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sábado, maio 02, 2009

Ciro critica PPS e diz que governo deve proteger poupança de megaespeculador

Folhapress
O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) criticou nesta sexta-feira a iniciativa do PPS em reclamar em propagandas políticas contra possíveis alterações na remuneração da poupança. Durante evento da Força Sindical pelo 1º de Maio, em São Paulo, ele disse que "o povo" não vai ser alvo de "qualquer irresponsabilidade política".
"O PPS cometeu um gravíssimo erro. Não há necessidade nenhuma de se alterar as condições para o poupador brasileiro", disse. "O que é preciso fazer é não deixar o megaespeculador atrapalhar a vida desse poupador", acrescentou.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou veladamente o PPS sem citar o nome da sigla, ao afirmar que "um partido que teve uma atitude insana, mentirosa, de irresponsabilidade total, dizer que o governo brasileiro iria mexer na poupança". Segundo Lula, "o povo brasileiro me conhece, sabe do meu comportamento, sabe que eu não iria tomar nenhuma medida que prejudicasse".
Por meio de nota, o presidente do PPS, Roberto Freire, disse que "Lula está nervoso porque quer tungar a poupança para atender aos interesses dos bancos". A propaganda política do partido de 10 minutos vai ao ar na noite de hoje (30).
Entenda a mudança na poupança
Com a queda da taxa básica de juros, a Selic, os juros da poupança acabam sendo mais atrativos do que outros investimentos. A preocupação do governo é que os grandes investidores tirem dinheiro da renda fixa, por exemplo, e passem para a poupança, reduzindo o volume de financiamento no país. A Selic está em 10,25% ao ano, a menor taxa já vista.
Uma das vantagens da poupança é que não há cobrança nem IR (Imposto de Renda) nem taxa de administração, como ocorre nos fundos. A taxa de administração tem um custo que oscila normalmente entre 1% e 4% ao ano. E como a queda dos juros diminui o rendimentos dos fundos, fica mais vantajoso investir na poupança.
Fonte: Tribuna da Bahia

Tarifa da conta de água fica mais cara a partir desta sexta

Redação CORREIO
A conta de água fica em média 14,33% mais cara, a partir desta sexta-feira (1º). O aumento vale para toda a Bahia e é de quase 1,5 % para quem consumir menos de dez metros cúbicos por mês, o equivalente a dez mil litros de água.
Para quem consome mais de 60 mil litros, o reajuste é de pouco mais de 58%. Segundo a Empresa de Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), o aumento maior para quem gasta mais deve estimular os consumidores a economizar no consumo de água.
Fonte: Correio da Bahia

Fidel Castro é visto usando broche com bandeira dos Estados Unidos

Redação CORREIO
Foram divulgadas nesta sexta-feira (1º) fotos do encontro do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, com parlamentares americanos no mês passado. Um detalhe na roupa de Fidel chamou a atenção. O líder da revolução cubana, que sempre foi crítico do governo americano, aparece usando broches na lapela com as bandeiras de Cuba e dos Estados Unidos.
Os parlamentares já tinham dito que Fidel Castro demonstrou interesse em conversar com o presidente Barack Obama e normalizar as relações entre os dois países. O governo americano mantém, há 47 anos, um embargo econômico contra Cuba, por conta de seu regime autoritário e antidemocrático.
(com informações do G1)/Correio da Bahia

Enchentes causam a morte de 4 pessoas em Maceió

Agencia Estado
As fortes chuvas que atingiram a região metropolitana de Maceió desde a noite de quinta-feira provocaram a morte de quatro pessoas, três na capital e uma no município vizinho de Coqueiro Seco, que fica às margens da Lagoa Mundaú. Entre as vítimas estão uma idosa, uma mulher grávida e seu filho de 2 anos. Em Coqueiro Seco, a vítima foi o estudante Erick de Souza Silva, 16 anos. O jovem foi vítima de uma queda de barreira, no povoado Cadois.O corpo da aposentada Antonia de Paula Oliveira, de 100 anos, foi retirado do barro que soterrou sua casa, no final da tarde, após praticamente um dia de trabalho das equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu. Ela estava dormindo quando foi atingida pelo deslizamento de uma barreira localizada nos fundos da sua residência, no bairro do Mutange. A sobrinha da vítima, Darcy Oliveira Santos, disse que por volta das 7 horas da manhã de hoje, ouviu o barulho da enxurrada e correu para fora de casa. "Não deu tempo de socorrer a minha tia. Ela estava dormindo. Também perdemos todos os móveis", lamentou Darcy.No início da manhã, Charlene Conceição, de 23 anos, e seu filho Elvis, de 2 anos, morreram soterrados depois da queda de uma barreira na Grota do Cigano, no bairro do Jacintinho. No momento do desabamento, a mãe chegou a correr com o filho nos braços até a porta, mas não conseguir sair a tempo de evitar a tragédia. Charlene estava grávida de sete meses. Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levada às pressas para o Hospital Geral do Estado, onde os médicos tentaram salvar o bebê, mas ele já deu entrada no hospital em óbito.A Defesa Civil Municipal ainda não divulgou um balanço oficial dos desabrigados, mas já registrou mais de 30 ocorrências. Por causa das fortes chuvas, vários bairros ficaram sem energia elétrica. As chuvas causaram transtornos em praticamente toda a cidade e nos municípios da região metropolitana. Várias ruas ficaram inundadas até o final da manhã, quando as chuvas deram uma trégua. Os moradores de algumas áreas ficaram ilhados em suas residências e pontos comerciais. No bairro da Jatiúca, uma cratera engoliu parte do asfalto, deixando a pista completamente interditada. No bairro de Ponta Verde, a água chegou a entrar nas garagens de alguns prédios, alagando os carros e provocando prejuízos materiais.
Fonte: A Tarde

