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terça-feira, janeiro 02, 2024

Com a barbárie do Hamas, o terrorismo atinge a perfeição em marketing político


Palestinos procuram feridos após ataque de Israel no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza

Sem cessar-fogo, em breve só haverá escombros em Gaza

Luiz Felipe Pondé
Folha

Nada é menos criativo entre as atividades humanas neste ridículo século 21 do que a infeliz disciplina do marketing. Suas invenções mais recentes, como “gerente de felicidade” de uma empresa ou o conceito de “marca pessoal”, atestam a completa incapacidade criativa dessas ciências sociais aplicadas que são o marketing —não se engane, a ideia de um gerente de felicidade numa empresa é puro marketing de gestão.

Mas não quero falar dessas fake news no ambiente do trabalho neste século 21 sem futuro. Quero falar de algo menos inovador, mas que continua circulando pelo mundo corporativo, que é o “conceito de liderança”. As aspas se devem ao fato que a ideia de liderança não merece toda essa credencial da categoria de conceito. Imagine Kant ou Hegel se dedicando ao “conceito de liderança corporativa”.

E, na sequência, quero dizer de onde virá a verdadeira transfusão de sangue que dará a infeliz disciplina do marketing novos horizontes de criação no que se refere a liderança.

DISSE O CANALHA – Tenho poucos amigos, mas eles sempre me fornecem elementos para enxergar o mundo no seu pior.

Um deles, que atende pelo carinhoso codinome de “Canalha” — claro, descendente direto do canalha honesto do Nelson, hoje em extinção porque todos os canalhas fazem MBA em ESG — me chamou a atenção numa conversa recente para o fato que o personagem bíblico Moisés deveria ser o paradigma do líder quando as pessoas se colocam a questão do que seria a liderança no mundo corporativo — ou fora dele. Vejamos a hipótese de mais perto, agora, com a atenção que um conceito merece.

Antes de tudo, um reparo. Liderança é matéria política. Portanto, é poder, e, por consequência, é violência, apesar das mentiras de hoje em dia. O marketing de gestão fez da liderança uma conversa fiada corporativa, inclusive, atrapalhando a própria liderança no mundo corporativo.

NA HAPPY HOUR – Segundo essa infeliz disciplina, liderança é algo que deve desaguar em abraços corporativos e happy hours — com a lembrança de que a antiga função dessas happy hours, a saber, pegar a colega gostosa da empresa, está proibido pelo compliance que odeia o Eros.

A liderança é uma função mais próxima de um trágico que caminha sozinho pelo deserto, mesmo quando acompanhado. Já que falamos em deserto, vamos voltar a Moisés, o homem que liderou por 40 anos, no deserto do Sinai, um povo que acabara de sair de uma escravidão no Egito, segundo a Bíblia, por muito mais do que 40 anos. Como era a relação desse líder com seu “time”?

Esse povo só deu dor de cabeça para o homem que o libertou da escravidão no Egito. Ingratos, alguns chegaram mesmo a dizer que a vida na escravidão era melhor do que aquela liberdade toda. Evidente que no caso da narrativa bíblica, há um Deus em jogo e Moisés é um mero intermediário na realização da vontade desse Deus.

BEZERRO DE OURO – Enquanto Moisés se reunia com Deus no monte Sinai para pegar os dez mandamentos, que deveriam pautar a vida desse povo não mais escravo, alguns ao pé do monte inauguram um culto a um bezerro de ouro, o que leva Deus a ter que puni-los.

Fruto da impaciência, imediatez, pressa, preguiça, parte do povo está sempre pronto a trair Moisés e seu Deus.

Foi da mesma região geográfica, a terra prometida, que veio a grande disrupção na infeliz disciplina do marketing neste último ano. O grupo terrorista Hamas fez uma ação revolucionária de marketing dia 7 de outubro de 2023 que deu inúmeros frutos para seus criativos.

ACERTOU EM CHEIO – Ao chacinar, estuprar, humilhar pessoas de diferentes idades e sexos, o Hamas acertou em cheio.

