra, SP não precisa ser investigado no caso do metrô
No mesmo dia em que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse o governo de São Paulo não precisa ser investigado no caso da licitação de lotes da linha 5 do metrô, sua adversária do PT, Dilma Rousseff, foi irônica ao afirmar que espera que "pelo menos desta vez" se investigue a gestão tucana.
"Não [precisa investigar a gestão do Estado de São Paulo], porque não teve nada", disse Serra, que acusou o governo federal de cometer irregularidades nas licitações.
"A propósito de concorrência acertada, quem faz isso publicamente e abertamente e nunca ninguém disse nada é o governo federal", disse Serra, em Recife.
"Eles escolhem as empresas e depois fazem a concorrência já tendo combinado como faria", completou.
Ele afirmou que a licitação do metrô não ocorreu na sua gestão e que foi anulada "porque os preços não eram bons". "O governo fez de novo -portanto defendeu- e eles dizem agora que os vencedores já eram sabidos."
Serra atribuiu a denúncia ao período eleitoral e disse que "não precisa ser muito adivinhão" para saber que apenas duas empresas possuem o "tatuzão", equipamento de perfuração utilizado na obra em São Paulo.

Ex-presidente argentino Kirchner morre aos 60
O presidente argentino Nestor Kirchner, 60, morreu vítima de dupla parada cardíaca enquanto descansava em sua casa de campo na Província de Santa Cruz, no sul do país, onde nasceu e iniciou sua carreira política. Ele governou a Argentina de 2003 a 2007.
Deputado e líder dos peronistas, Kirchner participava ativamente do governo de Cristina, sua mulher e sucessora. Ele já havia sofrido duas cirurgias por problemas cardíacos neste ano.
O presidente Lula, que deve ir ao enterro, decretou luto de três dias.

Metade dos senadores dispensam uso de ponto digital
Anunciado como uma das medidas "moralizadoras" do Senado, o registro de ponto dos servidores por meio de impressões digitais não vai atingir um grupo de funcionários que trabalha em metade dos gabinetes e escritórios parlamentares da Casa.
Pelo menos 41 dos 81 senadores já dispensaram 386 assessores de ter que comprovar presença -14% do total de servidores dos gabinetes. O novo sistema de registro de ponto começou a ser implementado nesta semana.
O número de dispensados pode crescer com a chegada dos novos senadores eleitos dia 3 de outubro. Levantamento realizado pela Folha mostra que os "campeões" na dispensa do ponto são os senadores Efraim Morais (DEM-PB), que liberou 33 servidores, seguido por João Ribeiro (PR-TO) e Almeida Lima (PMDB-SE), que dispensaram 23 cada um.
Responsável por avalizar o pacote de medidas "moralizadoras", o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), também dispensou dois servidores desse controle.

Abramovay pediu cargo para a mulher na Casa Civil
A mulher do secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, ganhou, no mês passado, um cargo na subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. O chefe dela é Beto Vasconcelos, advogado como Abramovay e um de seus melhores amigos.
A Folha apurou que a nomeação de Carolina Haber, no último dia 6 de setembro, partiu de um pedido do marido. Pedro Abramovay e a Casa Civil negam.
A nomeação dela fere a súmula do Supremo Tribunal Federal que proibiu o nepotismo nos três Poderes. Ela proíbe "a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente (...) em cargo de direção, chefia ou assessoramento (...) na administração pública direta ou indireta em qualquer dos Poderes da União".

PF pede quebra de sigilos de empreiteiras
A Polícia Federal em Manaus vai pedir hoje à Justiça Federal a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da empreiteira Emparsanco e de mais seis empresas (cujos nomes não foram revelados) investigadas por suspeita de envolvimento em suposto esquema de compra de votos.
O objetivo é encontrar a origem dos R$ 5 milhões que seriam sacados na véspera do primeiro turno das eleições pelo vendedor ambulante identificado como Edivaldo Lopes de Aguiar.
A PF prendeu Edivaldo no dia 28 de setembro na porta de uma agência bancária da capital amazonense depois de receber uma denúncia de que os recursos serviriam para comprar votos.

