Isabela Camargo
G1 / Globo News
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A Justiça Federal de Brasília atendeu a um pedido da Polícia Federal e prorrogou por mais 90 dias o inquérito que investiga a invasão de celulares de diversas autoridades. Com a prorrogação, o prazo para a conclusão do inquérito foi estendido até janeiro de 2020.
Segundo integrantes da PF, a prorrogação do prazo é necessária para os agentes analisarem todo o material apreendido na primeira fase da Operação Spoofing, deflagrada em julho. Esta é a segunda vez que o prazo é prorrogado. Quando a operação foi deflagrada, a Polícia Federal prendeu quatro pessoas por suspeita de envolvimento na invasão dos celulares.
ACESSO A ARQUIVOS – Um dos presos, Walter Delgatti Neto, disse em depoimento ter acessado arquivos do procurador Deltan Dallagnol e repassado o material ao jornalista Glenn Greenwald sem edição e sem remuneração. Segundo a Polícia Federal, o grupo pode ter acessado os celulares de cerca de mil pessoas.
Três investigados na primeira etapa continuam presos: Walter Delgatti Neto, Gustavo Santos e Danilo Marques. Suelem de Oliveira, mulher de Gustavo Santos, foi solta no início deste mês por decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1). Os investigados podem responder por organização criminosa, interceptação telefônica ilegal e invasão de dispositivo eletrônico.
Outras duas pessoas foram presas na segunda etapa da investigação, em setembro. Os dois presos, Thiago Eliezer Martins dos Santos e Luiz Molição, foram interrogados novamente nesta semana.