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quinta-feira, abril 01, 2010

Localidade de Trancoso é destaque no The New York Times

A Bahia ganha pela terceira vez, este ano, destaque nas páginas do jornal mais influente no Mundo - o The New York Times. Nesta edição, Trancoso, litoral sul do estado é eleita como “a próxima parada” para os turistas norte-americanos mais antenados e que estão em busca de badalação e luxo.

A matéria foi publicada, no final de semana, no caderno de viagem. O município de Trancoso foi enaltecido pelas belas paisagens e principalmente pelos hotéis e resorts de luxo, que garantem o bem-estar e modernidade para seus hóspedes. Além de todo o glamour em torno dos turistas e veranistas famosos que costumam visitar o local.

O repórter Alexei Barrionuevo diz que Trancoso é uma “cidade vampiro”, vazia durante o dia, quando todos aproveitam o sol e o mar, e movimentada à noite, quando acontecem as melhores baladas nos luxuosos hotéis e também nas mansões avaliadas em mais de R$ 5 milhões.

Com tanta badalação, diz o jornalista, a cidade continua misteriosamente calma. Ele indica ainda a praia do Espelho, a meia hora de carro, e vários restaurantes e hotéis para os turistas americanos.

A matéria ainda afirma que a maioria dos turistas é oriunda de São Paulo, membros da elite do estado mais rico do Brasil, destacando que muitos visitantes chegam de helicóptero ou em aviões privados.

No começo do ano, o jornal indicou a Bahia como um dos 31 lugares imprescindíveis para se conhecer em 2010. Lembrando que os leitores puderam votar e escolher também a Bahia como um dos melhores locais para se visitar.

Principal mercado emissor

Estados Unidos é o líder no ranking emissor de turistas internacionais para a Bahia, tendo enviado, em 2008, 63 mil americanos, seguido da França, com 56 mil, Itália, com 51 mil, e Portugal, com 50 mil.

No ano passado, os turistas estrangeiros gastaram R$ 779 milhões, o que corresponde a 15,4% da receita total, que foi de R$ 5,07 bilhões segundo dados da última pesquisa 2008/09, realizada pela pesquisa Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), encomendada pela Secretaria do Turismo da Bahia.

Fonte: Tribuna da Bahia

João Santana assume. Geddel comemora

Fernanda Chagas

Após ter confirmado o nome do baiano João Santana para o seu lugar no Ministério da Integração Nacional, o pré-candidato ao governo estadual pelo PMDB, Geddel Vieira Lima - diga-se de passagem, maior rival do governador Jaques Wagner (PT) - não escondeu a satisfação ontem, durante a transmissão de cargos, em Brasília. Segundo o peemedebista, o presidente Lula, ao nomear seu “companheiro” para o posto, demonstrou mais uma vez o carinho que nutre pela Bahia e o comprometimento com o povo baiano. “Não posso negar que estou muito feliz com mais essa prova pública de confiança”, comemorou.

Sobre os três anos que permaneceu à frente da pasta, o ex-ministro considerou o período como extremamente positivo. “Onde pude dar grande contribuição ao Brasil, em especial para a Bahia. Muitas obras foram inauguradas e muitas ainda estão por vir. Tive a oportunidade de realizar coisas ditas impossíveis e vi projetos brotarem do papel, como o Projeto São Francisco.

Posso dizer que não conheço ministro que tenha feito mais pelo seu estado e por isso tenho sido crucificado, mas repito que, se essa for a crítica, me orgulho disso. Garanto, inclusive, que João Santana preservará a mesma linha de trabalho empreendida por mim”, destacou. João Santana, ao aceitar o cargo, reforçou a tese e destacou que dará continuidade às ações da gestão de Geddel.

“Vai continuar tudo do mesmo modo que vinha sendo, talvez um pouco mais acelerado, porque o presidente Lula quer que a gente acelere um pouco mais”, concluiu.

Formação de chapa adiantada

Quando o assunto foi a formação da sua chapa majoritária, Geddel foi enfático: “Até domingo ela será fechada e no início da próxima semana anunciada. Estou apenas ajustando os últimos detalhes. Portanto, prefiro não adiantar nomes para não gerar especulações. Só posso adiantar que será composta por políticos que dignifiquem a Bahia, que representem a esperança de um cenário bastante diferente do que temos hoje”.

Questionado sobre a possibilidade de compor com o senador César Borges (PR), o pré-candidato disparou que para ele esse assunto é página virada. “Aliás, para ser franco, nunca cultivei essa esperança e há muito tempo não converso sobre política com Borges, até porque está nítido que o PR está no caminho do PT”, pontuou. Entre os nomes cotados está o do presidente da UPB, Roberto Maia.

Fonte: Tribuna da Bahia

Wagner e Otto concretizam casamento

Política
Wagner e Otto concretizam casamento
Publicada: 01/04/2010 01:14| Atualizada: 01/04/2010 00:13

Adriano Vilella

Mesmo com o atraso de quase duas horas, o governador Jaques Wagner marcou presença ontem, ao ato de filiação do ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Otto Alencar, ao PP. A demora, contudo, valeu a pena para as lideranças políticas envolvidas. O evento, ocorrido na sede estadual do partido, serviu para selar a paz definitiva entre o partido e o governador, abalada há cerca de uma semana após o remanejamento da vaga progressista da chapa majoritária.

Fonte: Tribuna da Bahia

O presidente do PP, deputado Mário Negromonte, afirmou que houve equívocos tanto do partido como do governador e da parte de Otto, mas “está tudo sanado, tudo superado”. O distensionamento começou num primeiro encontro no domingo a noite. O consenso foi obtido na manhã de terça e chancelado publicamente ontem.