Usina avalizada por Dilma no RS deu prejuízo
À frente da Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff (PT) e seu braço direito no setor elétrico, Valter Cardeal, hoje diretor da Eletrobras, participaram da criação de usina a gás que nunca saiu do papel e gerou prejuízo para a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica).
Batizada de Termogaúcha, a usina idealizada em 2000 foi liquidada seis anos depois pelos acionistas -CEEE, Petrobras, Ipiranga e Repsol-, sem funcionar.
Os sócios movem processo contra a CEEE pelos prejuízos causados e por dívidas.
A Termogaúcha foi incluída no programa do governo FHC para construir termelétricas. A intenção era utilizar gás argentino, o que não se viabilizou em seguida.
Dilma e Cardeal culpam a crise energética argentina pelos problemas.

Pressa encareceu obra do Rodoanel, afirmam empresas
Empreiteiras do trecho sul do Rodoanel dizem que a obra ficou mais cara devido à necessidade de correr para conter os atrasos e entregá-la até abril -antes de José Serra (PSDB) sair do governo para ser candidato à Presidência.
Esse é um dos principais argumentos utilizados pelas construtoras para reivindicar da Dersa pagamentos extras que superam R$ 180 milhões.
Os pedidos à estatal foram formalizados de abril a junho, conforme documentos acessados pela Folha, e estão sob análise no governo. O Estado alega, porém, que esse prazo era contratual -obrigação delas, sob pena de multa a ser calculada.
A obra já teve um aumento em 2009 -mais de R$ 300 milhões, em valores atuais- e totaliza hoje R$ 3,3 bilhões.
As empreiteiras afirmam que chuvas atípicas provocaram imprevistos que afetaram os cronogramas.

Esforço na reta final por Dilma esvazia governo
A ofensiva liderada pelo presidente Lula para eleger Dilma Rousseff (PT) sua sucessora no próximo domingo tem ido muito além de seu envolvimento pessoal.
Integrantes do governo mergulharam na campanha da petista, às claras ou nos bastidores, desidratando postos-chave da administração federal e embaralhando, nesta reta final da disputa, os limites entre o que é assunto de governo e ação eleitoral.
A três dias da eleição, Lula coloca, mais uma vez, seu "bilhete premiado" nas mãos da candidata. Um evento previsto para o fim do ano foi antecipado para hoje.
A solenidade- instalação de sistema definitivo para exploração do pré-sal em Tupi- é mais um passo para explorar petróleo no fundo do mar em grande escala, mas não altera, no curto prazo, o atual ritmo de produção.
O presidente já havia retirado o primeiro óleo dessa região, em maio de 2009, e os barris produzidos desde então também já são destinados à venda. Ou seja, Lula irá sujar as mãos no mesmo óleo que tocou no ano passado.

"Tour" tucano foi erro tático, avaliam aliados
Adotado como tática para dar capilaridade à campanha e ampliar a votação de José Serra (PSDB) no segundo turno, o "tour" pelo Brasil feito desde a semana passada pelos aliados Geraldo Alckmin e Aécio Neves não teve impacto nas pesquisas e passou a ser avaliado como erro de estratégia pelos tucanos.
Avaliação no PSDB e de aliados é a de que ambos deveriam ter se concentrado em atos em seus Estados.
Tanto em Minas Gerais como em São Paulo -os dois maiores colégios eleitorais-, Serra teve menos votos do que Aécio e do que Alckmin no primeiro turno e, portanto, tem margem para crescer.

Jornalista diz que foi xingado por tucano antes de debate
O jornalista João Peres, da "Revista do Brasil", diz ter sido chamado de "pelego filho da puta" pelo senador eleito Aloysio Nunes (PSDB-SP).
A agressão, diz, ocorreu na última segunda-feira, antes de debate dos presidenciáveis na TV Record.
O tucano admite tê-lo chamado de pelego, mas nega o palavrão.
À Folha Peres disse que o tucano teria perguntado para qual veículo ele trabalhava e, depois, teria se negado a dar declarações. "Eu disse: "educado, hein, senador?". Ele respondeu me xingando".

Promotoria pode pedir quebra de sigilo da Iurd
O Ministério Público de São Paulo poderá pedir aos EUA a quebra de sigilo bancário de membros da Igreja Universal do Reino de Deus.
O ministro Ari Pargendler, presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), reviu sua decisão anterior, que mantinha o impedimento determinado pelo presidente do Tribunal de Justiça de SP, Antonio Carlos Viana Santos.
O caso tem origem em inquérito civil instaurado pelo promotor Saad Mazloum, de São Paulo, para apurar suspeitas de irregularidades praticadas por membros da Iurd. Ele solicitara as informações bancárias com base no Tratado de Assistência Legal Mútua entre Brasil e EUA.
A igreja pediu a cassação dessa medida, sob o argumento de que a quebra de sigilo bancário depende de prévia autorização judicial.

