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terça-feira, maio 04, 2010

Egotrip presidencial

dora kramer


Não há novidade no comportamento autorreferido do presidente Lula, cujo bordão “nunca antes neste país” não só foi incorporado à cena como, a julgar por seus altos índices de popularidade, é muito bem aceito pela maioria


O presidente Luiz Inácio da Silva pede calma aos correligionários prometendo entrar em campo depois da Copa do Mundo para dar uma “virada” na campanha de Dilma Rousseff e passa a ordem unida a milhares de trabalhadores reunidos para comemorar o 1.º de Maio: “Vocês sabem quem eu quero”.

Não obstante o discurso ao molde de código para fugir à vigilância da Justiça Eleitoral – em tempos distantes Lula nessa data afrontava a durindana –, chama atenção nos dois atos descritos acima a centralidade exclusiva que o presidente atribui ao seu papel no resultado dessa eleição.

Substituindo-se à candidata e ao livre arbítrio de seus admiradores. “Eu quero” tanto pode ter sido uma licença inadequada de linguagem como uma manifestação até involuntária daquela viagem aludida por Ciro Gomes quando, no auge da irritação por ter sido preterido sem aviso prévio, disse que o presidente navegava “na maionese”, se sentindo o “todo-poderoso”, capaz de simplesmente ungir sua escolhida.

Não há novidade no comportamento autorreferido do presidente Lula, cujo bordão “nunca antes neste país” não só foi incorporado à cena como, a julgar por seus altos índices de popularidade, é muito bem aceito pela maioria.

Isso diz respeito a Lula e ao exercício de seus dois mandatos presidenciais. Um sucesso de bilheteria, nem tanto de crítica, mas questão vencida e resolvida.

O ponto em aberto passou a ser a sucessão. Como Lula escolheu disputar de novo por intermédio de candidata sem histórico político, eleitoral ou partidário, o problema posto inicialmente foi a sua capacidade de transferir votos para Dilma Rousseff.

Lula precisou tomar a frente do processo a fim de transmitir ao eleitor o recado de que era ela a escolhida. Fez isso durante dois anos, desde fevereiro de 2008 quando do batizado da “mãe do PAC”, e conseguiu tirar Dilma de 2% para a casa de 30% de intenções de votos nas pesquisas.

Não adianta discutir os métodos. Nessa altura trata-se de examinar os fatos. E estes expõem o seguinte: a oposição à frente nas pesquisas, com uma situação política mais favorável inicialmente, sem que isso tenha tido reflexo comprovado nas intenções de voto. Ainda não saíram novas pesquisas.

Portanto, a vantagem que se observa agora para a oposição pode ou não ter ultrapassado do campo político para o terreno eleitoral.

Ou seja, o presidente se baseia na realidade quando pede que seus correligionários não se deixem tomar pela ansiedade.

Conviria, porém, que ele também contivesse a ânsia do ego inflado e deixasse algum espaço para que as qualidades de Dilma Rousseff aparecessem.

Evidente que o presidente como principal arquiteto da própria sucessão precisa ter papel ativo na campanha. O problema é a calibragem. Saber o momento em que essa atividade ultrapassa o limite e passa a ser uma arriscada hiperatividade.

Por exemplo, quando diz que depois da Copa do Mundo ele entra em campo e tudo se resolve, Lula praticamente está dizendo que Dilma sozinha não dá conta do recado.

Outro exemplo: no afã de ganhar terreno em relação ao adversário – contrariando o apelo à serenidade – acaba criando oportunidades, como aconteceu no 1.º de Maio, de a oposição recorrer à Justiça Eleitoral. E é claro que o risco para o governo é sempre maior, porque se de um lado em tese a posse da máquina pública possa favorecê-lo esse é um fator que o deixa mais vulnerável nos julgamentos do Tribunal Superior Eleitoral.

Esse tipo de contestação na fase atual, se aceita, no máximo rende multa. Depois do início oficial da campanha pode significar cassação do registro de candidaturas.

Além disso, há carência de celebração à candidata. Até agora não se ouviu de Lula uma explanação séria e fundamentada sobre as razões pelas quais os brasileiros deveriam escolher Dilma para presidir o Brasil.

Seu último pronunciamento sobre isso foi artificial – “se eu soubesse antes que ela era tão boa não teria sido candidato” –, quase jocoso. Seria um bom começo: parar de falar de si, que deixará a Presidência e logo será passado, e começar a falar dela que sinaliza uma representação do futuro.

Fonte: Gazeta do Povo

Os mesmos de sempre

Carlos Chagas

Apesar de abominável, a moda continua a mesma: quem vai pagar a farra das elites políticas e econômicas que levaram a Grécia à bancarrota? Os mesmos de sempre, quer dizer, o povo, que terá salários e vencimentos reduzidos, sem falar nas pensões e aposentadorias, ao tempo em que os impostos serão aumentados e o desemprego se ampliará. Serão, também, privatizadas as empresas públicas e os serviços estatais que sobraram da última lambança.

A causa da crise está tanto em maus governos quanto na especulação desenfreada de banqueiros e sucedâneos. O remédio vem dos países economicamente poderosos, prontos para “salvar” a economia grega através do sacrifício de seu povo. O cidadão comum que pague, como de resto vem pagando no mundo inteiro onde surjam situações parecidas. O Brasil já foi a bola da vez e Fernando Henrique Cardoso engoliu caladinho a mesma fórmula neoliberal que agora aplicam na Grécia.

Por que o trabalhador deve receber a conta, se em nada contribuiu para criá-la? De que maneira se poderá debitar ao assalariado a responsabilidade pelo fracasso da política econômica apoiada numa falsa livre competição entre quantidades distintas?

Na Grécia, as massas estão a um milímetro da explosão. Sobre elas, não se poderá alegar manipulação do solerte credo vermelho, há muito escoado pelo ralo. É bom tomar cuidado.�

Mala cheia ou vazia?

Está previsto para hoje à noite encontro de Dilma Rousseff com Michel Temer. Se não tiver havido adiamento, será a oportunidade para a candidata convidar formalmente o presidente nacional do PMDB para seu companheiro de chapa. Ainda que meio rachado, o maior partido nacional oferece ao governo estruturas que o PT não tem, além de tempo no horário de propaganda gratuita na televisão. Votos, propriamente, Michel não levará muitos.

Algumas preliminares serão discutidas pelos dois, ainda que o poder decisório não se encontre na mesa onde deverão jantar. Quem decidirá que o PT de Minas precisa ser enquadrado para apoiar Hélio Costa para governador é o presidente Lula. A mesma coisa nos estados onde ainda não foi celebrado acordo entre as duas legendas.�

Deixem Deus de fora

Não se conteve o candidato José Serra em sua fúria antitabajista. Mesmo negando que se for eleito proibirá o uso do cigarro em todo o território nacional, o candidato rotulou os fumantes de “pessoas sem Deus”. Misturou as bolas e deixou perplexos os padres que fumam e os ateus que não fumam. Como pediu a quantos acreditam em Deus que rezem por ele, fica a dúvida: e os que não acreditam, devem votar em Dilma?
Nunca é demais repetir que se essa campanha contra o cigarro fosse mesmo para valer, já que fumar faz mal e não raro mata, a grande solução para defender a saúde dos brasileiros seria fechar as fábricas de cigarro. Mas alguém tem coragem?

A farsa de todas as horas


Houvesse um mínimo de coerência e de lógica no Congresso e os líderes dos partidos já deveriam, faz muito, ter revogado todos os dispositivos legais que restringem campanhas eleitorais e fixam prazos fajutos para o cidadão reconhecer que é candidato ou que vai votar neste ou naquele indicado às eleições. A única restrição deveria ater-se ao uso de dinheiros públicos nas campanhas, bem como à limitação de gastos privados. Agora, se um candidato quer começar a disputar votos no dia seguinte à sua eleição, ou logo depois de ter sido derrotado, o problema é dele e do eleitor. Se estiver perturbando a vida dos outros, receberá a resposta pela rejeição nas urnas. Simples, não parece? �
Fonte: Tribuna da Imprensa

Comigo não tem essa de nu artístico', diz Anamara sobre Playboy

Redação CORREIO | Fotos: Divulgação/Playboy

A ex-integrante do BBB10 Anamara participou de uma coletiva de imprensa de seu ensaio nu para a revista 'Playboy' nesta segunda-feira, 3, em São Paulo. A ex-BBB fez a tradicional foto com as coelhinhas da publicação ao chegar ao evento.

'Foi um ensaio glamuroso. Cheguei já ficando pelada, não teve essa historia de espumante', disse Maroca. “Eu quero que o homem pegue a minha revista e leve para o banheiro para se masturbar. Comigo não tem essa de nu artístico. Quer nu artístico? Posa para o Picasso. O meu é para se masturbar. As fotos estão chamativas, sensuais e glamourosas”.


Comigo não tem essa de nu artístico, diz ex-PM Anamara

No lançamento do ensaio, Anamara contou que ficaria com o vencedor do BBB10, Marcelo Dourado. 'Se tinha um cara com quem eu queria ficar na casa era o Dourado, que é ogro do jeito que eu gosto', confessou Maroca aos jornalistas. 'Ficava imaginando como ele seria na cama'.

Já sobre o companheiro de casa Kadu, Anamara contou que o desejo era mais brincadeira que outra coisa. 'Com o Kadu era mais uma brincadeira', disse. 'Mas um relacionamento de verdade acho que fluiria com o Bial. Ele é lindo, cheiroso, é um tesão'


Anamara diz que queria sexo com Dourado e namoro com Bial

A ex-BBB, que diz só ter namorado nove homens, não economizou quando o assunto foi sexo: 'Gosto muito de sexo, mas gosto de manter o vínculo'. E revelou que já ficou com alguns famosos desde que saiu da casa, mas não quis dizer o nome.

Anamara contou ainda que no BBB tinha sonhos eróticos. 'Tive até um orgasmo depois de um desses sonhos.' E ainda atiçou a imaginação dos homens ao sugerir um ensaio com Priscila Pires. 'Faria ensaio com a Priscila, sim. Imagina eu de policial enquadrando a Priscila? Ia ser bafão', revelou. 'Pegaria, bichinha gostosa', disse em tom de brincadeira sobre a nova amiga.

