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terça-feira, setembro 24, 2024

TJ-BA acumula magistrados afastados por atuações ilícitas

TJ-BA acumula magistrados afastados por atuações ilícitas

 Publicado em 24/09/2024, às 05h59 Por: Dinaldo Silva / BNews Por: Lucas Pacheco

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) tem estado recorrentemente nas capas de jornais e sites de notícias por conta dos diversos casos de corrupção e de atuações ilícitas envolvendo seus membros. Ao todo, 17 (dezessete) magistrados foram afastados de suas funções. Mas não para por aí. O judiciário estadual baiano também se tornou manchete por ter virado alvo de correições ordinárias e extraordinárias do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujas conclusões apontaram “erros graves”, acúmulo de processos, problemas no sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe), entre outras deficiências.

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Essa porteira para o afastamento de diversos juízes e desembargadores foi aberta em 2019, através da Operação Faroeste, que desvendou um suposto esquema de corrupção e venda de sentenças em processos de disputa de terras no oeste da Bahia. De lá para cá, outras investigações policiais e procedimentos do CNJ afastaram magistrados do exercício das funções por conta de outros casos de atuações suspeitas e decisões questionáveis, fazendo com que o órgão determinasse a adoção de providências de gestão para sanar e melhorar os trabalhos do órgão.

Com isso, a lista de magistrados afastados, ainda que alguns já tenham retornado ao cargo ou tenham se aposentado, chega a 17 (dezessete) integrantes, fazendo o judiciário estadual baiano passar um vexame moral e ético sem precedentes.

A Lei Complementar nº 35/1979, que dispõe sobre a Lei Orgânica da Magistratura, prevê que  os juízes possuem deveres funcionais a cumprir, sob pena de instauração de processos disciplinares e aplicação de sanções. Entre esses deveres, estão:

  • Cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício;
  • Não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar;
  • Determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais;
  • Tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quanto se trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência;
  • Residir na sede da Comarca salvo autorização do órgão disciplinar a que estiver subordinado;
  • Comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou a sessão, e não se ausentar injustificadamente antes de seu término;
  • Exercer assídua fiscalização sobre os subordinados, especialmente no que se refere à cobrança de custas e emolumentos, embora não haja reclamação das partes;
  • Manter conduta irrepreensível na vida pública e particular.

Entretanto, boa parte dessas obrigações passaram a ser ignoradas por esses 17 magistrados afastados que, além de não respeitarem as disposições da lei que rege a magistratura, ainda se prestaram a cometer diversos crimes, violando a imagem do judiciário baiano, mas, principalmente, lesando cidadãos com o atraso de processos e decisões suspeitas e supostamente compradas. 

BNews relembra agora todos os procedimentos que levaram juízes de primeiro grau e desembargadores a serem impedidos de atuar em seus gabinetes e comarcas e quem são esses magistrados.

  • Operação Faroeste 

Oeste da Bahia

A Operação Faroeste investiga um esquema de compra e venda de decisões judiciais que envolve corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico de influência. Diversos mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Salvador, Formosa do Rio Preto, Barreiras e Santa Rita de Cássia.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as investigações descobriram que uma organização criminosa teria sido criada e integrada por juízes, desembargadores, advogados e produtores rurais, visando a venda de decisões judiciais para 'legalizar' a posse de terras no oeste do estado. 

Ainda de acordo com a Faroeste, os envolvidos negociavam, vendiam e compravam decisões judiciais para legitimar a grilagem de terra, que é a tomada de posse de terras públicas ou de terceiros de forma ilegal. Quer dizer, os julgadores teriam sido comprados para, por meio de decisões, dar aparência de legalidade à grilagem. 

Neste âmbito, a partir de 2019, foram afastados:

  • Sérgio Humberto de Quadros Sampaio (juiz);
  • Marivalda Almeida Moutinho (juiza);
  • João Batista Alcântara Filho (juiz);
  • Ivanilton Silva (desembargador);
  • Maria do Socorro Santiago (desembargadora); 
  • Ligia Maria Cunha (desembargadora); 
  • Sandra Inês Rusciolell (desembargadora); 
  • Cassinelza Lopes (desembargadora); 
  • Ilona Márcia Reis (desembargadora); 
  • Gesivaldo Britto (desembargador); 
  • Maria da Graça Osório (desembargadora); e
  • José Olegário Caldas (desembargador). 
Magistrados
Magistrados

 

Todos foram afastados das funções e proibidos de acessar as dependências e os sistemas eletrônicos do TJ-BA para que não atrapalhassem as investigações, não mantivessem contato com outros investigados e para que não tentassem destruir provas e obstruir a justiça.