Jaques Wagner foi além. Admitiu que a mudança partiu dele, para equilibrar na chapa “novos” e “velhos” amigos, tanto na dupla que disputará a permanência no Palácio de Ondina – ele e Otto – como nos dois que concorrerão à vaga do Senado – Lídice da Mata (PSB), praticamente certa, e César Borges (PR), o mais provável. “Se algum erro houve, se houve algum ruído de comunicação, pode debitar na minha conta, que é verdade”, afirmou Wagner, que não perdeu a chance de elogiar o futuro companheiro de chapa.

“Otto é uma figura que agrega um potencial político muito grande”. Segundo o petista, que também elogiou o desempenho do PP no governo do estado - onde responde pelas secretarias da Agricultura e Infra-estrutura -, “tensão subiu, tensão desceu, e a boa tranquilidade fez a gente chegar a este momento”.

PP e PT são aliados desde o ano passado, e ficaram mais próximos após a saída do PMDB do governo baiano. Mário Negromonte não escondeu que o desejo do partido era o Senado, em razão dos planos nacionais dos progressistas de elegerem de quatro a seis senadores em todo o Brasil. Mas, em virtude dos problemas de saúde de Otto Alencar e do relacionamento com o governo Wagner, resolveu aceitar o pedido do gestor. “Como já éramos aliados e entramos nesta eleição para ganhar, aceitamos o acordo numa boa”. Uma das vertentes do acerto é uma possível coligação para proporcional entre as siglas. O assunto está em debate, mas ainda sem definição.

No evento, Otto Alencar também fez um discurso pacificador, ressaltando que nos 18 anos de atividade política antes de se tornar conselheiro do TCM, militou sempre no PL (hoje PR). Ele disse que pretende, neste novo momento, permanecer no PP. Reiterou que confia no projeto do governador e que abraça sua causa, fazendo afago inclusive numa das ações mais polêmicas.

“Sexta economia do país, com sua força política, a Bahia tem todas as condições de sonhar com a ponte Salvador-Itaparica”. Otto e Negromonte negaram que a indicação do sucessor do ex-conselheiro no TCM – o indicado é o técnico Plínio Carneiro Filho – fizesse parte do acordo com Wagner, hipotecando a ele toda a prerrogativa da escolha, que precisará de aval da Assembléia. Compareceram deputados federais, estaduais e outras lideranças do partido.

Conversa com Borges será hoje

Durante a solenidade na sede do PP, o governador Jaques Wagner confirmou que terá um encontro hoje com o senador César Borges (PR). Candidato à reeleição, o republicano não vê problemas no seu lugar na majoritária, embora notícias de bastidores dêem conta de ele que não gostaria de disputar o Senado ao lado Lídice da Mata (PSB), temendo a perda de votos. Porém, Wagner acredita que neste campo as coisas estão encaminhadas. O problema maior é na definição das alianças proporcionais. “Não acredito que se vá bater o martelo amanhã (hoje, no encontro com o senador do PR)”, admitiu.

Conhecido pela habilidade, o governador assegurou que vai exercitar sua paciência. Sequer reconheceu ter pressa no acordo, uma vez que as negociações propriamente ditas começaram há uma semana. Wagner recomendou também que seus aliados exercitem a paciência, pois acredita que as coligações proporcionais – cuja responsabilidade está nas mãos dos partidos - devam ter um equilíbrio entre os múltiplos interesses.

“A arte da política é criar a unidade dentro da diversidade”, filosofou. O petista fez coro à estratégia do presidente estadual do partido, Jonas Paulo, de ter como meta eleitoral a maioria das 63 cadeiras da Assembleia e das 39 vagas baianas da Câmara Federal. O governador confia na sua capacidade de transitar inclusive com adversários – ontem mesmo esteve em Feira de Santana, em ato com o prefeito Tarcízio Pimenta (DEM).

Na entrevista, porém, Wagner deixou escapar recados suficientemente diretos para bons entendedores. “Não sou um homem de imposições, sou um homem de decisões. No momento certo tomaremos decisões”, disse. “Posso ter que tomar uma decisão e trabalhar com imposição. Não é meu estilo. O preço fica mais caro do que do que numa decisão tomada por negociação e consenso”.

Combate eleitoral

dora kramer


Partido com militância forte conta como vantagem. É legítimo e é do jogo. O que foge à regra da civilidade é a violência, a falta de respeito com o cotidiano de uma cidade, o uso de estruturas coletivas para embates partidários e o cerceamento à movi


O presidente Luiz Inácio da Silva e a ministra Dilma Rousseff rodaram o país à vontade por dois anos inteiros sem ser importunados por militantes de partidos da oposição ou por manifestações organizadas com o objetivo de impedir que nadassem “de braçada” nos comícios disfarçados em solenidades oficiais.

E não por falta de quem preferisse na época adequada votar na candidatura oposicionista conforme o registrado pelas pesquisas de opinião durante todo esse período, a despeito da estupenda aprovação do governo Lula.

Houve até quem criticasse a oposição por não levar “o povo às ruas” para não deixar que o governo fizesse política sem contraditório. É um jeito de fazer as coisas. Ou até falta de jeito. Ou carência de base social, identificação popular, o que for.

Muito bem. Partido com militância forte conta como vantagem. É legítimo e é do jogo. O que foge à regra da civilidade é a violência, a falta de respeito com o cotidiano de uma cidade, o uso de estruturas coletivas para embates partidários e o cerceamento à movimentação de candidatos, cerco de milícias organizadas em defesa da manutenção de empregos, de transferências de recursos, de uma situação de poder que nada tem a ver com a disputa entre candidatos mais bem qualificados para presidir o Brasil.