Dias depois, Israel, tomado pela fúria da agressão sofrida, realizou exatamente o que os marketeiros terroristas queriam: fulminou Gaza e grande parte da sua população tentando resgatar reféns israelenses e matar terroristas. Com cada palestino morto, criança ou adulto, o Hamas vibrou e comprovou que o futuro do marketing está em ações agressivas, imorais e sangrentas.

Vem por aí mais um ano novo que promete. O terrorismo evoluiu e atingiu seu clímax em 2023: tornou-se pura ciência da comunicação. Hamas, um case de sucesso.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Excelente análise de Pondé. O marketing do Hamas realmente deu certo. Israel não poderia reagir destruindo a Faixa de Gaza, sem se importar com quem está morrendo nos escombros. Ao agir assim, adotou o estilo Hamas e se tornou tão horripilante quanto os terroristas. Israel caiu na armadilha montada pelo Hamas e sua imagem jamais será a mesma. (C.N.)


Trump e a eleição no Brasil




O que ocorrer com o americano em 2024 será apresentado como um espelho de Bolsonaro e seu grupo

Por Diogo Schelp (foto)

Deve-se sempre ministrar uma dose de ceticismo à ideia de que tendências políticas propagam-se como ondas através das fronteiras, com eleições em um país influenciando votações em outro. Em alguns casos, porém, essa influência pode existir, ainda que apenas pelo simbolismo ou pela imitação de estratégias de campanha.

Em 2015, os venezuelanos foram às urnas para a difícil missão de derrotar o chavismo nas eleições legislativas. No dia do pleito, este colunista ouviu de eleitores em Caracas que eles se sentiram incentivados a sair de casa para votar por inspiração dos argentinos que, uma semana antes, haviam derrotado o kirchnerismo nas urnas.

Em 2016, Donald Trump ganhou a presidência explorando insatisfações do eleitorado americano semelhantes àquelas que levaram os britânicos a decidir pelo Brexit meses antes.

Lula e Jair Bolsonaro já demonstraram a intenção de reeditar, nas eleições municipais deste novo ano, a polarização da campanha presidencial de 2022. Eles acreditam serem capazes de eleger prefeitos graças à influência que exercem sobre seus apoiadores.

O discurso a gente já conhece. Pelo lado do petista, todos que estiverem associados a Bolsonaro serão colocados na categoria do mal absoluto. Pelo lado do bolsonarismo, haverá uma tentativa de replicar em nível municipal a ideia de que o “sistema” favorece a esquerda. É aí que Donald

Trump entra na campanha pelas prefeituras brasileiras.

Assim como ocorreu no período em que exerceram a presidência simultaneamente, o que quer que aconteça com o americano ao longo de 2024 será apresentado como um espelho de Bolsonaro e de seu grupo político.

Acusações mirabolantes de fraude eleitoral serão adaptadas à realidade brasileira. Decisões judiciais que impeçam Trump de disputar um segundo mandato, como as que já ocorreram em dois Estados, serão apresentadas como evidência de que, lá como aqui, a esquerda joga sujo para impedir que a direita governe.

Já eventuais sucessos de Trump durante a campanha serão usados para energizar o campo bolsonarista, mostrando que, se é possível enfrentar o tal “sistema” no país mais poderoso do mundo, o mesmo poderá ser feito nas cidades brasileiras.

Esse simbolismo já está sendo explorado nas comemorações bolsonaristas à eleição de Javier Milei, o novo presidente antissistema da Argentina. Com Trump, a comparação ganha um rosto mais conhecido e o timing perfeito. 

O Estado de São Paulo

Guerras e eleições nos EUA: análise dos grandes riscos que o mundo enfrenta em 2024




Uma possível vitória de Trump pode beneficiar os planos de Putin na guerra contra a Ucrânia

Disputa entre Trump e Biden e os resultados do conflito entre Rússia Ucrânia e na guerra de Israel são preocupações em todo mundo

Por Frida Ghitis

Cada ano é importante, cada ano é fundamental e cada ano traz surpresas — boas e ruins. Mas é impossível escapar à sensação de que o mundo está perto de um precipício e que em 2024 daremos um passo em frente, subvertendo a ordem mundial, ou um passo atrás, regressando a uma versão de “normalidade”.

