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domingo, maio 19, 2019

Janaina é contra manifestação de apoio e pede que Bolsonaro pare de fazer ‘drama’

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Postura de Bolsonaro irrita a deputada Janaina Paschoal
André Ítalo RochaEstadão
A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), conhecida por ter sido uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, publicou uma série de mensagens no Twitter na qual afirma ser contra as manifestações que estão sendo convocadas para apoiar o presidente Jair Bolsonaro no dia 26 de maio.
Para ela, se as ruas estiverem vazias, Bolsonaro perceberá que terá de parar de “fazer drama” para trabalhar. “Pelo amor de Deus, parem as convocações! Essas pessoas precisam de um choque de realidade. Não tem sentido quem está com o poder convocar manifestações! Raciocinem! Eu só peço o básico! Reflitam!”, escreveu.
IRRESPONSABILIDADE – “Àqueles que amam o Brasil, eu rogo: não se permitam usar! Não me calei diante dos crimes da esquerda, não me calarei diante da irresponsabilidade da direita”, assinalou.
Janaina contou na rede social que tem recebido muitos pedidos para gravar vídeos e áudios colaborando com as convocações. Por isso, decidiu se posicionar no Twitter para explicar por que não vai ajudar.
 “O presidente foi eleito para governar nas regras democráticas, nos termos da Constituição Federal. Propositalmente, ele está confundindo discussões democráticas com toma-lá-dá-cá”, escreveu.
E OS ALIADOS? – A parlamentar disse também que não tem cabimento deputados eleitos legitimamente (aliados de Bolsonaro) fugirem das dificuldades de convencer os colegas (pela aprovação de medidas no Congresso) e ficarem instigando o povo a gerar o caos.
“Estão causando um terrorismo onde não há! As pessoas estão apavoradas, escrevendo que nosso presidente está correndo risco. Ele não é amado pela esquerda, pelos formadores de opinião? É verdade. Mas quem o está colocando em risco é ele, os filhos dele e alguns assessores que o cercam. Acordem! Dia 26, se as ruas estiverem vazias, Bolsonaro perceberá que terá que parar de fazer drama para TRABALHAR!”, acentuou a deputada.
ARGUMENTOS – Janaina defende que os adversários do governo sejam enfrentados com argumentos. “Há tempos, não temos um Ministério tão bom! Profissionais de ponta, nas pastas adequadas, orientados por boa teoria, bons valores, com experiência prática. E o Presidente gerando o caos?”, questiona.
Poucos minutos depois dos tuítes publicados pela deputada, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, escreveu em sua conta no Twitter que não há nada mais democrático do que uma manifestação ordeira que cobre dos representantes a mesma postura de seus representados.
“Estaremos de olho para divulgar os resultados e a conduta dos parlamentares nas pautas que interessam ao Brasil”, disse o deputado, em referência à reforma administrativa, à reforma da Previdência e ao pacote anticrime.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Janaina Paschoal é uma pessoa muito positiva. Apoia o que está certo e critica o que, a seu ver, está errado. No caso de Bolsonaro, a deputada Janaina está repetindo o que temos escrito aqui – está na hora de Bolsonaro trabalhar, sem maiores faniquitos. Apenas isso. (C.N.)

