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sábado, julho 13, 2019

Na Previdência, de novo as corporações conseguem manter seus privilégios


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Na Câmara, galerias cheias de representantes das corporações
Antonio Britto
Assembleia Nacional Constituinte, 1988. Em votação, direitos do funcionalismo público. Nas galerias, representantes de algumas corporações, exigindo privilégios. Na Mesa, impaciente com as manifestações e a pressão sobre os parlamentares, o doutor Ulysses. Interrompida a sessão, por conta do impasse, ele perguntava a quem se aproximava: “Vocês já viram as galerias ocupadas pelo sindicato dos desempregados?”
Passados 31 anos, o país se modernizou, é melhor em quase todos os aspectos, mas as galerias e todos os locais onde se exerce a pressão política seguem carentes de representação dos realmente necessitados – desempregados, analfabetos, os injustiçados pela realidade brasileira – enquanto o monopólio das corporações sobre galerias e corredores do Congresso parece maior que nunca. Foi o que se viu, mais uma vez, na votação da reforma da Previdência, esta semana, na Câmara dos Deputados.
POLICIAIS – Pegue-se, como exemplo, os policiais. Desde sempre, discute-se no Brasil o chamado regime das aposentadorias especiais – profissionais que diante da insalubridade, risco ou condições inerentes ao trabalho que exercem sofreriam, de forma comprovada, desgaste superior ao de outras profissões e, por isso, mereceriam atenção diferenciada na contagem de tempo de serviço e regras para aposentadoria. Caso clássico de policiais em atividade permanente nas ruas.
Até aí, tudo certo. Mas, como sempre no Brasil, o discurso sobre justiça rapidamente se transforma em biombo para proteger privilégios. E o argumento do perigo e do risco é usurpado, por exemplo, por membros da polícia legislativa – profissionais que passarão a vida pelos tapetes e gabinetes dos parlamentos. Uma generalização, essa sim injusta, torna-os iguais a quem estiver em alguma fronteira perigosa do país combatendo traficantes.
Ou burocratas da ABIN, analistas de informações, que viverão anos lendo jornais e navegando pelas redes sociais, mas recebendo benefícios especiais.
HOUVE AVANÇO – A firmeza e competência de alguns parlamentares, Rodrigo Maia à frente, permitiram que a reforma da Previdência avançasse, apesar de concessões muitas vezes injustificáveis ainda que necessárias para sua aprovação. Mas deixaram, mais uma vez, a comprovação do peso e do prejuízo que a presença excessiva das corporações vem trazendo ao país, principalmente quando o presidente da Republica renuncia à defesa do interesse geral para comportar-se como presidente de sindicato de uma única categoria.
Este prejuízo decorre, primeiro, do fato do quase monopólio delas na hora da pressão. Em um cenário verdadeiramente democrático, o legitimo direito de alguma corporação querer mais e mais benefícios sofreria a oposição dos representantes dos demais setores, majoritários, estes sim necessitados – o sindicato dos desempregados a que se referia Ulysses Guimarães. Mas, estes, estão ausentes ou no máximo pouco representados no debate político e na disputa pela divisão de recursos e políticas públicas.
VOZ PRÓPRIA – Em segundo lugar, o atual sistema eleitoral garante às corporações, com exclusividade, a condição de terem “os seus parlamentares”. Uma corporação poderosa é tríplice garantia para um candidato que a ela se vincular –uma base concreta para atuar, uma rede eficiente de contatos e apoios e, ainda, recursos materiais e financeiros. Os desempregados, para comparar, não têm sede, nem rede e muito menos recursos…
O efeito das corporações estende-se ainda aos partidos, desmoralizando discursos. A esquerda, sem constrangimento, troca a defesa histórica de justiça e igualdade pela adesão incondicional, com honrosas exceções, a interesses de poucos. Ainda essa semana, na discussão sobre alguns destaques apresentados à reforma da Previdência, assistimos líderes que conseguiam ao mesmo tempo criticar a proposta por “prejudicar a maioria dos brasileiros” enquanto anunciavam apoio a emendas que apenas beneficiam a poucos e, por isso, retiram obrigatoriamente recursos da maioria…
NOVA POLÍTICA? – À direita, o efeito desmoralizador do peso das corporações, também se faz sentir. Partidos e líderes que simultaneamente se anunciam reformistas defendem a redução do tamanho do Estado e a “nova política” mas se submetem com entusiasmo ao que há de mais velho no país: a tomada de fatias crescentes do setor público por interesses corporativistas, a forma mais perversa de privatização.
Enquanto não vier o voto distrital, porém, o apoio de uma corporação seguirá sendo o caminho mais rápido e eficiente para enfrentar uma campanha eleitoral para cargos legislativos. E, na dimensão desproporcional que assumiu entre nós, um elemento que deturpa o debate e fragiliza a possibilidade de justiça e equidade.
(Artigo enviado por Duarte Bertolini)