Livro de João Ubaldo Ribeiro é vetado em rede de lojas de Portugal

Claudia Pedreira A TARDE
O escritor baiano João Ubaldo Ribeiro teve uma surpresa, esta semana. Através do seu editor em Portugal, ele soube que o livro A casa dos budas ditosos foi censurado por uma rede de lojas que atua no comércio lusitano. A notícia foi publicada no jornal Expresso do dia 25, gerando reclamações de intelectuais da terra onde o brasileiro recebeu, no ano passado, o Camões, o mais importante prêmio literário em língua portuguesa. “Não é nenhuma censura oficial de Portugal”, fez questão de ressaltar, do Rio de Janeiro, João Ubaldo, membro da Academia Brasileira de Letras, em entrevista por telefone ao jornal A TARDE. “O veto é de uma cadeia de lojas de superfície, como os portugueses chamam as grandes empresas que vendem tudo, inclusive livros”, detalhou. O grupo Auchan, de origem francesa, justificou a decisão de não comercializar a obra, relançada pela Edições Nelson de Matos, por considerá-la produto de “foro pornográfico”. A mesma rede já havia vetado a primeira edição da obra, com o selo Dom Quixote, há dez anos. “Quando esta mesma cadeia, que administra o supermercado Jumbo, censurou meu livro, há dez anos, os amigos me levaram pra lá, fizeram um ato de desagravo. E a confusão parecia uma jogada de marketing, já que o público correu para comprar o livro”, lembra, divertido, o escritor nascido na Ilha de Itaparica. Menos bem-humorado, o editor Nelson de Matos se manifestou para o jornal Expresso: “Isto é uma vergonha para nós, portugueses, e uma deselegância para as relações culturais entre Portugal e o Brasil”.No mesmo dia em que soube da censura da Auchan em Portugal, João Ubaldo Ribeiro assinou contrato com uma das editoras mais respeitadas dos Estados Unidos, a Dalkey Archive Press, vinculada à Universidade de Illinois, para lançar nos EUA A casa dos budas ditosos. A publicação será traduzida para o inglês por Clifford Landers (o mesmo tradutor de O sorriso do lagarto) e terá o título The House of the Fortunate Buddhas. Mais um – O grupo Auchan também analisa se censura Viva o povo brasileiro, outra obra de João Ubaldo. O livro foi adotado duas vezes pelo Ministério da Educação da França como livro-texto para o exame de agregação de língua portuguesa, mas agora, ironicamente, é vetado por uma empresa com bases francesas. “Viva o povo brasileiro não pode ser acusado de pornografia em lugar nenhum, a não ser em uma seita fundamentalista”, espinafra seu autor.“Acho que esta censura termina despertando o interesse do leitor”, opina Flávia Garcia Rosa, diretora da Editora da Ufba.Ela considera que a infinidade de livros lançados no mercado deve passar por uma avaliação de um conselho editorial. “Mas a primeira pessoa que tem que fazer a autocrítica do conteúdo é o autor, que vai ter seu trabalho exposto aos leitores”. Aclamado por público e crítica, Ubaldo diz reagir à celeuma com tranquilidade. “Na verdade, não fossem meus laços afetivos com Portugal e esta situação do meu editor, um homem sério que tem uma editora pequena, eu tava me lixando. Quer vender venda, não quer, não venda”. Porém, ele repete que tem ligações com o país europeu, onde, inclusive, nasceu-lhe um filho com a psicanalista Berenice – o ator Bento Ribeiro, que fez par com Claudia Ohana na novela A Favorita, exibida pela Globo. “Mas não estou perdendo noites de sono por esta censura”, garante o imortal, que, aos 68 anos, está escrevendo um novo livro. Sexo – João Ubaldo Ribeiro inquieta o leitor em A casa dos budas ditosos. O autor conta, no livro, que recebeu um pacote com a transcrição datilografada de várias fitas, enviadas por uma mulher, uma pessoa misteriosa que fala com uma naturalidade que às vezes beira o vulgar sobre o que só se comenta na alcova. A personagem também trata com ironia e causticidade de assuntos delicados, relacionados a religiosidade, sociedade, moralidade e fidelidade. No teatro, a atriz Fernanda Torres deu vida à personagem, que iniciou a vida sexual numa fazenda de Lençóis e passou a viver deliciosas aventuras. O espetáculo homônimo ao livro, adaptado por Domingos de Oliveira, fez temporada de sucesso em Lisboa e Porto, em Portugal.
Fonte: A Tarde

Prefeito de Itamaraju é denunciado por fraude

Mário Bittencourt sucursal Eunápolis
A política tem agitado os últimos dias no município de Itamaraju, situado a 743 km de Salvador, no extremo sul do Estado. Tudo por conta de acusações contra o prefeito da cidade, Frei Dilson Batista Santiago (PT), que fez, em julho de 2006, um convênio com o Banco Matone, do Rio Grande do Sul, para garantir empréstimos consignados a servidores do município.
Segundo a denúncia, o prefeito teria colocado amigos dele, os quais não fariam parte do funcionalismo público municipal, para tomar empréstimos, e de valores acima do permitido no convênio, no qual ficou acertado que a prefeitura pagaria empréstimos não-quitados. Procurado diversas vezes por A TARDE, em seu celular, Frei Dilson Batista Santiago não foi localizado.
A denúncia foi entregue à Câmara Municipal de Itamaraju esta semana. Assinam o documento, que tem 122 páginas, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Sintraf), dos Trabalhadores dos Serviços Públicos Municipais, o Lions Clube, Sindicato dos Empregados no Comércio, Sindicato Rural, dos Bancários e a Associação dos Professores Licenciados da Bahia (APLB). Eles querem a cassação do prefeito.
Financiamento – A assessoria de imprensa do Banco Matone divulgou nota à imprensa informando que a instituição bancária “concedeu financiamento aos funcionários, observando a legislação pertinente, com apresentação de todos os documentos comprobatórios para a realização dos empréstimos”. Mas finaliza informando que o banco “está acompanhando as investigações em curso para adotar as providências que se fizerem necessárias”.
No convênio entre o Matone e a prefeitura, a margem consignável aceita era de 30% do vencimento total do servidor beneficiado. Segundo consta de extrato emitido pelo setor de cobrança do banco, anexo à denúncia, o prefeito e mais sete beneficiados, “alguns sem nunca ter sido servidor municipal”, tomaram empréstimos em julho de 2006 e janeiro de 2007, sem honrar com a dívida, que estaria hoje em R$ 235.945,76.
Maior devedor – O prefeito seria o maior devedor, com R$ 76.646,16 a pagar. Teriam feito empréstimos sem serem servidores da Prefeitura de Itamaraju, de acordo com a denúncia, Cristiano Oliveira Santos, prestador de serviço Creche Arco Íris, onde o prefeito mora, a nutricionista Elizabete Pereira Pires, também prestadora de serviço, Aparecida Pianissola Santos e Luciano Cardoso Fauaze. Todos eles seriam amigos do prefeito. O documento entregue à Câmara de Vereadores afirma que “aconteceu um grandioso esquema de fraude” . Os denunciantes estimam que o rombo total deve ultrapassar mais de R$ 1,5 milhão.
Fonte: A Tarde

