Depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu, por 6x3, não levar em conta a reclamação da Itália contra a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se negou a extraditar Cesare Battisti, o relator Gilmar Mendes impôs a todos o penoso dever de ouvirem seu longo e tedioso voto, colcha de retalhos de tecnicalices e falácias, colocando em questão exatamente aquilo que já foi votado.
Depois de encerrada sua inútil peroração -- não conseguirá vencer seus colegas pelo cansaço nem os vai iludir com seus contorcionismos jurídicos --, o plenário do STF resolverá a única questão ainda pendente: quando e como será libertado o escritor.
As figurinhas carimbadas Cezar Peluso e Gilmar Mendes só conseguiram atrair Ellen Gracie para sua posição inquisitorial.
A postura legalista é assumida por Carlos Ayres Britto, Cármen Lúcia, Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski.
Fonte: Náufrago da Utopia