Ela também relembrou os tempos em que era policial. 'Nunca tive o desprazer de enquadrar ninguém. No carnaval em Salvador, quando tive mais contato com o público, eu ouvia várias cantadas. Mas é lógico que fardada, de policial, não ouvia nada.'

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Ex-BBB é estrela da edição de maio da revista 'Playboy'

A ex-BBB ainda revelou que com o cachê do ensaio pretende comprar uma casa para a mãe e se mostrou meio 'vidente'. 'Certa vez eu estava olhando um site de relacionamento no ano passado e falei: 'Vou ser capa da Playboy até junho do ano que vem'. E eu nem sabia ainda que eu ia entrar na casa'.

Questionada se já colocou a farda para realizar feitiche, ela contou que não acha a ideia sexy. 'Por incrível que pareça, não me sentia sensual fardada. Então nunca vesti a farda por fetiche. No fim do ano, vou voltar para a minha região. Estou curiosa para saber o que os policiais que só me viram fardada vão achar do ensaio. Eles nunca me viram nem de cabelo solto'.

Ela relembrou o affair que teve quando saiu do BBB. 'Saí da casa, transei, e o tempo não permitiu mais. Não tem como manter um relacionamento agora'. revelou Maroca, sem confirmar se o tal affair foi com o amigo de Priscila Pires, Renato Bruzzi. A morena contou que nunca fez sexo a três. 'Tenho a vontade, mas não tenho a coragem ainda'.

Para aparecer em forma no ensaio, Anamara afirmou não ter feito grandes sacrifícios. 'A preparação física foi só fechar a boca. Fui dois dias para a academia e falei para a Priscila (Pires) que aquilo não era para mim. Parei só com os doces.' As informações são do Ego.
Fonte: Correio da Bahia

Pressionada, Câmara deve votar Ficha Limpa hoje

Agência Estado

Impulsionado pela pressão popular, o projeto "Ficha Limpa", que impede a candidatura de políticos com condenações na Justiça, deve ser votado hoje na Câmara dos Deputados. O plenário da Casa promete analisar tanto a urgência da proposta como o mérito. Em seguida, a matéria será encaminhada ao Senado, onde se fala em análise rápida. Em ano eleitoral, há senadores que defendem a aprovação sumária do projeto para livrar a Casa da marca de corporativista.

Ontem, senadores defenderam que a proposta seja votada no Senado como vier dos deputados. Qualquer eventual modificação no texto exige que a proposta volte para a Câmara, a Casa de origem, o que inviabilizaria a adoção da lei nas eleições deste ano. Para valer nas próximas eleições de outubro, o texto tem de encerrar sua tramitação no Congresso e receber sanção presidencial até 6 de junho, antes do início das convenções partidárias.

No entendimento de alguns juristas, no entanto, mesmo que tal prazo seja obedecido, a lei só poderá valer para as eleições municipais de 2012. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), faz coro. Segundo ele, não há tempo para as regras, mesmo aprovadas, serem aplicadas em outubro.

Para senadores governistas e da oposição, o Senado não tem alternativa, a não ser votar rapidamente. Caso contrário, a imagem da Casa, e sobretudo a deles, em ano eleitoral, seria fortemente arranhada. "Já digo aqui, que a disposição é votar o que vem da Câmara sem emenda, o que não significa que estejamos a aprovar o que veio da Câmara simploriamente. Não. É que nós não temos outra saída", disse o senador Pedro Simon (PMDB-RS).

Líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) cobrou dos partidos políticos que também façam a sua parte, como maneira de impedir que candidatos envolvidos em "peculato, estelionato e sonegação fiscal" sejam candidatos nas eleições. "É hora de cada um mostrar a sua face, é hora de cada um dizer a que veio na vida pública. É hora de votar o projeto, com rapidez. Lá (na Câmara) demoraram muito, mas se votarem agora se redimem." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: A Tarde

Coelba descumpre acordo e os consumidores reclamam

Iracema Chequer/Agência A TARDE
Longas  filas se formaram ontem na sede da Coelba, Praça da Sé, para o registro  de queixas de aumento
Luisa Torreão/A Tarde

Semana após semana, os problemas envolvendo a Coelba não parecem arrefecer. Intenso, o movimento de pessoas para registrar queixa no posto da concessionária na Praça da Sé, nesta segunda-feira, 3, foi marcado por mais reclamações: longas filas, demora no atendimento e cobrança indevida pelo serviço de aferição nos relógios medidores.

“Só tem um funcionário atendendo a todo mundo que chega. Isso está errado, tem que ter pelo menos dois caixas. É um desrespeito”, bradava a enfermeira Ruth Souza Lima, 53 anos, que já estava há três horas na agência. Na fila, gente como seu Carlos Maciel Sandes, 54, cuja fatura da mercearia de 30 m² sofreu grande alta, passando de R$ 135,66 (262 kwh), no vencimento de 27 de abril, para R$ 507,99 (983 kwh), no vencimento de 27 de maio.

Diferente do que foi garantido em acordo do Ministério Público (MP) com a Coelba, outros direitos não parecem estar sendo respeitados. Ficou decidido, semana passada, que a concessionária teria o prazo de um mês para responder a cada consumidor que registrasse queixa por alteração de valores na fatura, e pela revisão de cada caso não seria cobrada qualquer taxa extra. O cliente teria direito, ainda, a não pagar a conta, sem ter a energia cortada, nesse intervalo de tempo.

Mas não foi isso o que a equipe de reportagem constatou, nesta segunda, ao encontrar a comerciante Maria da Conceição Freitas, 53 anos. Ela havia acabado de registrar uma reclamação por aumento de pelo menos 100 ou 200 kwh na conta de luz de casa, onde só moram ela e a filha, que passam o dia fora – R$ 92,23 (170 kwh) em março, e R$ 194,96 (372 kwh) em abril.

Maria da Conceição pediu uma aferição no relógio medidor da residência para constatar se havia erro de leitura. Para isso, recebeu um protocolo e um aviso de que o serviço, com prazo de um mês para ser realizado, provavelmente não sairia de graça. “A moça me disse que se estivesse tudo normal, como ela acha que está, vão me cobrar R$ 6”, reclamou. E mais: “Ela deixou bem claro que, se eu não pagar a conta, vão cortar minha luz”.

A Coelba respondeu por nota de assessoria que o problema verificado na agência da Praça da Sé não corresponde ao procedimento adotado pela empresa: “Conforme já divulgado, todos os consumidores que reclamarem sobre o valor cobrado na conta de energia de abril, não pagarão a taxa de verificação de leitura no medidor. Além disso, só estarão suscetíveis à suspensão do fornecimento após a resposta da empresa, caso não efetuem o pagamento do valor devido”.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta terça-feira,

Nos jornais: alerta vermelho para a Copa no Brasil

O Globo

Alerta vermelho para a Copa no Brasil

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez ontem suas mais duras críticas ao Brasil pelos atrasos nas obras e pelos projetos que não estão em conformidade com as exigências da entidade para a Copa do Mundo-2014. Durante o lançamento da campanha "Fundo de Ingressos", que vai doar 120 mil tíquetes de categoria 4 (140 rands ou R$35) para crianças, participantes de projetos sociais e humanitários e operários que trabalharam nas obras dos dez estádios do Mundial-2010, o dirigente francês deu entrevista no Estádio Soccer City, em Johannesburgo, e disse que "o número de estádios em que a luz vermelha já está acesa é incrível". E foi além: "O Brasil não é pontual. O Brasil não está no rumo certo". Responsável pelas áreas administrativa e financeira da Fifa, o número 2 da entidade coordena a organização das Copas do Mundo e contou estar aborrecido com os organizadores das cidades brasileiras: "Estamos querendo o comprometimento com a entrega do que eles assinaram". E mostrou que sabe como muitas coisas são adiadas no país: "Cada dia é importante porque há eleições (presidenciais) no Brasil, e nesse período de tempo muito pouca coisa acontece; depois, nós temos o carnaval, e nada vai acontecer".

Serra e Dilma juntos, contra invasões

A abertura da 76ª ExpoZebu no fim da manhã de ontem, com a presença dos pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), transformou-se num ato contra as invasões de terra patrocinadas pelo Movimento dos Sem Terra. Na disputa pelos votos do poderoso agronegócio do país, os dois principais presidenciáveis criticaram duramente ocupações de terras e, mesmo sem citar explicitamente o MST, defenderam a legalidade no campo. A estabilidade no meio rural é um dos principais itens da lista de reivindicações que a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), organizadora da exposição, entregou a Serra e Dilma, ontem.

D. Marisa usa avião oficial para ajudar Dilma

A primeira-dama, Marisa Letícia, usou um Embraer 190, um dos aviões reservas da Presidência da República, para participar de um encontro promovido pela Associação das Mulheres Rurais de Uberaba (Amur), numa das barracas da 76 ª ExpoZebu, ao lado da ex-ministra e presidenciável petista Dilma Rousseff. O encontro, no qual Dilma fez discurso de candidata, se transformou num ato de apoio à pré-candidata petista. Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se confundiram no momento de justificar a viagem da primeira-dama, acompanhada apenas de alguns seguranças, num avião de alto custo.

PT prepara ação contra evento de Serra custeado com verba pública
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse ontem que, mesmo que o projeto seja aprovado esta semana, não haverá tempo de as regras serem aplicados na eleição de outubro. Antes contrário à proposta, Vaccarezza diz que, agora, há condições de aprovar o projeto devido às mudanças feitas pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), relator do novo texto, apresentado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ).

Dilma convida Temer

A possibilidade de esvaziamento da candidatura da petista Dilma Rousseff, com ameaças veladas feitas por pequenos e médios partidos aliados, está levando o presidente Lula a ter uma ação mais efetiva nos bastidores. Ele até voltou a se arriscar na cena pública com atitudes mais ousadas para explicitar seu apoio, após período de cautela por causa das duas multas da Justiça Eleitoral. O presidente tem conversado com Dilma para avaliar a campanha. Por orientação de Lula, a candidata tem encontro hoje à noite com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para sacramentar a chapa PT-PMDB. Ela vai oficializar o convite para Temer ser o vice. Amanhã, vai almoçar com o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), assediado pelo PSDB para ser o vice do tucano José Serra.