O ESTADO DE S. PAULO

Manobra com a Petrobras paga alta do gasto público
Cerca de metade da receita extra de R$ 31,9 bilhões obtida com a manobra contábil que inclui recursos da capitalização da Petrobrás como receita serviu para cobrir o aumento das despesas de custeio da máquina pública neste ano.
Na terça-feira, o governo anunciou superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) recorde de R$ 26,06 bilhões. O governo contou como receita o pagamento, pela Petrobrás, de reservas do petróleo no pré-sal.
O artifício com a receita extra foi obtido porque, de um lado, o governo recebeu R$ 74,8 bilhões pela venda (cessão onerosa) de 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal à Petrobrás e, de outro, pagou R$ 42,9 bilhões para comprar ações da estatal. A diferença de R$ 31,9 bilhões é tratada como "receita de concessão".
Embora o dinheiro que entra nos cofres da União não tenha carimbo, a manobra abriu espaço para o governo aumentar não só os investimentos, mas também o gasto com despesas regulares da administração, de baixo retorno a longo prazo. É como se o governo antecipasse receitas da exploração de petróleo para bancar despesas do dia a dia, que não param de crescer.
Somando os gastos com pessoal (que são contabilizados pelo Tesouro separados dos gastos de custeio), mais de 80% dos recursos obtidos pela engenharia contábil foram utilizados com despesas de custeio da máquina.
O tamanho do aumento das despesas de custeio neste ano já é maior que o do gasto com investimentos, considerado prioritário para o crescimento da economia sem pressões inflacionárias.

Governo prevê freio nas contas em 2011
Apesar da frágil composição do resultado fiscal deste ano, construído à base de engenharias contábeis, integrantes da equipe econômica apostam que, em 2011, o novo governo deve anunciar um superávit primário maior, sem o uso de artifícios.
Independentemente de quem for o próximo presidente, a avaliação é que prevalecerá a tradição: o anúncio de um "freio de arrumação" nas contas, depois da expansão dos gastos no período eleitoral. A confirmação desse reforço na área fiscal será decisiva para a definição do rumo da taxa básica de juros, a Selic, e para a trajetória da taxa de câmbio no médio prazo, como o Banco Central já indicou em seus principais documentos.

Enfarte mata Nestor Kirchner, presidente 'de fato' da Argentina
O ex-presidente Nestor Kirchner morreu ontem aos 60 anos, vítima de enfarte, mergulhando a Argentina num cenário de incerteza política. Considerado o verdadeiro poder dentro do governo de sua mulher, Cristina, ele centralizava as decisões administrativas e reunia-se regularmente com ministros, empresários e sindicalistas. O clima em Buenos Aires era o da morte de um chefe de Estado, relata o correspondente Ariel Palácios. O presidente Lula se disse
"consternado", e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, postou em seu Twitter: "Quanta dor!" Por outro lado, as ações de várias empresas argentinas subiram dois dígitos na Bolsa de Nova York, ante a possibilidade de melhora na relação do país com investidores estrangeiros.

Tiririca admite ter tido ajuda para escrever
O palhaço Tiririca, eleito deputado federal pelo PR com 1,3 milhão de votos, admitiu que não redigiu sozinho a declaração à Justiça Eleitoral na qual afirma ser alfabetizado. Em sua defesa, entregue segunda-feira ao juiz Aloísio Silveira, da 1.ª Zona Eleitoral de São Paulo, Francisco Everardo Oliveira Silva, Tiririca, alega que sua mulher o ajudou a escrever o documento.
Segundo ele, os anos de atividade circense causaram lesão que dificulta a aproximação do dedo indicador ao polegar.
A confissão de Tiririca confirma laudo do Instituto de Criminalística, elaborado a pedido do promotor eleitoral Maurício Antonio Ribeiro Lopes. Peritos do IC concluíram que "o autor dos manuscritos examinados possui uma habilidade gráfica maior do que aquela que ele objetivou registrar ao longo do texto da declaração". No dia 1º deste mês, o promotor apresentou à Justiça pedido de cassação do registro de Tiririca sob a acusação de falsidade documental e ideológica.
Também embasam a defesa de Tiririca laudos e pareceres de fonoaudiólogos e psicólogos. As opiniões dos especialistas contratados pela defesa analisam suposta dificuldade de dicção dele - e seus reflexos -, além de tratar sobre as consequências que a origem familiar humilde teve em sua formação educacional.