O que 2024 trará?

“As previsões são difíceis, especialmente sobre o futuro”, diz um truísmo atribuído ao ex-jogador de beisebol Yogi Berra, ao físico ganhador do Prêmio Nobel Niels Bohr e muitos outros. A obviedade destaca quão incerto é o futuro — como aprendemos em 2020 — e quão frustrante pode ser a busca por respostas, dada a magnitude dos riscos.

Sem dúvida, as eleições nos Estados Unidos são hoje uma das preocupações dominantes em todo o mundo. Perdi a conta de quantas pessoas me disseram, durante viagens recentes, o quão preocupadas e perplexas estão com a possibilidade dos norte-americanos devolverem o ex-presidente Donald Trump à Casa Branca.

Na verdade, a revista “The Economist” declarou que “Donald Trump representa o maior perigo para o mundo em 2024”, descrevendo-o como uma sombra que paira sobre todos nós.

A eleição determinará se a presidência caótica de Trump, com seus traços autoritários, foi apenas um acaso da história dos EUA, ou se é a presidência de Joe Biden que não representa mais nada além de uma pausa de quatro anos na descida da América para o isolacionismo autoritário.

A resposta terá graves repercussões em todo o mundo.

Uma segunda presidência de Trump quase certamente seria mais extrema em diversas frentes. O ex-presidente prometeu usar o Departamento de Justiça para buscar vingança contra seus oponentes políticos, minando as instituições dos EUA, minando a democracia e flertando com a ditadura.

Essas ações fortaleceriam aqueles que afirmam que a democracia de estilo ocidental é um sistema falido, fortalecendo o bloco emergente de autocracias antiocidentais — Rússia, China, Irã e Coreia do Norte — uma equipe de tiranos que procuram desafiar a influência global do Ocidente à medida que, todos fortemente armados, ameaçam os seus vizinhos.

Trump falou o suficiente para que os aliados e adversários dos EUA entendessem os riscos – ou potenciais, dependendo da sua perspectiva – de um segundo mandato. E os seus pronunciamentos levaram os aliados da América a questionar até que ponto Washington estaria empenhado na sua defesa se ele regressasse ao cargo.

O ex-presidente já declarou que encerraria a guerra na Ucrânia em 24 horas. Ele questionou se os EUA deveriam defender a Coreia do Sul e aludiu a países como Japão e Coreia do Sul obtendo armas nucleares para se defenderem.

Os comentários sobre a Ucrânia sem dúvida chamaram a atenção do presidente russo, Vladimir Putin, o autocrata que Trump não gosta de criticar e até elogiar, ao cercar a Ucrânia.

O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse que Putin não ficará satisfeito com uma vitória limitada na Ucrânia, “especialmente não antes das eleições americanas, que podem apresentar-lhe um cenário muito mais favorável”.

Por outras palavras, Putin continuará atacando, esperando que uma vitória de Trump em novembro puxe o tapete ao apoio de Washington a Kiev, ajudando a Rússia a obter a vitória total sobre a Ucrânia.

Como países anteriormente sob o domínio de Moscou e outros avisaram, se a Rússia vencer na Ucrânia, Putin poderia ver um caminho para recuperar outras partes do antigo império soviético, talvez tentando conquistar a pequena Moldávia e até mesmo a Estados bálticos que são agora membros da Otan.

A Otan deveria defender todos os seus membros, mas Trump já lançou dúvidas sobre se os EUA ajudariam um aliado em apuros. Apesar da recente aprovação bipartidária de um projeto de lei que proibiria um presidente de retirar unilateralmente os EUA da Otan sem a aprovação do Congresso, o presidente teria ampla liberdade para responder aos desafios militares globais.

