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segunda-feira, dezembro 20, 2010

Nos jornais: um balanço da era Lula

Folha de São Paulo

Crescimento, avanços sociais e escândalos

O pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva, 65, encerra seus oito anos na Presidência com 83% de aprovação, segundo o Datafolha. No pós-ditadura, nenhum presidente eleito diretamente deixou o cargo tão bem avaliado, o que se explica sobretudo pela melhora do emprego, da renda e de sua distribuição. Entre 2003 e 2010, foram criados 14 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, e a classe C se tornou majoritária. A expansão da transferência de renda -pelas vias do Bolsa Família e do salário mínimo- e o estímulo ao crédito popular, ações do governo federal, contribuíram para o resultado.

O Brasil dobrou, para 4% ao ano, a média de alta do PIB das duas décadas anteriores, embora tenha crescido menos que quase todos os países emergentes relevantes. A dívida externa foi superada, graças à pujança da economia mundial, em especial a chinesa, que impulsionou as exportações brasileiras.

Educação e saúde não evoluíram no mesmo ritmo. O Brasil, que subiu quatro posições e é hoje a 8ª maior economia do planeta, registra quase 1 milhão de casos de dengue. Seus alunos ocupam a 53ª posição em leitura e a 57ª em matemática no principal teste internacional de desempenho, que avaliou 65 países.

Não mudaram os costumes políticos, como se viu no mensalão. Os escândalos derrubaram a cúpula do PT e alguns dos auxiliares mais próximos do presidente. Abriram caminho para a tutela personalista de Lula no segundo mandato, o que culminou na imposição da candidatura de Dilma Rousseff, neófita em eleições.

A 40ª presidente herda de Lula um país socialmente mais inclusivo e dinâmico, além de mais destacado no cenário internacional. Recebe também serviços públicos de qualidade medíocre, a despeito da elevada carga de impostos, bem como desequilíbrios crescentes nas despesas do governo e nas contas externas.

4 EM CADA 5 BRASILEIROS CONSIDERAM O GOVERNO LULA ÓTIMO OU BOM

Luiz Inácio Lula da Silva chegou lá: aos 65 anos, sairá do Palácio do Planalto no dia 1º como o mais bem avaliado ocupante daquela cadeira entre todos os eleitos pelo voto direto pós-ditadura. Está com 83% de aprovação popular.
O Datafolha apurou a popularidade de Lula em uma pesquisa realizada de 17 a 19 do mês passado, em todo o país, com 11.281 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Para 13% dos brasileiros, Lula faz um governo regular. Apenas 4% classificam a administração federal do PT como ruim ou péssima. A magnitude da aprovação de Lula torna-se mais impactante se comparada com as dos antecessores.
Fernando Collor deixou o cargo em 1992, após um processo de impeachment, com meros 9% de aprovação.

Fernando Henrique Cardoso governou o Brasil por oito anos. Debelou a inflação, criou o real e estabilizou a economia. Ainda assim, deixou o Planalto com 26% de aprovação -57 pontos percentuais abaixo de Lula.

Uma curiosidade: o presidente classificado em segundo lugar como o mais popular ao sair do cargo depois do retorno das eleições diretas foi Itamar Franco. Só que ele não foi eleito. Herdou a cadeira de Collor, em1992, pois era o vice. Ao passar o cargo a FHC, em 1995, Itamar era aprovado por 41%.

LULA DEU A PALOCCI 4 DIAS PARA SE LIVRAR DE CULPA

Apesar de ter sido informado de que Antonio Palocci Filho ordenara quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa, Lula deu prazo de quatro dias para o ministro da Fazenda tentar um acordo pelo qual o presidente da Caixa, Jorge Mattoso, assumiria a culpa. Lula queria demitir José Dirceu da Casa Civil desde março de 2004, nos desdobramentos do caso Waldomiro Diniz. Mas só agiu quando Roberto Jefferson enviou um recado na Câmara de que deixaria de preservá-lo se Dirceu permanecesse. Revelações como essas estarão no livro do repórter Kennedy Alencar sobre o governo Lula a ser lançado no ano que vem pela Publifolha.

LULA COGITOU APOIAR PALOCCI A PRESIDENTE

Dilma poderia ter perdido o lugar na fila para Lula em 2010. Em setembro de 2004, um amigo sugeriu que ele não tentasse a reeleição em 2006 e passasse essa missão a Palocci. Era um tempo pós-Waldomiro, mas pré-mensalão. Lula tinha dúvida se valia a pena um segundo mandato-ele achava que FHC errara em 1998. Lula concordou que Palocci seria o nome, mas brincou: "Será que ele deixa eu voltar depois?"

LULISMO É FENÔMENO POLÍTICO RECENTE E POLÊMICO

O lulismo é um fenômeno recente. Mais novo que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2002, quando ele se elegeu pela primeira vez, houve, na Folha, apenas quatro menções à expressão "lulismo" nas páginas do jornal. Em 2006, ano da reeleição, a palavra foi escrita 55 vezes. No ano passado, ela apareceu em 65 ocasiões. Neste ano, outras 128 até o final de novembro.

O lulismo está relacionado à consagração popular do presidente no segundo mandato. Mas vai além dela. Há quem o veja como sintoma de uma regressão política. Há quem o compare, a partir da empatia e do vínculo direto com as massas, ao getulismo -Vargas era o "pai do pobres". Isso aproximaria o lulismo da tradição populista.