Sergio Humberto de Quadros Sampaio, Maria do Socorro Santiago, Ligia Maria Cunha, Sandra Inês Rusciolelli e Ilona Márcia Reis chegaram a ser presos. 

Em 2022, ainda durante o curso das investigações, o juiz João Batista Alcântara Filho e o desembargador Ivanilton Silva, dois anos após terem sido afastados dos cargos, foram autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que conduz a Faroeste, a retornar aos trabalhos. Para o relator do caso, ministro Og Fernandes, à época, as investigações não haviam evoluído em relação a eles e os mesmos ainda não tinham sido denunciados pelo MPF. 

Por sua vez, o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio foi aposentado compulsoriamente, em dezembro de 2021, pelo Tribunal de Justiça da Bahia, após o órgão aplicar a pena máxima de aposentadoria compulsória no âmbito de um processo administrativo disciplinar aberto para apurar a violação dos deveres impostos à magistratura.

Os desembargadores Ilona Márcia Reis, Gesivaldo Britto, Maria da Graça Osório e José Olegário Caldas também se aposentaram de forma compulsória, entre 2021 e 2024, mas por terem completado 75 anos, idade limite para permaência no serviço público.  

Marivalda Moutinho, Maria do Socorro Santiago, Ligia Maria Cunha e Cassinelza Lopes seguem afastadas das funções por decisão do STJ que, mesmo com o afastamento, determinou a manutenção do pagamento das remunerações de todos que foram impedidos de exercer as funções, citando nas decisões a Lei Orgânica da Magistratura Nacional, a Lei de Organizações Criminosas e o Código de Processo Penal para alegar que é possível o afastamento cautelar de magistrado do exercício das suas funções sem que haja a suspensão da remuneração e das vantagens, até a decisão final.

Sul da Bahia 

Em junho deste ano, o próprio (TJ-BA) afastou três juízes de Porto Seguro, no sul do estado, por, segundo a Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ) do órgão baiano, possível envolvimento em crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, grilagem de terra, agiotagem e fraude processual. São eles:

  • Fernando Machado Paropat Souza (titular da 1ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis, Comerciais e Registros Públicos);
  • Rogério Barbosa de Sousa e Silva(titular da Vara da Infância e Juventude e Execução de Medidas Sócio Educativa); e
  • André Marcelo Strogenski (titular da 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais).
Magistrados afastadas / Reprodução / TV Globo
Magistrados afastadas / Reprodução / TV Globo

 

Os juízes foram proibidos de entrar no Fórum de Porto Seguro, de manter contato com servidores e outros magistrados, de acessar os sistemas judiciais, extrajudiciais, administrativos e outros vinculados do tribunal, além de usar token institucional.

Segundo as investigações, os magistrados teriam formado um grupo entitulado de “Liga da Justiça” e emitido diversos documentos fraudulentos, inclusive colocando áreas de terra que já tinham dono como de suas propriedades. Com isso, Fernando Paropat, Rogério Barbosa de Sousa e Silva e André Marcelo Strogenski passaram a ser donos de 101 (cento e uma) matrículas de casas e terrenos em praias turísticas e famosas do sul da Bahia, incluindo propriedades que já possuiam matrículas anteriores vinculadas a seus reais donos. 

Além dos três magistrados, as investigações também reveleram a suposta participação no esquema do promotor Wallace Carvalho, de empresários, como Henrique Daumas Nolasco, apontado como operador do esquema, advogados e um secretário do município. 

O caso não foi descoberto antes porque um dos juízes afastados, Fernando Paropat, era o responsável por fiscalizar o cartório de registro de imóveis de Porto Seguro, supostamente controlado por empresários da região.

Os magistrados seguem afastados.

  • Decisão questionável

Em um âmbito diferente dos juízes citados acima, o desembargador Luiz Fernando Lima foi afastado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, após ter concedido prisão domiciliar a Ednaldo Freire Ferreira, conhecido como Dadá, líder de um grupo criminoso que atua na Bahia, e que estava preso em uma presídio de segurança máxima de Pernambuco após responder por tráfico de drogas e distribuição de facas na prisão. Logo depois de ir pra casa, o bandido, considerado de alta periculosidade, fugiu.