México vê sinais de otimismo na evolução da gripe suína

O ministro da Saúde do México, José Ángel Córdova, disse nesta sexta-feira que a diminuição no número de internações em decorrência da gripe suína é "um sinal muito animador" e que o vírus causador da doença "não é tão agressivo" como se pensava.
Segundo Córdova, já há no México 343 casos confirmados de gripe suína e 15 mortes provocadas pela doença - três a mais em relação ao confirmado até a quinta-feira. Dos mortos, 11 eram mulheres e quatro homens, todos com idades entre 21 e 40 anos.
Nesta sexta-feira foi confirmado em Hong Kong o primeiro caso da doença na Ásia, em um cidadão mexicano recém-chegado ao território chinês.
De acordo com o governo de Hong Kong, o homem chegou ao território via Xangai e está em isolamento em um hospital, em condição estável. O hotel onde o homem esteve hospedado foi colocado em quarentena.
Números
Até agora, foram confirmados casos de gripe suína em 14 países de três continentes. Diversos outros países investigam casos suspeitos.
Depois do México, os Estados Unidos são o país mais afetado, com 118 casos confirmados e uma morte, segundo autoridades americanas.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, há quatro casos suspeitos de gripe suína (três em Minas Gerais e um em São Paulo) e outras 42 pessoas sendo monitoradas.
Também nesta sexta-feira, autoridades britânicas confirmaram que um funcionário do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) é o primeiro paciente do país a contrair gripe suína sem ter visitado o México.
Segundo o governo britânico, o paciente Graeme Pacitti, de 24 anos, contraiu a doença ao entrar em contato com o casal Iain e Dawn Askham, os primeiros casos confirmados na Grã-Bretanha, que foram infectados durante sua lua-de-mel em Cancún.
Paralisação
O México iniciou nesta sexta-feira uma paralisação de cinco dias determinada pelo governo para tentar conter o avanço da gripe suína.
Serviços não-essenciais foram suspensos, cinemas, lojas e restaurantes fechados e até as celebrações do Dia do Trabalhador foram canceladas.
O presidente do país, Felipe Calderón, pediu aos mexicanos que não saiam de casa durante esses período, mas algumas pessoas afirmaram que vão ignorar o pedido, já que não podem deixar de trabalhar.
Há preocupações sobre o efeito que o surto de gripe suína poderá ter na economia mexicana, já abalada pela crise econômica mundial. Nesta sexta-feira, Calderón recebeu o primeiro pacote de ajuda do governo chinês para combater a doença.
Foram doados US$ 1 milhão, além de outros US$ 4 milhões em produtos sanitários, entre os quais 240 mil máscaras profissionais, 96 mil luvas, 2 mil roupas de isolamento e 100 mil lenços desinfetantes.
Muitos países restringiram voos para o México e diversas operadoras de turismo cancelaram pacotes para o feriado.
O México anunciou que irá apresentar uma consulta formal à Organização Mundial do Comércio pedindo explicações dos países que baniram importações de produtos mexicanos derivados de suínos.
As autoridades mexicanas voltaram a afirmar que o consumo de carne e derivados suínos não representa risco para a saúde humana.
Vacina
Nesta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que alguns laboratórios começarão nas próximas semanas a produzir vacina contra esse novo tipo de gripe.
O material necessário para iniciar a produção da vacina está sendo produzido nos Estados Unidos e será distribuído aos laboratórios em meados do mês.
No entanto, a vacina só deve estar disponível no mercado num prazo de quatro a seis meses, de acordo com a OMS.
A OMS e a União Europeia (UE) decidiram parar de se referir à doença como gripe suína para evitar prejuízos maiores à indústria de produtos suínos. A OMS passou a se referir à doença como Influenza A (H1N1), e a UE, como "nova gripe".
Na quarta-feira, a OMS elevou o nível de alerta em relação à doença para cinco - um abaixo do estágio de alerta máximo - e afirmou que há sinais de uma pandemia "iminente".
Fonte: BBC Brasil

‘O futuro político de Protógenes pertence a ele’

Escrito por Gabriel Brito
29-Abr-2009

No bojo da atual crise financeira, que escancara diversas outras de nossa contemporaneidade, uma das grandes discussões que se travam é a respeito do futuro da esquerda e seus rumos sob o novo contexto global. E um dos pontos mais geradores de controvérsias tange sobre até que altura deve-se praticar as lutas populares pelas vias institucionais vigentes, diminuindo esforços nos outros caminhos.

Com vistas a tratar sobre esse possível viés eleitoreiro, o Correio da Cidadania conversou com o deputado federal do P-Sol Chico Alencar (RJ), cujo partido tomou as rédeas da defesa pública do delegado Protógenes Queiroz, sistematicamente perseguido, por imprensa e instituições oficiais, após sua atuação na famosa Operação Satiagraha. Tal processo se deu após desvendar crimes do colarinho branco, em especial do banqueiro Daniel Dantas, cujos tentáculos de poder não foram inteiramente descobertos até hoje. Depois de algumas aparições do delegado com importantes quadros da legenda, surgiu a conversa sobre a possibilidade de filiação de Protógenes ao P-Sol, já defendida até por alguns de seus dirigentes.

Para o deputado, tais fatos não configuram um flerte entre ambas as partes, com vistas eleitoreiras, mas a defesa do delegado se fez necessária diante da inversão de valores perpetrada, com investigador virando investigado. Chico diz que após a experiência do PT, os membros do partido já estão ‘vacinados’ e que o futuro político de Protógenes pertence somente a ele, mas se quiser discutir filiação e candidatura com o partido, será ouvido.

De toda forma, o deputado acredita ser ‘precária’ a atual organização da esquerda, ainda não recuperada dos atrasos programáticos do século XX. Mesmo assim, acredita que algumas alternativas já estão colocadas, o que seria perfeitamente complementado com um maior envolvimento das massas e da juventude, ainda incipiente.

Correio da Cidadania: No aparentemente sempre atual estado de descrédito de nosso Congresso, com novos escândalos e conflitos de interesses em nossas instâncias mais altas, a esquerda deveria tentar se aproveitar de que forma do momento, em que direção deve canalizar seus esforços?

