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terça-feira, abril 23, 2019

Carlos Bolsonaro culpa Mourão por convite para palestra com críticas ao governo


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Ao proteger o pai, Carlos Bolsonaro está destruindo o governo dele
Matheus LaraEstadão
O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, voltou a atacar Hamilton Mourão nas redes sociais. Carlos traduziu e expôs “o que parece ser”, diz, um convite para uma palestra do vice-presidente nos EUA em que Mourão é chamado de “voz da razão e moderação” no governo marcado por 100 dias de “paralisia política”.
“Se não visse, não acreditaria que aceitou com tais termos”, diz Carlos, indicando supor que Mourão teria consentido com sua descrição no convite. A imagem do comunicado, compartilhada por Carlos, foi publicada na segunda, dia 22, por um seguidor do vereador, em resposta a outra publicação em que Carlos critica Mourão. “Traduzindo e expondo logo mais! É inacreditável”, escreveu o filho do presidente ainda na segunda, em resposta ao seguidor.
PARALISIA – “Os primeiros 100 dias do governo Bolsonaro foram marcados por paralisia política, em grande parte devido às crises sucessivas geradas pelo próprio círculo interno do presidente, se não por ele mesmo”, lê-se na imagem compartilhada por Carlos, com versão traduzida por ele. O texto também está disponível no site da Wilson Center, que promoveu o evento.
“Em meio ao marulho político, Mourão emergiu como uma voz de rezão e moderação, capaz de atuar em assuntos internos e externos. (…) O ex-general de quatro estrelas também se tornou um dos favoritos dos jornalistas brasileiros – que são frequentemente críticos à nova administração  – por sua disposição de se envolver com a mídia e por suas importantes observações sobre a necessidade de o governo valorizar a diversidade de opiniões”.
“Já que desta vez não se trata de curtida, vamos ver como alguns irão reclamar”, escreveu Carlos, em referência ao “like” de Mourão numa publicação da jornalista Rachel Sheherazade com críticas a Bolsonaro e elogios a ele. A atitude do vice-presidente fez o deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP) protocolar um pedido de impeachment contra Mourão. 
É GRAVE A CRISE – Na segunda, Carlos postou a curtida de Mourão, com a frase: “Tirem suas conclusões”. A crise digital não é mais digital. Envolve publicamente o filho do presidente, visto por Bolsonaro o principal responsável por sua campanha nas redes sociais, e seu vice-presidente, pessoa de tráfego aberto com as forças militares do governo e com o mercado.
Mourão tem sido alvo de aliados de Bolsonaro. Além do filho, na segunda, em mais uma troca de ofensas e provocações virtuais, o vice respondeu ao escritor Olavo de Carvalho, que costuma criticar os militares do governo, dizendo que o escritor que vive nos Estados Unidos deveria se dedicar àquilo que sabe fazer, de fato: a astrologia. Olavo respondeu horas depois, dizendo que não se surpreendia com a ultradireita contrária a Bolsonaro apoiar o vice-presidente.
O episódio levou Bolsonaro a criticar, pela primeira vez, o escritor. Olavo está por trás das indicações de ministros como Ernesto Araújo, que chefia o Itamaraty. (Colaborou André Borges)
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 É possível que Mourão jamais tivesse tomado conhecimento desse convite. Mas Carlos Bolsonaro não quer nem saber, é um inconsequente, está destruindo as bases do governo do pai. Sua idolatria por uma figura patética como Olavo de Carvalho deixa dúvidas sobre seu equilíbrio emocional. Ele faria um favor à nação se cumprisse a promessa feita domingo e se recolhesse à própria insignificância. Aliás, se estivéssemos na ditadura militar pós 64, Carlos Bolsonaro iria ser preso por semear a cizânia, como se dizia na época. (C.N.)