Lula está apaixonado, vai casar e não é com Rosemary Noronha, diz ex-ministro


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Lula arranjou uma socióloga que é 33 anos mais nova do que ele
Cristina CamargoFolha
O ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira revelou neste sábado (18), em uma postagem em uma rede social, que o ex-presidente Lula está apaixonado e vai se casar assim que sair da prisão. A previsão dos advogados de defesa é que o petista deixe o regime fechado ainda neste ano, após ter a sua pena no caso do tríplex de Guarujá reduzida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). A decisão, tomada por unanimidade, manteve a condenação do petista, mas baixou a pena de 12 anos e 1 mês de prisão para 8 anos, 10 meses e 20 dias.
Bresser visitou Lula na última quinta-feira, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde o ex-presidente está preso desde abril do ano passado.
ÓTIMA FORMA – “Ele está em ótima forma física e psíquica”, escreveu Bresser. Segundo o ex-ministro, a grande preocupação do petista no momento é “ter reconhecida sua inocência”. Logo após escrever sobre as apreensões do ex-presidente, Bresser falou sobre a vida pessoal do ex-presidente. “Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar”, disse. 
Segundo o jornalista Guilherme Amado, colunista da revista Época, a namorada é a socióloga Rosângela da Silva, que visita Lula com frequência na cela da Polícia Federal e tem por volta de 40 anos. O ex-presidente tem 73.
Lula é viúvo há pouco mais de dois anos. A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva morreu em fevereiro de 2017, aos 66 anos.
VOLTA PARA CASA – Na entrevista concedida à Folha, em abril, o ex-presidente chegou a dizer que adoraria estar em casa com sua mulher, filhos, netos e companheiros. 
Na visita, Bresser deu ao ex-presidente o seu livro “A Construção Política do Brasil”, onde afirma que ele fez um belo governo, mas errou ao deixar o juro alto e o câmbio apreciado. O ex-ministro defendeu a liberdade de Lula e afirmou que a política brasileira precisa de “um líder sem ressentimentos” e que lute por um grande acordo nacional necessário para o país sair da crise.
O petista foi condenado em primeira e segunda instância no caso do tríplex de Guarujá (SP) e, em primeira instância, no caso do sítio de Atibaia (SP). 
CELA INDIVIDUAL – Há pouco mais de um ano, Lula vive isolado num espaço de 15 metros quadrados no quarto andar da Superintendência da PF. O dormitório, antes usado por policiais em viagem, não tem grades e se resume a banheiro, armário, mesa com quatro cadeiras, esteira ergométrica e um aparelho de TV com entrada USB e que só sintoniza canais abertos.
Durante a semana, na parte da manhã, conversa por uma hora com o advogado Luiz Carlos da Rocha, o Rochinha. Na parte da tarde, fala com Manoel Caetano pelo mesmo período. Todo o resto do tempo permanece isolado dentro do quarto.
Às quintas-feiras recebe parentes, à tarde, e dois amigos, geralmente políticos, pela manhã. Ele sai três vezes por semana para o banho de sol. Circula num pequeno espaço de 40 metros quadrados onde antes funcionava um fumódromo, no terceiro andar.
SEM PASTORES – Até janeiro, Lula recebia líderes religiosos, mas a juíza Carolina Lebbos proibiu esses encontros, apesar de a Lei de Execução Penal prever o direito à assistência religiosa. No lugar haveria uma consulta com um capelão da própria PF, mas isso não aconteceu.
Durante o período preso, Lula consultou-se pelo menos três vezes com seus médicos na própria cela. Eles mantêm contato direto com Chastalo, que é quem tem convívio mais frequente com ele. Antes de ser preso, Lula já havia parado de fumar e adotado o hábito de fazer exercícios.
GINÁSTICA – Na prisão, anda na esteira quase todo dia e ganhou elásticos de ginástica para fortalecer braços e pernas. Lula tem na cabeça sequências de exercícios que seu personal trainer, Márcio, passava quando estava livre. Mas conta com dicas dos agentes quando faz algo errado. Quando algum deles vê que ele faz um movimento repetitivo que pode causar uma lesão, trata de corrigir os movimentos e a postura do petista.
Lula se informa sobre o ambiente político do país por resumos de publicações da imprensa e informes que seus advogados levam juntos com a papelada de seus processos.
PENDRIVES – Ele também recebe pendrives onde estão gravadas as reuniões do diretório e da executiva nacional do PT, além de discussões do partido sobre temas como a reforma da Previdência. O ex-presidente os conecta na TV e assiste a tudo antes de conversar com correligionários, como a presidente do partido, a deputada Gleisi Hoffmann.
Na TV, não é só o noticiário que o mantém antenado nos movimentos políticos no país. Ele tem analisado os programas religiosos, sobretudo os evangélicos. Conhece os pastores pelo nome e avalia que eles são protagonistas neste novo momento do país.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – E a segunda-dama Rosemary Noronha? Depois de tantos serviços prestados à Presidência da República no Brasil e no exterior, com enorme sacrifício pessoal, de repente ela não serve mais para nada? Parece aquele filme de Pietro Germi, “Seduzida e Abandonada”.  Lula é um ingrato… (C.N.)