Desembargador TJ-BA
Desembargador TJ-BA

A decisão do desembargador, durante um plantão judiciário de final de semana, em 01 de outubro de 2023, foi proferida após a defesa de Dadá alegar que ele precisava estar perto do seu filho que tem autismo em nível severo e seria dependente dele.

Entretanto, o então ministro-corregedor, Luis Filipe Salomão, apontou em sua decisão de afastamento que, um mês antes, em setembro, Luiz Fernando Lima havia negado a soltura de um preso, em um caso semelhante, também durante um plantão judiciário, alegando que o assunto não poderia ser analisado fora do expediente normal do TJ-BA. 

O desembargador segue afastado até a finalização do processo administrativo disciplinar aberto contra ele pelo CNJ e Ednaldo Freire Ferreira continua foragido. 

  • Decisões sem trabalhar

O caso mais recente de afastamento de juiz do judiciário baiano é de agosto deste ano, quando também o Conselho Nacional de Justiça determinou que um magistrado, que não teve a identidade revelada, fosse impedido de exercer suas funções, após a suspeita do julgador ter assinado mais de mil processos enquanto estava de licença médica. As assinaturas teriam sido realizadas  por um servidor que usou o registro e a senha do juiz. 

O CNJ ainda apontou que outras possíveis infrações funcionais serão investigadas, como o uso de resumos de julgamento genéricos para incluir mais de 500 processos para julgamento em uma mesma sessão e a má gestão do acervo processual, com atraso de processos.  

O que diz o TJ

Durante uma entrevista  após a prisão dos juízes de Porto Seguro, a presidente do TJ-BA, desembargadora Cynthia Resente, afirmou que o órgão está agindo contra quem tem desvio de conduta e ressaltou ainda não haver corporativismo

“Estamos tomando providências. Não estamos inertes e não temos corporativismo. Temos que agir para punir aqueles juízes que estão em desvio de conduta”, disse Cynthia. E emendou: "Se algum desviar, temos a obrigação de afastar, apurar e, se for o caso, punir”. 

Procurado pelo BNews, o Tribunal de Justiça da Bahia afirmou que tem colaborado com as investigações sempre que demandado pelos órgãos julgadores competentes e que "os processos correm em segredo de justiça no STJ e CNJ, não tendo este Tribunal controle a respeito do tramite dos autos".

Sobre as ações do TJ-BA quanto à fiscalização de magistrados e à recuperação da imagem perante a sociedade baiana, o tribunal apontou que " A Presidência e as Corregedorias cumprem seus deveres de acordo com o Regimento Interno do Tribunal , não podendo responder por atos individuais" e que "é composto pela grande maioria de membros probos e produtivos e vem elevando positivamente seus índices de metas do CNJ". 

https://www.bnews.com.br/noticias-mobile/523972/ 


Três prefeituráveis de Aracaju brigam por uma vaga no 2º turno

 em 24 set, 2024 8:10

Adiberto de Souza

Faltando menos de duas semanas para as eleições, três candidatos à Prefeitura de Aracaju brigam pela vaga do 2º turno. Enquanto torcem para que a prefeiturável Emília Corrêa (PL) não vença a disputa já no próximo dia 6, Yandra de André (União), Luiz Roberto (PDT) e Danielle Garcia (MDB) se esforçam para obter a segunda maior votação. O trio sabe que conquistar o apoio dos prefeituráveis derrotados não será tarefa fácil, pois a campanha azedou por completo a relação de amizade que havia, principalmente entre os grupos do pedetista e de Yandra. Bem que o governador Fábio Mitidieri (PSD) se esforça para reatar a aliança entre os enfezados aliados, mas há quem garanta que se ficarem pelo caminho os pedetistas não apoiam a filha de André Moura nem que a vaca tussa. Aliás, pras bandas do time andrezista o sentimento é o mesmo. Portanto, seja quem for que passe para a segunda etapa do pleito terá dificuldade de unir os derrotados. Há quem jure de pés juntos que no 2º turno boa parte dos eleitores governistas se bandeará para o palanque de Emília justamente para derrotar os outrora aliados ainda liderados por Mitidieri. Marminino!