Os dois principais candidatos à Presidência da República fizeram suas festividades para marcar a despedida de Dilma Rousseff e de José Serra, respectivamente da Casa Civil da Presidência da República e do governo de São Paulo.

Mobilizaram recursos em boa medida públicos – senão em toda –, mostraram cada um a sua força. Mas, no caso de São Paulo, os sindicatos ligados à CUT acharam por bem atrapalhar a festa do adversário e atazanar a vida do paulistano com greves, passeatas, interrupções de avenidas, congestionamentos, ameaças, hostilidades de toda sorte. Não se pode imaginar que tenha sido a mando da candidata que apoiam. Nem acreditar por antecipação que o adversário não vá, em reação, recorrer ao mesmo tipo de expediente.

Mas em última análise são eles sim – os candidatos – os responsáveis por evitar que as campanhas descambem para a selvageria.

As coisas começaram mal quando o presidente Lula começou a imprimir o padrão da popularidade inimputável que a todos os joelhos dobra, a todas as espinhas quebra.

No Brasil não funciona assim. Há uma imensa massa manobrável. Mas há outra imensidão resistente a exorbitâncias. Por cima dela não passa boi, não passa boiada, não passa controle “social” da informação, não passa terceiro mandato nem tampouco tentativas de dividir o país em nome de ambições hegemônicas de gente que não aceita a regra igualitária da competição e tem ojeriza ao da alternância de poder.

Cá pra nós

Essa história de Henrique Meirelles pedir tempo a Lula para pensar não existe. Ele quer a vaga de vice na chapa de Dilma Rousseff e ponto final. Não há nada a ser pensado, só a chance de isso vir a acontecer ou não.

Há cerca de 15 dias quando chegou a circular a notícia de que estava decidido a concorrer ao Senado por Goiás – num período em que o presidente Lula queria agradar ao PMDB –, Meirelles telefonou a um amigo avisando da decisão. Minutos depois ligou de novo acrescentando que não era bem assim: o nome dele ainda estava na parada para vice.

Nesse meio tempo, o presidente do PMDB e candidato do partido a vice, Michel Temer, praticamente vetou Meirelles em público. E mais: a pesquisa Datafolha com Serra 9 pontos à frente de Dilma reforçou a posição do PMDB, vale dizer, de Temer, na chapa.

Qualquer que seja, ou tenha sido ontem, a decisão – ficar ou sair do governo –, quem dá as ordens é Lula. Que, aliás, não tem se entendido bem com sua bússola no que tange ao rumo do PMDB.

Inconsoláveis

Tem petista que não se conforma com a decisão do DEM de proibir alianças com o PT em todo o país. Promete lutar, ir ao Supremo se preciso for.

Quando a história se repete

Carlos Chagas

Geralmente é como farsa, diziam Marx e Lênin sobre as repetições da História. Exemplo mais recente é o PAC II. Os mais velhos lembrarão que o marechal Castello Branco quis fazer tudo num curto espaço de tempo, já que apenas completaria o mandato surripiado de João Goulart. Mesmo tendo prorrogado seu período de governo por um ano, ficou no poder apenas de abril de 1964 a março de 1967.

Faltando dois dias para passar a faixa presidencial ao marechal Costa e Silva, o primeiro militar daquele ciclo de 21 anos deixou-se seduzir por seu ministro do Planejamento, Roberto Campos, e divulgou um Plano Decenal. Foi ridículo, além de inusitado, porque o segundo presidente não era, propriamente, das boas graças do antecessor. Muito pelo contrário, Castello engoliu seu ministro do Exército mais ou menos como um imenso sapo.

Informado de que estavam tentando engessá-lo, Costa e Silva não perdeu o bom humor, que parte de seus auxiliares teimava em demolir. Disse apenas ao ministro da Fazenda já escolhido, Delfim Neto, que colocasse aquele Plano Decenal no fundo de uma gaveta e só abrisse no último dia de seu governo. Assim foi feito, para horror de Roberto Campos.

Pois vem agora o presidente Lula e lança o PAC II, antes mesmo de o PAC I ter realizado a metade de suas promessas. Um elenco mal detalhado de realizações que, imagina o primeiro-companheiro, serão seguidas à risca pelo sucessor.

Mesmo se vier a Ser Dilma Rousseff, não vai dar fora das pranchetas. Um trilhão e meio de reais não se disponibilizam assim tão facilmente. Quantas vezes o inusitado baterá à porta do futuro presidente, na forma de surpresas da natureza ou de trapalhadas verificadas no funcionamento da economia mundial e nacional?

Pior ainda se o futuro presidente chamar-se José Serra. Por que estaria ele obrigado a ficar sufocado num modelo ilusório? Melhor teria feito o presidente Lula se dedicasse os últimos nove meses de seu mandato a viabilizar o PAC I, sem sonhos de grandeza ou megalomania. O programa é que, para ajudar Dilma Rousseff, parece valer tudo. Até transformar a História numa farsa.

PMDB oxigenado

Com a divulgação da mais recente pesquisa eleitoral da Datafolha, ganhou o PMDB mais um tempo de oxigênio. Ficou demonstrado, até prova em contrário, que o PT precisa do maior partido nacional para emplacar Dilma Rousseff no palácio do Planalto. Operação que tem um preço. No caso, a possibilidade de o presidente Lula ter que aceitar Michel Temer como companheiro de chapa da candidata.