Corregedor pede dados sobre Metrô
A Corregedoria Geral da Administração enviou nesta quarta-feira, 27, ofício à presidência do Metrô para que informe sobre a licitação da Linha 5 (lilás), empreendimento orçado em R$ 4 bilhões que está sob suspeita de fraude.
O objetivo é examinar o procedimento e os contratos firmados com 11 empreiteiras unidas em consórcios para tocar as obras relativas aos lotes 2 a 8 - 20 quilômetros de extensão do Largo 13 de Maio à Chácara Klabin.
A investigação da corregedoria foi determinada pelo governador Alberto Goldman (PSDB), que mandou suspender a emissão de ordens de serviço até conclusão das investigações, o que adia as obras que deveriam ter início em 20 de novembro.
A CGA é vinculada diretamente ao governador e atua em todos os órgãos da administração direta e indireta, com poderes para esmiuçar atos de qualquer setor do governo estadual.
A suspeita sobre a Linha 5 surgiu com a revelação de que os vencedores da concorrência já eram conhecidos antecipadamente.
O Ministério Público Estadual iniciou apuração por meio de inquérito civil instaurado pelo promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social, Luiz Fernando Rodrigues Pinto Junior.

Justiça manda Metrô entregar propostas
A juíza Simone Cassoreti, da 9.ª Vara de Fazenda Pública da capital, determinou ontem, em liminar, que o Metrô de São Paulo envie em 48 horas os envelopes lacrados com as propostas de todas as 11 empreiteiras que participaram da concorrência pública dos lotes 2 a 8 da Linha 5 (Lilás).
A decisão judicial foi dada em resposta à ação popular ajuizada dia 21 pelo deputado estadual Vanderley Siraque (PT), um dia após o governador, Alberto Goldman (PSDB), ter assinado os contratos da licitação.
A juíza só não decretou a suspensão da licitação por entender que a medida foi tomada pelo governador. As propostas que não foram abertas por restrições do edital, segundo a magistrada, deverão ser entregues lacradas e "ficarão em cartório, em pasta própria, sob sigilo".

Dividido, Supremo decide que Lei da Ficha Limpa vale já para eleições 2010
Pressionados por um novo empate no julgamento da Lei da Ficha Limpa, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) adotaram uma solução "caseira" para barrar a candidatura de Jader Barbalho (PMDB-PA) ao Senado. A decisão, de acordo com o presidente do STF, Cezar Peluso, mantém a lei em vigor e se aplica a todos os casos semelhantes, em que políticos renunciaram ao mandato para fugir de processos de cassação.
O próximo atingido por essa decisão será Paulo Rocha (PT-PA), que renunciou ao mandato de deputado em razão do escândalo do mensalão e foi barrado pela Justiça Eleitoral. O petista concorreu e ficou em terceiro na briga por uma das duas vagas do Pará no Senado e, com Jader excluído, seria o herdeiro natural do posto.

Peluso percebeu que prestígio do tribunal dependia de sacrifício
Quando soube que o recurso de Jader Barbalho contra a aplicação Lei da Ficha Limpa estava pronto para ser julgado, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, ficou em dúvida se deveria pautá-lo imediatamente ou esperar que o 11.º ministro fosse indicado. Queria evitar o que ele admitiu que poderá ocorrer: decisões contraditórias quando a composição do tribunal estiver completa.
Para decidir o que faria, ouviu os colegas. No fundo, Peluso não queria ser responsabilizado por segurar o processo. Pesava contra suas preferências o fato de o tribunal não conseguir concluir um julgamento. Não era possível deixar para o presidente da República, com a indicação do 11.º ministro, a solução para o caso.
Nos bastidores, ministros questionavam a presidência de Peluso. Mais de um ministro disse que, num órgão colegiado, a solução para impasses cabe ao presidente. Mesmo que para essa solução fosse necessário que Peluso abrisse mão de suas posições pessoais. Como dizia o então ministro do STF Sepúlveda Pertence, a República exige sacrifícios.