- Lula está se envolvendo de perto na campanha e vai orientar, onde for necessário, os ajustes. Até porque Dilma é candidata dele - disse o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Aliança de Gabeira terá Marina e Serra

Em encontro ontem, na sede do PPS no Rio, para formalizar a coligação PV-PPS-DEM-PSDB, os partidos anunciaram que o pré-candidato ao governo fluminense pelo PV, deputado federal Fernando Gabeira, apoiará, no primeiro turno, dois pré-candidatos à Presidência: Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB). Os dois participarão juntos, em junho, da convenção da aliança no estado. Foi anunciada ainda a chapa de Gabeira para o Senado, que terá o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) e o ex-deputado federal Marcelo Cerqueira (PPS).

- O Serra tem agora um palanque bom, forte, no Rio. A Marina também tem. Nossa coligação está montada. Foi adotada por todos universalmente e vai fazer uma bela campanha para presidente da República. Tanto do Serra, quanto da Marina. O Gabeira não é mais candidato do PV. Ele é candidato da coligação - afirmou Márcio Fortes, um dos coordenadores da campanha de Serra no Rio e provável vice na chapa de Gabeira.

Marina: PSDB e PT são reféns do que há de pior

A pré-candidata à Presidência pelo PV, senadora Marina Silva, atacou as alianças feitas pelos partidos de seus dois principais adversários, o PSDB de José Serra e o PT de Dilma Rousseff, ao se dizer despreocupada com o fato de sua legenda não estar fazendo coligações para fortalecer sua candidatura.

- O PT virou refém do que havia de pior no PMDB, e o PSDB virou refém do que há de pior no DEM. Uma coisa é a eleição, em que os partidos se transformam em máquina de ganhar o poder pelo poder, e se aliam levando em conta a estrutura e o tempo de televisão - disse Marina, em entrevista na TV Gazeta.

Sobre os enfrentamentos que teve com Dilma quando era ministra do Meio Ambiente, Marina disse não guardar mágoas:

- Tivemos divergências, divergências sérias, mas não me coloco na posição de vítima e nem guardo ressentimentos.

ONG divulga lista de 40 'predadores' da imprensa

A organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras divulgou ontem lista de 40 políticos, representantes de governo, líderes religiosos, milícias e organizações criminosas considerados "predadores da liberdade de imprensa". São pessoas ou grupos que, segundo a entidade, não suportam a imprensa, tratada por eles como inimiga, e que atacam jornalistas. "Eles são perigosos, violentos e acima da lei", diz a nota divulgada pelo Repórteres sem Fronteiras. Entre os nomes estão o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-i, a máfia italiana, o grupo separatista espanhol ETA. Muitos já integravam a lista ano passado.

Lula: narcotráfico tem braço político

Após declarar que o narcotráfico é hoje uma poderosa indústria com braço na política e no Judiciário, o presidente Lula anunciou ontem, em sua visita à região de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, medidas para combater o tráfico de drogas nos 11 estados que fazem divisa com países da América do Sul. Segundo ele, o governo brasileiro instalará, até o fim de 2010, 11 bases da PF e da Força Nacional de Segurança nas regiões de fronteira. Serão 45 policiais em cada unidade, com investimento de R$144 milhões até 2012, incluindo compra de helicópteros, barcos e armamento. Ao lado do presidente paraguaio Fernando Lugo, Lula inaugurou um monumento na linha divisória entre os dois países. Cercados por atiradores de elite nos prédios, do lado paraguaio, os presidentes estiveram com o senador Robert Acevedo, vítima de atentado semana passada.

Código Florestal: Greenpeace faz críticas à Câmara

O Greenpeace denunciou ontem que a comissão especial criada na Câmara para debater mudanças no Código Florestal tem preferido ouvir classes que defendem a reforma da lei, bandeira do setor do agronegócio. A ONG fez um levantamento sobre as posições colhidas pela comissão nas mais de 40 audiências públicas realizadas sobre o assunto. De 267 autoridades de diferentes setores ouvidas, representantes da agricultura são o maior número. Somados, patrões, trabalhadores rurais e produtores autônomos correspondem a 38% dos que tiveram a chance de se manifestar, segundo a ONG. Em seguida vêm os representantes de governos estaduais e municipais: 33%. Na outra ponta, somente 1% dos ouvidos são lideranças indígenas e 7%, ambientalistas. Outra área mal representada é a ciência, com apenas 6% do total.

Folha de S. Paulo

Ranking de doação a partidos é liderado por construtoras

As empreiteiras foram as principais financiadoras dos grandes partidos políticos em 2009, sendo responsáveis por 68% das doações recebidas por PT, PSDB, DEM e PMDB. Quatro dessas construtoras doaram 39% de tudo o que essas siglas receberam de doações no ano passado. Segundo as prestações de contas dos partidos entregues ao Tribunal Superior Eleitoral, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Carioca Christiani Nielsen e JM Terraplanagem transferiram para as principais siglas R$ 6,2 milhões.
Todas essas empreiteiras -o ramo é, ao lado dos bancos, o mais tradicional financiador de partidos- possuem ou possuíram contratos milionários com o governo federal ou com os principais governos estaduais.

Dirigentes de siglas defendem financiamento

Os dirigentes dos partidos políticos ouvidos pela Folha disseram considerar natural o financiamento por parte das empreiteiras. "Ninguém doa porque acha o partido bom ou ruim. Há uma correlação de interesses e isso é natural", afirmou o tesoureiro do DEM, Saulo Queiroz. Ele se refere a empresas que tinham contrato com o governo de José Roberto Arruda (DF), que deixou a legenda e o cargo após ter seu nome envolvido em suspeitas de corrupção. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que o partido recebeu doações das empresas que tradicionalmente contribuem com os partidos políticos.

Pré-campanha só é punida com multa

Ex-ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ouvidos pela Folha, além de dirigentes partidários, defenderam ontem mudanças nas regras eleitorais sob a alegação de que é impossível o país ignorar a disputa até a metade do ano. A legislação prevê como única punição neste período de pré-campanha a aplicação de multa em até R$ 25 mil. No início de abril, os candidatos que não disputam a reeleição tiveram que deixar o cargo, mas ainda não foram "oficializados" pelas convenções partidárias, o que será feito até o final de junho. Este período do início de abril até o final de junho é conhecido como um "vácuo" na campanha.

Pelo "agrovoto", Serra e Dilma dividem palanque e feijoada

Num clima de cordialidade, com cumprimentos protocolares, os pré-candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) dividiram o mesmo palanque e uma mesma feijoada ontem, no interior de Minas. Na tentativa de conquistar o apoio da nata do agronegócio brasileiro, Dilma e Serra sentaram-se praticamente lado a lado, durante cerca de uma hora de solenidade de abertura oficial da 76ª ExpoZebu, em Uberaba. Ficaram separados apenas pelo ex-ministro da Agricultura e deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB-PR). Antes, na sala VIP, cumprimentaram-se rapidamente e posaram para fotos juntos. Na solenidade, trocaram poucos olhares e nenhuma palavra.

Gabeira lança chapa sob fogo amigo

No dia em que foi anunciado oficialmente como pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) virou alvo de críticas de aliados por declarar apoio a José Serra (PSDB) num eventual segundo turno contra Dilma Rousseff (PT). Ele disse ao Blog do Noblat que votaria no tucano após apoiar Marina Silva (PV) no primeiro turno. A declaração gerou incômodo entre aliados da senadora. O ex-deputado Luciano Zica classificou a fala como "lamentável". "Foi uma declaração infeliz. Causa estranheza, porque Gabeira é um cara experiente. Não temos o direito de escorregar agora", disse à Folha. "Não perguntamos ao Gabeira quem ele vai apoiar no segundo turno do Rio. E se a disputa for entre Serra e Marina, ele também vota no Serra?", provocou Zica.

Resultado de MG facilita o roteiro traçado por Lula

A vitória do ex-prefeito Fernando Pimentel nas prévias do PT em Minas é uma correção de rumo no roteiro traçado pelo presidente Lula para apoiar a candidatura de Hélio Costa (PMDB) ao governo mineiro. Lula não queria as prévias. Defendia que Pimentel e seu ex-ministro Patrus Ananias combinassem entre si quem seria o escolhido para negociar um acordo com o PMDB. Na cabeça de Lula, seria uma mera encenação para algo que já negociou com a cúpula peemedebista e que dará a Dilma Rousseff palanque único no segundo colégio eleitoral do país.

Em quadrinhos, PSDB faz propaganda da gestão de "Zé Serra" à frente da Saúde

Diante de uma emergência lotada, Glória entra em trabalho de parto, sem que um médico possa atendê-la. É aí que o simpático Chico Baleia intervém: "Pois é... No tempo do ministro Zé Serra não era esse caos na saúde pública". A cena não foi presenciada pela reportagem. Ela está em um gibi que será distribuído em todo o Brasil pelo PSDB a partir da próxima semana. Os personagens são moradores de uma fictícia Vila Brasil, mas o "ministro Zé Serra" ali citado nada tem de ficcional. É o pré-candidato tucano à Presidência da República. O trecho acima faz parte do segundo volume da série, idealizada pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN). O primeiro, lançado em setembro passado e distribuído em 17 Estados, discutia a paternidade de programas como o Bolsa Família.

PSDB escolhe Aloysio para o Senado em SP

Por aclamação, o diretório do PSDB de São Paulo escolheu ontem o ex-secretário da Casa Civil do Estado Aloysio Nunes Ferreira pré-candidato ao Senado. Ele disputava a indicação com o deputado federal José Aníbal (PSDB-SP), que retirou a candidatura. "Ele preferiu evitar uma disputa que pudesse amarrar o processo até a convenção de junho", afirmou Aloysio sobre a decisão de Aníbal. Segundo o pré-candidato, a escolha foi feita para manter a unidade da sigla. "O entusiasmo contagiante do lançamento da candidatura de [José] Serra em Brasília acabou por nos mobilizar aqui", disse Aloysio.