Nenhuma operação parece concluída, é claro. Dezenas de outras pesquisas serão feitas e divulgadas. Mas mudou o volúvel quadro eleitoral, com a ascensão de José Serra depois que Dilma dava a impressão de havê-lo alcançado. Recusar a indicação de Michel Temer poderá ser fatal para a eleição da mãe do PAC. Em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, pelo menos, os dirigentes locais do PMDB já se encontram comprometidos com José Serra. Humilhar o presidente nacional do partido com a negativa de sua aceitação equivalerá a romper o instável equilíbrio de forças partidárias.

Alguma coisa melhorou

Não dá para esquecer o que aconteceu no final do governo Fernando Henrique, quando boa parte de seus ministros tratou de cuidar da vida. Muitos integrantes da equipe econômica e penduricalhos deixavam o governo para fundar bancos singulares, daqueles que não tinham clientes nem agências. Dedicavam-se a utilizar conhecimentos adquiridos no segredo da burocracia para especular, ganhar dinheiro e amealhar clientes em grupos econômicos interessados em multiplicar seu patrimônio a qualquer custo.

Agora, pelo menos, não está sendo assim. Os ministros que pedem para sair antes da hora o fazem por razões eleitorais, para disputar as eleições de outubro. O próprio presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sonha com a vice-presidência na chapa de Dilma Rousseff ou na senatoria por Goiás. Não lhe passa pela cabeça fundar uma arapuca de investimentos ou voltar à presidência de bancos internacionais. Menos mal.

Não quer nem ouvir falar

O já quase ex-governador de São Paulo recusa-se a discutir qualquer referência a quem poderá ser seu companheiro de chapa. Desconversa, na primeira sondagem, enfatizando que apenas em junho o tema será colocado para decisões. Há quem suponha a razão principal: Serra ainda confia em que o governador Aécio Neves acabará cedendo às imposições da lógica e concorrendo à vice-presidência. Em especial quando ficar claro que o casamento entre São Paulo e Minas será penhor da vitória. Qualquer outra hipótese, se não diminuir, nada acrescentará.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Vacinação contra gripe A está abaixo do esperado no estado

Redação CORREIO

A vacinação contra a Gripe A está abaixo do esperado na Bahia, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (31) pelo Ministério da Saúde. A informação é da TV Bahia.

De acordo com o levantamento do Ministério, das 331.422 crianças de seis meses a dois anos de idade que deveriam ser vacinadas, só 48.368 foram imunizadas contra a H1N1. Entre as gestantes, o resultado foi ainda pior: das 286.997, só 21.668 procuraram os postos. Com estes números, a Bahia tem a terceira pior taxa de vacinação do Bahia, à frente somente de Roraima e Acre.

Para os médicos, um dos principais motivos da falta de procura pela vacina são as dúvidas sobre efeitos colaterais causados por ela, mas a coordenadora de imunização da Secretaria da Saúde, Patrícia Guirra, tranquiliza: 'A vacina é segura, tem alto poder de proteção e uma baixa possibilidade eventos adversos'.

A terceira etapa da vacinação começa na segunda (5)

Higiene
Segundo o infectologista Carlos Starling declarou ao Jornal Nacional, “A higienização, normal, com água e sabão, é suficiente pra evitar a transmissão do vírus”.

A higiene das mãos é um dos cuidados mais importantes para evitar a gripe. O vírus pode estar em qualquer lugar com o qual uma pessoa contaminada tenha tido contato. É só encostar e ele pode 'grudar' em você.

O vírus também se propaga no ar. Por isso, é preciso cuidado ao espirrar, tossir e ao usar um bebedouro.

Fonte: a Tarde

Confira o que abre e fecha no feriadão de Semana Santa

Michele Mendes | A TARDE On Line

Por conta do feriado da Semana Santa, os órgãos públicos, shoppings, supermercados e alguns estabelecimentos comerciais ou de lazer alteram seus horários de funcionamento nesta semana. Na quinta-feira, 1º, os órgãos públicos antecedem o descanso dos servidores e não funcionam. Já no período entre a Sexta-feira da Paixão, 2, e o Domingo de Páscoa, 4, acontecem as principais alterações.

Confira o que abre e fecha no feriado da Semana Santa:


|Shoppings|

Barra: As lojas não abrem nesta sexta, 1º. Já a praça de alimentação funciona das 12h às 20h e o cinema tem programação normal. No sábado, 2, o shopping abre das 9h às 22h. No domingo, 3, as lojas funcionam das 14h às 20h e a praça de alimentação abre das 12h às 20h.

Piedade: Funciona normalmente na quinta, 1º, das 9h às 21h. Na sexta, 2, estará fechado. No sábado, 3, abre das 9h às 20h e no domingo, 4, não funciona.

Aeroclube: Ainda não divulgou horário de funcionamento.

Iguatemi: Apenas as Lojas Americanas abrem na Sexta-feira da Paixão, das 12h às 20h. O Playland funciona a partir das 10h, já o Multiplex depois das 14h. A praça de alimentação das 12h às 20h. No sábado, 3, o shopping funciona normalmente. No domingo, 4, as lojas abrem das 14h às 20h, o Playland e Multiplex a partir de 10h e a praça de alimentação das 12h às 20h.

Salvador Shopping: A Praça de Alimentação, o Boulevard dos Restaurantes e o Espaço Goumert vão funcionar nesta sexta-feira, 2, das 12h às 21h, assim como as Lojas Americanas. No mesmo dia, o Game Station e o cinema abrem das 11h às 21h e o Bompreço das 8h às 21h. As lojas e quiosques não vão abrir. O shopping funciona normalmente no sábado, 3, das 9h às 22h e no domingo, 4, das 13h às 21h.

Itaigara: Na sexta-feira, 2, as lojas estarão fechadas. No sábado, 3, todos os estabelecimentos abrem das 9h às 20h e no domingo, 4, apenas funcionam os restaurantes, a partir de 11h.

