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sábado, junho 25, 2011

Nos jornais: dez parlamentares têm empresas de consultoria

O Estado de S. Paulo

Dez parlamentares têm empresas de consultoria

Dez parlamentares eleitos no ano passado declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ser donos ou sócios de empresas de consultoria - mas todos negam semelhanças entre sua situação e a do ex-ministro Antonio Palocci, que despertou suspeitas de conflito de interesses ao faturar cerca de R$ 20 milhões nos últimos quatro anos.

Na bancada dos consultores, vários afirmam que suas empresas estão inativas. É o caso, por exemplo, do deputado e ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso (PMDB), controlador da NC Participações e Consultoria, empresa com capital social de R$ 5,36 milhões. Outro caso é o do senador Tião Viana (PT-AC), sócio da Ambiente Engenharia e Consultoria, com capital de R$ 15 mil.

O deputado João Maia (PR-RN) declarou ter cotas em quatro consultorias - a soma das participações não chegava a R$ 10 mil no ano passado. Segundo ele, apenas uma das empresas continua ativa, para recebimento de um aluguel comercial.

Anthony Garotinho (PR), deputado pelo Rio de Janeiro, relacionou entre seus bens cotas da W11 Consultoria e Assessoria Empresarial. Segundo ele, o "W" se refere ao nome de seu filho, Wladimir, controlador da empresa. "Nunca prestei consultoria para ninguém", declarou.

Hacker faz novos ataques e PF entra na investigação

A Polícia Federal abriu ontem investigação sobre os ataques de hackers a sites do governo federal, do Senado e de autarquias ligadas à União. A iniciativa de investigar partiu da própria PF, encarregada de apurar crimes cibernéticos federais. Desde a quinta-feira, a PF reúne informações para monitorar a ação dos hackers. Ontem, a investigação foi oficialmente aberta, mas nenhum dado foi divulgado para não atrapalhar a apuração.

A onda de ataques começou quarta-feira e atingiu os portais da Presidência; do Senado, do Ministério do Esporte, da Receita, da Petrobrás, culminando ontem com a invasão ao portal do IBGE, e aos ministérios da Cultura e do Esporte (pela segunda vez). Na quarta-feira, hackers do LulzSecBrazil, braço brasileiro do grupo internacional Lulz Security, que promove ataques cibernéticos contra CIA e o FBI, foram responsabilizados pela invasão ao site da Petrobrás.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) informou que está estudando os ataques, mas ainda não foi recomendada nenhuma ação extra de segurança. A avaliação do Planalto é que a intenção dos hackers é chamar a atenção, já que até agora a ação principal foi derrubar páginas oficiais ou, no caso do IBGE, fazer "pichações", como são chamados os recados deixados por grupos de hackers em páginas invadidas. Por isso, a Presidência prefere não comentar as ações.

PSDB liga aluguel de Palocci a fraude e pede investigação

O PSDB entrou com uma representação no Ministério Público de São Paulo pedindo para que a Procuradoria-Geral de Justiça investigue a compra do imóvel alugado pelo ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci em Moema, zona sul da capital. Para os tucanos, há indícios de que o dinheiro usado no negócio tenha sido fruto de lavagem de dinheiro e corrupção em prefeituras.

Mas no documento, assinado pelo presidente do PSDB paulista, deputado estadual Pedro Tobias, a única prefeitura citada é a de Mauá, na Grande São Paulo, cidade onde o proprietário do apartamento, Gesmo Siqueira dos Santos, filiou-se ao PT. Segundo a representação, o PT "possui íntima relação" com a cidade, por se tratar de uma das primeiras prefeituras conquistadas pela legenda. O atual prefeito é o petista Oswaldo Dias.

Citando a Polícia Civil e o Ministério Público, o PSDB diz haver indícios de que Santos esteja relacionado a um esquema milionário de lavagem de dinheiro e a uma organização criminosa. Por suspeitar que a empresa Lion Franquia e Participação Ltda, uma das donas do imóvel, seja "de fachada", os tucanos pedem que a procuradoria apure qual a relação de Santos com Palocci, quem é o real proprietário do imóvel e qual a origem do dinheiro usado na compra.

"Dilma deve fazer a articulação política, pois orquestra só pode ter um regente"

Com a autoridade de quem foi o articulador político do governo nas maiores crises da Era Lula, do mensalão à demissão do ministro José Dirceu, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) define a coordenação política como uma espécie de "pronto-socorro". É para lá que convergem os "casos terminais da política", isto é, "toda espécie de problema que os parlamentares não conseguem resolver nos vários ministérios", diz.

Neste "cenário de guerra", adverte, o coordenador político fica na linha de tiro para proteger o presidente. Mas, segundo ele, o novo esquema de coordenação montado pela presidente Dilma Rousseff após a queda de Antonio Palocci da Casa Civil não a exime da tarefa de articulação política. "Ela pode delegar e transferir responsabilidades, mas, no fim das contas, a orquestra só pode ter um regente", diz o deputado, para quem o presidente é "mais do que líder político, é uma espécie de líder espiritual da Nação".

