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terça-feira, maio 21, 2019

Manifestação pró-Bolsonaro pode se transformar num confronto com os petistas

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O objetivo real não é o “apoio ao pacote anticrime e à Lava Jato”
Jorge Béja
A manifestação que está sendo convocada para o próximo domingo (dia 26) em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, caso aconteça mesmo, não será pacífica, mas extremamente ruidosa, danosa e fará muitas vítimas. Não será igual àquela convocada pelo então presidente Fernando Collor, que pediu ao povo que fosse às ruas vestido de verde e amarelo e o povo foi, mas vestido de preto. E assim, multidões caminharam, pacificamente, pelas ruas das capitais dos Estados e cidades do interior.
Mas a manifestação de domingo próximo, caso venha ocorrer mesmo, pode ser diferente. Muito diferente. Vão se confrontar manifestantes pró-Bolsonaro e contra-Bolsonaro. E o confronto não será de discursos, cartazes, caminhões de som…Nada disso. Vai ser uma guerra.
BLACK BLOCS – Ambos os lados têm os seus “black blocs”, formados de gente disposta e equipada para ataques recíprocos, para a baderna, para o quebra-quebra e enfrentamentos. E as polícias, civil, militar e mesmo o Exército, vão intervir. Pode ser um embate de inimagináveis proporções e que chamará a atenção do mundo.
Parece que este é o propósito do próprio governo: quanto pior, melhor. Pensa o governo que a vitória nas eleições de outubro de 2018 lhe dá respaldo a encher as praças, ruas e avenidas deste país, com manifestações em favor de Jair Bolsonaro. Uma espécie de movimento multitudinário em defesa do governo Bolsonaro. Grande engano.
EXPECTATIVA – E que fique o povo brasileiro na mesma expectativa sofrida da ocorrência de uma tragédia, tanto quanto se encontram os moradores da cidade mineira de Barão de Cocais, com a ameaça iminente do rompimento da barragem da Vale que vai soterrar a pequena cidade e cobrir de lama toda a enorme região adjacente.

Vídeo mostra momento em que Compadre Washington é agredido em assalto

Bolsonaro vai inaugurar obra em Petrolina que não fez

ACAOPOPULAR.NET
Anuncia-se para a próxima sexta-feira (24) a primeira visita oficial do presidente Jair Bolsonaro ao Nordeste supostamente com o propósito de melhorar sua popularidade na região. Perda de tempo. O presidente vai inaugurar em Petrolina um conjunto habitacional que não foi feito por ele e anunciar...

Os grandes momentos trágicos da História são fontes inesgotáveis para pesquisas


Resultado de imagem para A COBRA VAI FILMARPedro do Coutto
Sem dúvida, penso eu, como o título sintetiza e destaca, os grandes momentos dramáticos e trágicos da História Universal com o passar do tempo tornam-se fontes inesgotáveis de pesquisas e de revelações. São também importantes as versões das quais emergem pontos que são iluminados pelos historiadores de hoje. Passam a ser melhor traduzidos com base em pensamento moderno. Não se trata de mudar os fatos, já que isso seria trair a própria História.
Porém, é válido analisar narrativas que atravessam o tempo e que dão margem a várias versões.
Até a metade do século XX poder-se-ia imaginar um cenário do passado. Mas com a tecnologia, principalmente com a internet, o processo histórico vive tempos modernos, título do famoso filme de Charles Chaplin.
SOBRE O NAZISMO – Me convenci de tal realidade vendo filmes e lendo livros referentes à Segunda Guerra Mundial, focalizando o repulsivo nazismo. Tal movimento está ainda longe de ser totalmente esclarecido. Sombras ainda existentes, quando forem dissipadas, vão proporcionar a sequência de novas descobertas sobre a tragédia. Aliás, duas tragédias da História balizam os séculos: a crucificação de Jesus e a ascensão e queda de Hitler e do Nazismo.
O Nazismo foi focalizado por fotografias e filmes, entre eles filmes documentários. Por isso, o que envolveu aquele período já inclui a fotografia e o cinema.
Recentemente me referi ao livro “A Cobra Vai Filmar”, alegoria do slogan de “A Cobra Vai Fumar”, que marcou a participação heroica da Força Expedicionária Brasileira nos campos da Itália, sobretudo nas tomadas de Montecastelo e Montese.  O livro é do jovem professor de Geografia e História Daniel Mata Roque, que inclusive integra a diretoria da Associação dos Veteranos da FEB. Ele também é colecionador de filmes daquele tempo.
REGISTROS DO TEMPO – São documentos essenciais, os quais abrange registros do tempo passado. De fato as pesquisas futuras poderão utilizar como base os artigos de Daniel Mata Roque. A história leva a percepção através da qual os historiadores modernos usam como alvo a realidade do que acontecia inclusive analisando o desempenho de novos atores.
Sensibilidade e emoção são fatores necessários para redescobrir mistérios que vão aparecendo no passar dos anos, e sempre será assim.
A política é na realidade uma espécie de farol que encontra fatos adicionais próprios do pensamento. Pois a ideia que se faz sobre uma página da História pode levar a novas interpretações que vez por outra superam pensamentos anteriores. O século XXI tenho certeza vai acrescentar muito ao conhecimento humano. Em todas as áreas.

