Quinta-feira da Paixão: entre a Verdade de Cristo e a Mentira dos "Poderosos"
Nesta Quinta-feira da Paixão, celebramos um dos momentos mais intensos da caminhada de Jesus: a Última Ceia. Foi ali, diante de seus discípulos, que Ele partilhou o pão e o vinho, lavou os pés dos amigos e, com o coração angustiado, anunciou a traição que viria. E foi também ali que proferiu palavras que ressoam até hoje:
“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade (…)” (Jo 16,12-13).
A promessa do Espírito da Verdade ecoa como um grito nos tempos de hoje — tempos em que a verdade parece ser sufocada pela manipulação, pelo cinismo e pela injustiça.
E é justamente nesse espírito de busca pela verdade que, ao abrir as redes sociais, deparamos com a triste realidade do Brasil contemporâneo. O deputado Glauber Braga, conhecido por sua postura combativa, honesta e coerente, é alvo de ataques e perseguições políticas. Não por ter feito algo errado — mas, justamente, por não se curvar aos interesses podres do sistema. Glauber tem sido uma voz incômoda, e como em todas as épocas, os poderosos não suportam a luz que expõe suas trevas.
Coincidência ou não, essa notícia aparece justo hoje. No dia em que lembramos de Judas, o traidor; de Pedro, o medroso; e de Pilatos, o covarde. Todos símbolos das figuras que ainda hoje circulam pelos corredores do poder: traidores do povo, covardes diante da verdade, e hipócritas que lavam as mãos enquanto inocentes são crucificados.
A cruz de Cristo continua sendo erguida todos os dias, não apenas em símbolos religiosos, mas na vida dos que lutam por justiça, dignidade e verdade. E como nos tempos de Jesus, ainda são os honestos que têm de provar sua inocência, enquanto os canalhas seguem soltos, engravatados e protegidos.
Mas a mensagem da Quinta-feira da Paixão também nos traz esperança: o Espírito da Verdade virá. E quando Ele vier, ensinará toda a verdade. Até lá, cabe a cada um de nós resistir, denunciar, e manter viva a chama da justiça. Porque a mentira pode até se sustentar por um tempo — mas a verdade, essa sim, é eterna.