Para Fifa, País quer 'ganhar a Copa, não organizá-la'

O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou, em entrevista ao Estado, que as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 usam supostas exigências da Fifa para justificar seus problemas. "É preciso tomar cuidado para que supostas exigências da Fifa não se convertam em muletas para que cidades ocultem determinadas ineficiências."

Para o ministro, o estádio do Corinthians, em Itaquera, é "solução" para a abertura da Copa. Admitiu, porém, que o governo está "apreensivo" com o andamento das obras em São Paulo. Segundo Orlando Silva, houve um "erro" no processo que tirou o estádio do Morumbi da Copa do Mundo: "Crer que um clube, isoladamente, fosse capaz de resolver um estádio no padrão da Fifa para a abertura".

O ministro voltou a defender o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) e rebateu a ideia de que o governo esteja querendo fazer obras com "orçamentos secretos". O RDC permite ao governo manter sobre sigilo o valor estimados de obras e contratações durante as licitações relacionadas à Copa. A polêmica sobre a proposta, segundo ele, é baseada em "premissas falsas".

STF deverá decidir como calcular o aviso prévio proporcional

Mesmo acusado de omisso, o Congresso deve deixar com o Supremo Tribunal Federal (STF) a tarefa de decidir os parâmetros para o cálculo do aviso prévio proporcional para trabalhadores demitidos sem justa causa. Parlamentares admitem que a Casa não terá condições de dar uma resposta rápida ao tema.

A falta de um consenso sobre o assunto entre deputados e senadores fica evidente na multiplicidade de projetos em tramitação. Na sessão em que o Supremo decidiu que vai fixar uma fórmula para o pagamento do aviso proporcional, o ministro Carlos Ayres Britto observou que existem 49 projetos no Congresso propondo prazos dos mais variados para esta proporcionalidade.

Para quem pede demissão, nada deve ser alterado

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de estabelecer novos valores para aviso prévio pode afetar apenas o caixa dos empregadores. A regra que será provisoriamente definida pelo STF, enquanto o Congresso não votar um projeto sobre o assunto, obrigará as empresas a pagar aviso prévio proporcional ao tempo de serviço do trabalhador, mas não deve atingir o empregado que pede demissão.

Essa é a avaliação de especialistas e a base dos projetos que tratam do assunto e que tramitam no Congresso. O artigo da Constituição que baseia toda a discussão dos processos no STF sobre o aviso prévio é expresso: "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social (...) aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias."

'Dilma deve continuar na articulação'

O novo esquema de coordenação montado pela presidente Dilma Rousseff após a queda de Antonio Palocci da Casa Civil não a exime da articulação política, diz em entrevista ao Estado o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

Pacote de ajuda à Grécia pode atingir € 120 bi

A União Europeia socorrerá a Grécia pela segunda vez, com um pacote que pode chegar a € 120 bilhões. A ajuda ao país, cujas dívidas são 150% superiores ao PIB, foi anunciada ontem, em Bruxelas, pelo primeiro-ministro grego, Georges Papandreou.


Folha de S. Paulo

Governo aciona PF para apurar ataques de hackers

A Polícia Federal foi acionada pelo governo e já investiga os ataques de hackers que derrubaram ou invadiram ao menos oito sites de órgãos federais desde quarta. Ontem, os alvos foram o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Ministério da Cultura. Não há informação se dados desses sites foram roubados. A onda de ataques alardeada pelos hackers afetou também sites da Presidência, Petrobras, Receita, do Ministério do Esporte, do Senado e o portal Brasil.

Além de organizarem ações para sobrecarregar os sistemas e, assim, tirar as páginas do ar, os grupos Lulz Sec e Anonymous divulgaram dados supostamente recolhidos durante os ataques. Tanto o Ministério do Esporte quanto a Petrobras informaram que não foram roubadas informações de usuários, como senhas e e-mails divulgados pelos invasores. Enquanto o Esporte classificou a invasão de "perimetral", a Petrobras nega violação de sua rede. O Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) afirma que não acompanhava os grupos de hackers responsáveis pelos ataques. Antes da invasão, porém, havia um "alerta" sobre possíveis ações em páginas brasileiras.

Previdência cobrará de cartórios pensão paga para mortos

O Ministério da Previdência Social vai cobrar dos cartórios a devolução de aposentadorias e pensões pagas a pessoas que morreram sem que a informação do óbito fosse repassada ao INSS. Na segunda-feira, o governo vai acionar na Justiça pelo menos um cartório de cada Estado. O objetivo é pedir a devolução de mais de R$ 100 mil nessa primeira ação. Pela lei, os cartórios devem informar até o dia 10 de cada mês os óbitos ocorridos no período imediatamente anterior, com a filiação, a data e o local de nascimento da pessoa que morreu.

Os dados podem ser entregues pessoalmente em uma agência do INSS ou ser enviados para a Previdência Social por e-mail ou pelos Correios. A falta dessas informações permite a familiares ou a conhecidos dos mortos continuarem a receber o benefício da aposentadoria que já deveria ter sido cortado. Sem atualização, o rombo na Previdência cresce. Em abril, o INSS registrou um deficit de R$ 5,7 bilhões, e a despesa com pagamento de benefícios previdenciários superou R$ 20 bilhões.