Bolsonaro é refém da democracia, e a solução da crise depende do Congresso


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Mais do que nunca, o Brasil vai depender diretamente do Congresso
Carlos Newton
Um dos maiores desafios da vida é antever o que vem pela frente, mas o verdadeiro jornalismo não trabalha com suposições É preciso levar sempre em consideração os fatos concretos, para que a partir deles possam ser aventadas as hipóteses realmente possíveis de acontecer. No caso do Brasil atual, pode-se dizer, sem medo de errar, que o governo está inteiramente desconexo. O presidente Jair Bolsonaro já mostrou que não tem vocação para governar, fazendo até ressurgir a possibilidade de adoção do semiparlamentarismo que os tucanos tanto acalentam, mas nada disso vai resolver a crise.
Essas especulações dominam Brasília, onde o clima – sem o menor exagero – é de fim de feira, um caos. Ninguém sabe o que fazer, e quando esse sentimento predomina é melhor que ninguém faça nada. O importante é que ainda vivemos numa democracia e essa situação precisa ser preservada a qualquer custo.
CRISE GRAVE – Sob qualquer ponto de vista, é grave a crise. O país caminha para um estado de estagflação – com a economia em recessão e em inflação, ao mesmo tempo, uma espécie de coquetel Molotov econômico, que estará configurada no final do segundo trimestre sem crescimento.
O presidente Bolsonaro não entende de economia e delegou poderes ao ministro Paulo Guedes, que não é um cidadão acima de qualquer suspeita, na visão do cineasta Elio Petri, pois é investigado no Ministério Público do Rio de Janeiro e no Tribunal de Contas da União por gestão temerária de recursos dos fundos de pensão.
Não há como mudar essa situação, pois Bolsonaro não irá substituir o frentista de seu “Posto Ipiranga”. Isso significa que a esperança dos brasileiros terá de se concentrar no Congresso, que está analisando e aperfeiçoando as propostas do governo.
ILUSÃO À TOA – Muitos eleitores de Bolsonaro julgaram que ele iria botar para quebrar, reduzindo salários dos marajás e limpando a política, mas não é assim que a banda toca, pois o poder presidencial tem limites, embora o próprio Bolsonaro, com 28 anos de Câmara, não tenha percebido essa realidade.
Desta vez, os militares que estão no poder se veem submetidos às regras constitucionais, não podem baixar atos institucionais nem desconhecer direitos adquiridos. Isso significa que as desigualdades sociais serão mantidas, as castas da nomenclatura continuarão com seus altos salários, gratificações, penduricalhos, mordomias, medalhões de lagosta e vinhos premiados – e o povo que se exploda, como diria o genial Chico Anysio.
Assim é a democracia. E os privilégios que o Supremo classifica de “direitos adquiridos” não podem ser revogados, salvo por emendas à Constituição, que dependem do Congresso, mas depois o STF pode até considerá-las inconstitucionais, vejam como somos reféns desta nomenklatura.
PARADOXOS – O governo quer reformar a Previdência, mas não incluiu os militares, um dos setores mais negativos no custo-benefício, e isso é um fato concreto, não se trata de suposição. Alem de não serem atingidos na reforma, os militares vão receber reajuste salarial, demonstrando quem está no poder atualmente no Brasil.
Em meio a esses paradoxos, o ministro Paulo Guedes, czar da economia, finge que a dívida pública não existe e garante que a crise econômica se resolverá com a reforma da Previdência. É um farsante, um ilusionista.
Mas cabe ao Congresso dar a palavra final e fazer uma reforma justa. Mais do que nunca dependemos dos parlamentares.
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P.S. 1 – E a solução? Bem, a solução é dar força e pressionar o Congresso a fazer a coisa certa – convocar auditorias e aperfeiçoar a reforma da Previdência, incluindo militares e servidores estaduais e municipais, para reduzir os gastos. Em seguida, redefinir a dívida pública, eliminando juros compostos e toda espécie de manipulação, especialmente o pagamento de juros que remuneram recursos dos bancos retidos diariamente em depósitos compulsórios no Banco Central. 
P.S. 2 – Quanto a Bolsonaro, o país o elegeu. Portanto, deve ser mantido no trono, como figura decorativa, cercado dos filhos, os príncipes-regentes.  E vamos pressionar o governo para efetivamente trabalhar. Não há outra saída institucional, a não ser que o país queira uma nova ditadura(C.N.)