Denúncia de rachadinha

A candidata a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), jura que jamais praticou a chamada “rachadinha” enquanto vereadora. Essa prática ilícita usada por vários políticos consiste na devolução de parte dos salários dos assessores ao dono do mandato. A informação sobre a investigação contra Emília foi divulgada pelo radialista Narciso Machado. Em seguida, o Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) confirmado a existência do inquérito nesse sentido, aberto a pedido do Ministério Público Estadual. Home vôte!

Falsidade na vitrine

Você já recebeu um abraço apertado de um candidato qualquer? Não? Pois se apresse, porque a campanha eleitoral está com os dias contados. Depois das eleições, abraço só de tamanduá bandeira, que está cada vez mais difícil de ser visto dando sopa por aí. Caso você se encontre com um candidato nas esquinas de Sergipe, não acredite nas promessas e evite leva-lo pra sua casa, pois alguns costumam meter a mão nas panelas alheias. Misericórdia!

Pisando em ovos

Nenhum dos candidatos a prefeito se acha derrotado, porém todos rezam para aparecer liderando as próximas pesquisas de intenção de votos. De agora até o próximo dia 6, os prefeituráveis espalhados pelos 75 municípios de Sergipe vão evitar desgastes desnecessários e torcer para que os adversários não coloquem cascas de banana nos caminhos deles. Como sabe que qualquer erro agora poderá significar uma derrota nas urnas, ninguém quer ouvir falar em possíveis equívocos nesta reta final da campanha. Em deslise agora pode colocar a perder todo o esforço feito para conquistar parte do eleitorado. Aff Maria!

Tempo quente

A proximidade das eleições municipais tem aumentado a temperatura política no interior sergipano. Na disputa pelos votos dos indecisos, candidatos e cabos eleitorais travam uma verdadeira guerra de palavras. Estimulados por cerveja e cachaça, muitos eleitores saem no tapa durante as barulhentas carreatas. A tendência é que o clima esquente ainda mais nestes últimos dias que antecedem as eleições. Tomara que a Polícia consiga acalmar os ânimos, antes que sejam registrados fatos mais graves. Só Jesus na causa!

Cara-metade

O Tribunal Regional Eleitoral não engoliu a informação de que Danilo Segundo (PT) e Lurian Lula são apenas namorados. No entendimento da maioria dos magistrados do TRE, o petista candidato a prefeito da Barra dos Coqueiros vive em união estável com a filha do presidente Lula da Silva (PT), o que o torna inelegível. Autor da ação de inelegibilidade, o Ministério Público informa que a relação do casal é amplamente divulgada nas redes sociais, além de existirem reportagens confirmando que Danilo é genro do “Barba”. Naturalmente, o PT vai recorrer ao TSE na tentativa de derrubar a decisão do TRE. Aguardemos, portanto!

Mulher do padre

A decisão do TRE considerando Danilo Segundo (PT) inelegível deve ter acendido o sinal amarelo pras bandas de Nossa Senhora do Socorro. É que os magistrados devem julgar, sexta-feira próxima, um processo idêntico ao do petista e que tem como alvo a candidata a prefeita daquele município, Carminha Paiva (PP). Na ação contra a prefeiturável, a oposição alega que ela é mulher do prefeito Padre Inaldo (PP). Tanto Carminha quanto o reverendo negam a união estável e juram que entre ambos ocorreu apenas um lance. Dizem que hoje existe apenas uma forte amizade. Resta saber se os juízes do TRE vão acreditar na conversa do padre e de sua amiga. Creindeuspai!

Orientação sexual

A organização não governamental VoteLGBT criou o programa Sentinela LGBT+ visando monitorar denúncias de violência contra pessoas candidatas desse grupo. Em Sergipe, 77 candidaturas estão nesse recorte, representando 1,3% dos 5.582 candidatos a prefeito, vice e vereador. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, 29 postulantes sergipanos se identificam como transgênero, 4.842 como cisgênero e 711 preferiram não informar a identidade de gênero. Quanto à orientação sexual, 25 se identificam como gay, 11 como lésbica, seis como bissexual, quatro como pansexual, dois como assexual, 2.282 como heterossexual. Outros 3.251 preferiram não informar a orientação sexual. Então, tá!