Bolsonaro publica vídeo de um pastor francês que o considera “enviado por Deus”


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Pastor Steve Kunda afirma que há políticos estabelecidos por Deus
Renato OnofreEstadão
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) postou um vídeo na sua conta no Facebook em que um pastor estrangeiro afirma que ele foi “escolhido por Deus” para comandar o País. Ao compartilhar o vídeo, Bolsonaro escreveu que “não existe teoria da conspiração, existe uma mudança de paradigma na política” e que “quem deve ditar os rumos do país é o povo! Assim são as democracias”.
No vídeo compartilhado pelo presidente, o pastor Steve Kunda, nascido no Congo e fundador de uma igreja evangélica em Orleans, na França, defende o presidente como um político “estabelecido por Deus” para guiar o País. Em francês, Kunda cobra apoio a Bolsonaro e pede que não se façam críticas nem oposição ao presidente. Na semana passada, milhares de pessoas protestaram contra o contingenciamento na verba do Ministério da Educação em mais de 200 cidades.
TEMPO NOVO – O vídeo, compartilhado hoje (19) por Bolsonaro, foi gravado há mais de um mês e divulgado no dia 10 de abril no site da Rede Super. “Vamos falar que é tempo novo. Não faço política, sou pastor. Mas creio que tenhamos que fazer uma influência na política. A igreja não é só orar manhã, noite e tarde. A igreja é influenciar a sociedade no campo positivo e não só negativo. Na história da bíblia, houve políticos que foram estabelecidos por Deus. Um exemplo quando falam do imperador da pérsia Ciro. Antes do seu nascimento, Deus fala através de Isaías: ‘Eu escolho meu servo Ciro’. E senhor Jair Bolsonaro é o Ciro do Brasil. Você querendo ou não”, diz Kunda.
O programa em que o pastor é entrevistado é apresentado pelo pastor Cássio Miranda na Rede Super, emissora de televisão com sede em Belo Horizonte que pertence à Igreja Batista da Lagoinha. A rede é comandada pelo ex-deputado estadual Dalmir de Jesus e outros quatro deputados, além da empresária Liliane Hermeto.
“MUITO OPRIMIDO” – Na entrevista, o pastor diz que foi aconselhado por seus pares a não fazer comentários políticos, pois poderia criar divisões. Ainda assim, ele optou por se posicionar em defesa de Bolsonaro, que tem sido “muito oprimido”, mas pode “influenciar outras nações”.
“Eu não moro aqui. Mas falo da parte de Deus. Vocês aceitando ou não, você seja de esquerda ou de direita, o senhor Jair Bolsonaro é o Ciro do Brasil. Deus o escolheu para um novo tempo, para uma nova temporada no Brasil. Não passe o seu tempo criticando. Juntem as forças e sustentem esse homem. Orem por ele, encorajem-no, não façam oposição”, diz o pastor.
“Ele tem uma visão nacional para emancipação do País, para emancipação da nação. Sustentem esse homem, apoiem-no. Deus falou que os dois primeiros anos dele não vão ser fáceis. Mas a mão de Deus está com ele porque vai cortar muitos obstáculos, muitas opressões. Mas foi Deus quem o escolheu”, acrescenta o pastor.
PAIS INGOVERNÁVEL – O vídeo é a segunda publicação feita por Bolsonaro nesta semana em redes sociais direcionada a seus apoiadores – desta vez, os evangélicos. Na sexta-feira, o Estado revelou que Bolsonaro compartilhou, na rede social Whatsapp, um texto em que o autor diz que o presidente é vítima de um sistema corrompido e “que o Brasil, fora desses conchavos, é ingovernável”. A mensagem foi interpretada no Congresso como mais um ataque do presidente ao que ele chama de “velha política”.
Escrito pelo analista da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Paulo Portinho, o texto diz que o presidente sofre pressões de todas as corporações, em todos os Poderes, e que o País “está disfuncional”, mas não por culpa de Bolsonaro. “Até agora (o presidente) não fez nada de fato, não aprovou nada, só tentou e fracassou”.
O tom do texto e do vídeo compartilhados por Bolsonaro vai ao encontro do discurso adotado nos últimos dias por aliados, de que há uma conspiração para “derrubar o capitão”, como escreveu nesta semana o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente, em sua conta no Twitter.
REDES DE APOIO – A avaliação de auxiliares do presidente é a de que, ao convocar a sociedade para uma solução, Bolsonaro tenta manter ativas suas redes de apoio, após manifestações contrárias ao governo tomarem as ruas do País. Como resposta, aliados de Bolsonaro planejam uma marcha em apoio a ele no próximo domingo (26).
Na semana passada, nos Estados Unidos, o próprio presidente disse opositores querem tirá-lo da Presidência. “Quem decide corte não sou eu. Ou querem que eu responda a um processo de impeachment no ano que vem por ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal?”, perguntou.
O movimento também coincide com o avanço das investigações contra o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente. Flávio teve o sigilo bancário e fiscal quebrado pelo Tribunal de Justiça do Rio. O presidente acredita que ele e seu governo são os alvos dos investigadores.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A crise é grave e o presidente mostra não ter soluções próprias. Fica, então, exibindo soluções externas, como o texto do “país ingovernável” ou essa entrevista que o considera um enviado de Deus. As duas soluções externas soam patéticas e ridículas. Bolsonaro é o presidente da República. Ele se candidato e foi eleito para comandar um Estado laico. Deus é brasileiro e não pode ser acusado de criar essa situação. Pensem nisso. (C.N.)