Teorias conspiratórias podem levar Bolsonaro à renúncia ou ao impeachment


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Jânio também não sabia para onde ir (foto Erno Schneider)
Tabata Amaral
Folha
Após o segundo turno da última eleição, muitas vezes externalizei o temor que tinha da guerra ideológica sem fim que desde o início Jair Bolsonaro dava mostras de querer empreender. Porque se ele não conseguisse responder aos anseios daqueles que o elegeram — que não queriam propostas mas sim dar vazão à repulsa que sentiam da política e dos políticos —, essas mesmas pessoas, inflamadas pelas teorias conspiratórias de Olavo de Carvalho e seus seguidores, passariam a questionar a própria democracia e suas instituições.
Foi o que aconteceu. Mesmo depois de eleito, o governo continuou em campanha e, mostrando não ter a nobreza dos vencedores, nunca estendeu a mão aos seus opositores. Nos primeiros meses de governo, redes bolsonaristas começaram uma série de ataques ao Supremo Tribunal Federal, conclamando pessoas a ocuparem as ruas contra o STF.
REDE DE INTRIGAS – Os filhos do presidente, acompanhados e liderados por Olavo, iniciaram uma batalha de intrigas, inclusive, e, para preocupação de todos, contra os militares, a coluna mestra de apoio. Os notórios confrontos com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a insatisfação da base do governo no Congresso e o recuo do recuo que desmentiu o anúncio feito por deputados do PSL de que Bolsonaro retrocederia nos cortes da educação não melhoraram a situação.
Essa última semana foi a prova cabal da dimensão da inabilidade política. Contrariando a maior aposta dos eleitores, a economia do Brasil está próxima de uma depressão, que se concretizará caso 2019 repita a estagnação da renda per capita dos últimos dois anos, conforme avaliou o ex-presidente do Banco Central Celso Pastore no relatório “A depressão depois da recessão”, manchete de domingo desta Folha.
RENÚNCIA? – Foi a gota final do período mais duro já enfrentado por Bolsonaro em seus poucos meses de governo. As investigações contra seu filho Flávio estão avançando, milhares de pessoas foram às ruas em defesa da educação, e o governo parece cada vez mais longe não apenas de dialogar com o Congresso mas também com sua base. O presidente chegou a compartilhar nas redes uma carta, de autor desconhecido, afirmando que estaria de mãos atadas porque o Brasil só poderia ser governado por quem pedisse “benção” às corporações.
Estaria preparando a população para uma renúncia à la Jânio Quadros? Pedindo apoio às ruas contra o avanço das investigações, como fez Collor de Mello? Ou inflando a população contra a democracia, pela notória incapacidade de governar? Não podemos ignorar essa última hipótese, não por sua probabilidade mas por sua gravidade.
VELHA POLÍTICA – Como disse a jornalista Eliane Brum, esse é o resultado de se transformar um homem ordinário em “mito” e dar a ele o poder. Em quase 30 anos no Congresso, Bolsonaro teve apenas um projeto de sua autoria aprovado e nunca pareceu se incomodar com o que chama hoje de “velha política”: ele e seus filhos empregaram familiares em seus gabinetes e as investigações hoje procuram verificar se ficavam com parte dos salários, para dizer o mínimo.
A verdade é que nós, brasileiros, precisamos de mais e não de menos democracia, de mais e não de menos pensamento crítico, de instituições mais e não menos fortes. Estamos vivendo os impactos reais de uma guerra ideológica que destrói o que há de mais sólido no nosso país, como é o caso na educação.
Em um Brasil tão machucado social e economicamente, já não há espaço para fantasiosas teorias da conspiração. Se Bolsonaro persistir nesse caminho, a história só aponta dois resultados possíveis: renúncia ou impeachment.