O ato de votar não vale como prova de vida. O Tribunal Superior Eleitoral desmente informações nesse sentido divulgadas pela internet. Segundo o TSE, o momento do voto é o exercício do direito de cada eleitor de escolher o seu representante. É isso e apenas isso. “É mentira que exista um acordo com o INSS ou com qualquer outro órgão para estender a presença da eleitora e do eleitor nas urnas para qualquer efeito que não seja o exercício do direito fundamental de votar”, explica o Tribunal. Por fim, o TSE alerta que a falsa imagem utilizada da Justiça Eleitoral constitui ilícito eleitoral. Cruz, credo!

Crime virtual

O Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal de Sergipe teve o aplicativo WhatsApp clonado e utilizado para cobrar valores em uma tentativa de golpe. A direção da unidade de saúde informou que não faz nenhuma cobrança de dinheiro e qualquer contato pelo WhatsApp de número (79) 3194-7410 deve ser ignorado. O aplicativo clonado estava sendo utilizado pelo hospital para marcar consultas. Tomara que a Polícia coloque as mãos nos criminosos que clonaram o WhatsApp. São uns mequetrefes. Desconjuro!

Quintas Negras

O artista plástico Antônio Cruz é o convidado da próxima edição do Projeto Quintas Negras. Agendado para às 9 horas de quinta-feira que vem, o evento cultural acontecerá no auditório da Escola do Legislativo da Assembleia de Sergipe. Autodidata, Cruz desenha e pinta desde criança, já tendo participado de várias exposições coletivas e individuais. Em 1989 passou a trabalhar praticamente só com aço. Algumas das suas obras podem ser encontradas em espaços públicos de Aracaju e muitas integram diversos acervos particulares. Prestigie!

INFONET

TRE-SE indefere candidatura de Danilo de Lula a prefeito da Barra

em 23 set, 2024 20:31

Danilo de Lula teve a candidatura indeferida pelo TRE/SE (Foto: reprodução/rede social)

Na tarde desta segunda-feira, 23, o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe decidiu, por maioria, alterar a decisão da 2ª Zona Eleitoral (Barra dos Coqueiros), que havia rejeitado a Ação de Impugnação ao Registro de Candidatura de Danilo Dias Sampaio Segundo, candidato a prefeito de Barra dos Coqueiros. A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral e, com a nova decisão, Danilo de Lula, como é conhecido, teve a candidatura indeferida.

Segundo a denúncia, Danilo Dias Sampaio Segundo vive em união estável com Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que o tornaria inelegível. O Ministério Público Eleitoral também destacou que é de conhecimento público que o candidato é genro do presidente, com várias reportagens sobre o assunto. Além disso, a relação do casal é amplamente divulgada nas redes sociais, e o nome de campanha “Danilo de Lula” foi alterado para “Danilo”.

De acordo com o Art. 14, § 7º da Constituição, são inelegíveis, na área de jurisdição do titular, o cônjuge e parentes até o segundo grau do Presidente da República, Governador, Prefeito, ou de quem os tenha substituído nos seis meses anteriores à eleição, exceto se o candidato já ocupar cargo eletivo e concorrer à reeleição.

O relator do caso, juiz Breno Bergson Santos, analisou que as provas apresentadas no processo não comprovam a união estável. As postagens nas redes sociais indicam apenas um “namoro qualificado”, conforme o direito civil. Ele também disse que o uso da imagem do Presidente Lula na campanha de Danilo, embora relevante politicamente, não constitui motivo de inelegibilidade, pois os dois pertencem ao mesmo partido e compartilham a mesma ideologia, o que é comum, independentemente de parentesco.

No entanto, a juíza Dauquíria de Melo Ferreira, no entanto, discordou, dizendo que as postagens nas redes sociais e as notícias incluídas no processo mostram que o relacionamento vai além de um namoro e caracterizam um relacionamento mais intimista e estável.

A maioria dos membros do tribunal votou a favor do recurso, indeferindo a candidatura de Danilo Dias Sampaio Segundo, com votos contrários apenas do relator e do juiz Cristiano César Braga de Aragão Cabral.

Participaram do julgamento o presidente do TRE-SE, desembargador Diógenes Barreto, a desembargadora Ana Lúcia Freire de Almeida dos Anjos e os juízes membros Tiago José Brasileiro Franco, Breno Bergson Santos, Hélio de Figueiredo Mesquita Neto, Cristiano César Braga de Aragão Cabral, e a juíza membro Dauquíria de Melo Ferreira. Representou o Ministério Público Eleitoral a procuradora Aldirla Pereira de Albuquerque.