Sigilo dos dados torna-se mais um obstáculo à aprovação da reforma na Câmara


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Molon, líder da oposição, afirma que o sigilo tem de ser derrubado
Matheus SchuchFolhapress
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou nesta segunda-feira (22) ter firmado acordo com o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, para a liberação de dados sigilosos da proposta do governo para a reforma após a votação da proposta na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).  Segundo Maia, as informações serão liberadas na quinta-feira (25) pela manhã. A deliberação está marcada para esta terça-feira (23) às 14h30 no colegiado.
“A CCJ é uma comissão apenas de admissibilidade. Conversei com o Secretário Especial de Previdência, Rogério Marinho, e ele vai apresentar nesta quinta-feira os números que embasam a proposta antes da instalação da comissão especial”, escreveu Maia no Twitter.
OUTRAS VERSÕES – Mais cedo, em Lisboa, Maia afirmou que esses dados deveriam estar liberados no dia da instalação da comissão especial, prevista para a semana do dia 5 de maio, desde que a CCJ aprove a reforma nesta terça.
A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), havia dito também nesta segunda-feira que o governo não irá abrir o sigilo de dados imposto a documentos utilizados na elaboração da reforma da Previdência.
 Segundo ela, o governo já aceitou alterar trechos do relatório do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), mas o texto final não foi fechado. O assunto voltará a ser discutido entre a ala governista e líderes partidários nesta terça. “Não foram definidos especificamente quantos pontos. Houve um primeiro pedido de quatro pontos, estamos definindo” — afirmou.
NA OUTRA COMISSÃO –  A líder do governo não descarta novas mudanças, mas assegura que o sigilo será mantido. “Os números são públicos, mas querem eles esmiuçados. Vamos apresentar, mas na Comissão Especial. Lá é o foro adequado para isso“ — argumentou, se referindo à próxima fase de tramitação da reforma, caso seja aprovada na CCJ.
Reportagem publicada neste domingo (21) pela Folha de S.Paulo revelou que o Ministério da Economia blindou os dados que sustentam a PEC da reforma da Previdência.
A decisão consta de resposta a pedido do jornal, formulado com base na Constituição e na Lei de Acesso à Informação (LAI), cujo objetivo é o de conhecer com mais profundidade estatísticas, dados econômicos e sociais que sustentam o texto em tramitação no Congresso. A solicitação foi enviada ao governo em 12 de março e negada ao jornal em 15 de abril.
OPOSIÇÃO REAGE – A oposição na Câmara quer suspender a votação na CCJ até que seja levantado o sigilo determinado pelo governo sobre estudos que embasam a proposta.
O líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (22) que os líderes tentarão o adiamento com o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR) para a próxima semana.
Além disso, o deputado Aliel Machado (PSB-PR) entrou com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo a suspensão da tramitação na comissão. O pedido será analisado pelo ministro Gilmar Mendes.  A oposição deve entrar ainda com um mandado de segurança na primeira instância da Justiça Federal, pedindo o levantamento do sigilo revelado pela Folha de S.Paulo.  “Não é razoável votarmos a matéria sem o conhecimento dos dados” — afirmou Molon.

Carlos Bolsonaro volta a criticar Mourão após a nota do pai contra Olavo de Carvalho