Assembleia do Paraná é investigada por nomear criança

Documento que integra denúncia feita ontem à Justiça pelo Ministério Público do Paraná aponta que até uma criança de 7 anos foi nomeada funcionária comissionada da Assembleia Legislativa do Estado. Priscila da Silva Matos Peixoto tem hoje 22 anos. Em depoimento, confirmou ter sido funcionária da Assembleia, mas entre 2007 e 2009. O nome de Priscila foi localizado, segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em atos de nomeação de funcionários comissionados da diretoria-geral da Casa, em 1994, quando ela era uma criança.

Ficha limpa" ficará para 2012, diz deputado

Deputados prometem votar hoje projeto de lei que proíbe a candidatura de quem tenha sido condenado por decisão colegiada da Justiça (por mais de um juiz). "Para valer em outubro, teríamos de ter aprovado o texto até setembro do ano passado", disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT). Para integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, entidade autora da proposta, a lei pode ser aprovada em qualquer momento para valer no pleito deste ano.

O Estado de S. Paulo

Empresa que poluir além do limite terá de pagar, prevê Fazenda

Estudo da Fazenda prevê que empresas que lançarem na atmosfera quantidade de carbono acima de um limite a set fixado pelo governo terão de comprar "títulos" no mercado brasileiro de redução de emissões, informa a repórter Marta Salomon. Esse novo mercado funcionará com certificados de redução de emissões de gases do aquecimento global, e os papéis também poderão ser comprados por investidores comuns. O estudo dá início à regulamentação das metas do clima. No final do ano passado, o governo anunciou cone entre 36,1% e 38,9% das emissões de carbono previstas para 2020, mas esses limites ainda não saíram do papel. O modelo em discussão pane da ideia de que haverá "tetos" de emissão de carbono para os diferentes setores da economia. Estão sujeitos a esse tipo de restrição os setores de geração de energia, transportes, indústria em geral e agronegócio.

Câmara deve votar ''ficha limpa'' hoje e repassar pressão para Senado

Depois de impulsionado pela pressão popular, o projeto Ficha Limpa, que veda a candidatura de políticos com condenações na Justiça, ganhou velocidade e deve ser votado hoje no plenário da Câmara dos Deputados.
O plenário da Casa promete analisar tanto a urgência da proposta como o mérito. Em seguida, a matéria será encaminhada ao Senado, onde se fala em análise rápida. Em ano eleitoral, há senadores que defendem a aprovação sumária do projeto para livrar a Casa da marca de corporativista. Ontem, véspera da esperada votação, senadores defenderam que a proposta seja votada no Senado como vier dos deputados. Qualquer eventual modificação no texto exige que a proposta volte para a Câmara, a Casa de origem, o que inviabilizaria a adoção da lei nas eleições deste ano. Para valer nas eleições de outubro próximo, o texto tem de encerrar sua tramitação no Congresso e receber sanção presidencial até 6 de junho, antes do início das convenções partidárias.

Quase 2 milhões assinam documento virtual

Até as 20 horas de ontem, exatos 1.991.612 brasileiros haviam assinado uma petição virtual do site www.aavaz.org em favor do projeto Ficha Limpa, que terá pedido de urgência urgentíssima apreciado pelo Congresso. A meta era alcançar, ainda ontem, a marca de 2 milhões de eleitores, endossando o pedido para votação, que é encaminhado aos e-mails dos deputados. A lista em papel já entregue ao Congresso para a apreciação do projeto de iniciativa popular chegou a 1,6 milhão de nomes. Juntando as duas, o projeto terá recebido o apoio de 3,6 milhões de eleitores. Com base em Nova York, nos Estados Unidos, o Aavaz - cujo nome remete ao significado de "a voz" em línguas asiáticas e do Oriente Médio - é uma organização não-governamental (ONG) que participa de mobilizações para variadas campanhas de opinião pela internet, com temas tão díspares quanto o aquecimento global, o conflito israelense-palestino e a guerra no Iraque. O diretor executivo da ONG é o canadense Ricken Patel. O site é hoje um dos mais importantes parceiros do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), rede de 44 entidades que lançou o projeto Ficha Limpa.

PV impede inscrição de 'fichas-sujas'

O PV foi a primeira agremiação a impedir - publicando no Diário Oficial da União e aumentando um parágrafo em seu estatuto - a filiação e candidatura dos chamados "fichas-sujas". Pela resolução não serão admitidos como candidatos do PV políticos condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de oito anos por crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública, por atos contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o meio ambiente, a saúde e contra a vida. O texto da determinação impede ainda candidaturas de políticos com contas rejeitadas por irregularidade que configure ato de improbidade administrativa. "Quisemos mostrar à sociedade que estávamos antenados com a ideia do projeto Ficha Limpa. Os demais partidos têm dito que vão fazer o mesmo, mas por enquanto somente nós o fizemos e publicamos em nosso estatuto, a lei dos partidos", afirmou o integrante da direção nacional do PV, Marco Antonio Mroz.

Serra e Dilma criticam ações de sem-terra

Ao participarem ontem, em Uberaba, da Expozebu, a mais importante feira pecuária do País, os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) garantiram aos criadores de gado que são contrários às ações de ocupação de propriedades rurais por movimentos de sem-terra.
O vice-presidente José Alencar (PRB-MG), que participou do evento, chegou a assinar um documento que circulou na feira contra as invasões. "Fora da lei não há salvação", disse Alencar.

Vencedor, Pimentel acena para PMDB

O ex-prefeito Fernando Pimentel derrotou o ex-ministro Patrus Ananias na disputa pela indicação como pré-candidato do PT ao governo de Minas. O resultado facilita o acerto para que o partido ceda a cabeça de chapa ao senador Hélio Costa (PMDB) e garanta palanque único para a presidenciável petista Dilma Rousseff. Esse é o desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a exigência do PMDB para fechar o acordo nacional em torno da candidatura presidencial. A senha de que a renúncia de Pimentel em favor de Costa era questão de horas foi dada pelo próprio mineiro ao presidente da Câmara e do PMDB, deputado Michel Temer (SP).

Dilma lança ofensiva para conquistar o PP

Preocupada com a indefinição do PP, cortejado pelos tucanos, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, assume hoje as rédeas da ofensiva deflagrada pelos petistas para barrar o casamento do partido comandado pelo senador Francisco Dornelles com José Serra (PSDB).
Acompanhada pelo ministro das Cidades, Márcio Fortes - único representante do PP na Esplanada -, Dilma almoçará com Dornelles, hoje o nome mais cotado para vice na chapa tucana.

Brasil tem problemas de liberdade de imprensa

Em um mapa da entidade Repórteres Sem Fronteiras sobre a situação da liberdade de imprensa no mundo em 2010, dividindo 175 países em um espectro de cores que vai do branco (boa) ao preto (muito grave), o Brasil aparece coberto de laranja claro (com problemas sensíveis).
O desenho foi exibido ontem pelo presidente emérito do Grupo RBS, Jayme Sirotsky, no seminário Liberdade de Expressão, e mostra que, se o País não chega ao laranja escuro (difícil) de Venezuela e Equador e está muito distante do preto da Arábia Saudita, está longe da liberdade clara de Canadá, Austrália, Bélgica, países escandinavos e outros.

Protógenes nega ter vazado a Satiagraha

O delegado federal Protógenes Queiroz, mentor da Operação Satiagraha, afirmou ontem que não teve responsabilidade pela divulgação de informações sigilosas da investigação sobre supostos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo o banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity. "As provas conduzem para elementos de fora da operação", ele disse, na porta do Fórum Federal em São Paulo, sem citar nomes. Protógenes é réu em ação penal aberta pela 7.ª Vara Criminal Federal com base em denúncia da Procuradoria da República. Ele é acusado formalmente por vazamentos de informações e fraude processual, crimes que teria cometido na condução da Satiagraha que levou à condenação de Dantas a 10 anos de prisão por corrupção ativa - o banqueiro nega o crime.

Correio Braziliense

Acusações de Durval atingem PT e dois arrudistas

As denúncias do ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa não têm fim. Ele já prestou mais de 20 depoimentos ao Ministério Público e à Polícia Federal, mas toda vez que diz algo sobre o suposto esquema de corrupção instalado na capital do país provoca suspeitas de novos envolvidos na suposta distribuição de propina em troca de apoio ao governo de José Roberto Arruda. Na última quinta-feira, o colaborador da Operação Caixa de Pandora apontou mais dois deputados que seriam beneficiários de vantagens: Dr. Charles (PTB) e Batista das Cooperativas (PRP). E ainda mirou o PT. Disse, sem apontar nomes, que o partido também “tem os seus pecados” na ex-administração de Arruda.

Cobrança contra invasões de terra


Apontado pelo setor como um dos maiores eventos agropecuários do país, a abertura da ExpoZebu(1) 2010 se tornou palco para que os candidatos a presidente Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) tentassem atrair os votos do meio rural, visto hoje como a alavanca eleitoral e econômica. Na presença de Dilma, que conta com o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), José Olavo Borges Mendes, cobrou a aplicação da lei penal para os invasores de terras, uma política indigenista equilibrada e ainda um “código que não seja apenas florestal, mas ambiental”, abrangendo as cidades e ouras atividades econômicas.

O poder milionário do campo

O agronegócio quer mostrar na eleição de outubro o potencial de ser decisivo na escolha do futuro presidente da República. O setor que mobiliza cerca de 1,2 milhão de produtores rurais pretende usar suas cooperativas para doar até 2% do faturamento bruto para candidatos de todos os níveis — o movimento das cooperativas no geral, no ano passado, ficou em R$ 88 bilhões. A área agrícola representa 50% desse valor, ou seja, R$ 44 bilhões. Com isso, o total de doações pode chegar a R$ 880 milhões, mas o total ainda não está fechado porque depende da participação de cada produtor. Não é por menos que os pré-candidatos ao Palácio do Planalto Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) visitaram no intervalo de quatro dias as duas principais feiras de agropecuária do país: o Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), e a Expozebu, em Uberaba (MG). E nos dois locais fizeram discursos para agradar aos ouvidos dos ruralistas, condenando as invasões dos sem-terra.