Briga ameaça aliança de Maluf e Alckmin

Uma disputa pelo controle dos contratos da CDHU (Companhia Estadual de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) colocou em risco a recente aliança entre PSDB e PP em São Paulo. Na última semana, o secretário estadual de Habitação, Silvio Torres (PSDB), e o presidente da companhia, Antonio Carlos Amaral Filho (PP), entraram em conflito pelo comando da comissão de licitações do órgão. A previsão de investimentos da pasta para este ano é de R$ 1,8 bilhão.

Inspirada nas revoltas árabes, Natal vive "primavera potiguar"

Única prefeita do PV em capitais, Micarla de Sousa enfrenta em Natal uma onda de protestos organizados pela internet. Os manifestantes já se preparam para coletar assinaturas para formalizar um pedido de impeachment. Ela ainda é alvo de investigação do Ministério Público do Rio Grande do Norte por supostas irregularidades em aluguéis de imóveis para uso da administração municipal.

Manifestantes dizem que parte da inspiração veio da Primavera Árabe, onda de protestos contra governantes do Oriente Médio e do norte da África que começou em 2010 e foi amplificada pela internet. "A insatisfação em Natal começou por questões locais, mas acabou se conectando com as revoltas árabes principalmente no uso da internet, que leva as críticas às ruas de maneira pacífica", disse o professor de antropologia Gilson Andrade, 28, um dos líderes do movimento.

Europa revisa tratado de livre circulação

Os líderes da União Europeia decidiram ontem emendar o tratado de Schengen para deixar claro em que situações poderá ser reintroduzido o controle de passaportes nas fronteiras de 25 países do continente. É uma resposta à nova onda de imigração que ocorre desde o início do ano, após as revoltas em países do norte da África. O tratado de Schengen começou a ser discutido em 1985 e entrou em vigor dez anos depois.

Ele aboliu na prática as fronteiras internas entre os 25 países signatários. Qualquer um viaja sem necessidade de passaporte ou visto por todos os membros da União Europeia, menos Reino Unido, Irlanda, Bulgária, Romênia e Chipre. Também estão no tratado Suíça, Noruega e Islândia, que não fazem parte da UE. Mas essa livre circulação de pessoas tem sido ameaçada nos últimos tempos.


O Globo

Brasil vive boom de compra de imóveis por estrangeiros

Executivos de multinacionais que se encontram no Brasil a trabalho e investidores estrangeiros estão provocando um verdadeiro boom de compra de imóveis no país, principalmente no Rio e em São Paulo. Há casos, como o da Sotheby's Realty, braço imobiliário da casa de leilões inglesa, em que as vendas devem quadruplicar até o fim do ano. Em outras empresas, o número de negócios com apartamentos de luxo está, no mínimo, dobrando. Muitos compram para morar, mas há também quem esteja de olho num bom investimento: o preço do metro quadrado no Leblon, por exemplo, teve alta de 45% em relação a junho de 2010.

Fala mandarim?

Com o mercado imobiliário aquecido, cresce a procura por corretores que falem inglês e espanhol. Mas, com a vinda de empresas chinesas para o Brasil, como é o caso da ZTE e da Sinopec, já há vagas até para quem arrisca o mandarim.

Ameaça de ataques deixa PM em alerta

Detectada pelo serviço de inteligência, a possibilidade de ataques de traficantes a policiais em represália a morte de oito bandidos levou a PM a reforçar ontem a segurança no entorno de favelas e também das cabines policiais.

Irã: disputa de poder eleva tensão nuclear

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, entrou em confronto político com os aiatolás, e isso representa um novo entrave às negociações sobre o programa nuclear. Presos políticos denunciam sofrer estupros nas cadeias do país.

Defesa não se opõe mais a fim do sigilo

Após o Itamaraty, o Ministério da Defesa comunicou à Presidência que não tem restrição à proposta, já aprovada na Câmara, que acaba com o sigilo eterno de documentos. Com isso, Dilma vai recomendar aprovação no Senado.

Turismo trágico

O espaço indevido entre o alambrado e a parede dos Arcos da Lapa, de onde um turista francês despencou e morreu ontem, enquanto passeava de bonde. Na Espanha, durante uma festa de São João, um brasileiro caiu na fogueira e morreu.

PF investiga a ação de hackers

A Polícia Federal vai investigar a ação de hackers que invadiram sites oficiais. Ontem, a página do IBGE ficou por 12 horas fora do ar com uma mensagem nacionalista na tela.


Correio Braziliense

14 fugitivos perigosos do entorno rondam o DF

Situação precária em 16 presídios nas cidades vizinhas ao Distrito Federal provoca uma rebelião e um resgate de detentos em menos de 24 horas, deixando um total de 14 bandidos à solta. Ontem, em Santo Antônio do Descoberto, 14 criminosos escaparam após a cadeia ser invadida por comparsas - apenas três foram recapturados. Na noite de quinta-feira, internos renderam os únicos dois agentes que faziam a segurança da prisão de Alexânia e iniciaram um levante que deixou cinco feridos, entre eles um policial militar. Três criminosos conseguiram fugir. Mapeamento feito pelo Correio mostra que os presídios do Entorno estão superlotados: são 1.822 condenados para 1.278 vagas. E somente 230 agentes prisionais se revezam em turnos na vigilância desses locais. As polícias Militar e Civil do DF reforçaram a busca pelos fugitivos.