ANOS LULA SE DIVIDEM EM ANTES E DEPOIS DO MENSALÃO

Foram dois mandatos, mas o marco divisório dos oito anos da era Lula é outro: antes e depois do mensalão.
Revelado em junho de 2005, o escândalo derrubou o principal ministro do governo, dizimou a cúpula do PT e inaugurou uma temporada turbulenta de CPIs que, um ano mais tarde, viria a ceifar o outro polo de poder na Esplanada.
Reeleito e escaldado, o presidente reconfigurou sua base de sustentação no Congresso Nacional, incorporando oficialmente o PMDB, e impôs a seu partido não apenas a candidatura de Dilma Rousseff como todas as concessões necessárias para elegê-la.

APÓS DOIS MANDATOS, LULA DEIXA REFORMAS PARA DILMA

No primeiro discurso com a faixa no peito, o presidente Lula afirmou, no Planalto, que "nenhum momento difícil" o impediria de fazer "as reformas que o povo brasileiro precisa".

Oito anos depois, ele descerá a rampa do palácio longe de cumprir a promessa. Deixará para a sucessora, Dilma Rousseff, o desafio de modernizar a Constituição nos campos político, previdenciário, tributário e trabalhista.

GOVERNO INCHOU A MÁQUINA FEDERAL

Três ministros -Orlando Silva (Esporte), Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) e Eloi Araujo (Igualdade Racial)- se espremem com suas equipes no primeiro prédio da Esplanada dos Ministérios, ao lado da catedral. Márcio Fortes (Cidades), que também despachava ali, procurou um gabinete em outro setor da cidade.

Nenhuma dessas pastas existia quando Brasília foi projetada. Juscelino Kubitschek tinha 11 ministros para os 19 prédios da avenida. Lula tem 24, fora os 13 diretamente vinculados à Presidência, que não cabem juntos no Palácio do Planalto.

A tabela de remuneração dos servidores, calhamaço que lista as carreiras, cargos e salários do funcionalismo, começou a ser publicada no final da década passada com 82 páginas. São 520 hoje.

AMBIÇÃO POLÍTICA DEFINIU O TOM DA DIPLOMACIA

Junta desde 2003, a troica formada pelo presidente Lula, pelo chanceler Celso Amorim e por Marco Aurélio Garcia, assessor do Planalto, mudou a ênfase da política externa brasileira.

Ao foco econômico-comercial predominante desde a redemocratização foi agregado um viés político, definido como uma aposta na multipolaridade e no aumento da projeção do Brasil -com o reforço do pleito à cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.

EMPREGO E RENDA FORMAM HERANÇA VIRTUOSA

Em paralelo à rápida melhora no mercado de trabalho, e principalmente por causa dela, os anos Lula trouxeram uma grande transformação, para melhor, nos padrões de consumo e nos negócios das empresas. Por trás das mudanças, algo que não se via em décadas: uma notável melhora no padrão de distribuição de renda brasileiro.

Esse fato vem firmando um ciclo virtuoso no Brasil. Mais empregos estão gerando mais renda, que se transforma em mais consumo, que estimula investimentos produtivos que, por fim, requerem mais empregos para acontecer -reforçando toda a cadeia.

O Estado de S. Paulo

Média de atraso nos voos dispara às vésperas das férias

A média de atraso em voos superior a 30 minutos, que até novembro era de 12,6% nos 12 aeroportos mais movimentados do país, saltou para 20,7% na primeira quinzena de dezembro. O índice é 1,5 ponto percentual superior ao de igual período de 2009.

Fazenda é desapropriada por cumprir lei

Como manda a lei, a fazenda Mandaguari, em Mato Grosso, preserva a vegetação nativa em 80% do seu território, no bioma Amazônia. Para o Incra, no entanto, o imóvel é "uma grande propriedade improdutiva". Os donos têm até o mês que vem para entregar a área, desapropriada em 2004.

Documentos provam desvios no orçamnto

Documentos revelam o desvio do dinheiro do orçamento supostamente investido em evetos culturais, informa o repórter Leandro Colon. A movimentação bancária de empresas em nome de laranjas mostra que parte do dinheiro liberado a partir de emendas foi parar na conta pessoal de dirigentes de instituições fantasmas.

Caderno especial: guerras desconhecidas no Brasil

Chapéu, bigode e revólver na mão, Raimundo Lira, de 68 anos, repete o estilo do irmão, o gatilheiro Quintino, um mito entre a população de Guamá, território encravado no nordeste paraense. Quintino morreu em 1985, numa emboscada da milícia da empresa que queria tomar terra de posseiros da região. A empresa foi expulsa e o corpo de Quintino, carregado pela multidão na floresta. O Brasil registra pelo menos 32 conflitos esquecidos ou desconhecidos pela maioria da população nos últimos 110 anos, que mataram 556 civis.

Entrevista/Henrique Meirelles: "Uma meta para a taxa de juros é incompatível com a meta de inflação"

Presidente do BC alerta que taxa só pode cair se a inflação baixar, não o contrário; governo Dilma quer reduzir o juro real

Correio Braziliense

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As medidas do Banco Central para conter o crédito e esfriar o consumo foram em vão: ontem, os shoppings de Brasília estavam lotados. Mas o comportamento mudou um pouco, pois muitos consumidores preferem comprar à vista. A manutenção do hábito também se reflete no trabalho: pelo menos 21 empregados temporários deverão ser contratados.

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FONTE; CONGRESSOEMFOCO

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