Pesquisador brasileiro cria cerveja para pacientes diabéticos


 Pesquisador brasileiro cria cerveja para pacientes diabéticos
Foto: Divulgação
Através de um "acidente científico", um pesquisador brasileiro fez uma associação entre a ingestão de alecrim-do-campo e a queda na glicemia. O biomédico Carlos Ricardo Maneck Malfatti, da Universidade Estadual do Centro-Oeste, em Guarapuava (PR), percebeu que o alecrim protege o pâncreas, órgão que produz a insulina, e melhora a resposta das células ao hormônio — com isso, o açúcar não sobra no sangue.

Com isso, segundo informações da Abril, os cientistas decidiram, então, usar o extrato do vegetal em uma receita de cerveja, batizada de Rosemary. Ela já está sendo testada em pacientes e, segundo Malfatti, os resultados são animadores.
Bahia Notícias

Texto postado por Bolsonaro reflete “angústias” de governar o Brasil, diz Mourão


O vice-presidente da República, Hamilton Mourão Foto: Jorge William / Agência O Globo
Mourão se reúne nesta segunda-feira com o presidente da China
Marcelo NinioO Globo
O vice-presidente Hamilton Mourão disse neste domingo que o texto compartilhado pelo presidente Jair Bolsonaro há dois dias, que descreve o Brasil como “ingovernável” sem “conchavos” , reflete as “angústias” causadas pelas dificuldades de dirigir o país. Ele ressaltou, porém, que o fato de o presidente ter distribuído a mensagem em grupos de WhatsApp não significa um endosso.
“Eu acho que o presidente apenas mostrou a parte das angústias que se vive quando você governa um país como o Brasil, com toda  a sua variedade e o multilateralismo que tem lá dentro” — disse Mourão ao Globo, horas depois de desembarcar na China. “Acho que o presidente ali não quis dizer que ele julgue isso, ele apenas colocou aquele texto, só isso”.
ESPECULAÇÕES – Mourão desconsiderou especulações motivadas pelo texto compartilhado pelo presidente, como a de que ele estaria ensaiando uma renúncia ou um auto-golpe, menos de cinco meses após assumir o cargo. Lembrado de que, quando Jânio Quadros renunciou à Presidência, em 1961, seu vice, João Goulart, também estava em visita à China, Mourão não comentou a coincidência, e negou qualquer semelhança.
“Não vejo dessa forma. Eu só tomei conhecimento disso quando eu já estava viajando, foi na sexta-feira que o presidente compartilhou esse documento, que é algo que foi escrito por alguém que tem acesso às redes”.
EM PEQUIM – Após uma curta passagem pelo Líbano, Mourão desembarcou neste domingo em Pequim para uma visita que culminará com a reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto nível de Concertação (Cosban), principal mecanismo permanente de diálogo entre os dois países, que ocorre na quinta-feira (23).
Para segunda-feira está programado um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, horas antes do retorno ao Brasil, com parada prevista na Itália.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Mourão vai bem como um vice-presidente atuante e pró-ativo, algo nunca antes imaginado no Brasil. Ao dialogar com todas as correntes, Mourões dá aulas de democracia a Bolsonaro, que infelizmente não aproveita as lições e está cada vez mais isolado, esta é a verdade. (C.N.)