Chico Alencar: Em primeiro lugar, relembramos que a política, no seu sentido maior, é a realização ética da virtude do bem comum. E que no sistema capitalista a corrupção da política é crônica porque perdeu-se justamente esse objetivo do interesse público, das maiorias.

Os escândalos que pontuam o noticiário são a expressão conjuntural, imediata, da corrupção sistêmica. Muitos "representantes do povo" encaram seus mandatos como meio de poder, prestígio e... dinheiro. Mas a esquerda não pode, com isso, considerar que os espaços institucionais estão definitivamente contaminados e são prisioneiros do capital. É preciso travar a disputa ali também, cobrando e praticando austeridade e transparência.

Nossa tarefa é sempre de separação para o discernimento: separação entre o público e o privado, separação entre o essencial e o acessório. Muitos setores da imprensa destacam os desmandos do parlamento, com o sensacionalismo que "castelos" e "vôos de beldades" estimulam, a fim de esconder a crise, o escândalo da demissão de trabalhadores, a evasão de divisas, a sangria da dívida, o conglomerado empreiteiras/bancos/fundos de pensão que financiaram dois terços do Congresso, os continuados benefícios para o agronegócio...

Nosso dever é também alertar sempre para esses desvios de foco, não embarcando na ilusão de "cruzadas moralóides", e sim forçando, coletivamente, através de regramentos gerais e públicos, a transformação dos arraigados costumes patrimonialistas. A esquerda, sem perder o horizonte socialista, precisa, no aqui e agora, ser republicana.

CC: Neste contexto, como situa o flerte entre parte do P-Sol e o delegado Protógenes Queiroz, que poderia até passar a fazer parte dos quadros do partido?

CA: O PSOL não "flerta" com o delegado Protógenes. Apenas o apoiou, por convicção, quando, em função dos imensos poderes de Daniel Dantas e seus sócios, ele começou a ser esvaziado. Protógenes é um servidor público, um cidadão comum, falível, mas com especialização profissional em desvendamento de crimes financeiros, do colarinho branco. Já atuava nisso há uma década, mas só ficou conhecido quando começou a pegar peixes graúdos, a incomodar a elite. E foi inequivocamente pressionado, como o juiz De Sanctis e até o procurador da República De Grandis. 

Houve uma inversão de valores, quem investigava passou a ser investigado. Menos mal que o banqueiro Dantas, já condenado por corrupção ativa, agora está também indiciado por gestão fraudulenta, formação de quadrilha, evasão de divisas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e empréstimo vedado. 

O futuro político de Protógenes pertence a ele, nada fizemos com cálculo eleitoral. Se ele quiser discutir com o partido sua filiação e, no futuro, uma candidatura, será acolhido. Mas nada é automático nem há qualquer compromisso das partes quanto a isso.

CC: Corre-se o risco de a legenda entrar por um caminho eleitoreiro, e começar a esquecer seu princípio programático centrado no socialismo, de forma similar à que já vimos com outras anteriormente?

CA: Estamos vacinados. Muitos de nós viemos do PT e estamos atentos às seduções do conformismo e do alpinismo do poder. É preciso uma autocrítica permanente, tradição esquecida da esquerda.

Temos que buscar mais enraizamento social, que ainda é pequeno, e combinar sempre a atuação parlamentar com a interlocução com os movimentos sociais. A retomada do trabalho de base também é essencial. 

CC: Acredita que a esquerda está se organizando e mobilizando da forma mais correta neste momento de crise mundial?

CA: A reorganização da esquerda mundial ainda é insuficiente e precária. A nova crise capitalista não re-significa, por si mesma, o ideário socialista, tão desgastado pelas práticas burocráticas, autoritárias e centralizadas no século XX.

É preciso combinar mobilização contra a crise, que não é só econômico-financeira, mas sanitária, ambiental e até de valores civilizatórios, com elaboração teórica para enfrentar a complexidade do momento.

O Fórum Social Mundial de Belém apontou alguns caminhos de rearticulação, a partir de uma proposta comum de combate à crise, fundada na garantia do trabalho, na mudança do padrão energético e do modelo econômico, na participação política direta, na sustentabilidade ambiental de todas as políticas públicas, no trânsito do capital financeiro para os investimentos produtivos alternativos, no fim dos paraísos fiscais e da farra especulativa. 

Mas tudo isso só avançará se o povo, os trabalhadores e a juventude se puserem em movimento.

Valéria Nader, economista, é editora do Correio da Cidadania; Gabriel Brito é jornalista.
Fonte: Correio da Cidadania

Epidemia de lucro

Escrito por Silvia Ribeiro
29-Abr-2009

A epidemia de gripe suína que dia-a-dia ameaça expandir-se por mais regiões do mundo não é um fenômeno isolado; é parte da crise generalizada e tem suas raízes no sistema de criação industrial de animais dominado pelas grandes empresas transnacionais.

No México, as grandes empresas de criação de aves e suínos têm proliferado amplamente nas águas (sujas) do Tratado de Livre Comércio da América do Norte. Um exemplo é a Granja Carroll, em Veracruz, propriedade da Smithfield Foods, a maior empresa de criação de porcos e processamento de produtos suínos no mundo, com filiais nos EUA, na Europa e na China. Em sua sede de Perote começou há algumas semanas uma virulenta epidemia de enfermidades respiratórias que atingiu 60% da população de La Gloria, fato informado por La Jornada em várias oportunidades a partir das denúncias dos habitantes do lugar. Eles, há uns anos, travam uma dura luta contra a contaminação causada pela empresa e têm sofrido, inclusive, repressão das autoridades por denunciar. A Granjas Carroll declarou que não está relacionada nem é a origem da atual epidemia, alegando que a população tinha uma gripe "comum". Não foram feitas análises para saber exatamente de que vírus se tratava.

Em contraste, as conclusões do painel Pew Commission on Industrial Farm Animal Prodution (Comissão Pew sobre Produção Animal Industrial), publicadas em 2008, afirmam que as condições de criação e confinamento da produção industrial, sobretudo em suínos, criam um ambiente perfeito para a recombinação de vírus de distintas cepas.

Inclusive, mencionam o perigo de recombinação da gripe aviária e da suína e como finalmente pode chegar a recombinar em vírus que afetem e sejam transmitidos entre humanos. Mencionam também que por muitas vias, incluindo a contaminação das águas, pode chegar a localidades longínquas, sem aparente contato direto. Um exemplo do que devemos aprender é o surgimento da gripe aviária - ver, por exemplo, o relatório de GRAIN, que ilustra como a indústria avícola criou a gripe aviária: http://www.grain.org/.

