Publicado em 2 de outubro de 2023 por Tribuna da Internet
Pedro do Coutto
O desempenho do governo Lula na área de política externa vem alcançando sucesso, sobretudo porque reincluiu o Brasil no mapa universal do qual foi afastado pelo governo Bolsonaro. Mas, no plano interno, o resultado não tem sido tão positivo, embora tenham ocorrido avanços nas áreas da Fazenda e do Planejamento.
Em muitos casos, porém, ministros nomeados por indicação do Centrão não têm a mínima afinidade com os setores que ocupam, a começar pelo ministro dos Esportes, que desconhece a história esportiva do país, e não apareceu em qualquer momento em que as seleções de voleibol e de ginástica olímpica lutam para classificar-se para a Olimpíada de 2024 em Paris.
SEM NOÇÃO – O ministro André Fufuca chegou a dizer que os resultados internacionais do esporte brasileiro são quase iguais a zero. Esqueceu, por exemplo, o fato de o Brasil ser pentacampeão do mundo no futebol, além de vários outros casos emblemáticos. O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por sua vez, também não tem afinidade também com o setor. Portanto, o rendimento não pode ser positivo para o governo e nem para o país.
Não basta preencher os cargos por indicação do Centrão. É preciso haver o mínimo de critérios e ajustar pessoas com conhecimento pelo menos básico. Sem isso, a administração não avança e o país perde. Pelas nomeações fora de foco, a população não vê a realização de projetos que poderiam beneficiar a todos.
PETROBRAS – Bruno Rosa, O Globo deste domingo, publicou uma excelente reportagem sobre os 70 anos da Petrobras, completados há poucos dias. Foi uma luta incrível a que se travou para a sua criação, sobretudo em face do monopólio estatal. As pressões internacionais se fizeram sentir porque havia um mercado exportador em expansão.
No governo Juscelino, a ampliação se ampliou de 5 mil para 100 mil barris por dia. Hoje, passados 70 anos, o Brasil passou de importador para exportador de petróleo, com uma produção diária de três milhões de barris por dia. Atualmente, a luta se desenrola no setor do refino. É preciso que a Petrobras dê um passo decisivo nessa área.