Santorini, a ilha vulcão da Grécia, recebe mais turistas do que o Brasil


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Meca do turismo, Santorini é considerada a mais bela ilha grega
Sebastião Nery
Ela vem voando, leve, linda, longe, toda branca. Como uma flecha de Deus. Vai chegando perto, cada vez mais perto, o bico estirado, as asas presas, os pés retos. A um metro. Vejo-lhe, perfeitamente, os olhos úmidos, miúdos, infinitos. Jogo um pedaço de pão, ela pega, passa. E faz uma doce, graciosa, sensual curva sobre o mar. É a gaivota. Um “claro” do Mar Egeu.
Outras vezes as vi, aqui, na primavera, no verão. É surpreendente que sejam as mesmas no outono e no inverno. O mundo inteiro tem gaivotas, as bailarinas do mar. Gostam de seguir os barcos, os navios. São inesquecíveis as de Rotterdam, Liverpool, Hamburgo, Nápoles. São marinheiras dos céus. Vivem sobretudo nos portos, nos golfos, atrás do que resta dos barcos no mar.
ESQUADRILHAS – Mas, como as daqui da Grécia, os “claros”, jamais vi. Milhares e milhares, incansáveis, esquadrilhas voando baixo, rente ao navio, dando mergulhos nas águas balançadas ou sobre o convés. E são democráticas. Não invadem as ilhas e os portos das outras. Seguem os navios até certo ponto e voltam.
Daí a pouco, quando começa a aparecer outro porto, outra cidade, outra ilha, lá vêm outras gaivotas, outros “claros”, não mais as que ficaram atrás, mas as dali. E o balé sobre o navio e o mar começa de novo.
De avião, de carro com “ferry-boats” ou de navio, se vê a Grécia e suas ilhas encantadas. A vantagem do navio começa pelas gaivotas.
ATLÂNTIDA – A lenda é a primeira doida da história. É ela quem diz que aqui em Santorini foi a Atlântida, de que falavam os papiros egípcios e sobre a qual escreveu Platão (no “Timeon” e no “Criton”): “Um grande e admirável Estado, soberano de outras ilhas, duas, uma maior e outra menor” (a maior era Creta e a menor Santorini).
Em 1625 antes de Cristo, o coração da ilha explodiu, o mar invadiu, formou uma grande baia, uma caldeira, de 10 quilômetros de comprimento e 7 de largura e as águas profundas de 400 metros.
É uma das mais belas e extravagantes paisagens do universo. Lá embaixo o mar muito azul, cercado de escarpas pretas, marrons, rosas, brancas e verde claro, que passam de 300 metros de altura e sobre elas as casas brancas, como de bonecas. Os gregos têm razão de dizer que é a mais bonita das ilhas do país.
SEM ÁGUA – O centro é a velha cidadezinha de “Thera”, anterior ao Império romano, hoje Fira. Toda ilha não tem água nenhuma, nem rio nem lago. É só água de cisterna e de chuva. E o vulcão ainda é ativo. De quando em quando acorda de mau humor e cospe fogo. O solo vulcânico tem sua serventia: 36 variedades de uvas. A maior produção da ilha é vinho (“tinto, forte, levemente doce, que vem ganhando sucesso internacional”). Um dos vinhos é muito bom, ao menos o nome: “Nery”. É daqui o “Boutari”, o mais conhecido dos vinhos gregos.
O “Mosteiro de Profitis Elis” (profeta Elias), no alto da montanha, é um orgulho nacional: fundado em 1711, durante séculos, quando os turcos invadiram, ocuparam e devastaram a Grécia, foi uma escola secreta, ensinando a língua e a cultura grega.
Uma ilhazinha tão pequena (embora tão fantástica) recebe tantos turistas quanto o Brasil inteiro.

Bolsonaro caminha para fazer o pior governo da História e ainda sonha em reeleição