Portal Infonet não localizou a defesa do candidato. A equipe de reportagem está à disposição por meio do e-mail jornalismo@infonet.com.br e do telefone (79) 2106 8000.

Com informações do TRE/SE

 

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Levar “colinha” para cabine no dia das eleições é permitido

 

Primeiro turno das eleições ocorre dia 6 de outubro (Foto: TSE)

No próximo dia 6 de outubro acontece o primeiro turno das Eleições Municipais 2024 e nem todos os eleitores sabem, mas levar “colinha” com os números dos candidatos que vai votar  é uma prática reconhecida, aceita e estimulada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para não errar no dia da votação, a Justiça Eleitoral incentiva que os eleitores levem para a cabine de votação uma anotação, pessoal e individual, contendo os números das candidaturas nas quais pretendem votar. 

Primeiro é digitado o voto para vereador e, depois, para prefeito, de acordo com a legislação eleitoral. Para vereador, são cinco dígitos. Para prefeito, o número a ser digitado na urna eletrônica é composto de dois dígitos. 

Fique atento

É proibido, na cabine de votação, segundo a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) e a Resolução TSE nº 23.736/2024, à eleitora ou ao eleitor portar telefone celular, máquina fotográfica, filmadora, equipamento de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto, ainda que desligados.  

por Marina de Sena e Aisla Vasconcelos
*Com informações do TSE

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Moraes e Gonet ameaçam caça às bruxas na perseguição aos usuários do X


Juízes auxiliares do STF ganham mais que os ministros da corte - Espaço Vital

Charge do Alpino (Yahoo Notícias)

Wálter Maierovitch
Do UOL

A semana começa com generalizada caça às bruxas. Que se cuidem os usuários do X (ex-Twitter), tidos como “extremados” descumpridores das ordens inquisitoriais, ilegítimas e ilegais do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O recuo de Elon Musk não os ajudará em nada. O argentário Musk obedece a uma ética própria. Em palavras simples, Musk pensa com a carteira, o seu valor maior é o lucro e pouco importa apresentar-se publicamente com o rabo entre as pernas.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, fechou apoio ao inquisidor Moraes. Até pediu — e foi deferida — abertura de inquérito criminal. Nem “Auto de Fé”, a cerimônia do perdão dos tempos sombrios da Inquisição, será ofertado aos hereges internautas das redes sociais que, descumprindo ordem do inquisidor Moraes, receberão penalidades.

MONITORAR – Moraes ordenou à Polícia Federal monitorar os desobedientes, quem tem feito o “uso extremado” do X no Brasil desde que a plataforma foi bloqueada, em 30 de agosto. Sem esforço, dá para perceber que vivemos tempos bicudos.

Por pedido de Gonet, deferido por Moraes, será instaurado, nas próximas horas, inquérito policial para descobertas de autores de crimes da imaginação de Moraes e Gonet. Crimes que teriam sido cometidos por indeterminados cidadãos brasileiros. Todos, aliás, desobedientes, a burlar a ordem de não acesso à plataforma X, do prepotente bilionário Musk.

Até um bacharel reprovado em exame de qualificação profissional da OAB sabe que o Ministério Público, pelos seus procuradores e promotores de Justiça, tem poder para requisitar a instauração de inquérito policial em face da autoria de crime.

PESADAS SANÇÕES – Gonet, no entanto, preferiu solicitar a Moraes o deferimento do seu pedido de instauração de inquérito policial, por ser do ministro a inconstitucional e arbitrária imposição de pesadas sanções aos que ousassem acessar a plataforma X, com ou sem ocultação por VPN, o sistema capaz de omitir o nome do usuário.

E Gonet não titubeou em conferir aos desobedientes o foro privilegiado do STF, um arrematado absurdo. Mau exemplo de volta? Pela reiteração de posturas pretéritas, e pela de agora, uma nova dupla Moro-Dallagnol, de triste memória, entrou em ação.

A dupla Moro-Dallagnol ficou célebre, na Lava Jato, por jogar de mão. A promiscuidade implicou em violação às garantias constitucionais e aos princípios de direito processual. No nosso sistema constitucional-processual, o juiz atua super partes, e não em ilegítima vinculação com a parte acusadora, o ministério público.

NULIDADES ABSOLUTAS – A induvidosa e interesseira comunhão entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol gerou nulidades processuais absolutas.