Porém, as respostas oficiais diante da crise atual, além de tardias (esperaram que os Estados Unidos anunciassem primeiro o surgimento do novo vírus, perdendo dias preciosos para combater a epidemia), parecem ignorar as causas reais e mais contundentes. Mais do que enviar cepas de vírus para seu seqüenciamento genômico a cientistas, como Craig Venter, que enriqueceu com a privatização da pesquisa e seus resultados (seqüenciamento que, com certeza, já foi feito por pesquisadores públicos do Centro de Prevenção de Enfermidades em Atlanta, EUA), o que se necessita é entender que esse fenômeno vai continuar repetindo-se enquanto existam os criadores dessas enfermidades.

Já na epidemia, são também transnacionais as que mais lucram: as empresas biotecnológicas e farmacêuticas que monopolizam as vacinas e os antivirais. O governo anunciou que tinham um milhão de doses de antígenos para atacar a nova variedade de gripe suína; porém, nunca informou a que custo.

Os únicos antivirais que ainda têm ação contra o novo vírus estão patenteados na maior parte do mundo e são de propriedade de duas grandes empresas farmacêuticas: o zanamivir, com nome comercial Relenza, comercializado pela GlaxoSmithKline, e o oseltamivir, cuja marca comercial é Tamiflu, patenteado pela Gilead Sciencies, licenciado de forma exclusiva pela Roche. Glaxo e Roche são, respectivamente, a segunda e a quarta empresas farmacêuticas em escala mundial e, igualmente como no restante de seus remédios, as epidemias são suas melhores oportunidades de negócio.

Com a gripe aviária, todas elas lucraram centenas ou milhões de dólares. Com o anúncio da nova epidemia no México, as ações da Gilead subiram 3%, as da Roche 4% e as da Glaxo 6%; e isso é somente o começo.

Outra empresa que persegue esse lucrativo negócio é a Baxter, outra farmacêutica global (ocupa o 22º lugar), e que teve um "acidente" em sua fábrica na Áustria, em fevereiro de 2009. Enviou um produto contra a gripe para a Alemanha, Eslovênia e República Tcheca contaminado com vírus da gripe aviária. Segundo a empresa "foram erros humanos e problemas no processo", do qual não pode dar detalhes, "porque teria que revelar processos patenteados".

Não necessitamos enfrentar somente a epidemia da gripe; necessitamos enfrentar também a epidemia do lucro.

Silvia Ribeiro é pesquisador do grupo ETC, que pratica estudos sócio-econômicos e ecológicos (http://www.etcgroup.org/)

Traduzido por Adital.

Publicado em La Jornada, México.
Fonte: Correio da Cidadania

sexta-feira, maio 01, 2009

Banco indenizará devido a saques efetuados por hackers em conta corrente

O fornecedor de serviços responde pela reparação dos prejuízos causados por defeitos relativos à prestação do serviço. Considerando falha de segurança no site do Banco do Brasil, a 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Estado condenou a instituição a indenizar cliente. Hackers fizeram saques da conta corrente da autora da ação, que ficou com saldo negativo. Ela deve receber R$ 3 mil de reparação por danos morais.A consumidora de Osório recorreu da sentença que não reconheceu o dano moral, considerando que a retirada de valores da conta corrente apenas gerou descontentamento com os serviços prestados pela instituição financeira. Segundo o julgado, a devolução dos valores pelo banco, com os juros exigidos, resolveram a questão.O relator, Juiz Ricardo Torres Hermann, reformou a sentença, destacando ser plausível a alegação da autora de que não efetuou transferência ou pagamento via Internet. “De conhecimento notório que os sistemas operacionais dos bancos envolvendo negociação on line são passíveis de fraude.” Destacou que o réu, inclusive, confessou que a conta bancária da demandante foi invadida por terceiros. Tanto que disponibilizou a restituição dos valores contestados. O banco somente se eximiria da responsabilidade do serviço defeituoso se comprovasse a inexistência do defeito ou culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. “O que não ocorreu no caso”, asseverou o magistrado.Salientou, ainda, que os transtornos sofridos pela correntista extrapolaram os meros dissabores da vida. O desfalque na conta corrente tornou o seu saldo negativo, disse, acarretando danos morais indenizáveis. Ressaltou que as movimentações indevidas utilizaram quase todo o limite de crédito disponibilizado à autora pelo banco.Votaram no mesmo sentido, os Juízes Heleno Tregnago Saraiva e Vivian Cristina Angonese Spengler.Proc. 71001914258
Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul >>
Revista Jus Vigilantibus,