Pimentel vence e quer conversar com o PMDB

O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel superou ontem o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias na disputa das prévias do PT de Minas Gerais. Teoricamente, com o resultado, caberia a Pimentel traçar o rumo que a legenda vai tomar na formação da chapa ao governo estadual na eleição de outubro, depois de meses de disputa com Patrus. Na prática, porém, o longo impasse petista será definido de uma maneira bastante amistosa. Apesar de ter conquistado as primárias, Pimentel não deve se colocar como candidato petista ao Palácio da Liberdade. Ao que tudo indica, o ex-prefeito vai seguir à risca a determinação da cúpula nacional petista e, principalmente, o desejo pessoal do presidente Lula e coligar com o PMDB para dar sustentação à candidatura da presidenciável Dilma Rousseff, com a construção de palanque único no segundo maior colégio eleitoral do país.

Ficha Limpa chega ao plenário

O projeto de lei que torna mais rígidas as regras para quem quer disputar as eleições — o chamado Ficha Limpa — chega hoje ao plenário da Câmara dos Deputados. O texto é de iniciativa popular e conta com a assinatura de cerca de 1,6 milhão de brasileiros. Para pressionar os parlamentares para a votação da matéria, a partir das 16h está prevista uma mobilização no gramado em frente ao Congresso Nacional, com baldes, vassouras e pás, um símbolo para a “limpeza” de corruptos e criminosos da política. Os defensores do Ficha Limpa querem evitar que o projeto fique parado na Câmara, onde chegou em setembro do ano passado. Desta vez a expectativa é maior porque foi aprovado o regime de urgência para a tramitação do projeto, o que significa que o texto pode ser discutido também em sessão extraordinária, evitando ficar parado por causa de medidas provisórias que trancam a pauta.

Com a corda no pescoço

Os 274 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes terão até 28 deste mês para lançarem na internet informações detalhadas sobre os gastos públicos. Sancionada em maio do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei da Transparência determina que União, estados, cidades e Distrito Federal tornem pública suas execuções orçamentárias e financeiras. A legislação fixou diferentes prazos, sendo que o primeiro vence no fim do mês. A data-limite têm tirado o sono de diversos prefeitos de cidades com população superior a 100 mil habitantes. Uma parte deles se mobilizou na semana passada, durante reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em Florianópolis, pelo adiamento do prazo. A prefeita de Valparaíso de Goiás, Leda Borges, foi uma das que reclamou do que chama de “curto período” para concluir o sistema. Os chefes municipais temem o elevado custo e a falta de equipe técnica para desenvolver o programa.

Fonte: Congressoemfoco

Quer limpar o Congresso? O dia é hoje


Felipe Radicetti
Passeata em favor do projeto Ficha Limpa no Rio. Na terça-feira (4), manifestação é em Brasília, com lavagem da rampa do Congresso

Rodolfo Torres

Cansado (a) de tanta sujeira? O dia de limpar o Parlamento chegou! Para tanto, basta levar material de limpeza (vassoura, balde, água, sabão, etc) ao gramado do Congresso. A “lavagem” vai começar às 16h.

“É uma convite à população. Quanto mais gente, melhor. A pressão aumenta”, explica Graziela Tanaka, coordenadora de campanhas da Avaaz.org, grupo que integra o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).

O ato simbólico tem uma razão: a Câmara votará nesta terça-feira (4) requerimento de urgência para o projeto ficha limpa. Caso seja aprovado, o plenário votará o mérito em sessão extraordinária ainda hoje.

Na semana passada, a ficha limpa chegou a ter sua votação adiada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por causa de um pedido de vista coletivo. No entanto, a matéria conseguiu caminhar ao plenário porque deputados pró-ficha limpa conseguiram assinaturas suficientes para apresentação do requerimento de urgência. Dentre os líderes que resistiam, mas acabaram subscrevendo o requerimento, estão Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Fernando Ferro (PT-PE).

O relator da proposta na CCJ, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), fez algumas mudanças no texto. Dentre elas, está a possibilidade de um efeito suspensivo da condenação em segunda instância. Isso significa que, caso a proposta seja aprovada, um candidato condenado por órgão colegiado poderá registrar candidatura se apresentar recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o tribunal conceder efeito suspensivo à condenação. Esse recurso teria prioridade de análise.

Outra mudanças elaboradas por Cardozo, em relação ao texto produzido pelo deputado Índio da Costa (DEM-RJ) - relator da proposta no grupo de trabalho – determina que pessoas condenadas por fazer doação ilegal a campanhas eleitorais também se tornarão inelegíveis. Além disso, estende a inelegibilidade para praças da Polícia Militar condenados pelos crimes previstos no projeto e para magistrados que tiverem como pena a aposentadoria compulsória.

Manobra

Contudo, nem tudo são flores. O próprio MCCE teme uma manobra para esvaziar o plenário. Dessa forma, a matéria não seria analisada pelos deputados nesta terça.

“Informamos a toda a sociedade brasileira que referidas ausências, assim como as abstenções, serão por nós equiparadas a votos contrários e assim divulgadas por este movimento”, afirma nota pública do movimento divulgada ontem.

Para o deputado Índio da Costa, o deputado que faltar à votação de hoje terá de se explicar com o eleitor em outubro. “É que nem no casamento. Só falta quem não quer casar”, afirmou o parlamentar fluminense.

Fonte: Congressoemfoco

Esquema de Durval começou no governo Roriz

Na terceira parte de sua entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, promotora que desvendou o esquema do mensalão do DF mostra que ex-secretário começou a operar no governo anterior ao de Arruda, com a mesma metodologia

Rudolfo Lago
Operador no governo Roriz, Durval manteve-se operador no governo Arruda, diz promotora da Caixa de Pandora

Rudolfo Lago

Se não tivesse a autorização expressa do então governador Joaquim Roriz, Durval Barbosa sequer teria conversado com José Roberto Arruda sobre a possibilidade de operar para ele um esquema de desvio de recursos públicos. Essa é a convicção da promotora Alessandra Queiroga, responsável pelas investigações iniciais da Operação Caixa de Pandora. Na verdade, mais do que mera convicção. Durval revelou em seus depoimentos que pediu autorização a Joaquim Roriz antes de começar a operar para José Roberto Arruda. Na época, Roriz era aliado do então deputado que tentaria sucedê-lo no governo do Distrito Federal.

Desde que Durval assumiu a presidência da Companhia de Desenvolvimento do Planalto (Codeplan), em 1999, ele já começou a operar o esquema de desvio. Com a mesma metodologia que foi desvendada na Operação Caixa de Pandora. Com uma desenvoltura que muitas vezes espantava a Alessandra e seus colegas do Ministério Público, Durval aceitava dispensar licitações e criar outras situações irregulares. Sua característica, diz Alessandra, era ter “coragem” de por sua assinatura em contratos claramente ilícitos. Talvez com a convicção de que tamanho desassombro com a corrupção o manteria sempre absolutamente necessário e o protegeria. Operador no governo Roriz, Durval manteve-se operador no governo Arruda. É assim que Alessandra o define na terceira parte da entrevista exclusiva que concedeu ao Congresso em Foco.

Congresso em Foco – Como a senhora classificaria a figura de Durval Barbosa no esquema? Desde quando ele era responsável por essas operações de captação de recursos irregulares junto a empresas que prestavam serviços para o GDF? Ele já agia dessa forma antes de começar a fazer esse serviço para o Arruda?

Não tenho dúvidas de que sempre fez. Em 1999, quando ele assumiu a Codeplan, já houve imediatamente uma grande reformulação na empresa. Um remanejamento total de servidores. Já foram firmados os primeiros contratos no formato usado pelo esquema. Salvo engano, a primeira ação que tivemos na Promotoria do Patrimônio Público foi um contrato da Codeplan com a Polícia Civil, em que se dispensava licitação para comprar softwares. Esses softwares existiam no mercado, a licitação era possível, e com a dispensa a Codeplan pagou mais caro. Um momento em que fica muito clara a característica da ação de Durval é no vídeo em que ele conversa com a empresária Cristina Bonner, em que ela fica chocada com a conversa [Cristina Bonner é dona da empresa de informática TBA, uma das que são acusadas de pagar propina ao esquema. Cristina doou R$ 1 milhão para o caixa dois da campanha de Arruda a partir de um contrato de publicidade com um jornal de Brasília, o Jornal da Comunidade. A TBA firmou vários contratos com o governo de Arruda]. Ela diz, sem acreditar: ‘Como é que você vai conseguir aí a dispensa da licitação?’ Então, a característica era ter coragem de botar a assinatura em contratos tão absurdos que surpreendem. Um certo nível de inconseqüência que é, inclusive, comentado pelos colegas. Então, eu acredito que não foi por acaso. E, além disso, ele não teria condição de repassar tudo para o Arruda sem permissão superior.

Há mesmo um trecho do inquérito em que ele narra isso, não é? Que, procurado pelo Arruda, ele só poderia passar a ajudá-lo se tivesse a autorização do então governador Joaquim Roriz...

Exatamente. Ele operava um orçamento milionário. Quando nós conseguimos fechar as portas do Instituto Candango de Solidariedade, que já lidava com algumas das mesmas empresas envolvidas agora, como a Linknet, todos esses contratos migraram para serem feitos diretamente pela Codeplan. Então, o dinheiro que circulava no ICS, que era um dinheiro absurdo, depois que passou a não ser mais possível isso ser operado ali no Instituto Candango de Solidariedade, ele assumiu o esquema para si. Acho que ele se expunha porque tinha a expectativa de que sempre teria proteção. A atitude dele era tão fora dos parâmetros normais que ele achava que seria poupado de qualquer medida. Quando ele viu que a coisa não seria assim, ele se desesperou e resolveu que não ia levar a culpa de tudo aquilo sozinho.

Ouça trecho da entrevista:

Então, era um operador do esquema no governo Roriz, e continuou sendo um operador no governo Arruda?

A minha concepção é de que é isso, sim.