Bactéria fatal: E.coli pode ter chegado ao Brasil

O Ministério da Saúde suspeita que dois moradores de Campinas (SP) estejam contaminados. Eles chegaram da Europa e apresentaram sintomas da doença, que já matou 45 pessoas.

Criação da concursobrás será por MP

Expectativa é de que a transformação do Cespe em empresa pública vinculada ao Ministério da Educação seja votada até o fim do ano.

Custo de vida: viajar de ônibus fica 5% mais caro

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autoriza aumento Maximo para as passagens interestaduais e internacionais. Novos valores podem ser cobrados a partir da próxima sexta-feira.

Conjuntura: Dilma vai cobrar BC sobre juros

Capitaneados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, integrantes do governo tentam convencer a presidente de que não há mais necessidade de aumentar a Selic para conter a inflação.

Fonte: Congressoemfoco

Governo aciona PF para investigar hackers

Rudolfo Lago

O maior ataque de hackers a sites do governo em toda a história já atingiu as páginas da Presidência da República, da sua Secretaria de Imprensa, do Ministério dos Esportes, do IBGE, da Petrobras, entre outros. Diante do tamanho da ação, a Polícia Federal foi acionada para investigar e punir os responsáveis. Os trabalhos de apuração serão mantidos em sigilo até que toda a investigação esteja concluída.

Além de invadir os sites, derrubando-os por algumas horas, os hackers conseguiram obter dados pessoais da presidenta Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, além de outras informações reservadas.

Os invasores pertencem a um grupo batizado de LulzSecBrazil, um braço nacional do grupo Lulz Security, que já invadiu nos Estados Unidos os sites da CIA e do FBI e empresas como a Sony. Um outro grupo, chamado de Fatal Error Crew, também associou-se aos ataques. Os grupos afirmam que os ataques têm caráter político. Seriam uma forma de protesto contra os governos, em busca de um país melhor.

Fonte: Congressoemfoco

Justiça tem recursos demais, diz procurador

Para o ex-procurador geral de Justiça do Distrito Federal Rogério Schietti, a Constituição de 1988, ao querer dar uma resposta aos anos de chumbo da ditadura militar, acabou fazendo concessões demais, que levam a situações de impunidade, como o caso do jornalista Pimenta Neves

MPDF
Autor de livro que explica a justiça criminal para leigos, Rogério Schietti diz que processo brasileiro tem recursos demais

Eduardo Militão

O ex-procurador-geral de Justiça do Distrito Federal Rogério Schietti não tem dúvidas. A Constituição de 1988 é uma resposta aos anos de grosso chumbo da ditadura, mas exagerou e fez concessões demais às liberdades individuais. Como resultado, aumentou a impunidade no país. O exemplo é o caso do jornalista Pimenta Neves, assassino confesso da namorada, Sandra Gomide, mas que levou 11 anos para ir à cadeia depois da demorada análise de cada um dos muitos recursos que seus advogados levaram ao Judiciário.

Schietti defende uma mudança na Constituição. "Estamos nos petrificando em não fazer mudanças num texto feito após um período de repressão", afirmou ele ao Congresso em Foco. "Hoje, a balança pende só para o indivíduo. É natural, pois a história é feita de pêndulos, mas temos que buscar o caminho do meio", avalia o procurador, doutor em direito processual penal e que nesta semana lançou o livro Justiça Criminal, uma explicação simples, um guia para leigos, com fotos, design moderno e linguagem acessível.

Hoje, a Constituição garante presunção de inocência ao réu até que se esgotem todos os recursos possíveis, mesmos que o acusado já tenha sido condenado três vezes por magistrados diferentes, por exemplo. Schietti defende que a presunção da inocência seja garantida só até que seja demonstrada a culpa do acusado. Ou seja, se o réu for condenado em segunda instância, já estará demonstrada sua culpa, e ele deve ser preso.

Se os advogados quiserem recorrer aos tribunais superiores (Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal), tudo bem, mas o cliente continuará preso até haver uma nova resposta do Judiciário. Schietti lembra que no STJ e no STF só devem ser discutidas questões técnicas de direito, como o tamanho da pena.

O procurador vê com simpatia a PEC do presidente do Supremo, Cézar Peluso, que propõe limites para os recursos protelatórios.

Dúvidas de todos

No livro que organizou, Justiça criminal: uma explicação simples, o procurador dedica um capítulo às causas da impunidade. Noutros, fala de prisão, diferença entre inquérito e processo, pequenas causas, recursos... "São aquelas dúvidas que todo mundo tem, os estudantes, jornalistas e aquelas pessoas do nosso convívio que ouvem uma notícia e não têm suas dúvidas respondidas", esclarece Schietti.

Em forma de guia, cheio de fotos, o livro serve para tirar uma dúvida em um capítulo específico ou para ser lido integralmente. “É uma proposta de cidadania, não vamos ganhar direitos autorais e alguns exemplares serão doados”, explica Schietti.

