Ingrid Soares
Correio Braziliense
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O porta-voz da República Otávio Rêgo Barros afirmou na noite desta quarta-feira, dia 2, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não pretende substituir o líder do PSL no senado, Fernando Bezerra, apesar das denúncias contra ele.
Ao manter Bezerra no cargo, o chefe do Executivo preserva o principal articulador político no Senado, onde também está em pauta a indicação do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) para a embaixada do Brasil em Washington.
AINDA NA LIDERANÇA – “Não há, no escantilhão do presidente, a substituição do nosso líder no senado. Ainda não houve uma reunião entre eles, mas o presidente vem mantendo contato por meio do telefone e por meio de interlocutores juntos àquela Casa. O presidente não tem intenção de substituir o seu líder no senado”, afirmou.
No final do mês passado, sobre a permanência ou não do líder do governo, o presidente já havia dito em entrevista ao Correio que “era preciso algo mais concreto”. “Não posso tirá-lo de lá com uma busca e apreensão de um processo antigo que nós já sabíamos que existia”.
INVESTIGAÇÕES – A Polícia Federal investiga denúncia de desvio de dinheiro público de obras de transposição do Rio São Francisco da época em que Bezerra ocupava o cargo de ministro da Integração Nacional no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Na época, Bezerra era filiado ao PSB e estava entre os nome de confiança do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Buscas e apreensões no gabinete do parlamentar foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. O filho do senador, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), também é alvo da operação.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Chega a ser irônico ver Bolsonaro dizer que o sabido já existia, como se amenizasse tantas evidências. No mínimo, seria de bom tom não manter Bezerra no cargo até o resultado das investigações. Teremos ? Mas se faz de tudo para efetivar o filé mignon de Eduardo Bolsonaro. As articulações se voltam sobretudo e de forma imperativa à definicação da questão da embaixada. O mais, é secundário para o presidente.(Marcelo Copelli)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Chega a ser irônico ver Bolsonaro dizer que o sabido já existia, como se amenizasse tantas evidências. No mínimo, seria de bom tom não manter Bezerra no cargo até o resultado das investigações. Teremos ? Mas se faz de tudo para efetivar o filé mignon de Eduardo Bolsonaro. As articulações se voltam sobretudo e de forma imperativa à definicação da questão da embaixada. O mais, é secundário para o presidente.(Marcelo Copelli)