Vemos isto quase diariamente durante as crises de hoje, quando Biden enviou navios de guerra dos EUA para o Mediterrâneo e o Mar Vermelho num esforço para impedir a expansão da guerra entre Israel e o Hamas – um conflito que já ameaça tornar-se regional – ou enviou repetidamente mensagens prometendo apoio a Taiwan como um aviso à China, cujo líder apenas repetiu a sua promessa de reunificar a ilha.

Se os EUA recuarem enquanto Putin promove os seus objetivos neo-imperialistas, a China poderá ficar tentada a tentar tomar Taiwan e intimidar ainda mais os seus vizinhos. A própria perspectiva de uma China encorajada representaria um golpe nos esforços de não proliferação nuclear.

Também provocaria tremores globais de volatilidade. O fim da Pax Americana, por mais imperfeito que seja, impulsionaria mais potências de médio porte a pegar em armas contra os seus rivais.

E, no entanto, Trump pode não ganhar as eleições. Se Biden for reeleito, as chances de restaurar a estabilidade global são muito maiores. Mas eles estão longe de estar seguros.

Na verdade, os EUA são apenas um entre dezenas de países definidos para realizar eleições, incluindo nações importantes como México, Índia, Indonésia, Rússia e Reino Unido. O resultado de alguns é pré-determinado. As eleições na Rússia, por exemplo, são uma farsa. Mas outros poderão sinalizar novos rumos nos próximos anos.

Uma coisa que sabemos é que ninguém vive para sempre. Principais figuras mundiais — Biden, Trump, o líder supremo iraniano Ali Khamanei — estão na casa dos 70 e 80 anos. Khamenei estava doente em 2022, mas seu gabinete negava os relatórios. Não sabemos quem irá sucedê-lo, quão radical será o seu sucessor, ou como os iranianos responderão quando chegar o momento.

Não esqueçamos que 2024 certamente também trará boas surpresas. Não sabemos o quê (são surpresas!), mas há uma probabilidade considerável de que os problemas possam ser resolvidos para melhor.

Geralmente não sou pessimista quanto ao futuro. Hoje, os EUA estão em boas mãos. A economia está indo muito bem. O Ocidente, apesar dos seus desafios, está unido. As pessoas em todos os lugares preferem a liberdade à escravidão.

Muitos cenários sombrios têm um outro lado, um resultado potencialmente feliz. Grande parte depende das pessoas que tomam as decisões, desde os eleitores aos líderes mundiais. E inúmeras pessoas em todo o planeta estão trabalhando para garantir um futuro melhor.

A própria noção de que estamos à beira do precipício pode motivar-nos a dar um passo para trás, para nos afastarmos do abismo, e seguirmos em direção a um caminho mais pacífico e promissor.

CNN

O Brasil está seguindo em frente e deixa a era Bolsonaro para trás


Bolsonaro tornou-se inelegível para alegria de grande parte da sociedade

Marcelo Copelli

No início de 2023, o atual presidente da República, Lula da Silva, chegava ao seu terceiro mandato com a promessa de cuidar das pessoas e dedicar-se à reconstrução do Brasil após uma gestão de devastação promovida pelo mandatário anterior derrotado nas urnas.

Em uma derradeira tentativa de impedir o caminhar democrático, bolsonaristas invadiram e depredaram Praça dos Três Poderes, o Supremo e o Congresso, ratificando que a polarização ainda haveria de perdurar ao longo dos próximos meses. Ao mesmo tempo, o que se observou foi o gradual apagamento da imagem e das articulações políticas do ex-presidente Jair Bolsonaro, até mesmo em virtude dos processos e das decisões judiciais que o tornaram inelegível por alguns anos, durante os quais, para o bem de muitos, estará impedido de concorrer ao Planalto ou a outros cargos políticos.

POLARIZAÇÃO – Ainda que novas ações tenham sido registradas no tabuleiro político, o bolsonarismo mostra que ainda sobrevive e se motiva por aspirações nas próximas jogadas. Em tradução simultânea, o extremismo e a polarização não foram riscados do plano atual, apenas se movimentam de outra forma.