Dinheiro para políticas públicas

Autor de um dos artigos do livro de Schietti, o promotor de Justiça Antonio Suxberger também acaba de lançar Teoria crítica dos direitos humanos: das lutas aos direitos. Um dos organizadores da coletânea de artigos, ele avisa que se trata de uma obra de direito tradicional. Os textos abordam temas como trabalho de aprendizes, direito internacional e políticas públicas.

Suxberger destaca um dos artigos que critica o excesso do argumento da falta de dinheiro para se executar amplamente as políticas públicas fundamentais, como educação e saúde. “Há uma banalização disso”, afirma o promotor ao Congresso em Foco.

O livro se guia pelo pensamento crítico do professor Joaquín Herrera Flores, falecido em 2009 e ex-diretor do doutorado em direitos humanos da Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha, na Espanha. “É uma homenagem a ele”, conta Suxberger, que se formou na instituição espanhola.

Serviço



Justiça criminal: uma explicação simples
Rogério Schietti (org.),
Lumen Juris, 148 páginas, R$ 32

Teoria crítica dos direitos humanos: das lutas aos direitos
Antonio Suxberger, Ruben Manente e Jefferson Dias (orgs.)
Lumen Juris, 284 páginas, R$ 56

Fonte: Congressoemfoco

Circula na internet uma petição pública para evitar a separação do Pará em três estados.

Carlos Newton

No meio da confusão que reina na política nacional, vem passando despercebida a tentativa de divisão territorial do Pará. Caso venha a ocorrer, resultará no aparecimento de dois Estados economicamente frágeis e na sobrevivência de um terceiro Estado extremamente debilitado.

Em termos territoriais, o remanescente do Pará, incluindo a parte onde fica a capital, Belém, terá sua área limitada a 214 mil quilômetros quadrados, o equivalente a apenas 18% do seu território atual. O novo Estado do Tapajós ficará com 58% do que é hoje o Pará, ou seja, 736 mil quilômetros quadrados. E o novo Estado de Carajás terá 24%, com 296 mil quilômetros quadrados.

Os adversários da divisão afirmam que uma assimétrica distribuição das riquezas torna a divisão também complicada do ponto de vista econômico e social. O remanescente do Pará, por exemplo, com sua área territorial reduzida a pouco mais de um sexto do que é hoje, vai abrigar o maior número de municípios. Ao todo serão 78, vários deles de ínfima expressão econômica e dotados de capacidade zero de investimento. A sobrevivência desses municípios estará integralmente condicionada às transferências de recursos constitucionais, ou seja, estarão praticamente condenados à pobreza eterna.

Para evitar essa inusitada e estranha divisão do Pará, circula na internet o seguinte apelo:

“Pessoal,

Se há uma briga que nós, aqui da internet, temos condições de “comprar”, é esta contra o absurdo da tentativa canalha desses políticos! Criar mais três estados? Para roubar mais? Gastar mais? Empobrecer mais o povo?

Vamos repassar, escrever para Deus e o mundo, ventilar esse assunto! Vejam que eles nada falam sobre isso. O interesse dos saqueadores é que o projeto aprovado com o mínimo de publicidade. Depois? Pouco importa.

Peço a todos vocês, meus amigos, filhos, sobrinhos… que ajudem, que

empunhem esta bandeira. Assinem e divulguem.

As coisas só estão piorando, sob olhares desinteressados do povo inculto e da juventude alienada!

Precisamos fazer alguma coisa. Então vamos todos assinar a petição abaixo.”

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N9559

Fonte: Tribuna da Imprensa

Battisti e os hackers, mera coincidência?

Carlos Chagas

Precipitações e paranóias à parte, mas é bom prestar atenção: foi a partir da Itália que se viabilizou o ataque criminoso ao sistema de computadores do governo brasileiro. Não há prova de que os hackers sejam italianos ou, sequer, que residam naquele país, mas começaram a atuar a partir do sistema lá instalado. Meio complicado para quem não penetra nos meandros da cibernética moderna, mas capaz de despertar nossa atenção.

Estariam esses minibandidos atuando por conta própria, a título de aleatoriamente perturbar as comunicações brasileiras, ou recebem algum estímulo de setores indignados com a não extradição de Césare Batistti? Por mais incrível que pareça, vale investigar, porque coincidências são cada vez mais raras no planeta.

Supõe-se que a ABIN e a Polícia Federal andem buscando as origens desse ataque tão bobo quanto pernicioso, porque invadiram os computadores e paralisaram por algum tempo as atividades eletrônicas do palácio do Planalto, da Petrobrás, da Receita Federal, do IBGE e sabe-se lá quantos outros departamentos do governo.

Garante-se, por aqui, não terem os invasores tido acesso ao conteúdo das informações constantes dessa parafernália de senhas e comunicações, mas, mesmo assim, estamos sendo atingidos. Saber por que e por quem torna-se fundamental, senão para nossa sobrevivência, ao menos para nos prevenirmos contra novas investidas.