Dívidas com a União: 16 deputados estaduais devem mais de R$ 2 milhões à Receita


por Lucas Arraz
Dívidas com a União: 16 deputados estaduais devem mais de R$ 2 milhões à Receita
Foto: Reprodução / Haroldo Abrantes / GOVBA
R$ 2,09 milhões. Essa é a cifra que 16 dos 63 deputados estaduais da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) devem à União. 

Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), obtidos pelo Bahia Notícias por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mostram que pelo menos R$ 1,21 milhão da dívida dos parlamentares está em “situação irregular”, ou seja, não faz parte de nenhum tipo de financiamento para pagamento (saiba mais aqui). 

A outra fatia dessa conta, exatamente R$ 878 mil, são débitos regularizados que envolvem valores parcelados, suspensos pela Justiça ou que estão em fase de negociação entre a procuradoria e o político devedor. As dívidas com a Receita, em sua maioria, são débitos previdenciários, multas e impostos não pagos ao governo federal.

Com o montante mais significativo, o deputado estadual Alan Castro (PSD) é dono de 35% do que devem os parlamentares baianos à Receita. O médico tem uma conta de R$ 678 mil não paga (saiba mais aqui). 

Castro é seguido por Euclides Fernandes (PDT), que acumula dívida previdenciária e decorrente de multas de R$ 524 mil. O parlamentar renegociou com a Receita um débito previdenciário de R$ 329 mil da empresa Centro de Educação Técnica de Jequié. O restante do que deve Euclides são multas aplicadas ao Sistema Jequié de Comunicação. O deputado tem R$ 2,5 milhões em bens declarados e recebe um salário de R$ 25 mil.

As deputadas Mirela Macedo (PSD) e Jusmari (PSD) aparecem na sequência de Euclides e Castro com os maiores débitos com à Receita.  As dívidas são de R$ 267 mil e R$ 209 mil, respectivamente. No caso de Jusmari, a deputada deve R$ 205 mil de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) sem previsão para pagamento (não regularizado) e uma multa eleitoral de R$ 3,7 mil da época do extinto Partido da Frente Liberal (PFL). 

Veja quanto devem os deputados estaduais da Bahia, considerando dívidas irregulares, sem refinanciamento, e as regulares, que envolvem valores renegociados: 

 
O OUTRO LADO
Os débitos estão inscritos nos CPFs dos parlamentares ou em nome de empresas atrelados ao número de identificação. A deputada Mirela Macedo justificou que a dívida no seu CPF diz respeito a empresa Carneiro Novaes Empreendimentos Médicos, a qual ela não é mais sócia desde 2010. 

“Desde 2010, a deputada aparece como corresponsável pela dívida irregular porque apenas em 2013 houve a alteração de sócios na Junta Comercial da Bahia (Juceb). Esse fato, inclusive, fez a deputada ingressar na Justiça contra os outros sócios”, declarou, em nota, a assessoria de Macedo. 

Jusmari Oliveira afirmou que o débito na Receita Federal foi parcelado por meio do Refis, programa de refinanciamento de dívidas tributários. Por nota, a deputada declarou que ela, como grande parte da população brasileira, enfrentou dificuldades devido a crise econômica, mas vem amortizando as parcelas dentro das suas condições e se coloca a disposição para qualquer esclarecimento a respeito do assunto.

Citados, os deputados Euclides Fernandes e Alan Castro não responderam a solicitação da reportagem até a publicação. 
Bahia Notícias

Bolsonaro ensaia ruptura democrática e ressuscita fantasma de impeachment

Terça, 21 de Maio de 2019 - 07:20


por Fernando Duarte
Bolsonaro ensaia ruptura democrática e ressuscita fantasma de impeachment
Foto: Reprodução / Portal da Cidade
Ninguém quer ouvir falar de impeachment. Até mesmo os adversários do presidente Jair Bolsonaro sabem que mais uma ruptura institucional como a que aconteceu com Dilma Rousseff em 2016 poderia colocar o país num buraco ainda mais fundo que o atual. No entanto, ao invés de diminuir a tensão com o Congresso Nacional, o presidente da República insiste em criar caos em meio a um ambiente já intranquilo.

Depois de sugerir que o Brasil é “ingovernável”, Bolsonaro afirmou que o grande problema do país é a classe política – como se ele não fosse um dos protagonistas desse processo. A cada nova fala, o presidente da República afasta qualquer chance de diálogo republicano com os outros Poderes e isso só tem provocado a precarização das relações com o Congresso Nacional e, mais recentemente, com o Supremo Tribunal Federal. 