Isso, entretanto, não se tornou obstáculo para que Lula obtivesse vitórias, a exemplo  da recente reforma tributária, o “arcabouço fiscal” e a consequente subida do rating da dívida brasileira. Agora, em 2024, após um ano do início do seu novo mandato, Lula estará na mira de novos balanços e avaliações, diante de um cenário que ainda avalia conquistas e derrotas, promessas cumpridas e outras que ainda estão por se concretizar. Mas o país segue  em frente, a cada dia deixando as más lembranças da gestão anterior e de seu representante maior no passado.


A partir desta segunda-feira, somente pesquisas eleitorais registradas no TSE poderão ser divulgadas


Por Redação

A partir desta segunda-feira, somente pesquisas eleitorais registradas no TSE poderão ser divulgadas
Foto: Reprodução/TSE

Passa a valer a partir desta segunda-feira (1º) a legislação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que regulamenta a divulgação de pesquisas eleitorais realizadas no país. De acordo com a Resolução nº 23.600/2019, “a partir de 1º de janeiro do ano da eleição, as entidades e as empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou às candidatas e aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar, no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle), até 5 (cinco) dias antes da divulgação”. 

 

A resolução também prevê critérios que o contratante destas pesquisas deverá seguir, entre eles, a obrigatoriedade de informar o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); bem como discriminar o valor e origem dos recursos despendidos na pesquisa, mesmo que tenha sido realizada com recursos próprios.  

Lula sanciona Orçamento de 2024 com meta de déficit zero


Por Redação

Lula
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, com vetos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. Entre os destaques, está a sanção da proposta que mantém a meta de déficit zero das contas públicas para o ano que vem, como defende o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

 

A LDO define as diretrizes para a elaboração do Orçamento, com estimativas para arrecadação e limite de gastos do governo. O parecer, no Congresso, foi feito pelo deputado Danilo Forte (União-BA) e aprovado anteriormente pela Comissão Mista de Orçamento (CMO).

 

Entre os vetos, o principal deles diz respeito ao calendário para a distribuição de emendas impositivas. As emendas são para senador, deputado e bancadas estaduais.

 

O presidente vetou trecho do calendário que vinha com a obrigação do empenho dos recursos até 30 dias após a divulgação das propostas. Da mesma forma, o petista retirou inciso no qual todo pagamento de fundos das áreas de saúde e assistência social da União para os entes federados deveria ser feito ainda no primeiro semestre de 2024.

 

A justificativa é que o prazo estipulado dificultaria a gestão das finanças públicas, “com impacto potencial na eficiência, eficácia e efetividade da administração”.

 

O texto institui uma trava de R$ 23 bilhões para o limite de contingenciamentos em 2024. O valor reservado para as emendas bateu recorde histórico: R$ 49 bilhões. São R$ 25 bilhões para emendas individuais, R$ 12,5 bilhões para as de bancada e R$ 11,3 bilhões para as de comissões.

 

Há também a previsão do valor máximo de R$ 4,9 bilhões para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido popularmente como fundo eleitoral. Os critérios de distribuição da verba consideram o tamanho de cada bancada na eleição anterior.

 

VETO À EMENDA IDEOLÓGICA

O presidente também vetou uma emenda de teor ideológico acrescentada pelo Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro. A emenda vedava a destinação “direta ou indireta” de verbas da União para promover, incentivar ou financiar diversos temas ao quais a oposição se posiciona contra.

 

São eles:

  • invasão ou ocupação de propriedades rurais privadas;

  •  ações tendentes a influenciar crianças e adolescentes, da creche ao ensino médio, a terem opções sexuais diferentes do sexo biológico;

  • ações tendentes a desconstruir, diminuir ou extinguir o conceito de família tradicional, formado por pai, mãe e filhos;

  • cirurgias em crianças e adolescentes para mudança de sexo; e

  • realização de abortos, exceto nos casos autorizados em lei.

 

Na Câmara dos Deputados, a emenda recebeu 305 votos favoráveis, 141 contrários e duas abstenções. Já no Senado Federal, o placar somou 43 votos a favor e 26 contra, sem abstenções.