***
TUCANOS ARREPENDIDOS

O PSDB dá a volta por cima e prepara grande comemoração pelos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, quinta-feira, em Brasília. Depois de ignorarem o ex-presidente durante a recente campanha eleitoral, senão negando ao menos omitindo os efeitos dos oito anos de seu governo, os tucanos agora preparam o mea-culpa. Vão redimir-se da omissão e reverenciar o companheiro com discursos e coquetéis.

Afinal, pela idade provecta, o sociólogo não incomoda mais o Alto-Tucanato, em termos de ambições. Nada mais aspira em matéria de poder, ainda que só tenha aumentado seu potencial de dar conselhos.

***
CORRENTES OPOSTAS

Quinta-feira, um milhão e meio de evangélicos ocuparam a Zona Norte de São Paulo em manifestação raras vezes verificada na cidade. A Marcha para Jesus reuniu diversas igrejas pentecostais, num espetáculo digno de projetar-se para o futuro. Pela palavra dos organizadores, uma demonstração de fé. O problema é que não faltaram críticas à desenvoltura com que vem se comportando os homossexuais e até ao Supremo Tribunal Federal, que reconheceu sua união. Ao mesmo tempo, alguns dos mega-pastores referiram-se ao potencial eleitoral da multidão que pacificamente desfilou na Avenida Santos Dumont e adjacências. Ficou clara a indução para que a massa rejeite políticos partidários do movimento gay.

Amanhã, domingo, virá o contra-ataque. A Parada do Orgulho Gay prevista para a Avenida Paulista poderá reunir número igual de participantes. São duas forças opostas, democraticamente expondo seus sentimentos, mas é bom tomar cuidado.

***
A FALTA QUE FAZ BOB KENNEDY

A história já foi contada mas nunca será demais repeti-la. Juscelino Kubitschek, depois de cassado, humilhado e perseguido, encontrava-se nos Estados Unidos, realizando uma série de conferências. Manifestou o desejo de encontrar-se com Robert Kennedy, então em campanha para a Casa Branca, que venceria facilmente não fosse a misteriosa mão de um assassino, identificado e preso, mas incapaz de denunciar seus mandantes.

A agenda do candidato estava lotada e ele ofereceu a JK a possibilidade de conversarem durante um vôo de Nova York a Washington, para onde se dirigia. Assim aconteceu, e o ex-presidente brasileiro sempre lembrava a pergunta feita ao americano, sobre o que fazer com a Guerra do Vietnam. A resposta foi simples. Uma vez eleito e empossado, seu primeiro ato seria passar um telegrama às centenas de milhares de soldados atolados no Sudeste Asiático: “voltem todos, imediatamente”.

Não foi possível, mas bem que Barack Obama poderia valer-se do exemplo. Porque acaba de anunciar o retorno aos Estados Unidos de 10 mil soldados em guerra no Afeganistão. Só que lá se encontram 100 mil, quer dizer, 90 mil permanecerão. Até quando?

Fonte: Tribuna da Imprensa

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Pré-pago tem internet acima de R$ 0,33 por dia

Juliano Moreira
do Agora

Por preços que vão de R$ 0,33 a R$ 0,79 por dia, o usuário de um celular pré-pago consegue navegar na internet. No entanto, é preciso ficar de olho na velocidade do serviço, que, na maioria dos casos permite acesso básico à internet (e-mails, sites de notícia e redes sociais).

Claro, Oi, Tim e Vivo apresentam serviços bastantes similares de internet no celular. Os pacotes podem ser contratados a qualquer momento com as operadoras.

Segundo o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), planos básicos, por exemplo, servem para quem quer acessar e-mails e páginas de notícias. Quem pretende ver vídeos ou baixar músicas, precisa, no entanto, pagar mais.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste sábado, 25 de junho

sexta-feira, junho 24, 2011

Nos jornais: maioria no Senado defende fim do segredo de arquivos

Folha de S. Paulo

Maioria no Senado defende fim do segredo de arquivos

A maioria dos senadores são contra a manutenção de documentos oficiais sob sigilo eterno e promete votar a favor do projeto de lei que assegura a liberação completa de todos os arquivos mantidos pelo governo após 50 anos. De 76 senadores ouvidos pela Folha nesta semana, 54 disseram ser favoráveis à abertura total das informações, como previsto pelo projeto aprovado em 2010 pela Câmara e que agora está para ser votado pelo Senado.

Apenas dez senadores defenderam o projeto original enviado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que permitiria manter indefinidamente sob sigilo documentos classificados como ultrassecretos pelo governo. São necessários 41 votos para aprovar o projeto da Câmara no Senado. Doze senadores ouvidos pela Folha se declararam indecisos e cinco não responderam. O projeto deverá entrar na pauta do Senado no segundo semestre.

A proposta em discussão no Senado cria novas regras para o acesso a documentos públicos e estabelece que papeis ultrassecretos podem ser mantidos em segredo por 25 anos, prorrogáveis por somente mais 25 anos. O projeto original permitia que o sigilo fosse renovado indefinidamente e os arquivos nunca viessem a público, mas a Câmara rejeitou a ideia e modificou a proposta.