Center Lapa: As lojas não abrem nesta sexta, 1º. Já a praça de alimentação funciona das 12h às 20h e o cinema tem programação normal. No sábado, 2, o shopping abre das 9h às 21h. No domingo, 3, as lojas não funcionam e a praça de alimentação abre das 12h às 20h.


Paralela: As lojas não abrem na sexta, 2. Já a praça de alimentação e lojas de entretenimento abrem das 12h às 21h. No sábado, 03, o shopping funciona normalmente. No domingo, 04, às lojas abrem das 14h às 20h e a praça de alimentação das 12h às 21h. O cinema funciona normalmente todos os dias.

Paseo - Apenas a Saladearte Cine Vivo funciona na sexta-feira Santa, 2, e é opcional a abertura das lojas da praça de alimentação. O atendimento será normal a partir de sábado, 3, das 9 às 21 horas.

|Supermercados|

Hiper Ideal: As unidades da Barra e Graça funcionam na Sexta-feira da Paixão, das 7h às 18h. As filiais de Stella Maris e Itapuã ficam abertas das 7h às 20h. Nas lojas da Pituba e Piatã, o funcionamento é das 7h às 22h. Nos demais dias, as lojas funcionam em seu horário normal de 7h às 22h.

Extra: Todas as lojas funcionam normalmente entre Sexta-feira da Paixão, 2, e domingo de Páscoa, 4.

GBarbosa: Todas as unidades vão funcionar na sexta-feira, 2, e domingo, 4, das 7h às 21h e no sábado, 3, das 7h às 23h.

Bompreço e Hiper Bompreço: As lojas funcionam normalmente no feriado da Semana Santa, exceto as situadas dentro de shoppings, que seguem os horários de funcionamento dos estabelecimentos.

Atakadão Atakarejo: A unidade do Iguatemi funciona sexta e domingo das 7h às 18h, e no sábado, 3, das 7h às 22h. Na Estrada do Coco, o atendimento é 24h todos os dias. A loja do Caminho de Areia funciona de 7h às 20h, sexta e domingo e no sábado, de 7h às 22h. Já na Calçada, o horário de atendimento acontece das 7h às 14h, na Sexta da Paixão e domingo de Páscoa. No sábado, funciona de 7h às 20h.

Makro: funciona na sexta das 7h30 às 14h, sábado dia 3, das 7h às 22h e no domingo de Páscoa de 7h às 14h.


|Órgãos Públicos|


Estaduais: As repartições públicas estaduais suspendem o expediente nesta quinta-feira, 1º, com exceção dos postos do SAC na capital e no interior, que abrem normalmente. Já na Sexta-feira da Paixão e no sábado, 3, o atendimento nos 27 postos da rede será suspenso. O mesmo esquema de funcionamento do SAC será adotado pelas unidades do Ponto Cidadão – localizadas nos municípios de Central, Inhambupe, Presidente Tancredo Neves, Mucugê, Cruz das Almas e Coaraci. O funcionamento volta ao normal na segunda-feira, 5. Serão mantidos apenas os serviços considerados essenciais, como policiamento e atendimento médico em prontos-socorros e hospitais públicos.

Municipais: O ponto é facultativo a partir de quinta-feira, 1º, e até o domingo, 4, os serviços essenciais vão manter plantão de 24 horas. Os trabalhos disponíveis são na área de saúde, limpeza, fiscalização da poluição sonora, desobstrução da rede de drenagem e corte de árvores.

Hemoba: Funciona normalmente na quinta, 1º, das 7h30 às 18h30, e no sábado, 3, das 7h30 às 12h30. Não abre na sexta-feira, 2.

Ministério Público: Suspende o funcionamento a partir de quinta, 1º, retomando as atividades na segunda-feira, 5.


|Lazer|


Zoológico: Abre normalmente das 8h30 às 17h.

Parque da Cidade: Funciona normalmente das 6h às 18h.

Mercado Modelo: Não abre na sexta-feira, 2, e funciona normalmente no sábado, 3, das 9h às 19h e no domingo, 4, das 9h às 14h.


|Serviços|

Comércio: Funciona normalmente de sexta, 2, a domingo, 4.

Bancos: Funcionam normalmente na quinta, 1º, mas não abrem na sexta, 2. As contas com vencimentos para este dia podem ser pagas na segunda-feira, 5, sem cobrança de multa.

Correios: As agências e postos dos Correios permanecem fechados na próxima Sexta-feira da Paixão, 2. A exceção fica por conta da agência do Aeroporto, que abre em regime de plantão, das 8h às 12h. No sábado, 11, as unidades abrem normalmente. A Central de Atendimento dos Correios (CAC) funciona normalmente, das 8h às 22h. Para solicitar serviços ou pedir informações, os telefones são: 3003 0100 (capitais) e 0800 725 7282 (interior).

Fonte: A Tarde

Em discurso, deputado chama novo ministro de bandido

Agência Estado

Enquanto o novo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, tomava posse em solenidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Itamaraty, a poucos metros dali, no plenário da Câmara, o deputado Fernando Chiarelli (PDT-SP) chamava o novo titular da pasta de "bandido" em um discurso inflamado.

"É uma dor de morte que se abate sobre a alma deste brasileiro ao ver empossar-se em um ministério de tamanha importância, quanto é o Ministério da Agricultura, um bandido público, um honorável bandido como o senhor Wagner Rossi, que já saqueou o Banco do Estado em São Paulo, que já saqueou o Baneser em São Paulo, que já saqueou o Porto de Santos", disse o deputado.