Gestão de Belivaldo serviu de muleta ao governo Mitidieri

em 2 jan, 2024 8:10

Adiberto de Souza 

Tirando a propaganda oficial e o oba-oba feito pela imprensa chapa branca, o primeiro ano do governo Mitidieri não tem muito para comemorar. Por sorte da atual administração, o ex-governador Belivaldo Chagas (PSD) deixou as finanças arrumadas e um bom volume de obras para serem inauguradas no decorrer de 2023. A bem da verdade, o Executivo promoveu festas, alguns mutirões na área da saúde, além do Programa “Sergipe é Aqui”, iniciativa que oferece serviços simples à população carente. As grandes obras prometidas na campanha eleitoral ainda não saíram do papel, a exemplo das duas pontes projetadas para Aracaju. Os deserdados pela sorte também aguardam famintos o anunciado “Prato do Povo”. Na geração de empregos o destaque são os mais de 2,3 mil cargos em comissão distribuídos com os protegidos dos aliados políticos. No setor turístico sobressaíram as viagens internacionais do governador e de seus secretários, inclusive à Irlanda, para divulgar a nossa renda irlandesa. Ressalte-se, contudo, que existe diferença de estilo entre Belivaldo e o atual gestor. Tocador de obras, o primeiro faz questão de ser comedido, enquanto o governador é festeiro por demais: o fidalgo adora suar a camisa galopando em cavalgadas ou dançando ao som de trios elétricos e do contagiante forró. Foi muito por isso que o deputado Georgeo Passos (Cidadania) disse que o governo Mitidieri é mais espuma do que chopp. Marminino!

Aracaju de fora

Não passa pela cabeça da cúpula do PT nacional indicar candidato próprio à Prefeitura de Aracaju. Pelo menos é foi o que escreveu o bem informado jornalista Ricardo Noblat, no site Metrópoles. Segundo o coleguinha, o partido de Lula está de olho nas prefeituras de Natal, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. Pelo visto, os petistas sergipanos vão ter que se virar nos trinta para convencer os manda chuvas da legenda a patrocinarem uma candidatura própria na capital sergipana. Aff Maria!

Foi golpe!

A invasão das sedes dos Três Poderes, ocorrida em 8 de janeiro do ano passado, foi “uma tentativa de golpe de Estado” e “um atentado ao Estado Democrático de Direito”. Quem pensa assim é o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto. Entrevistado pelo jornal Correio Braziliense, o ilustre sergipano classificou aquele ato como “democraticídio”. O ministro entende que “houve uma mentalização, algo concebido, premeditado, financiado, orquestrado e perpetrado, tudo sequenciadamente contra a democracia brasileira”. Crendeuspai!

Grana para Sergipe

No apagar das luzes de 2023, a Sudene aprovou cinco pleitos de incentivos fiscais para empresas de Sergipe. Os R$ 229,7 milhões aprovados pela diretoria da estatal vão beneficiar a Agropecuária Marata (R$ 46,7 milhões); a Rosário do Catete Ambiental (R$ 28,1 milhões); a JCA Indústria de Material Plástico (R$ 15,6 milhões); a Companhia Industrial têxtil (R$ 12,9 milhões) e Aratur hotéis e Turismo de Aracaju (R$ 13,4 milhões). “Esses incentivos são fundamentais para atrair investimentos e impulsionar o desenvolvimento econômico”, afirma Heitor Freire, diretor da Sudene. Então, tá!

Quem é o povo?

Tida como pré-candidata a prefeita da capital sergipana, a vereadora Emília Corrêa (Patriota) postou no instagram que “é nos braços do povo que começo a me despedir de 2023”. A distinta também anda pregando nas barracas de frutas, cachorro-quente e acarajé um cartaz afirmando que “em 2024, o povo vai assumir o controle de Aracaju”. A questão é saber quem é esse “povo” citado por Emília, pois, ao que se sabe, a legislação eleitoral ainda não permite à população disputar eleições. A não ser que a fidalga acredite ser sinônimo de povo. Só Jesus na causa!