Marcha vira palco para críticas ao STF

Líderes evangélicos transformaram ontem a Marcha para Jesus, em São Paulo, em palco para críticas ao Supremo Tribunal Federal e uma exibição de força política. Os alvos principais foram as recentes decisões em que o STF reconheceu a união estável de casais homossexuais e liberou manifestações pela liberação da maconha. O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, chegou a recomendar aos fiéis que não votem em políticos que sejam favoráveis à união gay.

Gráfica contratada por campanha de Cabral é alvo da PF

A Polícia Federal investiga um dos fornecedores de adesivos para a campanha de reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB). A Soroimpress Comércio de Produtos Gráficos, com características de empresa de fachada, recebeu R$ 33 mil na eleição do peemedebista.

O inquérito tem como investigados apenas Cabral e a empresa -a relação entre ambos foi revelada pela Folha em outubro do ano passado. Mas a Soroimpress forneceu material de campanha para 83 candidatos e dois partidos. Recebeu, no total, R$ 5 milhões.

O Comitê Financeiro Único do PMDB-RJ, principal doador da campanha de Cabral, pagou R$ 523 mil à empresa. O principal cliente da Soroimpress foi o senador Lindberg Farias (PT), que pagou R$ 640 mil. Ele não é investigado no inquérito.


O Estado de S. Paulo

Governo prepara a concessão de 45 portos

Iniciado o processo de privatização dos aeroportos, o governo prepara, agora, as diretrizes para transferir ao setor privado a construção de novos portos marítimos no Brasil.

Com base na infraestrutura local e na demanda projetada de carga, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) já identificou 45 áreas consideradas prioritárias para o recebimento de investimentos privados. O processo começará com a licitação de um novo terminal em Manaus, onde a situação portuária é considerada crítica.

O novo modelo tem uma filosofia de gestão diferente da que vigora atualmente nos portos brasileiros. Embora toda a operação dos terminais já tenha sido privatizada na década de 1990, os chamados portos públicos ou organizados são administrados por uma autoridade portuária pública, como as companhias Docas. "Quem vencer vai administrar e operar tudo dentro do porto, com a supervisão da Antaq", explicou ao Estado o diretor da agência, Tiago Lima.

Privatização de aeroportos não será definida por tarifas

Os editais de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos devem estabelecer como critério para escolha do novo operador o maior valor pago pela concessão. "A tendência seria a outorga, quem paga mais", disse ao "Estado" o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antônio Henrique Silveira.

O governo chegou a cogitar um instrumento de licitação muito parecido com a dos pedágios nas rodovias, que levava em conta a oferta da menor tarifa cobrada pelos consórcios interessados na atividade. Ocorre, no entanto, que a cobrança de uma cesta de tarifas para diferentes serviços nos aeroportos dificulta a realização de leilões seguindo esse modelo.

Salário na Assembleia de SP supera teto do funcionalismo

Alguns servidores da Assembleia Legislativa de São Paulo recebem salário maior que o de ministros do Supremo Tribunal Federal, fixada pela Constituição como o teto para a funcionalismo público. O Estado teve acesso a holerites e encontrou um servidor que recebeu R$ 28.806,02 em maio. A Assembleia não informou como chegou a esses valores.

Sarney vai criar comissão para discutir royalty do pré-sal

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anuncia nos próximos dias a criação de uma comissão na Casa para negociar a distribuição dos royalties da exploração de petróleo. A intenção é buscar um acordo entre as bancadas dos chamados Estados produtores - Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo - e demais para evitar que a discussão acabe no Supremo Tribunal Federal (STF).

A iniciativa de Sarney decorre do encontro que teve na semana passada com governadores das Regiões Norte e Nordeste. Eles cobram do Congresso uma definição rápida sobre o tema e ameaçam patrocinar a derrubada do veto do ex-presidente Lula ao mecanismo de rateio aprovado no ano passado.

Patrões preveem 'ruína financeira' se STF mudar cálculo do aviso prévio

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de fixar uma fórmula de pagamento de aviso prévio proporcional ao tempo de trabalho para as pessoas que forem demitidas sem justa causa desagradou a representantes do setor privado. Empresários alegam que a medida vai elevar os custos e poderá levar as companhias à "ruína financeira".

"Acompanhamos o julgamento com preocupação porque aumentar esse custo para o empregador pode inviabilizar os negócios principalmente das pequenas empresas", alega o superintende e gerente jurídico da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), André Pellizzaro.

Para centrais, novo aviso prévio deverá dificultar demissão

A fixação de regras para que o aviso prévio seja proporcional ao tempo de serviço do trabalhador, como sinalizou o Supremo Tribunal Federal, vai na direção de uma das principais bandeiras do movimento sindical brasileiro. As centrais sindicais pressionam o Congresso Nacional para que seja aprovada a Convenção 158 da Organização Mundial do Trabalho (OIT), que dificulta as demissões sem justa causa.

"A tendência é de que as demissões imotivadas diminuam um pouco, pois elas passarão a ficar mais caras por causa do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço", diz o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

Hackers expõem supostos dados de Dilma e Kassab

Sites do governo brasileiro foram alvo de novos ataques de hackers ontem. Durante a tarde, os portais da Presidência da República, do Senado, do Ministério do Esporte não carregavam e apresentavam mensagens de erro. A ação ocorreu um dia após o grupo de hackers LulzSecBrazil deixar outros sites indisponíveis.

