Para nós, crentes, a Páscoa transcende a futilidade dos ovos de chocolate e a profanação mercantil que busca obscurecer seu significado sacrossanto. A Páscoa é a exaltação da vida eterna, da redenção imaculada e da verdade inabalável. Ela personifica Jesus Cristo, o Agnus Dei que se imolou em sacrifício por nossa salvação. Como atesta a epístola aos Coríntios (I Coríntios 5:8):
“Portanto, celebremos a solenidade, não com o fermento vetusto, nem com o fermento da malícia e da perversidade, mas com os pães ázimos da pureza e da verdade.”
A Páscoa, destarte, clama por uma introspecção profunda acerca de nossa essência, dos princípios que defendemos e da conduta que adotamos ante a verdade e a justiça. Imbuído deste espírito de probidade e veracidade, aproveito o instante para suscitar algumas indagações – pois o questionamento jamais profana.
Recentemente, um oficial forense de Jeremoabo ousou, fundado em suas elucubrações pessoais, asseverar que o BlogDeDeMontalvao o alcunhou de "índole nefasta". Ora, o referido blog não nominou indivíduos, apenas ecoou uma assertiva proferida por outrem no plural. Porventura não seria o próprio indivíduo quem, ao arrogar para si o que não lhe foi diretamente endereçado, incorre em flagrante calúnia contra o blog? Não seria tal atitude um patente abuso da interpretação subjetiva, urdido para intimidar e sufocar a liberdade de expressão?
Outra questão premente: se o tribunal derradeiro é o juízo popular, poderá tal servidor – notório a todos – que perpetra atos que ultrajam a moralidade administrativa e a ética republicana, ser considerado um "santo varão"? Seria ele plenamente responsável por seus atos, ou habita numa redoma de impunidade, escudado por laços e conveniências obscuras?
Exaltemos a liberdade de expressão!
Execremos, sem temor, a perseguição e a impunidade!
A genuína justiça não se edifica sobre o silenciamento ou a intimidação, mas sobre a coragem, a transparência e a verdade – a exemplo do Cristo, que não se quedou ante o poder injusto e nos legou o caminho da luz, em detrimento das trevas.
Nesta Páscoa, que a fortaleza da cruz inspire em cada um de nós a defesa intransigente da justiça, da liberdade e da dignidade humana.