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Carlos Bolsonaro não sossega e coloca o pai em péssima situação
Gustavo MaiaO Globo
Dois dias após compartilhar um vídeo do ideológo de direita Olavo de Carvalho com críticas a militares publicado no canal do Youtube  do presidente Jair Bolsonaro – e mais tarde apagado -, o  vereador Carlos Bolsonaro partiu para o ataque frontal contra o vice-presidente Hamilton Mourão em suas redes sociais na noite desta segunda-feira.
Defensor de Olavo, Carlos deixou as indiretas de lado e passou a acusar Mourão de estar contra seu pai. O embate coincide com a escalada verborrágica na crise entre o ideólogo e Mourão, que envolveu ainda outros integrantes da ala militar do governo. A temperatura se elevou a ponto de o presidente Bolsonaro, também seguidor de Olavo, divulgar nota dizendo que declarações recentes de Olavo não contribuem para os objetivos do governo.
CURTIDA FATAL – Ao postar a reprodução de uma curtida do perfil oficial de Mourão no Twitter a uma postagem da jornalista Rachel Sherehazade em que ela o elogiava e criticava Bolsonaro, Carlos pediu que seus seguidores se atentassem a quem curtiu. “Um é o vinho, o outro vinagre”, escreveu a âncora do SBT Brasil. A mesma curtida embasou um pedido de impeachment apresentado na semana passada contra o vice-presidente pelo deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP).
Nos comentários, uma usuária perguntou se Mourão estava contra “JB”, iniciais do presidente. “Será ou com certeza?”, respondeu Carlos. Ao ser repreendido por outro pelo risco de “acabar ferrando” o governo do pai com suas manifestações nas redes sociais, ele sugeriu que o interlocutor cheirasse uma virilha.
ELOGIO A OLAVO – Mais cedo, Carlos postou um elogio a Olavo, a quem se refere como “gigantesca referência do que vem acontecendo há tempos no Brasil” e quem despreza isso “acha que o mundo gira em torno de seu umbigo por motivos que prefiro que reflitam”.
O principal elemento da crise foi a publicação de um vídeo do ideólogo com críticas a militares ter sido publicado no canal do YouTube do próprio presidente, no sábado – e deletado quase 24 horas depois. A gravação foi replicada por Carlos, que logo após a exclusão havia publicado uma mensagem cifrada:
“Começo uma nova fase em minha vida. Longe de todos que de perto nada fazem a não ser para si mesmos. O que me importou jamais foi o poder. Quem sou eu neste monte de gente estrelada?”, escreveu.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O editor da Tribuna da Imprensa mantém a versão de que Carlos agiu sem conhecimento do pai, que estava de folga no hotel militar do Guarujá, meio desligado dos acontecimentos. O fato concreto é que, pela primeira vez, Bolsonaro criticou Olavo de Carvalho, que logo logo deve devolver a gentileza, se é que já não devolveu… Se perder o apoio dos militares, o futuro de Bolsonaro não vale uma nota de três dólares (ou três reais). (C.N.)

Quando o prefeito quer ajudar o pequeno agricultor e o microempresário local, procede dessa maneira e, não importando de fora.


Prefeitura de Amargosa contrata 56 microempreendedores individuais para realizar transporte escolar

Iniciativa, realizada por meio de licitação, elimina o intermediário e permite uma melhor remuneração a quem presta o serviço