A última festa de aniversário no planalto
Cada vez mais perto de deixar o cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se emocionado com frequência, a ponto de embargar a voz e chorar. Em eventos públicos e nas rodas de conversas mais íntimas, ele não esconde o esforço para não ir às lágrimas e concluir os discursos de improviso.
Foi assim na tarde de ontem, na sua festa de 65 anos, promovida no Planalto por assessores e ministros. "Com toda sinceridade, eu preferia que esse dia não tivesse chegado", afirmou Lula, com voz embargada, relatou um assessor.
Estavam previstas quatro festas de aniversário para o presidente ao longo do dia. Pela manhã, Lula apagou as velas numa viagem a Itajaí, em Santa Catarina. No evento, trocou a ordem das velas, para comemorar "56" anos. À tarde, na festa no Planalto, assessores levaram um bolo decorado com um boneco vestido com o uniforme do Corinthians. "Um bolo de gosto duvidoso", brincou o chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, palmeirense. "Só vou comer porque é o bolo do aniversário de um grande amigo." Na agenda oficial de Lula, no site do Planalto, constava a informação sobre suas atividades: "despachos internos".

''Pesquisa é furada'', diz Serra, que vê empate
O candidato tucano à Presidência, José Serra, desconsiderou ontem as pesquisas eleitorais que indicam sua adversária com mais de 10 pontos porcentuais de vantagem sobre ele. "Acho que de fato há um empate técnico", afirmou.
Serra citou os institutos Vox Populi e CNT Sensus como "alugados" e, embora não destratando o Ibope e o Datafolha, disse que, "mesmo no caso dos outros, há problemas metodológicos". "Não tem nada mais errado no Brasil do que pesquisa", afirmou, ao lembrar de eleições cujos resultados foram diferentes do que indicavam as pesquisas. "Pesquisa é furada e isso no futuro vai ter de ser examinado."

Eleitos já discutem royalties e CPMF
A repartição dos royalties de petróleo e uma eventual reedição da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) são estratégias que começam a ser discutidas por governadores de Estados de menor orçamento, como o Piauí.
O governador Wilson Martins (PSB), candidato à reeleição e líder nas pesquisas de intenção de voto no segundo turno, já tratou do assunto com os vencedores de seu partido no dia 3: Eduardo Campos (PE) e Cid Gomes (CE), reeleitos, e o estreante Renato Casagrande (ES).
"Os Estados menores e mais necessitados estão discutindo o pré-sal e a divisão dos royalties. Vamos mobilizar nossas bancadas no Congresso para essa questão", afirmou Martins, ao receber Casagrande em Teresina. "A intenção é resolver os assuntos que interessam aos Estados de forma conjunta", explicou o governador eleito do Espírito Santo.

Lula deve manter Battisti no País e poupar sucessor
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai decidir o futuro do ex-ativista italiano de esquerda Cesare Battisti antes da posse do seu sucessor, em 1.º de janeiro. Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália, sob acusação de ter cometido quatro assassinatos nos anos 1970.
De acordo com informações de bastidor do Palácio do Planalto, com a decisão, que tende a ser pela manutenção de Battisti no Brasil, Lula evitará constranger o futuro presidente com uma decisão que deveria ser sua e que não foi tomada mesmo estando autorizado a fazê-la há quase um ano.
Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Battisti à Itália, depois de insistentes pedidos e até de recursos à corte por parte do governo daquele país. A decisão se deu por 5 votos a 4. Mas os ministros acrescentaram, na decisão, que a palavra final caberia ao presidente da República.

Lula deixa pronto projeto que regula mídia eletrônica
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu tocar adiante o polêmico projeto que cria o marco regulatório da comunicação eletrônica. Mas não o enviará ao Congresso. A ideia é entregá-lo ao próximo presidente, que toma posse no dia 1.º de janeiro. Este decidirá o que fazer.
Desde agosto o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, tem dedicado boa parte de seu tempo a esse assunto. No início do mês ele viajou à Europa, para estudar a legislação que regulamenta a radiodifusão e as telecomunicações.
De acordo com Martins, esse marco regulatório, quando criado, "vai garantir a concorrência, a competição, a inovação tecnológica, o atendimento aos direitos da sociedade à informação". Mas há uma grande desconfiança entre os profissionais de comunicação quanto a interesses já manifestados pelo governo de criar um controle social da mídia, o que significaria a censura à livre expressão.