"Como num discurso do Rui Barbosa: Juventude, locupletemos! Brasileiros, roubemos, assaltemos, metamos a mão naquilo que não é nosso que seremos por isso premiados", continuou, pedindo a exoneração do ministro para que "o Brasil não seja saqueado, para que o Brasil não seja roubado!".

Chiarelli afirmou no discurso que há parlamentares recebendo telefonemas dos ruralistas, que não querem Rossi como ministro "para não terem que pagar propina". Um pouco depois, o deputado disse que "a caixinha vai funcionar de forma espetacular".

O presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer (SP), responsável pela indicação do ministro para o cargo, deixou o plenário segundos antes de o deputado começar o discurso.
Fonte: a Tarde

Ser ou não ser da chapa de Wagner é só questão de tempo para César

Regina Bochicchio, do A TARDE

A entrada do senador César Borges (PR) na chapa governista deixou de ser um problema político e virou questão eleitoral e matemática. O governador Jaques Wagner (PT) afirmou, nesta quinta, durante a filiação ao PP do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Município Otto Alencar – que será vice-governador na sua chapa –, que César e a executiva do PT já aceitaram a aliança. Resta resolver a questão de coligações.

Wagner e César se encontram nesta quinta, em Salvador. Mas o martelo não será batido, crê o governador, em razão da indefinição das proporcionais que dependem de conversas com um leque de seis partidos, além do PR (PT, PP, PCdoB, PSB, PDT, PHS).

"Eu diria que, da chapa majoritária, já há uma aceitação do senador César Borges de compor, já há uma aceitação do nosso campo, que seja esta composição. Agora, ainda temos problema que é a questão das coligações. Aí não é que haja problema político, é eleitoral, matemático", afirmou Wagner – que publicou, ontem, no Diário Oficial a exoneração de secretários que vão se candidatar e os nomes dos substitutos (ver ao lado).

César Borges prefere não se pronunciar, mas parlamentares próximos a ele, disseram que "o problema continua sendo a chapa proporcional, e sem uma boa solução que contemple seus deputados, o senador não vai tomar decisão".

Fonte: A Tarde

quarta-feira, março 31, 2010

WAGNER DEFINE: OTTO NA VICE E LÍDICE PARA O SENADO


Lídice da Mata representa a solicitada "esquerda no Senado"
A deputada Lídice da Mata (PSB) foi premiada com o que queria e que bem merece: será uma das candidatas da chapa de Jaques Wagner ao Senado e deverá receber os votos da esquerda. E Otto Alencar (ver nota), em uma troca com a deputada, será candidato a vice e não necessitará ir para Brasília, cidade que jamais gostou. Ficará na Bahia, até porque seus médicos aconselham. Falta, agora, uma posição de César Borges, que provavelmente terá que arriscar não ter os votos que precisa do PT porque o DEM e o PMDB fecharam as portas para ele. As duas posições, de Lídice e de Otto, já foram chanceladas por Wagner. De resto, Alencar não indicará seu substituto no Tribunal de Contas dos Municípios. Quem o fará será a Assembléia Legislativa.
(Samuel Celestino)/SudoesteHoje