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Bolsonaro leva o governo na flauta e está sempre dando risadas
Carlos Newton
Já afirmamos aqui na “Tribuna da Internet” que Jair Bolsonaro é beneficiário de um fenômeno fundamental – a impressionante aversão a Lula da Silva e ao PT, que hoje marca a política brasileira.
CONTRA E A FAVOR – Todos lembram que a confiança anterior em Lula era impressionante. Pela primeira vez em um país importante, chegava à chefia do governo um operário, democraticamente eleito. O único precedente era Lech Walesa na Polônia, mas sua eleição foi apoiada pelos Estados Unidos e pelo Vaticano, numa outra situação, e Walesa era um trabalhador escolarizado, diferente de Lula, que chegou ao poder sem jamais ter lido um livro.
A decepção com Lula e o PT hoje é diretamente proporcional à confiança de outrora, dividindo o país entre os que são contra ou a favor dos petistas. Por isso, ainda há tanta paciência e benevolência em relação aos múltiplos erros de Bolsonaro, que representa o antiPT.
SEM RESPONSABILIDADE – Como se sabe, a crise econômica foi causada pelos governos anteriores, de Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer. Diante desse fato, Bolsonaro demonstra não se sentir responsável pela recuperação do país. Parece viver em outro mundo, gosta de fazer piadas, está adorando o Planalto-Alvorada, mas não se preocupa com o governo e só pensa em se reeleger.
Sob a alegação de que nada entende de economia, Bolsonaro delegou poderes ao liberalista Paulo Guedes. É uma postura cômoda, mas desligada da realidade, porque revela uma espécie de autismo administrativo. 
Se o mercado não reagir por si só e Guedes der errado, o presidente vai demiti-lo sem o menor remorso e colocará no lugar outro economista, como fez com Joaquim Levy no BNDES, ao forçar a demissão dele para substituí-lo por um playboy amigo dos filhos, conhecido por comemorar aniversário ruidosamente, digamos assim.
FRACASSO CERTO – A estratégia de Guedes não vai dar certo. Jamais trabalhou em governo, não leva o menor jeito e jogou todas as fichas na reforma da Previdência, uma doce ilusão.
Nesta sexta-feira, dia 12, pela primeira vez um destacado membro da equipe econômica – o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida – veio a público avisar que a reforma da Previdência não resolverá a crise econômica, fato que desde o início do governo temos repisado aqui na TI.
Em artigo na Folha, Mansueto disse que “o Brasil perdeu a capacidade de investimento”. Recomendou reforma tributária, abertura comercial e leilões de concessão nos projetos de infraestrutura. Em tradução simultânea, maior abertura comercial significa prosseguir a desindustrialização e permitir a entrada de empreiteiras estrangeiras para fazer as obras de infra-estrutura. Ou seja, aumentar a desnacionalização da economia, uma solução genial – ou bestial, como dizem nossos irmãos lusitanos.
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P.S. 1 – No artigo de Mansueto, nenhuma menção ao problema da dívida. É como se não eczistisse, diria o Padro Quevedo. Se o governo tivesse feito as auditorias da Previdência e da dívida, a reforma teria sido feita com mais rapidez e sem excluir privilegiados. E poderia ser traçada uma estratégia da equipe econômica para conter a dívida, porque até agora nada foi feito nesse sentido. 
P.S. 2 – Em meio à confusão, o presidente anuncia a nomeação do filho mais novo, o Zero Três, para a embaixada de Washington, estarrecendo de vez os mais fiéis seguidores do bonsonarismo, porque fica comprovado que a função de governar está sendo conduzida irresponsavelmente. Desse jeito, Bolsonaro vai se tornar o pior presidente do Brasil, podem apostar.(C.N.)

Em novo áudio, revelado por Veja, Deltan fala de encontros fortuitos com Gebran do TRF4 | Revista Fórum

O procurador Deltan Dallagnol comenta em um chat com outros colegas do MPF: “O Gebran tá fazendo o voto e acha provas de autoria fracas em relação ao Assad”

Ricupero: Bolsonaro nomear filho embaixador nos EUA “é chocante e sem precedentes”

sexta-feira, julho 12, 2019

Gilmar pode questionar PF e Coaf sobre investigação contra Greenwald



O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes foi sorteado para analisar pedido da Rede para que seja suspensa qualquer investigação contra o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil

BRASIL 247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes pode pedir informações à Polícia Federal e ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre a existência de uma investigação contra o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil.

Segundo a coluna de Mônica Bergamo, Mendes foi sorteado para analisar pedido da Rede para que qualquer investigação contra Greenwald seja suspensa. O partido argumenta que o procedimento, se existir, configura retaliação a Greenwald pela publicação das mensagens que apontam irregularidades de Sérgio Moro e procuradores da Operação Lava Jato.

FONTE:

https://www.brasil247.com/brasil/gilmar-pode-questionar-pf-e-coaf-sobre-investigacao-contra-greenwald

Glenn diz que novo capítulo da Vaza Jato coloca TRF-4 sob suspeita



O jornalista Glenn Greenwald, editor do Intercept, avalia que a nova reportagem da Vaza Jato, sobre os encontros fortuitos entre Deltan Dallagnol, procurador da Lava Jato, e João Pedro Gebran, juiz do TRF4, derruba o argumento de que a condenação de Lula por Sergio Moro não estaria contaminada por também ter sido validada por outras instância

BRASIL 247 – O jornalista Glenn Greenwald publicou uma sequência de tweets sobre o novo capítulo da Vaza Jato, que agora atinge o TRF-4. "Nossa nova reportagem #VazaJato, desta vez em @VEJA: mensagens citam "encontros fortuitos" entre Deltan e desembargador do TRF4: 'fortes indícios de que os diálogos impróprios com um dos membros do TRF4'", escreveu.

"Vale sempre lembrar que @VEJA foi um dos líderes da mídia na construção da mitologia de Sergio Moro e LJ. Agora que eles veem a evidência de quem eles realmente são, olhem o que estão dizendo. É por isso que uma imprensa livre é crucial para a democracia", disse ainda. "O único argumento restante para os defensores de Moro foi que o processo corrompido que produziu suas decisões foi afirmado pelo TRF4. Esse novo material no @VEJA torna esse argumento muito duvidoso, na melhor das hipóteses. Publicaremos os chats usados em @TheInterceptBr."

CONTINUE LENDO AQUI:

https://www.brasil247.com/poder/glenn-diz-que-novo-capitulo-da-vaza-jato-coloca-trf-4-sob-suspeita

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