Fonte: Congressoemfoco

segunda-feira, maio 03, 2010

ALIANÇA PP-PT: O GATO SUBIU NO TELHADO

Negromonte(PP) luta para manter aliança com o governador Wagner

Comentários no meio político dão conta de que na tarde deste domingo (2) foi batido o martelo para o vice de José Serra. Seria o ex-ministro Francisco Dornelles, presidente do PP. Comenta-se ainda que a partir daí muita coisa pode mudar na política nacional e local. Todos sabem que este caso não se enquadra na verticalização, pois o apoio a outros partidos depende da liberação da Executiva Nacional. Ou seja, o apoio na Bahia tem que passar pelo crivo nacional. Daí já tem muita gente ouvindo o gato miar no telhado. BN

Fonte: Sudoeste Hoje

Câmara resiste a limitar gastos com funcionalismo

Relator apresenta parecer pela rejeição de projeto que congela despesas com servidores até 2016. Proposta, do líder do governo no Senado, é bombardeada por deputados governistas

Gilberto Nascimento/Ag. Câmara
Relator do projeto, Luiz Carlos Busato dispara: “É uma proposta esdrúxula. Não sei como passou no Senado”

Rodolfo Torres

Uma proposta que ameaça a criação de novas vagas no serviço público e a concessão de reajustes para o funcionalismo está prestes a ser rejeitada pela Câmara. O deputado Luiz Carlos Busato (PTB-RS) apresentará na próxima terça-feira (4), na Comissão de Trabalho da Câmara, parecer pela rejeição do Projeto de Lei Complementar 549/09, que altera a Lei de Responsabilidade Fiscal para limitar o aumento de despesas com o serviço público até 2016.

“É uma proposta esdrúxula. Não sei como passou no Senado”, dispara Busato, que avalia como grandes as chances de a matéria ser rejeitada pelos parlamentares da comissão. De acordo com o deputado gaúcho, a antipatia generalizada à proposta está no fato de ela impedir, por exemplo, a criação de novas universidades e hospitais federais. Mas parlamentares ouvidos pelo Congresso em Foco admitem que está também no fato de ninguém querer se indispor com o funcionalismo em ano eleitoral.

Isso ocorre porque o projeto determina que o aumento real de gastos com pessoal e encargos sociais da União ficará limitado a 2,5% acima da inflação. Dessa forma, argumenta Busato, apenas o dinheiro para contratar servidores para novos órgãos públicos ultrapassaria o limite previsto no projeto.

"Vamos torpedear"

De autoria do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), a matéria também encontra forte resistência em outros deputados. Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) reforça que a chance de rejeição da matéria no colegiado é grande. Contudo, ele emenda: “Se percebermos que o governo quer dar musculatura à proposta, vamos torpedear.”

Para ele, o projeto traz consigo a lógica “daqueles que acumulam renda sem produzir” e que “sangram o Tesouro nacional” ao propor um debate pontual sobre gastos públicos. “Vamos também discutir a renúncia fiscal em benefício do grande capital. Vamos discutir o conjunto dos gastos”, provoca.

O deputado Mauro Nazif (PSB-RO) foi além. Ele apresentou requerimento solicitando retirada de tramitação da matéria sem discussão. No entanto, o pedido foi negado porque a proposta é do Senado. A Comissão de Trabalho ainda aprovou outros dois requerimentos solicitando audiência pública para debater melhor a matéria.

Até mesmo aqueles que não tiveram acesso à proposição torcem o nariz. “Não vi, não li, mas já não gostei”, brincou o líder do PT, Fernando Ferro (PE), ao ser questionado pela reportagem sobre o projeto.

A pressão do lado de fora da Câmara também é grande. Centrais sindicais e entidades de classe não poupam críticas ao limite para o aumento de despesas com o serviço público. Para Roberto Policarpo, coordenador-geral da Federação Nacional do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), a proposta vai na contramão de um serviço público de melhor qualidade.

Policarpo, que monitora a tramitação da proposta, também crê em sua rejeição. “Vai ser uma grande vitória para o conjunto de servidores.” “Os parlamentares da Comissão de Trabalho são mais sensíveis a essas causas”, avalia.

Mesmo que seja aprovada, a matéria terá um longo caminho antes de chegar a plenário: passar pelas comissões de Finanças, e de Constituição e Justiça.

“Sinalização aos agentes econômicos”

O limite proposto por Jucá se estende a aumentos e reajustes salariais; criação de cargo, emprego ou função; alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; admissão ou contratação de pessoal a qualquer título; e até mesmo a contratação de hora extra.

Em seu parecer, o peemedebista argumenta que o governo tem tomado “medidas importantes” para aumentar o investimento no setor público. Dentre elas, Jucá cita desonerações tributárias que funcionam para “liberar as amarras” que impedem os investimentos feitos pelos agentes econômicos.

O líder governista explica que o limite proposto servirá de sinalização aos agentes econômicos e “reforçará a percepção positiva que se tem do Brasil no exterior, ao facilitar a gestão das finanças públicas ao longo dos próximos dez anos”. “Contribuirá, assim, para a melhora da percepção de risco-país e, consequentemente, para a ampliação das possibilidades de expansão da economia”, afirma.

Segundo o parecer aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, a proposta “reforça a percepção dos agentes econômicos sobre a continuidade da gestão responsável das finanças públicas e das reformas necessárias à retomada do crescimento sustentável”.

De acordo com Relatório Resumido da Execução Orçamentária do Governo Federal, os gastos com pessoal e encargos sociais chegaram a R$ 75 bilhões entre janeiro a agosto de 2007. No mesmo período, a Previdência Social consumiu R$ 112 bilhões. Esses valores corresponderam a 57,3% do total dos gastos realizados pelo governo federal naquele período.

Batalha no plenário

Além do Projeto 549/09, tramita na Câmara outro projeto com o mesmo teor. Trata-se do Projeto de Lei Complementar 01/07, de autoria do governo. Ao contrário do projeto do Senado, que ainda tramita nas comissões, o projeto do governo está pronto para o plenário da Câmara. Isso só é possível porque a autoria das proposições é diferente.

Pelo fato de as propostas serem coincidentes, é possível trazer a matéria que está na Comissão do Trabalho para o plenário. Para tanto, basta que seja apresentado um requerimento pedindo que o Projeto de Lei 549/09 seja apensado ao Projeto de Lei 01/07.

A quantidade de requerimentos apresentados ao Projeto 01/07 impressiona. A matéria conta com um pedido de urgência para ser analisada em plenário, que é assinado pelos líderes partidários; outro de redistribuição; e 27 de prorrogação de prazo da comissão especial que analisou a matéria.

Diante da complexidade para apreciação da proposta em plenário, o deputado Paulo Rubem Santiago tem uma explicação para que a votação dessa proposta ocorra na comissão. Segundo ele, o raciocínio é o seguinte: “Vamos aproveitar que todo mundo está preocupado com eleição e enfiar isso. Se colar, colou”.
Fonte: Congressoemfoco

Nos jornais: ato com Serra recebe R$ 540 mil em verba pública

Folha de S. Paulo

Ato com apoio a Serra recebe R$ 540 mil em verba pública

O encontro religioso em que pastores da Assembleia de Deus pediram orações pela eleição de José Serra (PSDB) e o saudaram como "futuro presidente", no sábado, em Santa Catarina, recebeu dinheiro de administrações do PSDB. Juntos, o governo de Santa Catarina e a Prefeitura de Camboriú (84 km de Florianópolis), ambos administrados por correligionários de Serra, destinaram R$ 540 mil para a realização do 28º Congresso Internacional de Missões. O patrocínio das administrações tucanas representou dois terços dos R$ 800 mil orçados para o encontro -que, segundo os organizadores, reuniu 160 mil pessoas em dez dias.
O governador tucano Leonel Pavan repassou R$ 300 mil ao evento através de um fundo de fomento ao turismo do Estado. Também convidado a discursar, Pavan, que tenta viabilizar sua candidatura à reeleição em Santa Catarina, foi aplaudido no sábado quando anunciou o repasse feito pelo governo do Estado à organização do congresso evangélico.

Verba não influenciou convite a tucano, diz ONG


A ONG Gideões Missionários da Última Hora, que promoveu o 28º Congresso Internacional de Missões, negou que o patrocínio que recebeu de administrações tucanas tenha influenciado o convite ao pré-candidato tucano José Serra para discursar no evento. A entidade, dirigida por pastores da Assembleia de Deus, afirmou ter convidado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e as pré-candidatas à Presidência Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), que é evangélica. "Se a Dilma tivesse vindo, teria sido tratada da mesma forma. Os pastores pediriam orações para o sucesso dela", disse Calebe Moreno, designado pela organização para responder às perguntas da Folha.

Partidos montam times de advogados para guerra judicial

A guerra de representações travada por PSDB e PT na Justiça Eleitoral três meses antes do início oficial da campanha não deixa dúvida: a eleição presidencial de 2010 terá um alto grau de judicialização e trará maiores desafios para as equipes jurídicas dos partidos. Essa é a expectativa de políticos e dos próprios advogados que vão trabalhar nas campanhas eleitorais. Faltando poucos detalhes para a contratação dos defensores, os nomes à frente dos times jurídicos dos partidos não devem ser novos, mas a estrutura, o número de advogados e a complexidade do trabalho deverão ser bem maiores que nas últimas eleições.

PT-MG quer adiar decisão de palanque para Dilma

Enquanto o PT-MG apurava os votos da prévia realizada ontem para indicar o nome do pré-candidato ao governo de Minas que irá para mesa de negociação com o do PMDB, petistas montavam uma estratégia para empurrar para junho a decisão do palanque único de Dilma Rousseff no Estado. No segundo colégio eleitoral do país, o senador Hélio Costa (PMDB), que lidera as pesquisas eleitorais, tem a vantagem em relação ao ex-ministro Patrus Ananias e ao ex-prefeito Fernando Pimentel, petistas que disputaram a prévia. Patrus largou na frente na apuração -às 20h12, com 16% das urnas apuradas (são 605, uma em cada cidade apta a votar), ele tinha 51,6% dos votos contra 48,4% de Pimentel. O resultado deve sair hoje.

Jovem, classe média e evangélicas viram público-alvo do PV

Com base em pesquisas de opinião, o PV identificou três tipos de eleitores mais simpáticos à candidatura de Marina Silva à Presidência. O levantamento virou uma espécie de bússola para os assessores que escolhem os compromissos dela nas viagens pelo país. Apesar da afinidade, os grupos têm perfis bem diferentes entre si. São eles: a classe média "ecologicamente correta", os jovens entre 16 e 24 anos e as mulheres pobres e evangélicas. Como a senadora disputará a eleição com pouco dinheiro e tempo de TV, a ordem é concentrar os esforços -e modelar o discurso de campanha- para conquistar o voto de quem já parece disposto a apoiá-la.