O doutor Gilmar Mendes e seu manicômio de araque

Editorial ed. 322
Enfim, rompeu-se o silêncio da Suprema Corte do país, com relação aos desmandos e impunidade do presidente daquela Casa. A dura, firme, legítima e adequada reação do ministro Joaquim Barbosa contra a prepotência de velho “coronel” do presidente do Supremo Tribunal Federal, doutor Gilmar Mendes, abriu as comportas para que jorrasse publicamente o repúdio dos brasileiros, à condução que o doutor Mendes tem dado ao Judiciário.
Nosso jornal, até pela posição que desde sempre tem assumido publicamente com relação ao Judiciário e ao seu presidente, não poderia deixar de se congratular com a atitude do ministro Joaquim Barbosa.
Alocado na condição de ministro no STF pelo então presidente (também doutor) Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) para cuidar de seus interesses e negócios, e assumindo desde sempre ares de quem não deve prestar contas a quem quer que seja (sobretudo aos dois outros Poderes da República), o doutor Gilmar seria, poucos anos depois, empossado com pompa e circunstância, na condição de presidente do Supremo. Como manda o protocolo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu à cerimônia. Além dele, os ex-presidentes Fernando Henrique (patrono do doutor Gilmar), e Fernando Collor de Mello. A cereja do bolo, no entanto, foi a presença do presidente das Organizações Globo (também em exercício).
Um histórico para “nêgo nenhum" botar defeito...
As trapalhadas do doutor Mendes vêm de longe, e começaram a vir a público desde a época em que era advogado geral da União, no Governo do ex-presidente Fernando Henrique. São desta época ainda as acusações de sucessivas apropriações indébitas de fundos públicos, fosse para o financiamento da campanha eleitoral do seu irmão, senhor Francisco Mendes no ano 2000; fossem os contratos sem licitação recebidos pelo Instituto Brasileiro de Direito Público, do qual é um dos proprietários.
Um chefe de manicômio e seus loucos por conveniência
É ainda dessa época (quando exercia o papel de bombeiro do presidente Fernando Henrique), sua declaração de que o nosso sistema Judiciário é “um manicômio”.
Por essas e muitas outras, quando o seu nome foi proposto para ministro do STF, o jurista Dalmo Dallari publicou um artigo, hoje histórico, no qual só falta nos dizer (ainda que com a elegância e correção que lhe são características) que, dar assento a um elemento como o doutor Gilmar em nossa Suprema Corte seria um verdadeiro crime de lesa-pátria.
Mais uma vez tinha razão o professor Dallari. Mas, o fato é que não apenas temos hoje o doutor Gilmar presidindo o seu “manicômio”, como cerca de meia dúzia de ministros fingindo-se de loucos, para agradar ao chefe, do qual são assalariados no Instituto Brasileiro de Direito Público.
Daniel Dantas, um caso à parte
Mas, o mais conhecido e dos mais recentes (portanto, não o único) comportamentos escandalosos do ministro-presidente do “manicômio”, doutor Gilmar Mendes, é a sua relação simbiótica e promíscua com o senhor Daniel Dantas. Aqui, a impunidade (de ambos) chega a ponto do deboche. Ainda que sejamos radicais defensores do instituto do habeas corpus (inesquecível o terror ampliado pelo Ato Institucional nº 5, que o extinguiu em 1968), não há como engolir que dois habeas corpus tenham sido concedidos em menos de 48 horas, pelo doutor Gilmar, em sua ânsia (injustificada?) de soltar o senhor Dantas, o ex-prefeito de São Paulo, senhor Celso Pitta e outros colarinhos-brancos. (A propósito, o senhor Pitta, apesar de foragido, acaba de ganhar o direito a prisão domiciliar...). Como conseqüência da prisão do senhor Dantas, não apenas o doutor Gilmar decidiu legislar sobre o uso das algemas (!) como desencadeou sua ira contra a operação Satiagraha que concordamos possa e deva ser investigada, desde que não tenha o objetivo de transformar réus em vítimas e vive-versa, que seus membros não sejam pré-julgados e se lhes garanta absoluto direito de defesa e defesa pública.
Sim, não é a toa que hoje, em todas as camadas da nossa população, muitos se refiram ao presidente do STF, como “Gilmar Dantas”.
A virada de mesa do ministro Barbosa
A impunidade do doutor Dantas lhe parecia eterna. Em sua (im)postura imperial, não se furtou nem mesmo de vir a público para admoestar o próprio presidente da República, prometendo “chamar às falas”, o chefe do Executivo.
Certamente, foi quando menos esperava, que o ministro Joaquim Barbosa “bateu na mesa”. Naquele momento, o doutor Barbosa fez o exato gesto que milhões de brasileiros esperavam, e com o qual imediatamente se identificaram. Rapidamente a notícia se alastrou pela internet, enquanto as forças da direita , orquestradas pela grande mídia comercial, tentavam minimizar o episódio, psicologiza-lo, atribuindo a atitude do doutor Barbosa a uma suposta “característica temperamental” do ministro.
Ora, desde sempre, a grande mídia comercial (parasita que se alimenta dos orçamentos públicos para o setor de comunicação) tem buscado despolitizar, retirar qualquer conteúdo político – esconder os interesses de classe em jogo – dos embates. Para tanto, qualquer argumento é bom.
Fonte: Brasil de Fato

ALGUNS TEMAS


Toda a imprensa deu grande cobertura ao “bate boca” entre o Min. Gilmar Mendes, Presidente do STF, e o Min. Joaquim Barbosa, ocorrido na quarta feita (22.04.2009), em sessão de julgamento que estava sendo transmitida pela TV Justiça.
O STF é a mais graduada Corte de Justiça do País e a imagem que se tem da guardiã da Constituição é que as discussões internas se passem no mais alto nível com extrema técnica, seriedade e respeito entre os pares. Não é o que se viu e nem foi à primeira vez. Anteriormente houve um embate feroz entre o mesmo Min. Joaquim Barbosa e o Min. Marco Aurélio. Ai se diz que o STF “rodou a baiana”.
No meio da farra das passagens áreas dos Senadores e Deputados surge como participante o Min. do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Alberto Direito. Segundo o Estado de São Paulo o Min. teria estendido os benefícios aos filhos, à nora e a amigos, mesmo após ser indicado para o STF, em 2007. Aparentemente na Câmara Deputados a farra foi contida. Agora passagem somente para os deputados e servidores dentro do Brasil. O chamado Pacto Republicano firmado entre os Poderes da República deveria constar um artigo que anunciasse: “Todo homem público terá que agir com ética e preservar o princípio da moralidade pública, perdendo o cargo quem descumprir a regra.”
Não bastassem os problemas no País altaneiro surge agora uma Pandemia da chamada “gripe suína” e já rebatizada por duas vezes surgida no México e que já se irradiou para alguns países, preocupando também nós brasileiros. È preciso cuidado com a gripe e os políticos. Quando surge fato de grande repercussão a classe dirigente se aproveita para as mazelas crendo deixá-las debaixo do tapete.
Enquanto isso a candidata a Presidente da República do coração de Lula, a Ministra Dilma, se antecipou ao anunciar haver retirado um tumor maligno (câncer). Mesmo com a cara de quem comeu e não gostou a Ministra deu um golpe de mestre e desarmou os oposicionistas.
Cá para as nossas bandas da Bahia o Governo Transparente de Jaques Wagner, segundo o site Bahia negócios on line, edição de 01.05, até maio, o que foi garantido pelo secretário de Planejamento, Walter Pinheiro, todos os fornecedores de produtos e serviços receberão o que o Estado da Bahia lhes deve. Primeiro, dividirão R$ 175 milhões as secretarias da Educação, Saúde e Segurança Pública. Outros R$ 48 milhões serão disponibilizados para 6.000 empresas, em crédito no Banco do Brasil, com garantia de pagamento os empenhos publicados no Diário Oficial do Estado. Pinheiro ainda providenciou mais R$ 378 milhões do BNDES como antecipação dos recursos do Fundeb, já autorizados pelo governo federal.
Paulo Afonso hoje é uma cidade bem movimentada com a realização do encontro dos motociclistas. Cuidado, não confunda motociclista com motoqueiro que pode dar uma confusão danada. Ontem no bar de Gildo Priquitinho, presentes Marquinhos da Coinpe, Carlos Daniel, Paulo Lacerda, Genivaldo, Marco da Tati, encontrei com Iratan e por descuido falei em motoqueiros. Não precisa dizer que a resposta foi braba. Aqui vai um a abraço aos organizadores do evento.
Recebi por e-mail uma Nota do Deputado Mário Negromonte sobre uma acusação do Dep. Luís de Deus de que o Secretário da Agricultura do Estado estaria discriminando Paulo Afonso ao se recusar a liberar R$ 15.000,00 para a exposição que será realizada. Confesso que a Nota foi escrita de forma confusa e a assessoria de Mário precisa melhorar. Não creio em discriminação por parte do Governo Jaques. Agora mesmo Paulo Afonso recebeu ou receberá uma Motolância para ser integrada ao sistema SAMU 192. Foram 15 distribuídas pelo Estado segundo o site Bahia em Foco, edição de hoje.
NOTAS. RECEITAS. Números de alguns Municípios: No mês de abril a receita de Paulo Afonso com as transferências da União e do Estado, excluídas a da arrecadação direta, foi de R$ 17.141.925,00, creditado o valor líquido de R$ 10.453.163,63. É que R$ 6.289.788,37 são despesas debitadas diretamente quando do repasse dos recursos. O Município de Jeremoabo percebeu R$ 6.586.343,45. Foi creditado o valor líquido de R$ 4.115.923,83 e debitadas diretamente às despesas de R$ 2.470.419,62. Em Jeremoabo não se vê é como o dinheiro é aplicado. Transparência ali é palavrão. DUDÉCIMO. O Pe. Teles não tem jeito. No mês que o Município auferiu a maior receita até agora, abril, no dia 20 ele repassou à Câmara Municipal apenas R$ 37.549,52 quando deveria repassar R$ 64.338,10. Moral da história. Em favor da Câmara impetrei mandado de segurança perante o Juízo da vara da Fazenda Pública e encaminhei Representação Criminal contra o Prefeito perante a Procuradoria Geral da Justiça do Estado – PGJ – BA. Por falar em Pe., quem parece ser reprodutor de primeira linha é Presidente do Paraguai. No exercício do Ministério religioso emprenhou seis mulheres. Se traiu Deus, imagine quanto ao povo.
FRASE DA SEMANA. "De todas as qualidades da alma, a mais iminente é a sabedoria, a mais útil é a prudência." Saint Hilaire Barthelemy
Paulo Afonso, dia do trabalhador, 01.05.2009.
Fernando Montalvão.