Santo Antônio de Jesus - A Prefeitura de Amargosa contratou 56 microempreendedores individuais por meio de um processo licitatório para que eles prestem serviços de transporte escolar no município. Segundo o diretor de Desenvolvimento Econômico em Amargosa, Danillo Regis, o governo municipal contou com a parceria do Sebrae para a realização do processo. O contrato dos prestadores de serviço será direto com a prefeitura.
“Conseguimos transformar todas as linhas para que os microempreendedores individuais participassem diretamente, o que beneficiará a economia local. Desde o início, o Sebrae nos capacitou mostrando a importância do MEI estar atrelado a essas oportunidades de negócio”, ressalta Regis.
Para o gerente regional do Sebrae em Santo Antônio de Jesus, Carlos Henrique Oliveira, a benfeitoria realça a importância da parceria da instituição com a prefeitura de Amargosa e outras entidades locais em prol do desenvolvimento do município. “Esse ano estamos fortalecendo o trabalho com o projeto cidade empreendedora, mas já vínhamos realizando ações importantes na cidade junto à Aciapa.”, pontua.
Ele acrescenta que tem percebido os bons resultados a partir das ações em parceria. “Essas contratações de microempreendedores individuais para a realização do transporte escolar são importantes porque mantém a renda no local, elimina o intermediário e paga melhor a quem realmente faz o trabalho.”, acrescenta Oliveira, sobre os ganhos para a economia local.
Próximos passos
O diretor de Desenvolvimento Econômico do município reforça que a intenção é dar continuidade ao trabalho junto ao Sebrae para fortalecer os empreendedores. “Estamos com um projeto de lei em construção para a formalização dos vendedores ambulantes, no qual já iniciamos a capacitação mostrando a importância da formalização destes que agora atuarão enquanto empresários, ajudando no desenvolvimento econômico e proporcionando uma formalização do seu negócio”, conclui.
Agência Sebrae de Notícias Bahia
(71) 3320-4557 / 4558
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
www.ba.agenciasebrae.com.br
www.twitter.com/sebraebahia
www.facebook.com/sebraebahia 
Nota da redação deste Blog - É assim que o prefeito deve trabalhar em benefício da população, fazendo o dinheiro girar em torno da comunidade local.
Administrar uma prefeitura não é administrar uma bodega, e assessor deverá ser competente, e não admitido através da politicagem.
Citarei dois exemplos já implantados em cidades evoluídas, que trabalha pelo engrandecimento do Município e bem estar da população; 
1 - Transporte escolar cidade Amargos,. a pregoeira é concursada de carreira, há doze anos vem exercendo essa função, a licitação é efetuada numa sala toda de vidro, num local público onde todo mundo pode assistir e fiscalizar, transparência total. 
A licitação escolar é efetuada LINHA a LINHA. Exemplo: quem reside em Brejo Grande, pode adquirir um ônibus ou Micro dentro do padrão e concorrer a licitação só daquela linha.Como meio ele consegue prova a a capacidade técnica através da sua Carteira de Habilitação, como atividade remunerada  participa da licitação e ninguém ganhará dele. Pois irá ganhar muito mais do que estar locando a empresa de transporte; resultado sai ganhado o vencedor  e o município.
2 - Ticket Combustível, as cidades mais evoluídas, estão substituindo e já usando o cartão Combustível, que poderá ser usado em qualquer Posto da cidade ou fora que tenha convênio com a Bandeira do Cartão.
A prefeitura diariamente efetua a cotação do preço do combustível, e, o posto que estiver mais barato é onde autoriza comprar com o cartão.