Atrasados de 2000 a 2005 têm revisão do IR

Carol Rocha, Paulo Muzzolon e Luciana Lazarinido Agora
Os segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que tiveram o Imposto de Renda cobrado a mais nos atrasados --valores que não foram pagos nos últimos cinco anos-- de 2000 a 2005 também têm o direito de recuperar a grana paga a mais.
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) ampliou o prazo para quem teve o IR cobrado a mais pedir a revisão. Antes, a Justiça só concedia esse reajuste para quem teve a cobrança a mais nos últimos cinco anos. Ou seja, quem pagou mais IR do que o devido entre 2000 e 2005 não conseguia mais reaver o dinheiro.
O STJ entendeu que a lei que estipulou a regra dos cinco anos --que é de 2005-- só vale após ela ter entrado em vigor. Assim, para os contribuintes que pagaram IR a mais antes da lei continua valendo o prazo anterior, que era de dez anos.
Fonte: AGORA
dora kramer
Evidentemente que o governo não escondeu os resultados do PAC porque quis. Escondeu porque não tinha o que mostrar. E se não tinha o que mostrar é de se supor que a gerente do projeto não tenha cumprido a contento a sua missãoPublicado em 31/03/2010 Agência Estado • O governo federal tem sido indiscutivelmente transparente no uso da máquina pública e competente em suas ações eleitorais em prol da candidatura Dilma Rousseff.
Por isso mesmo foi surpreendente a imperícia exibida na concepção e principalmente na execução do último evento da ministra no governo, para efeito de comunicação política.
Dilma foi apresentada ao país como candidata em fevereiro de 2008, como a “mãe do PAC”. Dois anos, muita propaganda, visitas a obras e inaugurações depois, a ideia óbvia era reforçar a dose da imagem da boa gestora com um patrimônio de execuções a ser apresentado ao eleitorado, contra programas de promessas da oposição. Daí o PAC 2 para marcar a saída de Dilma do governo e sua entrada na campanha eleitoral.
Como tese, perfeito. Na prática, deu errado.
Senão tudo, mas o principal, aquela parte em que Dilma Rousseff deveria ser consagrada como a grande e competente gestora, gerente inigualável, mulher de personalidade forte que faz as coisas andarem sem outras preocupações a não ser a eficácia dos resultados.
Pois na hora de colher as honrarias, o presidente Luiz Inácio da Silva foi o primeiro a dizer que não estava satisfeito com o andamento das obras. Cancelou visitas, reclamou, ficou irritado e não apresentou um balanço daquele programa sensacional lançado há três anos.
O governo não divulgou os dados da primeira versão do PAC. Apenas disse genericamente que 40% das ações foram concluídas.
Ainda assim, Lula duplicou a aposta, falou muito em dinheiro que ninguém sabe direito de onde sairá, em compromissos a serem honrados por outrem, e nada disse a respeito das obrigações que ele mesmo assumiu, cuja execução delegou à ministra Dilma Rousseff.
A solenidade de segunda-feira poderia ter sido um momento de excelência para Dilma. A apresentação de um bom balanço, parcial que fosse, poderia dar à população uma ideia de como a ministra trabalhou bem e, portanto, de como seria capaz de trabalhar melhor ainda na condição de presidente.
Evidentemente que o governo não escondeu os resultados do PAC porque quis. Escondeu porque não tinha o que mostrar. E se não tinha o que mostrar é de se supor que a gerente do projeto não tenha cumprido a contento a sua missão.
Ou pelo menos é esta a conclusão lógica, à falta de uma explicação por parte do governo para o fato de ter optado por anunciar uma segunda versão de um programa sem ter concluído a primeira etapa e sem ter fornecido ao público informações corretas e detalhadas a respeito de cada ação.
Enquanto o governo diz que 40% delas foram concluídas, o site Contas Abertas, que acompanha desde o início as execuções do PAC, afirma que foram 11% sem sofrer contestação.
A ideia de lançar o PAC 2 apenas para aproveitar a marca original da candidatura Dilma acabou se revelando contraproducente. O tipo do truque malfeito porque as deficiências da primeira versão chamaram mais atenção que os presumidos benefícios da anunciada segunda etapa.
Os profissionais da área de comunicação da Presidência deveriam ser os primeiros a compreender que não há comparação entre um programa existente, coordenado por uma ministra que deixa o cargo e, portanto, deve prestação de contas, e o anúncio de uma abstração longínqua chamada de continuidade de algo que ainda não se completou.
Vida ou morte
Uma coisa é a fidelidade do PT ao presidente Lula em âmbito na­­­­cional, outra coisa é a prática do partido no campo regional. A vaia dos petistas ao ministro Geddel Vieira Lima outro dia na Bahia, a recusa do partido em apoiar a reeleição de Roseana Sarney no Ma­­­­ranhão, a resistência em fechar acordo com o PMDB em Minas prenunciam na campanha uma parceria diferente da convivência em Brasília.
Pelo simples fato de que na província, perto do eleitorado, os quinhentos são outros. Se não preservar minimamente sua identidade e tentar enquadrar a militância, o partido põe em risco a própria sobrevivência, porque o eleitor não obedece a ordens da direção.
Fonte: Gazeta do Povo

O crescimento de Serra não quer dizer muita coisa

Pedro do Coutto
O crescimento da candidatura José Serra sobre Dilma Roussef, apontado na pesquisa do Datafolha publicada no sábado e comentada por Fernando Rodrigues, não representa qualquer mudança substancial no comportamento do eleitorado em matéria de intenções de voto. A diferença no início das pesquisas era muito maior e, em relação à última representou um avanço de cinco pontos. Efeito típico de finalmente ele ter se decidido a anunciar sua candidatura, posta sob dúvida em face de suas vacilações.
O quadro não mudou. Ciro Gomes ficou com 11%, Marina Silva em 8%. Desceu o número de indecisos que há um mês era de 22% para 18 pontos. Está neste patamar o avanço de Serra. Tanto é assim que não se registrou recuo de Dilma. Ela estava no 27º andar e nele permaneceu. Na simulação para o segundo turno, a vantagem de 9 pontos para Serra, 48 a 39, conseqüência do fenômeno registrado na pesquisa para o primeiro turno.
Eleitores de Serra, apesar do apoio de FHC, finalmente decidiram marchar com o candidato na fase inicial da campanha. Afinal, no próximo dia 2, o primeiro deixará o governo de São Paulo, a segunda a chefia da Casa Civil. Não houve qualquer afirmação nova. Tudo ficou como dantes, exceto a disposição de Serra de novamente enfrentar as urnas.
Não se conhece a plataforma de nenhum dos dois. Serra não se sabe. Em seu governo, ele tentou vender a Cesp e não conseguiu. Quanto à política de terceirização, as posições de Dilma parecem infinitamente mais claras. Pois a desestatização leva à demissão dos terceirizados que na Petrobrás são 192 mil. Um milhão de votos.
No caso de distribuição das cestas básicas, as afirmativas de Serra não têm o poder de convencimento quanto à continuidade de programa. Não quero dizer com isso que o programa seja excelente. Estou querendo dizer que ele rende votos na urna e sem votos na urna ninguém chega ao poder.
Relativamente à política salarial, a de Lula, que não é das melhores, é menos ruim do que a de Fernando Henrique, que foi das piores. Além disso, FHC se passa como autor do plano Real, quando a autoria efetivamente pertence a Itamar Franco. O setor elétrico do PSDB foi uma calamidade, culminando com uma elevação de 20% nas tarifas. Um desastre.
Mas estes são outros assuntos. Sobretudo porque nem Lula nem FHC são candidatos. Mas estão, Serra e Dilma vinculados às suas origens. O primeiro deixou o governo embaixo de enorme impopularidade. O segundo apresenta uma aprovação de 76 pontos contra uma rejeição singular de apenas 4%. A transferência de votos será inevitável quando a campanha esquentar.
De qualquer forma, porém, o avanço de Serra foi positivo para esquentar o embate e mostrar que Ciro Gomes tira mais votos de Serra do que de Dilma. Isso talvez o mantenha na campanha para adicionar reforços que impeça a decolagem do candidato do PSDB. Apenas esta é sua importância no pleito. Ele não terá outra função. Será mais um aliado de Dilma num embate que parece previamente decidida. Não mais do que isso. Os tucanos já avaliaram o quadro. Pela primeira vez, em minha opinião, uma mulher, pelo voto chegará à presidência do Brasil.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Brasília não viu JK chorar