O processo constitucional justo, denominado por processo de partes, com juiz imparcial e neutro, restou violado pela associação persecutória da mencionada dupla Moro-Dallagnol. Resultado: corruptos e larápios de toda a espécie venceram e enraizou-se ainda mais a cultura da impunidade dos poderosos e potentes.

Atenção. O saudoso Aberlardo Barbosa, o popular Chacrinha, sustentava, numa adaptada fórmula do químico francês Lavoisier, que tudo se copiava. Pelo notado, constituiu-se outro processo de união de forças, ou melhor, uma nova dupla inquisitorial, formada pelo ministro Alexandre de Moraes , em panos de inquisidor Torquemada , e o procurador-geral Paulo Gonet, como atento auxiliar.

Lula fala em “falta de ousadia” da ONU na Cúpula do Futuro


Lula discursou durante a Cúpula do Futuro, no domingo

Pedro do Coutto

Não faltaram temas e fatos ao presidente Lula em seu primeiro discurso em sua viagem a Nova York, para a Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU). Lula disse que o Pacto para o Futuro, documento a ser assinado pelos líderes mundiais na cidade norte-americana, aponta uma direção a seguir, mas que falta “ambição e ousadia” para que a entidade consiga cumprir seu papel. O presidente brasileiro discursou durante a Cúpula do Futuro, realizada neste domingo e, segundo ele, a crise da governança global requer transformações estruturais e citou os recentes conflitos armados existentes no mundo atualmente.

“A pandemia, os conflitos na Europa e no Oriente Médio, a corrida armamentista e a mudança do clima escancaram as limitações das instâncias multilaterais. A maioria dos órgãos carece de autoridade e meios de implementação para fazer cumprir as suas decisões. A Assembleia Geral perdeu sua vitalidade e o conselho econômico e social foi esvaziado”, disse.

APROVAÇÃO – No ano passado, o Brasil não conseguiu aprovar uma Resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito envolvendo Israel e o grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Na ocasião, o voto dos Estados Unidos – um Membro Permanente – inviabilizou a aprovação, mesmo após longa negociação da diplomacia brasileira.

Outras resoluções apresentadas também fracassaram, seja por votos contrários dos Estados Unidos, seja da Rússia, outro Membro Permanente. Segundo as regras do Conselho de Segurança, para que uma Resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.

O evento prévio à Assembleia Geral da ONU reúne líderes mundiais para debater formas de enfrentar as crises de segurança emergentes, acelerar o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e abordar as ameaças e oportunidades das tecnologias digitais. Lula apontou como pontos positivos do Pacto tratar “de forma inédita” temas importantes como a dívida de países em desenvolvimento e a tributação internacional; a criação de uma instância de diálogo entre chefes de estado e de governo e líderes de instituições financeiras internacionais.

AVANÇO – O presidente citou ainda o avanço para uma governança digital inclusiva que “reduza as assimetrias de uma economia baseada em dados e mitigue o impacto de novas tecnologias como a inteligência artificial”. “Todos esses avanços serão louváveis e significativos, mas, ainda assim, nos falta ambição e ousadia”, disse.

Ele também criticou o Conselho de Segurança da ONU, afirmando que a legitimidade do órgão encolhe “cada vez que ele aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades”. Para Lula, as instituições de Bretton Woods, como o Fundo Monetário Internacional  e o Banco Mundial, desconsideram as prioridades e as necessidades do mundo em desenvolvimento.“O Sul Global não está representado de forma condizente com seu atual peso político, econômico e demográfico”, afirmou.

O presidente disse que houve pouco avanço na agenda multilateral de reforma do sistema ONU nos últimos 20 anos e citou como medidas positivas a Comissão para Consolidação da Paz, criada em 2005 e o Conselho dos Direitos Humanos, criado em 2006. Ele ainda alertou que os objetivos de desenvolvimento sustentável, mesmo tendo sido o maior “empreendimento diplomático dos últimos anos”, caminham para se tornarem o “nosso maior fracasso coletivo”.

ALIANÇA – “No ritmo atual de implementação, apenas 17% das metas da agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo. Na presidência do G20, O Brasil lançará uma aliança global contra fome e a pobreza, para acelerar a superação desses flagelos”, discursou.

