A Polícia Militar prendeu nesta quarta-feira (22), em Santa Isabel, 25 pessoas suspeitas de participar de um esquema de desvio de dinheiro da Prefeitura. Elas devem responder por corrupção e desvio de dinheiro e tiveram os bens bloqueados.
Entre os presos estão funcionários que fazem parte da administração municipal da prefeita Fábia Porto, integrantes da equipe do ex-prefeito padre Gabriel Bina e funcionários da Ideal Saúde, empresa terceirizada que administrava a UPA na cidade.
Os presos estão o ex-secretário de Saúde Leonardo Aquino Diniz, o ex-secretário de Finanças Heraldo Aparecido de Souza e Michele Moreira Mendonça, que seria diretora financeira da Secretaria de Saúde.
O Ministério Público informou que as prisões são resultado de três anos de investigação de um esquema criminoso, mas a Ação Civil Pública segue em segredo de Justiça.
O MP investiga se houve desvio de verba, corrupção e falsificação de documento na gestão do ex-prefeito padre Gabriel Bina. O padre ficou à frente da Prefeitura por um mandato. O MP aponta que neste tempo o esquema desviou R$ 3,5 milhões dos cofres de Santa Isabel.
O MP também suspeita que houve fraude no processo de licitação para aprovação da empresa terceirizada que administrava a UPA, a Ideal Saúde. Também há indícios de algumas falhas na documentação de prestação de contas da empresa para a Prefeitura.
A promotoria pede que o dinheiro seja devolvido aos cofres públicos atualizado com juros, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de ter contrato com a Prefeitura.
Enquanto as prisões movimentavam a cidade, a UPA funcionava normalmente.
Destino dos presos
A Polícia Civil de Santa Isabel informou que não tem espaço para os presos continuarem no local. Como a cidade não tem Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, eles foram encaminhados para o IML de Guarulhos para fazer o exame.
Depois, eles serão enviados para o 1º DP de Guarulhos que também não tem capacidade para ficar com todos. No entanto, a Polícia Civil de Guarulhos deve decidir para onde os presos serão enviados.
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