Lula chama de irresponsável propaganda do PPS sobre poupança

Rodrigo Viga Gaier, REUTERS

DA REDAÇÃO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como irresponsável a propaganda política do PPS em rádio e TV sobre as mudanças em estudo para as cadernetas de poupança.
No horário eleitoral, o PPS sugere que o atual governo fará mudanças na poupança semelhantes ao confisco de depósitos bancários realizado pelo governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello na década de 1990.
"Fico muito preocupado quando as pessoas começam a brincar com a economia. Teve um partido político que teve uma atitude insana, mentirosa e de irresponsabilidade total ao dizer que o governo brasileiro iria mexer na poupança", disse Lula a jornalistas, sem citar a legenda.
Lula admitiu que a equipe econômica está estudando alterações na fórmula de remuneração da poupança.
"O povo brasileiro me conhece, sabe do meu comportamento e das minhas atitudes e sabe que eu jamais iria tomar qualquer medida que pudesse prejudicar as pessoas que investem em poupança, que não é nem investimento. A poupança é apenas uma garantia de não desvalorização do dinheiro".
A mudança estudada pelo governo está associada à trajetória declinante da taxa de juros básica da economia (Selic) que torna o investimento em títulos públicos menos interessante para os grandes fundos. Desta forma, grandes investidores poderiam migrar para as cadernetas de poupança.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu a taxa Selic para 10,25 por cento. O novo anúncio recebeu poucos comentários do presidente Lula.
"Não fico mais emocionado se os juros sobem ou se os juros descem. O Banco Central trabalha a Selic com responsabilidade. O que não podemos é permitir a volta da inflação", disse.
Em relação à crise financeira internacional, Lula afirmou que, se necessário, o governo pode fazer mais investimento para segurar seus efeitos.
Fonte: JB Online

Bate-boca no STF: Protógenes diz que país começa a ser passado a limpo

Rose Mary de Souza, Portal Terra

SÃO PAULO - O delegado Protógenes Queiroz, que foi responsável pela Operação Satiagraha, afirmou nesta quinta-feira, que o "Brasil começa a ser passado a limpo", ao ser questionado sobre o bate-boca envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa, no último dia 22. Em uma das piores discussões do Supremo, Barbosa acusou Mendes de destruir a credibilidade do Judiciário.
Mendes passou a ser alvo de críticas após conceder dois habeas-corpus ao banqueiro Daniel Dantas, preso durante a operação comandada por Protógenes. Mendes coordenava o julgamento de um processo sobre a Previdência pública no Paraná, quando indagou sobre o fato de Barbosa ter questionado uma suposta "sonegação de informações" sobre o caso. Barbosa, em tom agressivo, alegou que Mendes não tinha conhecimento da realidade, pois só pensava em aparecer na mídia.
- Os fatos falam por si só - limitou-se a dizer Protógenes. Ele afirmou que a população brasileira está mais consciente e foi bom a discussão ter sido transmitida pela TV, para que todos "possam tirar suas próprias conclusões".
Protógenes fez as afirmações em Campinas. Ele foi à cidade a convite da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para dar uma palestra na faculdade de Direito da PUC sobre corrupção.
No evento, Protógenes afirmou que o Brasil deixa de ganhar R$ 10 bilhões ao ano por causa da corrupção. Ele disse aos alunos que vale a pena optar pela honestidade e garantiu ter negado US$ 5 milhões para interromper as investigações da Operação Satiagraha.
O delegado voltou a fazer diversos ataques ao banqueiro Daniel Dantas. Protógenes afirmou que, quando saiu da PF, o controlador do banco Opportunity tinha mil concessões de solo no Brasil. O número, segundo o delegado, estaria em torno de 1,4 mil agora.
Fonte: JB Online