Acordo festejado

O senador Laércio Oliveira (PP) comemorou a assinatura de contrato entre a Petrobras e a Unigel para produção de fertilizantes nas fábricas de Sergipe e da Bahia. Pelo entendimento, as duas unidades vão produzir amônia e ureia diretamente para a petrolífera, garantindo os empregos dos trabalhadores por pelo menos oito meses. As Fafen’s de Laranjeiras e Camaçari estão paralisadas desde que a Unigel não conseguiu um menor preço para o gás natural, principal matéria primeira das duas fábricas. Laércio alerta que o Brasil precisa ter um suprimento de gás a preço competitivo, compatível com os praticados nos países que também produzem fertilizantes. É vero!

Pra ser político

Faça discurso bonito,
Diga que ama sem amar,
Coma qualquer porcaria,
Dê com a mão sem precisar,
E sem ter graça ria…
Somente para enganar.

A definição acima está no bem acabado cordel ‘O ladrão e o político’, do poeta José Augusto, de Mossoró (RN).

Falsas promessas

A campanha eleitoral nem começou ainda e já tem candidatos a vereador prometendo construir milhares de casas, acabar com a crise na saúde pública, garantir educação de boa qualidade e o diabo a quatro. Ora, a função do parlamentar municipal é legislar e fiscalizar as ações do prefeito de plantão. Este sim, deve realizar as obras reivindicadas pelo conjunto da sociedade. Ao prometem o que não podem fazer, os candidatos às câmaras municipais estão enganando os eleitores, que devem puni-los, negando-lhes o voto nas eleições de outubro. Misericórdia!

Miserê nordestino

Dois em cada três trabalhadores por conta própria vivem com menos de um salário mínimo por mês em Sergipe. Estudos revelam que são quatro milhões de pessoas nessa situação em todo o Nordeste. Esses filhos de Deus estão ocupados em segmentos do comércio e de serviços, como camelôs, ambulantes, pedreiros e motoristas. Na zona rural essa legião de miseráveis atua em atividades agrícolas ou fazem biscates. Assim também já é demais também!

Ponte Neópolis-Penedo

Está agendada para o próximo dia 13, a solenidade de assinatura da ordem de serviço para a construção da ponte entre Neópolis (SE) e Penedo (AL). O evento, que acontecerá em pleno sábado da festa de Bom Jesus dos Navegantes na cidade alagoana, será presidido pelo ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB). A ponte terá 1,18 quilômetro de extensão, com 21 metros de largura, sendo previstas duas faixas de rolamento com 3,75 metros cada, faixas de segurança laterais de 2,5 metros cada lado, bem como passeios de 2,3 metros para cada lado. A obra está orçada em R$ 300 milhões e deve ser executada no prazo de 36 meses. Supimpa!

Disparidade salarial

Desde ontem, o salário mínimo de quem trabalha de sol a sol é de minguados R$ 1.412. Enquanto isso, a partir de fevereiro próximo, o supersalário dos ministros do Supremo Tribunal Federal passará dos atuais R$ 41,6 mil para exagerados R$ 44 mil. O pior é que este reajuste terá efeito cascata, pois contemplará quem possui os salários atrelados aos homens da capa preta, como deputados, senadores, magistrados, governadores, etcétera e tal. Ressalte-se que quem recebe o teto salarial tem direito a uma série de outras vantagens financeiras, enquanto aqueles que ganham o raquítico mínimo ainda descontam uma parte da ninharia para o INSS. Êita Brasilzão sem jeito!

Abra o olho!

Antes de se decidir disputar uma prefeitura nas eleições deste ano avalie bem o pensamento do genial Raul Seixas na música Cowboy fora da Lei: “Mamãe, não quero ser prefeito/ Pode ser que eu seja eleito/ E alguém pode querer me assassinar”. Morto há 35 anos, o Maluco Beleza estava certíssimo quando dizia não querer “ir de encontro ao azar”. Depois não diga que não foi avisado. Cruz, credo!

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