Carlos Chagas
Em janeiro de 1972, recém-chegado a Brasília, saído de “O Globo”, do Rio, para assumir a direção da sucursal de “O Estado de S. Paulo”, na capital federal, busquei identificar-me com seus personagens e seu ritmo de vida. Eram os tempos bicudos do regime militar, sob a presidência do general Garrastazu Médici.
Senti, nos primeiros dias, haver um denominador comum entre os jornalistas de Brasília, mesmo aqueles que se dedicavam a bajular o governo. Pairava sobre todos a aura de Juscelino Kubitschek, criador da cidade, naqueles idos perseguido e abominado pelos donos do poder, bem como ignorado pela maioria de quantos haviam sido seus seguidores no passado.
Raros eram os políticos que admitiam fidelidade ao ex-presidente, como Israel Pinheiro, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães e mais uns poucos. A maior parte optava por esquecê-lo, mesmo sabendo que se instalara no Planalto Central, numa fazendinha em Luziania, a poucos quilômetros de Brasília, para onde vinha todos os meses, na infrutífera tentativa de tornar-se fazendeiro. Não conseguia, era um ser político por excelência.
Todo mundo sabia que estava proibido de entrar na capital, sequer de chegar pelo aeroporto. De Belo Horizonte, vinha num teço-teco que aterrissava em Formosa, do outro lado do Distrito Federal, obrigando-o a contornar sua criação para chegar às terras onde inutilmente tentava cultivar batatas, tomates e verduras.
Uma amiga, a escritora e empresária Vera Brandt, comentava de quando em quando haver visitado o presidente, voltando sempre com sentimentos de tristeza, dado o abandono de JK.
Lá para março daquele meu primeiro ano na capital, Vera contou-me um segredo. Juscelino havia entrado escondido em Brasília, não resistindo à tentação de treze anos depois de cassado, ver os resultados de sua criação.
Mesmo tendo começado a trabalhar num jornal conservador, ferrenho adversário de JK nos tempos da democracia, animei-me a procurá-lo. Tinha seu telefone no Rio, onde ele passava parte do tempo. Já o conhecia, como repórter, dos tempos mais amenos antes de golpe militar. E, mesmo depois, quando de passagem por Lisboa, fui visitá-lo num de seus exílios.
Atendeu-me com alegria. Indaguei se havia mesmo descumprido as ordens da ditadura e entrado em Brasília. Relatou com emoção a aventura, desde a tempestade violenta que caía sobre a capital, levando-o a insistir com o amigo que dirigia o pequeno caminhão, para que entrassem. Entrou e concedeu-me a oportunidade de escrever um dos mais sinceros artigos que já escrevi, e que o “Estadão” publicou, ainda que nas páginas internas. Reproduzido em seguida pela maior parte da imprensa nacional. Marcou o início de uma convivência que muito me honrou.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Lula tem razão, a mídia acha que notícia é notícia ruim

O presidente Lula tem a mesma percepção que eu tenho. A imprensa brasileira continua achando, no geral, que notícia boa é notícia ruim, o caos, o desastre, o escândalo. Ontem à noite, tive o desprazer de ligar o noticiário da TV Band. Um horror. O jornalismo foi atrás das piores distorções na educação brasileira, provavelmente para se contrapor ao clima construtivo da Conferência Nacional da Educação. Mais uma vez tive que ver e ouvir que existem escolas de lata, de ferro, de palha, de barro batido. Nada sobre experiências inovadoras.Sugestão de pauta para a Band. Na última quarta-feira (24.03.2010), Felipe Ferreira da Silva, 12 anos, aluno da 5ª série da Escola Estadual Carlos Freitas Mota, foi o primeiro dos 400 estudantes da rede pública da Bahia selecionados para estudar no Centro de Educação Científica do Semiárido, implantado com apoio do Governo Wagner (PT) em Serrinha, a 190 km de Salvador. Felipe Ferreira da Silva é morador do bairro Novo Horizonte, antigo Matadouro, habitado por remanescentes do Quilombo Flor Roxa.Por que a Band, a Rede Bahia, a Rede Globo et caterva não noticiam o início das aulas no Centro de Educação Científica do Semiárido, que já inscreveu 1.600 estudantes do Território do Sisal? A popularmente chamada Escola de Ciências de Serrinha, lá no meião do sertão, foi instalada nos moldes do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra, do Rio Grande do Norte. E tem um padrinho de peso: o médico paulista Miguel Nicolelis, um dos mais renomados cientista da atualidade, coordenador do laboratório de neurociências da Universidade de Duke (EUA).Dr. Miguel Nicolelis, diretor do Instituto Internacional de Neurociências (IINN-ELS) dará uma aula magna na Escola de Ciências de Serrinha na segunda quinzena de abril. Mais uma oportunidade para a imprensa do fim-do-mundo divulgar o lado bom e inovador da educação na Bahia. O objetivo do Centro é incentivar as atividades de pesquisa, desenvolvimento, produção e disseminação de conhecimento científico e tecnológico, através de oficinas, laboratórios de ciência e robótica. O projeto vai atender inicialmente 400 alunos de 23 escolas públicas estaduais, dez das quais da zona rural.Uma educação com chances iguais para todos é possível.
# posted by Oldack Miranda /Bahia de Fato

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