Quando o "erramos" pretende encobrir a fraude

Por Sylvia Moretzsohn

A controvérsia iniciada pela Folha de S.Paulo em 5 de abril, com a extensa matéria que vinculava a atual ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao planejamento do sequestro do então ministro Delfim Netto, em 1969, atingiu um novo patamar com o texto publicado sábado (25/4). O título, oblíquo, dissimula: "Autenticidade de ficha de Dilma não é provada". Ali o jornal – em matéria enviada pela sucursal do Rio, e não produzida na sede – reconhece dois "erros": o crédito, como "Arquivo [do] Dops", dado à reprodução de um documento que, na verdade, fora enviado por e-mail à repórter, e o fato de haver tratado como autêntica uma ficha cuja origem não podia comprovar.
Este Observatório reagiu com agilidade à matéria, acusando no dia seguinte o "erramos envergonhado" e afirmando: "Folha publicou ficha falsa de Dilma". No entanto, errou, também, duplamente: primeiro, ao dizer que o jornal havia reconhecido ser "falsa" a tal ficha; segundo, e mais importante, ao tratar como "erro" algo que é evidentemente uma fraude. Delimitar com clareza a distinção entre uma coisa e outra é fundamental para uma crítica justa, dadas as implicações – jurídicas, inclusive – que cada uma dessas práticas importa.
As diferenças entre erro e fraude
Erro, como se sabe, é algo casual, involuntário, que "acontece". Pode ser banal e irrelevante, pode ser grave, gravíssimo e produzir consequências catastróficas, pode resultar de incompetência ou de informações insuficientes, mas será sempre um acidente. É, como se costuma dizer, uma característica da espécie humana. No caso do jornalismo, o ritmo sempre acelerado de produção, aliado ao irracionalismo que domina a competitividade na era do "tempo real", costumam ser a principal justificativa – quando não a desculpa – para os erros que se multiplicam no noticiário cotidiano. Foi um erro, por exemplo, o anúncio da queda do avião da Pantanal em São Paulo, em maio do ano passado; foi um erro assumir como verdadeira a denúncia da brasileira que teria sido torturada por skinheads na Suíça.
Não é o caso dessa história sobre a ficha da ministra: desde sempre, a Folha sabia da origem do documento e também sabia que não havia confirmado sua autenticidade. No entanto, vendeu-o como fidedigno e falseou a fonte. Não apenas no minúsculo "Arquivo Dops" que aparece como crédito, mas no escancarado FICHA DE DILMA ROUSSEFF NO DOPS, menor apenas que o título da chamada de capa da edição de 5 de abril.
Obrigada a recuar, diante das investigações realizadas por iniciativa da própria Casa Civil, que demonstraram a inexistência daquele modelo de ficha no Arquivo Público de São Paulo, e da carta que a ministra escreveu ao ombudsman, a Folha optou pelo contorcionismo verbal – para não dizer ético – e acusou um singelo "erro técnico" na classificação dos documentos utilizados para a reportagem, que teria originado a identificação equivocada da fonte.
É verossímil que uma reportagem que custou quatro meses de pesquisa – segundo artigo neste mesmo Observatório ["Uma releitura da Folha e da fonte", em 8/4] – possa descurar de algo tão elementar como a catalogação correta daquela ficha?
Pérola de cinismo
Já muito se especulou sobre as intenções dessa reportagem. É muito óbvio que, se o jornal estivesse comprometido com o nobre propósito de zelar pela "memória da ditadura", não teria qualquer motivo para explorar a figura da ministra: afinal, todas as informações sobre o planejamento do sequestro-que-não-houve foram dadas por Antonio Espinosa, o comandante militar da organização guerrilheira. Como argumentou o ombudsman em sua primeira crítica sobre a matéria, o correto seria utilizar como ilustração a ficha de Espinosa.
Mas quem conhece Espinosa?
Por outro lado, quem desconhece Dilma?
Então é muito óbvio: a título de "memória da ditadura", o jornal alardeia, jogando com o tamanho das letras: "Grupo de DILMA planejou sequestro de DELFIM NETTO". E "ilustra" a chamada com a reprodução da tal ficha policial.
É óbvio demais: a publicação de fotos ou cópias de documentos só se justifica como comprovação de fatos. Por isso, precisam ser fidedignos. Porém a Folha decidiu publicar um documento cuja origem desconhece e que "está circulando há mais de um ano pela internet". Entretanto, só nos diz isso agora, desculpando-se pelo "erro", que nem foi tão grave assim: afinal, a autenticidade "não pode ser assegurada – bem como não pode ser descartada".
Esta pérola de cinismo – esse cinismo que campeia nas redações e que exige de todos os que vivem ou passaram por essa experiência um estômago de avestruz para discutir a sério tais argumentos –, esta pérola de cinismo tem, no entanto, efeito oposto ao pretendido: só ajuda a escancarar a fraude, que induz o público a erro e o leva a duvidar do jornal que lê.
Testando hipóteses
Todo mundo sabe que o principal capital de um jornal é a sua credibilidade. Todo mundo sabe que vender gato por lebre é fraude. Nem se fale do ponto de vista ético, mas dos interesses mais comezinhos de sobrevivência, que orientam qualquer comerciante em seus cálculos. Por isso, o espanto: sabendo que seria inevitável a descoberta da fraude, como foi possível tamanha irresponsabilidade?
Talvez a resposta esteja na já famosa teoria do teste de hipóteses, como observaram aqui mesmo, em comentário, o professor Samuel Lima e, em seu blog, o jornalista Luiz Carlos Azenha: a Folha estaria apenas testando a hipótese da autenticidade do documento – bem de acordo, aliás, com outra hipótese, tão cara ao "jornalismo colaborativo", de publicar primeiro e confirmar depois. De minha parte, sugiro outras duas. A primeira (da matéria original): a principal fonte implicada, uma ministra de Estado, não iria correr atrás da informação; a segunda (do atual "erramos"): o público é idiota.
Tão idiota que nem deve ter notado a ausência de um mísero registro desse "erramos" na capa, como seria compatível com um mínimo critério de proporcionalidade. Tão idiota que pode, por isso mesmo, ser convencido de que a autorregulação é mesmo o melhor caminho para a garantia de uma imprensa livre, democrática e responsável. Tão idiota que não deve achar necessário o esclarecimento cabal desse escândalo.
Fonte: Observatório da Imprensa

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