Se antes havia certo receio da possibilidade de o Brasil mergulhar numa crise democrática, agora muitos políticos vislumbram como real a chance da ruptura dessa linha tênue que nos separa de países como a Venezuela, para pegar o exemplo mais clássico usado pelo bolsonarismo. As manifestações convocadas para o dia 26 de maio são a parte mais palpável da constante do caos pregada e defendida pelo presidente e por grande parte de seus asseclas. Integrantes do governo querem utilizar a população como “massa de manobra” para pressionar o parlamento a votar uma reforma da Previdência questionável e para sugerir que o Congresso Nacional e o STF não merecem crédito – alguns loucos ainda sugerem a dissolução de ambos.

De passagem pela Bahia, onde discutiu o projeto da reforma previdenciária, o presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos (PL-AM), foi duro e certeiro ao falar sobre esses atos convocados no dia 26. Não há pé ou cabeça num ato pró-governo pressionar a Câmara dos Deputados a votar um projeto cujo governo não faz qualquer esforço para viabilizar politicamente a apreciação da matéria. É um tiro no pé, cujos contornos podem resultar no abalo definitivo daquilo que ainda fingimos ser equilíbrio entre os poderes.

O governador Rui Costa endossou, por exemplo, ser favorável a alterações na Previdência, mesmo que discorde dos moldes propostos pelo governo federal. Mas, em conversa com a imprensa, manifestou preocupação com o rompimento do respeito institucional pregado por Bolsonaro. É uma prova de que, independente do posicionamento político-partidário, tem muita gente imbuída em fazer a roda girar e tocar o país em frente.

Não dá para brincar de ser presidente da República. Já passou da hora de Bolsonaro parar com o discurso de que não nasceu para estar no Palácio do Planalto. E também está na hora de encerrarmos essa polarização constrangedora que transforma críticos do presidente em esquerdistas e apoiadores dele em direitistas. Se for preciso um pacto nacional, que se faça. Só é preciso que seja o quanto antes, pois a qualquer momento pode não restar muito mais a se fazer para salvar o Brasil do naufrágio. Até porque muitos ratos já começaram a abandonar o barco...
Bahia Notícias

Bolsonaro avalia participação em protesto favorável a seu governo neste domingo

Terça, 21 de Maio de 2019 - 06:40


por Gustavo Uribe e Thais Arbex | Folhapress
Bolsonaro avalia participação em protesto favorável a seu governo neste domingo
Foto: Reprodução / Gazeta do Povo
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) considera participar, no próximo domingo (26), de manifestações convocadas no país inteiro em apoio ao seu mandato.

O movimento, que é também contrário ao Congresso e ao STF (Supremo Tribunal Federal), tem sido defendido, nas redes sociais, pelos filhos do presidente e por parlamentares do PSL, partido de Bolsonaro.

Segundo relatos feitos à reportagem, o presidente indicou, em conversas reservadas, a disposição de comparecer, mas afirmou que ainda não havia tomado uma decisão.

A presença dele é defendida pelo núcleo ideológico do Palácio do Planalto, formado por seguidores do escritor Olavo de Carvalho. Para eles, a participação do presidente seria um gesto importante a seus apoiadores.

O grupo moderado, que é composto pelos militares, no entanto, considera a ida de Bolsonaro um erro. Para eles, o presidente sofrerá um desgaste independentemente da adesão do público.

Conforme publicou a Folha de S.Paulo, no domingo (19), a avaliação é de que manifestações de pequeno porte seriam associadas a perda de capital político.

Se forem amplas e em tom beligerante, têm potencial para elevar a tensão do Executivo com o Judiciário e o Legislativo.

Os atos, que estão sendo convocados sob o mote de que "corruptos querem sabotar o governo e destruir o Brasil", afastaram os grupos que estiveram à frente das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Em nota divulgada na noite desta segunda (20), o Vem Pra Rua afirmou que não aderiu aos atos porque respeita "o equilíbrio institucional entre os poderes da República". "A democracia não pode prescindir de poderes fortes e independentes".

Mais cedo, nas redes sociais, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes do MBL (Movimento Brasil Livre), afirmou que o grupo não defende e nem vai participar das manifestações de domingo "por uma razão muito simples". "Duas pautas principais das manifestações são a invasão ou fechamento do Congresso, o que por si só já é uma medida antiliberal, anticonservadora e antirrepublicana. E outra, da mesma maneira, é o fechamento do STF", disse.

Apoiadores de Bolsonaro contrários às convocações beligerantes estão atuando para tentar mudar a pauta da manifestação. O esforço é que o movimento seja de apoio à reforma da Previdência e ao pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro.
Bahia Notícias

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