Estou aguardando o áudio com essas explicações de prefeituras que já implantaram esse novo serviço.

Recurso para libertar Lula vai a julgamento no STJ, com poucas chances de êxito


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O relator Félix Fischer votou contra a aceitação do recurso de Lula
Mariana OliveiraTV Globo — Brasília
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) informou nesta segunda-feira (dia 22) que a Quinta Turma da Corte julgará nesta terça-feira (dia 23) um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que sua defesa tenta reverter a condenação no caso do tríplex em Guarujá (SP). Preso em Curitiba desde abril do ano passado, Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão em regime inicialmente fechado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Desde o início das investigações, a defesa de Lula afirma que o Ministério Púbico não produziu provas contra ele, acrescentando que o petista não cometeu crimes antes, durante ou depois do mandato. Lula também sempre disse ser inocente.
DESDE SETEMBRO – O recurso que vai ser julgado pelo STJ chegou à Corte em setembro de 2018. Os advogados do ex-presidente pediram, primeiro, a absolvição de Lula e, alternativamente, a exclusão de um dos crimes (lavagem de dinheiro), o que poderia reduzir a pena.
Depois, a defesa fez um outro pedido, de anulação da condenação e envio do processo para a Justiça Eleitoral. E os advogados de Lula também apontaram nulidades no processo, entre as quais a revelação de que a OAS, segundo um dos delatores, pagou funcionários por “ajustes” nas delações, e a existência de um acordo da Petrobras no qual a empresa teria reconhecido erros.
QUEM JULGARÁ? – A Quinta Turma do STJ é formada por cinco ministros, mas um deles, Joel Paciornik, se declarou impedido. Por isso, somente quatro julgarão o recurso do ex-presidente nesta terça-feira: Felix Fischer (relator da Lava Jato); Reynaldo Soares (presidente da Quinta Turma); Jorge Mussi e Marcelo Navarro Ribeiro Dantas. Se houver empate, o ministro Antonio Saldanha, da Sexta Turma do STJ, será convocado a participar do julgamento.
Lula foi condenado em 12 de julho de 2017 a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do triplex. A sentença, em primeira instância, foi dada pelo então juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro.
NO TRIBUNAL – Em janeiro do ano passado, a condenação foi confirmada pela Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), tribunal de segunda instância, que aumentou a pena para 12 anos e um mês de prisão. No entendimento dos três desembargadores da Turma, Lula recebeu da OAS um apartamento triplex em Guarujá em troca de contratos fechados pela empreiteira com a Petrobras.
Cerca de dois meses e meio depois, em abril do ano passado, Lula foi preso em São Bernardo (SP) e levado para Curitiba (PR) para começar a cumprir a pena. A defesa de Lula recorreu ao STJ e ao Supremo Tribunal Federal. O caso no STF, porém, ficará parado até o Superior Tribunal de Justiça decidir o recurso.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É preciso entender que o STJ, em terceira instância, não julga o mérito da questão. E as possibilidades de reverter a condenação são mínimas, até porque o processo tem provas abundantes, materiais e testemunhais. A mulher de Lula comprou um apartamento de 86 m² e levou um tríplex de 258 m², com piscina, churrasqueira, elevador privativo e tudo o mais. O placar do julgamento já começa com 1 a 0 contra Lula. O índice de reversão de condenação no STJ é de inferior a 1% dos processos, e todos os recursos anteriores de Lula foram recusados por unanimidade na Quinta Turma.  (C.N.)  