Em seu discurso, Lula disse que o mundo tem como responsabilidade não retroceder na agenda de direitos humanos e de promoção da paz. “Não podemos recuar na promoção da igualdade de gênero, nem na luta contra o racismo e todas as formas de discriminação. Tampouco podemos voltar a conviver com ameaças nucleares. É inaceitável regredir a um mundo dividido em fronteiras ideológicas ou zonas de influência. Naturalizar a fome de 733 milhões de pessoas seria vergonhoso. Voltar atrás em nossos compromissos é colocar em xeque tudo o que construímos tão arduamente”, afirmou.

“Precisamos de coragem e vontade política para mudar, criando hoje o amanhã que queremos. O melhor legado que podemos deixar às gerações futuras é uma governança capaz de responder de forma efetiva aos desafios que persistem e aos que surgirão”, disse o presidente ao terminar o discurso.


O Silêncio Ensurdecedor: A Polêmica em Jeremoabo e o Desrespeito à Fé

 

O Silêncio Ensurdecedor: A Polêmica em Jeremoabo e o Desrespeito à Fé

Recentemente, a cidade de Jeremoabo se viu no centro de uma controvérsia que expõe a tensão entre a fé religiosa e a ação política, evidenciada pelo incômodo provocado por paredões de som durante uma celebração religiosa. O evento, que deveria ser um momento de comunhão e espiritualidade, foi interrompido por barulhos ensurdecedores, levantando questões sobre o respeito às tradições e à sacralidade dos espaços religiosos.

Fatos vs. Palavras: A Verdade por trás da Disputa em Jeremoabo

Logo pela manhã, um comunicado polêmico divulgado pelo sobrinho do prefeito causou alvoroço. O tom desdenhoso utilizado na comunicação pareceu zombar da inteligência dos cidadãos de Jeremoabo, ao afirmar que os paredões que interromperam a celebração não eram de responsabilidade da sua organização. Entretanto, a realidade, respaldada por vídeos e fotos amplamente compartilhados, contrasta com essa narrativa.

A primeira questão que se levanta é: se não foram os organizadores do evento, de quem seria a responsabilidade? Essa indagação não apenas ecoa entre os fiéis, mas também coloca em xeque a transparência das ações políticas na cidade. A tentativa de desviar a responsabilidade pode ser interpretada como uma falta de respeito não só aos princípios da gestão pública, mas, mais importante, à própria fé da comunidade.

O Desrespeito à Casa de Deus

A interrupção de uma celebração religiosa por barulhos tão invasivos não é apenas uma questão de incômodo; é uma afronta ao espaço sagrado que a Igreja representa para muitos. "Em tempos antigos, a defesa da Igreja era uma batalha contra forças externas. Hoje, em Jeremoabo, parece que essa luta se dá contra aqueles que deveriam ser os seus próprios defensores, muitos dos quais foram batizados e educados nos princípios da fé."

As palavras do sobrinho do prefeito, ao desconsiderar a indignação dos fiéis, revelam um desvio preocupante na forma como a política se relaciona com a espiritualidade. A fé, que deveria unir e elevar, tornou-se um campo de batalha para disputas de poder, onde o respeito e a dignidade são frequentemente sacrificados.

O Papel da Comunidade

Diante desse cenário, é fundamental que a comunidade se una para defender os seus valores e princípios. A fé não deve ser um tema de debate político, mas sim uma fonte de força e solidariedade. Os cidadãos de Jeremoabo têm o direito de exigir respeito à sua religião e às suas tradições, sem que isso se torne uma questão de conveniência para aqueles que ocupam cargos públicos.

O que ocorreu em Jeremoabo é um lembrete de que a sociedade precisa estar atenta e crítica em relação aos seus líderes. A preservação dos valores comunitários e religiosos deve ser uma prioridade, e qualquer desrespeito a isso deve ser prontamente questionado e combatido.

Conclusão

A polêmica em Jeremoabo é um reflexo de um problema maior que transcende as fronteiras da cidade: a necessidade de proteger o espaço sagrado e a integridade da fé em tempos de crescente banalização das tradições. Enquanto as palavras podem tentar desviar a atenção dos fatos, a verdade sempre encontrará seu caminho. A luta pela preservação da fé e do respeito à Casa de Deus deve ser uma responsabilidade compartilhada por todos, e a comunidade de Jeremoabo tem a oportunidade de se posicionar em defesa do que é sagrado. Que este silêncio ensurdecedor não se torne uma aceitação passiva, mas sim um chamado à ação e à reflexão



 


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