
Sóstenes prometeu arranjar as assinaturas e conseguiu
Rebeca Borges e Emilly Behnke
da CNN
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolou nesta segunda-feira (14) o requerimento de urgência sobre o projeto de lei que anistia condenados pelos atos de 8 de janeiro.
O texto recebeu o apoio de 264 deputados, mas dois signatários foram considerados inválidos pela Câmara. Para que o requerimento fosse protocolado, eram necessárias 257 assinaturas.
ATÉ DA BASE ALIADA – Das assinaturas, 90 são de deputados do PL. Outros 146 parlamentares de partidos que possuem representantes na Esplanada do governo Lula também assinaram o pedido, sendo: 40 do União Brasil; 35 do PP; 28 do Republicanos; 23 do PSB; e 20 do MDB.
Caso os deputados aprovem o requerimento de urgência, o projeto de lei poderá ser analisado diretamente pelo plenário da Câmara, sem necessidade de passar por comissões temáticas ou especiais.
Agora, para que o pedido seja analisado, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), precisa pautá-lo no plenário. Se for a plenário, o documento precisa de maioria absoluta (257 deputados presentes) para ser votado. E será considerado aprovado por maioria simples (129 votos, no mínimo).
BUSCA DE CONSENSO – Motta tem buscado diálogo com representantes dos Três Poderes para chegar a uma alternativa de consenso, já que o governo é contrário à proposta.
Na última semana, ele teve reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — que tem articulado a proposta com parlamentares e chefes de partidos.
O líder do PL espera se reunir com Hugo Motta para discutir o tema no dia 22 de abril. A expectativa é de que o assunto seja levado ao colégio de líderes da Casa no dia 24 de abril. A bancada do PL trabalha para que o requerimento seja pautado na última semana do mês.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Nada de novo no front. Há meses temos afirmado aqui na Tribuna que a anistia será facilmente aprovada. Sóstenes (que significa sutiã em espanhol) segurou mesmo as pontas, digamos assim. Ninguém aceita 17 anos para ”terroristas” tipo pé-de-chinelo e donas de casa. Só na cabeça de Alexandre de Moraes, mesmo, é que poderia surgir tanto radicalismo. (C.N.)