Folha acha que Bolsonaro apoiou os ataques a Mourão e mandou um recado a ele

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Bolsonaro estaria sendo levado a duvidar das intenções de Mourão
Deu na Folha
A ala do governo Jair Bolsonaro (PSL) ligada às Forças Armadas interpretou a divulgação de um vídeo com críticas a militares como um recado do presidente para tentar moderar as movimentações de seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB). O desconforto gerado pelo vídeo reproduzido no final de semana em seu canal oficial no YouTube levou Bolsonaro a criticar nesta segunda-feira (22), pela primeira vez, declarações do escritor Olavo de Carvalho, guru do entorno ideológico do presidente.
O recuo, porém, não alterou a avaliação de militares sobre a tentativa de Bolsonaro de atingir Mourão — segundo oficiais ouvidos pela Folha, ele e seus filhos alimentam uma “paranoia” sobre as intenções do vice-presidente. Enquanto isso, generais que despacham no Planalto mantêm estratégia para se manterem próximos do presidente e se diferenciarem de Mourão.
ATAQUE DE OLAVO – O vídeo em que Olavo de Carvalho ataca militares foi publicado no sábado (20) no canal de Bolsonaro e apagado no final da tarde de domingo (21), como antecipou a coluna Painel, da Folha.
Nesta segunda, Mourão assumiu posição de ataque contra Olavo. “Eu acho que ele deve se limitar à função que ele desempenha bem, que é de astrólogo. Ele pode continuar a prever as coisas, que ele é bom nisso”, disse, ironizando uma das atividades anteriores do escritor. Segundo o vice, “Olavo perdeu o timing, não está entendendo o que está acontecendo no Brasil”.
Mourão disse acreditar que Bolsonaro não sabia do conteúdo do vídeo. Generais, no entanto, dizem estar convencidos de que o presidente autorizou a postagem comandada por seu filho Carlos.
NOTA OFICIAL – Em nota lida pelo general Otávio do Rêgo Barros, porta-voz da Presidência da República, Bolsonaro afirmou que as recentes declarações de Olavo “contra integrantes dos poderes da República não contribuem para a unicidade de esforços e consequente atingimento de objetivos propostos em nosso projeto de governo”.
A retirada do vídeo da internet no domingo e a subsequente postagem de Carlos em tom de lamento, prometendo “uma nova fase na vida” e se queixando de não ser “estrelado”, no entanto, foi vista como cortina de fumaça para tentar preservar o papel do presidente no episódio.
Mesmo a reprimenda lida pelo porta-voz não significou uma condenação total de Olavo. Para Bolsonaro, o escritor “teve um papel considerável na exposição das ideias conservadoras que se contrapuseram à mensagem anacrônica cultuada pela esquerda e que tanto mal fez ao país”.
ESPÍRITO PATRIÓTICO – Bolsonaro “tem convicção de que o professor, com seu espírito patriótico, está tentando contribuir com a mudança e com o futuro do Brasil”, afirmou o porta-voz.
Já Carlos publicou elogios a Olavo e, mais tarde, ainda fez ataque a Mourão ao destacar uma curtida do vice em comentário da jornalista Rachel Sheherazade elogioso a ele e crítico ao restante do governo. “Tirem suas conclusões”, escreveu o filho do presidente, pedindo para as pessoas atentarem “em quem curtiu”.
Na avaliação de um importante integrante da ativa das Forças Armadas, o episódio do final de semana foi o mais sério desgaste desde que as rusgas entre a ala ideológica do entorno presidencial tomaram corpo contra os militares.
MUITO DESGASTE – Já houve disputas pelo comando do Ministério da Educação, o enquadramento de ações do chanceler olavista Ernesto Araújo na crise venezuelana e trocas públicas de farpas entre generais e Olavo.
Os dois filhos de Bolsonaro mais próximos de Olavo, o vereador Carlos e o deputado federal Eduardo, se colocam do lado do escritor radicado nos EUA. Como Olavo elegeu Mourão como seu alvo preferencial no governo, o chamando de golpista e pedindo que prepostos seus no Congresso peçam seu impeachment, a ala militar e o comando das Forças entraram em estado de atenção.
Nas últimas semanas, expoentes militares do governo vieram a público negar haver uma ala fardada no governo. Disseram isso o principal conselheiro de Bolsonaro, general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), e o chefe da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz.
EM SINTONIA – Ao mesmo tempo, ao verem as críticas de olavetes a Mourão se avolumarem, o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e seu assessor especial Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, ainda são vistos como militares que atuam em sintonia com Bolsonaro.
O general Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, também é aceito entre aliados de Olavo, apesar de críticas que o guru fez ao militar.
As diferenças entre os generais do primeiro escalão do governo não são vistas como um racha entre os militares, mas como estratégia para se manterem próximos de Bolsonaro, apesar dos seguidos desgastes entre presidente e vice.
DEFESA DE OLAVO – Responsável pelas contas do pai nas redes sociais, Carlos fez defesa enfática de Olavo depois das críticas de Mourão. O escritor é “uma gigantesca referência do que vem acontecendo há tempos no Brasil”, postou o filho do presidente. Para Carlos, quem “despreza isso” é movido por três motivos: “total desconhecimento, [está] se lixando para os reais problemas do Brasil ou acha que o mundo gira em torno de seu umbigo por motivos que prefiro que reflitam”.
Sua publicação reforçou o incômodo no governo com a influência de Carlos sobre o pai, especialmente nas redes sociais — ele tem aval para gerir as contas do presidente.
IMPEACHMENT – Outra evidência do desgaste na relação entre o presidente e o vice foi o pedido de impeachment de Mourão apresentado pelo deputado Pastor Marco Feliciano (Pode-SP).
“Mantenho contato em linha direta com o presidente e sempre lhe informo sobre meus atos”, afirmou o deputado, quando questionado se havia consultado Bolsonaro antes de tomar a iniciativa, por enquanto simbólica.
Feliciano diz ter pedido o impeachment “na condição de parlamentar”. “A ação deliberada de Mourão é no sentido de enfraquecer a autoridade presidencial. Ele está sendo bem instruído. Se fosse um fato isolado, tudo bem, mas a situação é diária, é só ler os jornais”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 A matéria da Folha defende a tese de que Bolsonaro concordou com a postagem e com o pedido de impeachment de Mourão, conforme o deputado Marcos Feliciano insinuou. Com todo respeito, o editor da Tribuna da Internet prefere a tese de que Bolsonaro não sabia e desautorizou o filho, que tem a senha dele nas redes sociais. O fato concreto é que a situação chegou a um limite e Bolsonaro precisa ter juízo. Quanto ao impeachment de Mourão, é apenas uma Piada do Ano, sem a menor consistência. (C.N.)

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