O GLOBO

STF confirma a Lei da Ficha Limpa e veta Jader Barbalho
O Supremo Tribunal Federal decidiu ontem, com base na Lei da Ficha Limpa, que o deputado Jader Barbalho (PMDB), eleito senador pelo Pará com 1,8 milhão de votos, não será diplomado nem assumirá a vaga. A decisão vale para todos os candidatos que renunciaram a cargos anteriores para evitar cassações - inclusive o outro senador eleito pelo Pará; Paulo Rocha (PT). O efeito sobre casos que não são de renúncia depende de novos julgamentos. Foram necessárias três votações. O resultado mostrou a divisão entre os ministros, numa sessão marcada por bate-bocas.
No Rio, Cristiano Girão, preso por ligação com milícias, transformou-se ontem no primeiro vereador cassado na história da atual Câmara.

Quem faltou ao 1º turno poderá votar no 2º

Datafolha: indecisos vão de 6% para 8%
Em cinco dias, o número de eleitores indecisos oscilou de 6% para 8%, segundo dados do Datafolha. Entre as mulheres, eles somam 10%; entre os homens, 5%. Pela pesquisa, Dilma tem 49% das intenções totais de voto, contra 38% de José Serra. A petista virou no Sudeste e tem agora 44% na região, contra 40% de Serra.

O silêncio dos sociólogos
O silêncio sobre a campanha marca a Anpocs, o encontro de cientistas sociais em Caxambu (MG). Alguns atribuem o comportamento à radicalização da eleição. "Há dominância do PT na academia", diz Luiz Werneck Vianna.

Escritora Ruth Rocha também não assinou manifesto pró-Dilma

Lula, volta a ironizar Serra e sugere que candidatos usem capacete
Uma semana depois da agressão sofrida pelo tucano José Serra no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não perdeu a oportunidade, ontem, de novamente ironizar o candidato do PSDB à Presidência, durante a cerimônia de inauguração da obra do Porto de Itajaí, destruído pela enchente de 2008. Lula disse que não pretende mais se candidatar, mas que, se isso viesse a acontecer, usaria um capacete para evitar situações como a vivida por Serra, que foi atingido na cabeça por um objeto num evento de campanha em Campo Grande, na Zona Oeste. Lula fez a referência em discurso a operários que usavam capacetes:
— Imagina se o nosso adversário estivesse com um chapéu desses. Não teria batido o papel. É importante, daqui para a frente, nas campanhas políticas, a gente utilizar capacete. Eu não vou mais voltar a ser candidato, mas se um dia eu fosse candidato, iria usar o capacete - discursou Lula.

E agora, Argentina?
A morte do ex-presidente Nestor Kirchner embaralhou o jogo político na Argentina. Ele já estava em campanha por um terceiro mandato K, como o casal Kirchner é conhecido. Agora, o governo de Cristina Kirchner e a oposição terão de buscar nova estratégia. Aos 60 anos, e considerado todo-poderoso do governo, o ex-presidente, que tinha problemas de coração, passava o feriado na Patagônia com Cristina quando se sentiu mal e teve um ataque cardíaco.

Brasil quer índice do FMI contra guerra no câmbio
O Brasil vai propor ao G20 que o FMI crie um índice de manipulação cambial. A ideia, diz o ministro Mantega, é classificar os países que forçam a queda de suas moedas para exportar mais, e conter a guerra cambial. O índice embasaria ações na OMC. Em meio aos alertas do BC de risco de bolhas. O governo não descarta e1evar o compulsório bancário e, a longo prazo, controlar a entrada de capitais.




CORREIO BRAZILIENSE

Estudantes estão reféns da violência
Estudar tornou-se atividade de risco no Distrito Federal. Após várias denúncias, polícia prendeu homem acusado de assaltar alunos de escolas na Asa Sul. Ele foi reconhecido por oito vítimas. Em Planaltina, um estudante levou três tiros a 100 metros do colégio. A condição dele é estável. A violência também atinge o Entorno. Em Águas Lindas (GO), a 45km de Brasília, uma jovem de 15 anos foi encontrada morta. Ela estava com o uniforme escolar.