Além de Flávio Bolsonaro, estão sob investigação 19 deputados de outros partidos


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Ceciliano (PT) é o maior alvo, com duas assessoras envolvidas
Catia Seabra e Italo NogueiraFolha
O relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) que deu origem à quebra de sigilo bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e preocupa todo o governo federal também ameaça parte da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde o filho do presidente da República foi deputado de 2003 a 2018. A apuração avançou contra o presidente da Casa, André Ceciliano (PT), e outros sete deputados cujos nomes são mantidos sob sigilo. Treze dias antes da decisão referente a Flávio, o Tribunal de Justiça do Rio autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos parlamentares e de seus assessores citados no documento.
Há ainda procedimentos sobre ao menos outros 12 políticos em andamento na 24ª Promotoria de Investigação Penal e no Gaocrim (Grupo de Atribuição Originária Criminal) da Procuradoria-Geral de Justiça do estado do Rio. A lista inclui membros de partidos como PSOL, PDT, DEM, PSB, Solidariedade, PHS, PSDB, MDB, PRB, Avante e PSC.
RELATÓRIO DO COAF – Todos os procedimentos têm como origem o relatório do Coaf produzido no âmbito da Operação Furna da Onça, que prendeu dez deputados estaduais em novembro passado sob acusação de envolvimento no esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral (MDB).
O relatório foi elaborado a pedido do Ministério Público Federal, que solicitou todas as comunicações de movimentações atípicas envolvendo pessoas nomeadas na Assembleia. O órgão federal fez comunicações sobre 85 funcionários de 21 gabinetes da Assembleia, boa parte sem relação com o caso Cabral, incluindo o de Flávio, filho mais velho de Jair Bolsonaro (PSL).
Essas informações foram enviadas também ao Ministério Público estadual em janeiro de 2018, para que apurasse eventuais crimes sem relação com o ex-governador. Inicialmente, todos os procedimentos estavam sob responsabilidade do procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, em razão do foro especial dos deputados estaduais.
PRIMEIRA INSTÂNCIA – Em fevereiro, nove deixaram de ser deputados e tiveram os casos enviados para a primeira instância. Isso incluiu o hoje senador Flávio Bolsonaro, sem direito a foro especial neste caso após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) segundo a qual o benefício se restringe a supostos crimes cometidos no exercício do cargo e em razão dele.
Presidente da Assembleia, Ceciliano ocupa um cargo cujos três últimos antecessores foram presos — Cabral, Jorge Picciani e Paulo Melo (todos do MDB). O petista encabeça lista dos deputados envolvidos com maiores movimentações bancárias atípicas. São quatro assessores dele com movimentações que, somadas, chegam a R$ 49,3 milhões.
A maior parte se refere a entradas e saídas na conta de Elisângela Barbieri, que movimentou R$ 26,5 milhões, segundo o Coaf.
CECILIANO – O deputado petista ofereceu por conta própria a quebra dos sigilos bancário e fiscal. Segundo a Folha apurou, o prazo apresentado por ele não foi considerado suficiente, motivo pelo qual a Promotoria pediu a quebra judicialmente. Não se sabe o período da medida.
Os dez procedimentos que incluem ao menos oito políticos que estão na primeira instância (à exceção de Flávio) ainda não tiveram pedido para quebra de sigilos, por exemplo. O promotor Cláudio Calo aguarda informações solicitadas à Assembleia.
O procedimento de Flávio é o único tocado por um promotor exclusivo do caso Coaf. Isso porque Cláudio Calo, responsável natural, alegou impedimento para investigar o senador do PSL, em razão de uma reunião que teve com ele em dezembro para debater projetos de lei.
QUEIROZ, O PIVÔ – A apuração sobre o filho do presidente é conduzida pelo promotor Luis Otávio Figueira Lopes, que solicitou apoio de outro braço da Promotoria.
No caso de Flávio, o pivô da investigação foi o PM aposentado Fabrício Queiroz, espécie de chefe de gabinete dele na Assembleia e cuja conta bancária teve uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão no período de 12 meses.
Além do volume movimentado na conta de quem era apresentado como motorista de Flávio, chamou a atenção a forma como as operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo. As transações ocorriam em data próxima à do pagamento de servidores da Assembleia. Queiroz disse que recebia parte dos salários dos colegas de gabinete e que usava esse dinheiro para remunerar assessores informais de Flávio, sem o conhecimento do então deputado.
VÁRIOS CRIMES – O Ministério Público do Rio considera haver indícios robustos dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete do filho do presidente.
Na Assembleia, outro investigado é o hoje deputado federal Paulo Ramos (PDT), cujo gabinete registrou movimentações atípicas de R$ 30,3 milhões. Elas estão concentradas em nome de Luiz Felipe Conde, cuja conta recebeu e retirou R$ 18,6 milhões, diz o Coaf.
O líder do governo Witzel, Márcio Pacheco (PSC), aparece em terceiro, com movimentação atípica de R$ 25,3 milhões envolvendo assessores de seu gabinete. O volume está distribuído entre nove funcionários.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Com essa matéria da Folha, cai por terra o argumento de que apenas Flávio Bolsonaro estava sendo investigado por causa dos relatórios do Coaf. Ou seja, não se trata de perseguição política. Por ser filho do presidente da República, que se diz um baluarte contra a corrupção, é natural que os atos de Flávio Bolsonaro despertem maior curiosidade. (C.N.)

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