Em fase política, Datena elogia Serra, mas vota em Dilma

De propósito ou sem querer, foi para ele que José Serra (PSDB) falou pela primeira vez como candidato "assumido" à Presidência -momento havia meses perseguido por todos os repórteres de política do país. De olho na mesma ribalta, Dilma Rousseff (PT) venceu a timidez de debutante em eleições e para ele cantou "El Día que me Quieras". Assim, entre uma confissão e um tango, o apresentador de TV José Luiz Datena, 52, se tornou vedete da pré-campanha. Mostrados de corpo inteiro ao lado do robusto apresentador no estúdio do "Brasil Urgente", atração popular do final da tarde na rede Bandeirantes.

O Globo

Aos estados e municípios, a lei. À União, os gastos

Considerada um marco nas finanças públicas do país, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) completa dez anos amanhã contabilizando conquistas expressivas no controle e na transparência das contas dos estados e municípios. Mas, em relação à União, mostrou-se incapaz de brecar a escalada de gastos que ameaça o equilíbrio fiscal. A falta de uma trava para as despesas de custeio e a fixação de limites frouxos para os desembolsos de pessoal facilitaram o crescimento das despesas correntes na esfera federal, abrindo espaço para a redução do superávit primário (economia para pagamento de juros da dívida). Enquanto estados e municípios elevaram em 235% o superávit entre 1999 e 2009, o esforço da União caiu 36,6%.

Ficha Limpa : Passeata na orla do Rio

Pelo menos 500 pessoas participaram ontem, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, de caminhada para pressionar o Congresso a aprovar até 5 de maio proposta de iniciativa popular que tenta vetar, nestas eleições, a candidatura de condenados pela Justiça, o projeto Ficha Limpa. Na passeata, estiveram o pré-candidato ao governo do Rio Fernando Gabeira (PV), artistas e parlamentares. Fiscais do TRE-RJ repreenderam manifestantes com a camisa "Movimento Marina Silva".

A evangélicos, Serra compara fumantes a ateus

Pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra participou sábado à noite, em Camboriú (SC), do 28º Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora - que reuniu diversos ramos evangélicos. Foi o único compromisso público no 1º de Maio do tucano, que, em discurso para cerca de dez mil pastores e fieis, pediu orações para sua campanha. Ele ressaltou a importância dos cuidados com a saúde - como a vacinação contra a gripe suína - e relacionou o fumante a uma "pessoa sem Deus" na vida.

- A pessoa que fuma sabe que o cigarro vai fazer mal, mas continua assim mesmo. Depois, adoece e mesmo assim continua fumando. Assim é uma pessoa sem Deus. Sabe que Ele está ali, mas não o procura - afirmou o tucano.

1º de Maio: PSDB prepara ação contra Lula

Depois de acompanhar os eventos das centrais sindicais no Dia do Trabalho, patrocinados com dinheiro público, a assessoria jurídica do PSDB prepara mais uma representação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desta vez, além de campanha eleitoral antecipada, o PSDB vai argumentar que houve uso de recursos públicos. A nova ação deverá ser protocolada nesta segunda-feira, junto com uma outra questionando o uso eleitoral do pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV convocado por Lula na última quinta-feira.

- Estamos de novo chocados. Após ser multado duas vezes, agora ainda há o agravante do patrocínio com dinheiro público. O dinheiro público não aguenta mais desaforos - disse Ricardo Penteado, advogado do PSDB.

Governo reage e oposição faz coro com FH

As críticas ao governo Lula, feitas em artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, publicado ontem no GLOBO, acenderam a discussão entre oposição e governo. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o artigo - no qual FH acusa a administração petista de usufruir de conquistas da gestão tucana - demonstra que a oposição ainda não digeriu o bom desempenho do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Padilha, depois de criticar ações do governo, como a ampliação do Bolsa Família e a vinculação do aumento do salário mínimo à variação do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país), agora a oposição reconhece essas medidas.

Em Minas, candidatos do PT às prévias admitem acordo com PMDB

Os dois petistas que disputam a indicação do partido para o governo de Minas, o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito Fernando Pimentel, assumiram que haverá acordo com o PMDB para a formação de palanque único no estado para a pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT). Eles descartaram a possibilidade de uma intervenção no diretório estadual para a definição da chapa. Os dois, no entanto, negaram que a realização de prévias na legenda seja apenas formal. Ambos afirmaram que não deixarão de antemão a cabeça de chapa ao governo. Desde o início da manhã até o fim da tarde de ontem, petistas de todo o estado foram às urnas para escolher o nome que será apresentado ao PMDB, que deve indicar o deputado federal Michel Temer (SP) como vice de Dilma, e aos demais partidos da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a formação de uma aliança no estado. Os peemedebistas defendem a candidatura do senador Hélio Costa, que lidera as pesquisas de intenção de voto, para o governo mineiro.

'Falta interesse político para legalizações'

A falta de vontade política é o principal entrave para que o governo conceda mais títulos de propriedade a famílias que moram em áreas carentes, na opinião de líderes de entidades que lutam pela moradia popular no Rio e em São Paulo. Reportagem publicada ontem pelo GLOBO mostrou que o programa Papel Passado, criado em 2003 pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a promessa de regularizar títulos de propriedade de um milhão de famílias até 2006, beneficiou apenas 136 mil famílias, que têm em mãos os títulos registrados em cartório.

- Atingir a meta é um processo complicado. Tem de fazer alterações demais, desde nos cartórios até nas equipes técnicas para esse trabalho. Se não tem uma equipe que conheça e tenha tempo para fazer o levantamento das áreas que serão beneficiadas, o governo não vai conseguir levar adiante essa política - afirma Marcelo Braga Edmundo, coordenador da Central de Movimentos Populares no Rio.

Para a oposição, programa atesta incompetência

A execução de apenas 13% das metas do programa Papel Passado, lançado há sete anos com a promessa de regularizar um milhão de residências em áreas carentes, reforçou as acusações do DEM e do PSDB de que os programas do governo Lula que avançam são os herdados da administração anterior e que a gestão petista distorce números e mente. A base aliada classificou as críticas de tática eleitoral.

- O governo Lula é especialista em fazer muito barulho e apresentar poucos resultados. Não surpreende que o PAC Favela não tenha dado em quase nada. Na verdade, o governo atrapalha o país - disparou o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO).

MP quer apurar possíveis fraudes na Petrobras

O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Marinus Marsico, defendeu a abertura de uma investigação para apuração de denúncia publicada ontem pelo jornal "Folha de S.Paulo" indicando que fraudes nas licitações de cinco grandes obras da Petrobras geraram gastos adicionais de R$1,4 bilhão. Esse seria o resultado de acordos e manobras clandestinas de empreiteiras, como a Camargo Correia e a GDK, constatados por peritos da Polícia Federal ao analisar documentos apreendidos em cinco operações realizadas desde 2008.

- Esses fatos narrados pela reportagem devem ser investigados. Eu não posso falar em nome do TCU, mas como representante do Ministério Público posso provocar o tribunal. O lamentável é que esse tipo de operação envolvendo empreiteiras não é uma coisa nova, mas rotineira - observou Marsico.

O Estado de S. Paulo

PT mineiro ignora apelo de Lula, faz prévias e atrapalha palanque de Dilma

Dispostos a adiar ao máximo a definição do candidato da base aliada ao governo de Minas, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, e o ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias, disputaram ontem uma prévia no PT e endureceram o tom contra o PMDB. Patrus criticou a política da "moeda de troca" e Pimentel rejeitou "ultimatos". O novo enfrentamento irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contrariado, Lula mandou avisar os dois de que quer o impasse resolvido até o fim deste mês. Para ele, a "novela" em Minas já começa a atrapalhar a campanha da petista Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto.
A prévia foi convocada pelo PT para a escolha do candidato ao Palácio da Liberdade.

Briga de paróquia e comando duplo viram dor de cabeça

Depois de uma temporada de tropeços, o comando da campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência tenta acertar o passo, com a criação de fatos políticos, mas ainda não conseguiu se unificar em torno de uma estratégia. O principal problema reside na coordenação política da "maratona" de Dilma, hoje dividida entre o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o deputado Antonio Palocci (SP), ex-ministro da Fazenda. A polêmica prévia em Minas, disputada ontem entre Pimentel e o ex-ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, é apenas mais um ingrediente para engrossar o caldo petista.

Protesto no Rio defende 'ficha limpa', que pode ir a voto nesta semana

Um protesto pela aprovação do projeto "ficha limpa" reuniu 500 pessoas, ontem, na zona sul do Rio. Mais de 1,6 milhão de assinaturas foram coletadas em todo o País pela aprovação da proposta, que barra a candidatura de políticos condenados pela Justiça. O texto está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Amanhã, porém, será colocado em votação um pedido de urgência ao projeto assinado pelos líderes partidários. Se ele for aprovado, a análise pela CCJ será dispensada e a proposta poderá ser votada em plenário esta semana.

Mandato-tampão vira arma eleitoral

Três dos quatro governadores que cumprem mandatos-tampão, depois de substituir os titulares cassados por problemas com a Justiça, são pré-candidatos à reeleição. Todos são do PMDB e trabalham discreta ou publicamente para se eleger, costurando alianças e fazendo promessas e concessões ao eleitorado. São eles: Roseana Sarney, no Maranhão; José Maranhão, na Paraíba; e Carlos Henrique Gaguim, no Tocantins. Rogério Rosso, também do PMDB, empossado no Distrito Federal no último dia dia 19, não deve concorrer à reeleição.

Saída de Ciro põe irmão em saia justa no Ceará

Após descarte pelo PSB nacional da pré-candidatura do deputado Ciro Gomes à Presidência, as alianças dominam o debate no Estado. Irmão de Ciro, o governador Cid Gomes, candidato à reeleição, está diante de uma "escolha de Sofia": fechar aliança com o PT, que forçou a saída de Ciro, ou com o velho aliado, mas adversário de Lula, o senador tucano Tasso Jereissati. Tasso acredita que somente no final deste mês haverá uma definição. Na sua avaliação, o impacto causado pela saída de Ciro Gomes da corrida presidencial "foi muito grande" e deixou "um vazio" no Ceará. "A gente tinha de deixar a poeira baixar para conversar agora", diz.