STF aprova Ficha Limpa para estas eleições
Depois de abrir feridas entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e provocar um clima tenso na Corte, a Lei da Ficha Limpa finalmente teve o primeiro desfecho. A norma pensada e defendida pela sociedade vale este ano para casos em que o político renunciou ao mandato para fugir da cassação. A decisão foi tomada ontem pelos ministros, ao julgar recurso apresentado por Jader Barbalho (PMDB-PA), que tentava assumir o cargo de senador depois de ter seus mais de um milhão de votos computados como nulos.
Ontem, houve nova igualdade de entendimentos, de 5 x 5 entre os ministros. Para resolver o impasse, os ministros aplicaram por analogia o Artigo nº 205 do Regimento Interno, que determina a manutenção do ato impugnado nos casos de empate. A sugestão veio do ministro Celso de Mello, que, mesmo votando contra a lei, apoiou o grupo favorável à conclusão da análise da Corte. Isso evitou adiar a decisão mais uma vez, já que Cezar Peluso, presidente da Corte, abriu mão de usar o voto qualificado, que também poderia encerrar a contenda.

Funcionalismo: Servidor reivindica R$ 33 bi em 2011
Hoje é o Dia do Servidor Público e, além da comemoração, a categoria aproveita a data para reafirmar uma extensa pauta de reivindicações. Seja qual for o próximo presidente da República, ele herdará uma fatura a ser paga pela União ao funcionalismo. A conta está em fase de confecção no Congresso Nacional. O gasto adicional do próximo presidente pode chegar a R$ 33,7 bilhões se forem aprovados projetos que preveem, por exemplo, aumento do piso salarial para policiais e bombeiros, reestruturação de carreiras do Judiciário e criação de 5,3 mil vagas para agente de combate às endemias, entre outros.
Nos últimos anos, o governo foi generoso com os próprios funcionários. Só entre janeiro de 2002 e setembro de 2010, foi autorizado o preenchimento de 205.085 mil vagas por concurso público. Além disso, no mesmo período, os reajustes salariais chegaram a 382%, como no caso dos professores de ensino superior com doutorado e dedicação exclusiva. Representantes da categoria consideram os números uma conquista, mas cobram a continuidade da política de benefícios.
O servidor Marconi Souza está satisfeito com a profissão: "Direitos incorporados"
Desde o início do processo eleitoral, buscamos contato com os candidatos, mas, até hoje, nenhum apresentou as propostas para o funcionalismo. Isso demonstra que, seja quem for o vencedor, não há uma preocupação com a categoria. Por isso, vamos continuar a fazer o nosso papel de pressionar, avisou Sérgio Ronaldo, diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

"Quem? Não trabalha aqui"
Assim que saiu o resultado das eleições para a Câmara, foram exoneradas dezenas de funcionários dos gabinetes dos deputados, a maioria deles não reeleitos. Só na primeira semana, houve 138 dispensas de funcionários, contra apenas 22 nomeações. Alguns parlamentares chegaram a exonerar 10, 11 servidores num único dia. A maior parte desses secretários parlamentares, como são chamados, estavam lotados nos escritórios dos deputados nos seus estados de origem. Nos gabinetes em Brasília, muitos dos assessores que atenderam o telefone nem sabiam da existência desses servidores. Disseram que os exonerados trabalhavam no estado. Mas no escritório estadual, muitos também eram desconhecidos.
William Leonardo? Não tem ninguém aqui com esse nome, informou um funcionário do gabinete de Jairo Ataíde (DEM-MG), quando questionado sobre um dos exonerados. O deputado não se reelegeu e dispensou cinco secretários parlamentares. O funcionário informou o telefone do escritório do deputado em Montes Claros (MG), mas lá o ex-servidor também é desconhecido. William? Tem algum William aqui? (O assessor pergunta a outro colega). Tem nenhum William aqui não. É a respeito de quê? Questionado sobre Cynthia, responde prontamente: Tem nenhuma Cynthia aqui também não. Ela passa o telefone para Humberto, um funcionário mais antigo. O repórter informa o nome de quatro pessoas demitidas, mas ele não conhece nenhum. Daqui de Montes Claros não é, não. Humberto indica o nome da assessora de Brasília que teria a informação. A assessora Vivian ouve uma relação de cinco nomes, mas diz não conhecer nenhum deles.

Argentina chora por Kirchner
Vítima de infarto, o ex-presidente Néstor Kirchner morreu ontem, aos 60 anos. O país já discute a sucessão na Casa Rosada e o futuro político da viúva, Cristina, atual chefe da nação.

Indonésia: Cresce a tragédia
O país confirmou a morte de 311 pessoas vítimas de catástrofes naturais ocorridas esta semana: um tsunami e a erupção do vulcão Merapi. Ainda há centenas de desaparecidos.

