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domingo, fevereiro 14, 2010

Ninguém visita Arruda, nem os caríssimos advogados. Sábado e hoje, nenhum personagem político, familiar ou causídico, quebrou o ostracismo

O governador (ainda?) José Roberto Arruda, não imaginava que sua vida pudesse inesperadamente ser “atravessada” (termo carnavalesco) ao mesmo tempo pelo ostracismo e pela repercussão nacional. Ele é o homem do dia, o personagem que todos querem apedrejar e ninguém aparece para defender.

“A mão que afaga e a mesma que apedreja”, continua eterna e consagrando o poeta popular. Mas na realidade se transforma numa verdade lancinante, que o próprio Arruda não consegue entender. Por que me abandonaram?, pergunta o governador, triste, abatido, constrangido, sabendo que seu destino não tem volta ou reviravolta.

Os jornais, rádios e televisões, que se serviram dele e a quem serviu publicitária e servilmente, só procuram atingi-lo, denegri-lo, diminuí-lo, destruí-lo, carregá-lo para o fundo do poço. Relacionam então os privilégios que lhe foram concedidos, destacando e incluindo a televisão a cabo.

E nessa televisão a cabo vão passando episódios de sua vida atormentada e tumultuada. Isolado, trancafiado, abandonado, é obrigado a ver e a comparar episódios, que agora, exibidos maldosamente, se assemelham prodigiosamente. Na prisão, vê, revê e compara com o que a televisão a cabo vai mostrando. E relembra a fraude no painel do Senado, para piorar, com a cumplicidade criminosa e nada saudosa de ACM-Corleone.

Tudo começou (e Arruda vai revendo e lembrando) com ele na tribuna do Senado, NEGANDO COM VEEMÊNCIA, qualquer violação do painel. Mas a evidência é tão grande, os apartes condenatórios e indefensáveis levam o então senador ao choro e à confissão. Com o complemento: A RENÚNCIA PARA NÃO SER CASSADO.

A tevê a cabo, interrompe a exibição, para mostrar novas contradições e condenações, mas apenas teóricas.

Arruda tenta impedir o choro de antes e de anos, está tão amargurado que não sai uma lágrima. Os olhos estão secos, o coração insensível, dá a impressão de que nada se repetirá. Não resta a possibilidade de renúncia para preservar o futuro. Se conseguir abandonar a vida pública, mantendo a liberdade para a atividade privada, já está considerando dádiva de Deus.

O segundo episódio, o do SUBORNO GRAVADO, EXIBIDO COM SOM E IMAGEM, correu o Brasil todo, e a defesa de Arruda não comoveu ninguém. “Sou inocente, meus adversários não deixam de me perseguir”.

Ninguém acreditou, passou à intimidação dos correligionários do DEM, baseado no que o Procurador Geral da República chamaria de CONTAMINAÇÃO. Só que os CONTAMINADOS reagiram. Arruda desmentiu, “não era nada disso que eu queria dizer”.

Os sinais negativos para Arruda e seu grupo foram se acumulando, com o protesto e a revolta (e não apenas da capital) dos mais diversos grupos. O processo continuava, 8 deputados distritais foram cassados, golpe duro na CONTAMINAÇAO política. E legalmente o processo andava, mas nem todos percebiam.

E muito menos alguém acreditava, que um governador no cargo pudesse INAUGURAR A GALERIA HISTÓRICA dos que dariam à opinião pública a impressão (pelo menos a impressão) de que a IMPUNIDADE E A IMUNIDADE ESTAVAM SENDO GOLPEADAS MORTALMENTE.

Agora, todos os louvores ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). O Ministério Público pediu a PRISÃO DE ARRUDA, o relator Fernando Gonçalves ATENDEU, (que os jornalões e televisões dizem, DECRETOU) a Comissão Especial de 14 Ministros, confirmou a decisão do relator, Arruda foi preso.

E o relator Marco Aurélio Mello, um dos mais importantes Ministros do Supremo, confirma a prisão, consagra o STJ, e afirma que se baseou fundamentalmente no julgado e decidido pelo relator e a Comissão Especial do STJ.

Até quarta ou quinta-feira, Arruda continuará preso, E o Supremo, com o voto dos outros 9 Ministros (dois Ministros já têm posições definidas) só poderá libertar Arruda, com uma reviravolta, que será na certa CONDENADA pela opinião pública.

Mesmo presidido por Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal deve respeito a ele mesmo.

PS – Dizem que o Supremo JULGARÁ e LEGISLARÁ. Libertará Arruda, mas IMPEDIRÁ SUA POSSE, CONSIDERARÁ SEU MANDATO ENCERRADO.

PS2 – Se isso acontecer, será bem recebido por todos. ATÉ PELO INSTÁVEL E INSENSATO PRESIDENTE LULA. O processo CONTRA ARRUDA continuará na Justiça comum, apenas para definir sua situação futura.

PS3 – A vida pública? Encerrada para sempre. A esperança é de ganhar a LIBERDADE. ABSOLVIÇÃO? Não obterá de maneira alguma. A não ser como já aconteceu: CASSADO, PERDENDO OS DIREITOS POLÍTICOS, MAS SEM RESTRIÇÃO À LIBERDADE.

Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa

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