ANJ e Abert vão cobrar de candidatos apoio à liberdade de imprensa no País

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (Abert) vão procurar os principais candidatos à Presidência para cobrar deles um compromisso com a liberdade de imprensa no País. Em agosto, a ANJ convidará José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) a assinar a Declaração de Chapultepec, uma carta de princípios que coloca a "imprensa livre como uma condição fundamental para que as sociedades resolvam seus conflitos, promovam o bem-estar e protejam a sua liberdade".

Câmara quer mudar Programa Nacional de Direiros Humanos

Apontado como um instrumento para impor censura prévia por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) é alvo de projetos na Câmara dos Deputados para suspender sua eficácia. Seis propostas para anular - parcialmente ou por completo - o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aprovou o programa estão tramitando nas comissões da Casa, ainda sem prazo para votação. A diretriz estabelecida no PNDH para a garantia do direito à comunicação democrática é apontada como forma autoritária de controle da mídia por parlamentares que querem anular o decreto. O programa propõe o monitoramento do conteúdo editorial das empresas de comunicação, com a previsão de penalidades como multas, suspensão da programação e até cassação da concessão para as que, na avaliação do governo, violarem os direitos humanos.

Correio Braziliense

PF ajudará a coibir abusos de candidatos na internet

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está às cegas. E ainda não sabe como fará ao longo do ano para impor limites ao uso da internet pelos candidatos, partidos políticos e seus seguidores. Nesse trabalho de contenção dos abusos, a Justiça Eleitoral terá a ajuda da Polícia Federal, não só no que se refere a falsos dossiês, mas também na rede mundial de computadores. A PF, entretanto, vai centralizar suas investigações, durante o período eleitoral, em fatos concretos para evitar ser tachada de ter uma atuação política.

A força das redes sociais


A estratégia eleitoral específica para internet ganhou corpo depois que um então senador desconhecido do grande público postulou e venceu a presidência norte-americana quebrando tabus. O sucesso da campanha de Barack Obama, o primeiro negro a assumir a Casa Branca, foi atribuído, em parte, à mobilização de um exército de pequenos eleitores militantes na web descontentes com a postura isolacionista do governo do republicano George W. Bush. Obama mirou nas principais redes sociais da internet para aumentar sua popularidade. No dia anterior à eleição, o então candidato do Partido Democrata arrebatou até 380% a mais de amigos, apoiadores, seguidores e assinantes do que seu adversário, o senador republicano John McCain. Quatro vezes mais pessoas assistiram a vídeos na Internet produzidos pela campanha vencedora do que na do derrotado.

Mais intimidade com a militância petista

Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a estrela maior do Partido dos Trabalhadores, a pupila e pré-candidata do PT às eleições presidenciais, Dilma Rousseff, ainda busca maior afinidade com a militância petista.
Na última sexta-feira, a ex-ministra da Casa Civil fez mais um movimento para aproximar-se dos filiados da legenda. Dilma participou em São Paulo da abertura do encontro nacional de 15 secretarias e setoriais do PT, que abordam temas como a questão agrária, moradia, reforma urbana e a causa indígena. A intenção do evento é apresentar sugestões dos diferentes setores para o programa de governo da petista e aproximá-la dos militantes.

Campanhas se cruzam de novo

As campanhas dos pré-candidatos ao Palácio do Planalto Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) se debruçam sobre uma estratégia mimética. Os dois adversários estabeleceram as mesmas prioridades: visitas a Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, e nem sequer se preocuparam em participar de diferentes eventos políticos e empresariais.
Depois de participarem na última quinta-feira do Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), feira do agronegócio, a agenda dos dois volta a coincidir hoje na Expozebu, o maior encontro de pecuaristas do Brasil, que ocorre em Uberaba (MG). Ambos estão em ofensiva para conquistar os empresários do setor e adotaram um discurso mais afável aos ouvidos dos grandes agricultores e pecuaristas. Em jogo, a relação com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Serra é mais claro ao condenar as invasões de terra. Já Dilma tentou desvincular o grupo do governo, defendeu que os invasores se curvem à lei, mas enfatizou as boas relações entre o MST e o PT.

Petistas já admitem ceder

No dia em que o PT de Minas consultou os militantes para escolher entre o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel quem será o candidato ao governo do estado, ambos os lados admitiram que o vencedor pode não ficar com a cabeça de chapa da base aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois do resultado, previsto para sair hoje à tarde — até as 21h de ontem, com 16% dos 605 municípios apurados, Patrus tinha 51,6% dos votos contra 48,4% de Pimentel —, a tarefa é tentar convencer os outros partidos, especialmente o PMDB, de que o PT tem melhores condições eleitorais de chegar ao Palácio da Liberdade. E a pouca mobilização dos filiados para as prévias de ontem mostrou que não será fácil tirar da jogada o ex-ministro Hélio Costa, pré-candidato peemedebista.

Fonte: Congressoemfoco

No fim do prazo, metade dos estádios da Copa 2014 tem as obras atrasadas

Comitê Organizador deu até 3 de maio para o começo das obras.
BH, Cuiabá, Curitiba, Manaus, Porto Alegre e São Paulo começaram obras.

Marília Juste Do G1, em São Paulo


Projeto do Maracanã para 2014Projeto do Maracanã para 2014 (Foto: Divulgação)

No dia em que as obras nos estádios da Copa 2014 deveriam estar iniciadas, de acordo com prazo estabelecido pelo Comitê Organizador Local, metade das sedes está com os trabalhos atrasados. Segundo levantamento feito pelo G1, apenas seis das doze cidades estão com as renovações em andamento: Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Manaus, Porto Alegre e São Paulo.

Este é o segundo prazo estabelecido pelo Comitê Organizador Local, que representa a Fifa no país. A data inicial, 1º de março, já havia sido adiada devido aos atrasos.

“Muitos estados só agora, nesta semana, estão mandando a carta-consulta ao Ministério das Cidades para repassar à Caixa e pedir financiamentos”, afirma o deputado federal Sílvio Torres (PSDB/SP), da subcomissão da Câmara dos Deputados que acompanha os gastos de recursos públicos destinados à Copa do Mundo.

A assessoria de imprensa da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) afirma que o Comitê Organizador analisará caso a caso o andamento dos projetos. "O prazo é um marco. A partir deste dia nós vamos tirar uma radiografia, para ver como está a situação de cada estádio", explica Rodrigo Paiva, assessor de imprensa da CBF. “Se alguém estiver muito distante, pode ser repensada [a participação da Copa]”, afirma Paiva.

Em nota, a Fifa afirma que o prazo foi estabelecido pelo Comitê Organizador Local e que apenas monitora o progresso das obras para garantir que os estádios estejam prontos até 31 de dezembro de 2012 – para que eles possam ser usados na Copa das Confederações de 2013.

Não existe nenhuma punição prevista para quem descumprir a data e, por isso, os responsáveis pelas obras se dizem tranquilos.

“Eu acho que eles vão disponibilizar um novo prazo”, afirma Eduardo Ramos, Coordenador Jurídico da Secretaria de Esportes do Ceará. Em Fortaleza, a previsão é que as obras comecem até o final do mês de maio. O processo de licitação está na metade e deve ser concluído até o final da semana, segundo Ramos.

Na “Cidade da Copa”, de Pernambuco, as obras também devem começar até o final do mês. “Não existem condições de começar doze obras no Brasil inteiro, no mesmo dia, na mesma data, já que as regiões são diferentes, os regimes de chuvas são diferentes, as licitações são diferentes e os regimes de contratações das obras são diferentes”, afirma Sílvio Bompastor, gestor do projeto da Copa em Pernambuco.

Em Porto Alegre, o Beira-Rio ganhou um novo sistema de drenagem do gramado e cinco pilares que vão suportar a cobertura do estádio, mas a principal fase da obra está no aguardo de financiamento do governo, segundo o vice-presidente de Patrimônio do Sport Club Internacional , Emídio Ferreira.

A situação mais grave é a do futuro Estádio Nacional de Brasília, que sofreu com os problemas que envolveram o governo do Distrito Federal. A licitação já foi aberta e o início das obras é esperado para ainda este mês de maio.

O Maracanã, provável palco da final do campeonato, aguarda a abertura do licenciamento para a obra, mas o governo já começou os trabalhos de preparação do gramado, segundo sua assessoria de imprensa.

Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba e Manaus vivem as situações mais tranqüilas, com as obras já em andamento. Em São Paulo, o São Paulo Futebol Clube, responsável pelo Estádio do Morumbi, já reformou a estrutura de saneamento e parte dos banheiros e dos camarotes.

“São obras que não aparecem para que vê de fora, mas que são essenciais para a Copa do Mundo”, afirmou Emerson de Souza, assessor de imprensa do projeto do Morumbi para 2014. O clube aguarda uma resposta da Fifa sobre o novo projeto de remodelação enviado à entidade.

Fonte: G1

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PF e Marinha paraguaia travam confronto armado

Luis Kawaguti e Rivaldo Gomes, enviados especiais
do Agora

FOZ DO IGUAÇU -- Na divisa entre as cidades de Foz do Iguaçu (PR), no Brasil, e Ciudad del Este, no Paraguai, o rio Paraná vive um cenário de guerra não declarada há pelo menos dois meses. Postados em margens opostas do rio e equipados com arsenal pesado, militares da Marinha do Paraguai e agentes da Polícia Federal brasileira trocam tiros quase que toda semana.

Em um território sem lei, os choques são consequência de ações do crime organizado no tráfico de drogas e contrabando para o Brasil.

Sob a condição de anonimato, dois delegados do alto escalão da PF, no Paraná e em Brasília, além de um delegado da Polícia Civil, confirmam que quadrilhas de traficantes e contrabandistas pagam propina a um grupo de militares da Marinha paraguaia para que façam vistas grossas às suas atividades ilícitas e atuem como braço armado --dando proteção ao crime e combatendo a polícia brasileira. O Paraguai não tem saída para o mar. Sua Marinha é responsável pela patrulha de rios e divisas aquáticas.

Leia esta matéria completa na edição impressa do Agora,

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