VALOR ECONÔMICO

Certo da vitória, governo libera gasto
Com R$ 37 bilhões em caixa para despesas de investimento a serem usados ate dezembro; o Ministério da Fazenda autorizou as demais áreas do governo a acelerar gastos e a contratar obras e serviços vinculados à infraestrutura. A orientação é para que sejam agilizados os empenhos até o fim do ano, de forma a assegurar a utilização desses recursos em 2011 na forma de restos a pagar de 2010.
Duas diretrizes norteiam essa orientação. A primeira é a confiança da área econômica de que o candidato da oposição, José Serra (PSDB), não reverterá as intenções de voto que hoje dariam a vitória a Dilma Rousseff. Por isso, a intenção é assegurar a execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Sem Kirchner, Argentina vive nova fase de incertezas
A menos de um ano da eleição presidencial, a política argentina entrou ontem em curto-circuito com a morte do ex-presidente Nestor Kirchner, aos 60 anos. Enquanto militantes peronistas rumavam para o velório na Casa Rosada e a poderosa Confederação Geral do Trabalho pedia "aprofundamento do modelo", insinuando o desejo de maior participação sindical no governo, os principais líderes da oposição ficaram anestesiados e lançaram sinais imediatos de trégua à presidente e viúva Cristina Kirchner.
Depois de abrir mão de uma reeleição praticamente certa, em 2007, Kirchner atuava como articulador político do governo de Cristina, tomava as decisões em matéria econômica, em última instância, e era candidato a sucedê-la. Sem ele, novas questões inquietam a Argentina. A primeira delas é sobre uma eventual candidatura de Cristina à reeleição em 2011, algo até agora pouco cogitado. Outra é sobre a postura que ela adotará sem o marido. “Ela pode aprofundar uma política de confrontação ou abrir-se ao diálogo e à busca de maior governabilidade”, avalia Graciela Rômer, da consultoria Römer & Associados.

Na campanha, internet serve à desconstrução de imagens
O uso da internet como veículo de combate suplantou qualquer outra utilização na estratégia dos militantes das campanhas de José Serra e Dilma Rousseff. No Twitter, segundo o UOL, houve empate técnico: até as 20h de ontem, Dilma havia sido mencionada 98.297 vezes e Serra, 94.381. No You Tube e nas redes de relacionamento, militantes e profissionais da internet veem predominância tucana. Todos convergem na avaliação de que a internet favoreceu campanhas de desconstrução de imagem.
"Tivemos um poderosíssimo instrumento de potencialização das acusações", afirma o sociólogo Antonio Lavareda, do MCI-Ipespe. Nos dias em que houve picos de menções a Serra ou Dilma no Twitter, o predomínio era de links com notícias negativas. Quando a ex-ministra Erenice Guerra foi atingida por denúncias de corrupção, as menções a Dilma chegaram a 37.600. No mesmo dia, Serra foi mencionado 25.650 vezes e o principal link também era negativo.

'Valor' premia melhor gestão de pessoas
A revista "Valor Carreira" premia hoje as melhores empresas na gestão de pessoas, em cerimônia no hotel Unique. Elas foram eleitas em pesquisa com os funcionários conduzida pelo Valor e Aon Hewitt. As seis campeãs são: Zanzini Móveis (de 100 a 500 funcionários), Laboratório Sabin (501 a 1.000), CP Promotora (1.001 a 2.000), Móveis Gazin (2.001 a 4.000), BV Financeira (4.001 a 10.000) e AmBev (mais de 10.000). Uma delas será anunciada no evento a Melhor na Gestão de Pessoas em 2010. A revista circula amanhã para assinantes e venda em bancas.

Internet no avião
A partir de novembro, a TAM será a primeira companhia aérea da América Latina a oferecer acesso à internet em banda larga via satélite para uso de celular e computadores durante os voos.

Especial: Rodovias
Segundo a Confederação Nacional dos Transportes, todas as dez melhores estradas do país são administradas pela iniciativa privada. Mas em muitos casos o usuário tem de conviver com pedágios caros por vários anos. "O sistema deu certo em São Paulo porque e um Estado rico. Em outras regiões é diferente", diz Peter Wanke, cia UFRJ.

Tribunal de Contas da União aponta que o governo federal não gastou com a saúde o mínimo exigido por lei
Fonte: Congressoemfoco

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