Até o início da noite, o grupo não havia assumido, como fez na quarta-feira, a autoria de possíveis ataques para deixar os sites fora do ar. O LulzSecBrazil, no entanto, divulgou supostos dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Os dados constavam de um arquivo cujo link foi postado no Twitter pelos hackers do LulzSecBrazil. Foram atribuídos a Dilma e Kassab números do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), data de nascimento, telefones e até signo astrológico. No caso do prefeito, havia ainda referências ao nome da mãe e e-mails. Muitos desses dados são públicos e constam, por exemplo, de prestações de contas de campanhas eleitorais.

Novo comando da Vale mantém disputa judicial de R$ 4 bilhões sobre royalties

A troca de comando na Vale, com a saída de Roger Agnelli e a entrada de Murilo Ferreira, não mudou a ordem para deixar que a Justiça decida a disputa entre a mineradora, o Departamento Nacional de Produção Mineração (DNPM) e municípios brasileiros que reivindicam o pagamento de R$ 4 bilhões de royalties. Ferreira esteve com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, falou em "repensar" e "reavaliar" o assunto, mas o certo é que a empresa não retira a demanda do Judiciário.

Bope invade morro e mata 8 suspeitos

A ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) ontem de madrugada, no morro do Engenho, na zona norte do Rio, terminou com oito homens mortos, apontados como traficantes pela polícia. O objetivo era capturar fugitivos da Mangueira, ocupada no dominga para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora. Segunda o Bope, houve troca de tiros.


O Globo

Governo desrespeita acordo e amplia gasto com terceirizados

Em desobediência ao Termo de Conciliação Judicial firmado com o Ministério Público do Trabalho em 2007, o governo federal voltou a contratar secretárias e supervisores administrativos, entre outras funções, por intermédio de empresas de terceirização. Os gastos com a contratação de funcionários terceirizados, que haviam diminuído após a assinatura do acordo, voltaram a crescer. Nos primeiros cinco meses de 2011, as despesas somaram R$ 1,33 bilhão, 21% a mais que R$ 1,1 bilhão do mesmo período de 2010. Levantamento do GLOBO revelou que há funcionários terceirizados em pelo menos 52 órgãos federais, vinculados a 23 ministérios e à Presidência da República. Até a Controladoria-Geral da União, que deveria fiscalizar os demais órgãos, está em situação irregular. "Muitas vezes, parece que está se tentando buscar brechas para terceirizar o que não é terceirizável", criticou Daniela Marques, procuradora do Trabalho.

Quadruplica cocaína que vai do Brasil para Europa

Entre 2005 e 2009, aumentou em 442% a quantidade de cocaína apreendida na Europa após passar pelo Brasil, aponta estudo da ONU. O país já é a terceira principal rota do tráfico para o continente europeu, atrás de Venezuela e Equador. O consumo interno também subiu: um terço da cocaína consumida na América do Sul vem para o Brasil. A quantidade da droga apreendida no país triplicou em 5 anos.

Petróleo: uso de reservas baixa preço

Coordenada por EUA, Europa e Japão, a Agência Internacional de Energia decidiu liberar 60 milhões de barris de petróleo de reservas estratégicas, derrubando o preço em até 6%. Ação semelhante foi tomada só na Guerra do Golfo e após o furacão Katrina.

Prefeitura também dispensa licitações

A Delta Construções - suspeita de ser beneficiada pelo governo do estado - também tem obtido muita dispensa de licitações na prefeitura do Rio. No governo Paes, já chega a R$ 36,6 milhões o valor dos contratos sem licitação, enquanto na gestão de César Maia (entre 2002 e 2008) ficou em R$ 14,3 milhões - um aumento de 155%.


Correio Braziliense

Hackers fazem novo ataque e vazam dados

No segundo dia de invasões a sites oficiais, piratas virtuais atingem as páginas da Secretaria de Imprensa da Presidência, da Receita, do Ministério do Esporte e do Senado. O governo minimiza os atos de vandalismo e reafirma a segurança do sistema. No entanto, os criminosos espalharam pela internet informações como o CPF da presidente Dilma Rousseff e supostos telefones de autoridades. Especialistas ouvidos pelo Correio ensinam como se proteger desse tipo de ação.

Cura em 60% dos casos já é realidade

Em entrevista ao repórter Carlos Tavares, o diretor do Centro Oncológico do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Hoff, diz que a combinação entre "drogas inteligentes" e diagnóstico precoce representa um salto na medicina.

Decoreba inibe novos talentos

Sistema educacional baseado em concorrência desencoraja os gênios de amanhã, defende pesquisadora.

Fonte: Congressoemfoco

A qualquer preço

“A grana do tráfico das drogas, ao fim e ao cabo, não seria um capital – em meio a tanta podridão sem lastro – ‘extremamente saudável’?Afinal, não é preciso manter o Império Americano literalmente a qualquer preço?”


Impossível assistir ainda a Traffic (2000, EUA, Steven Soderbergh) – aliás, um bom filme, com uma estética interessante, além dum elenco e tanto, com Michael Douglas, Catherine Zetta-Jones, Benicio Del Toro, Don Chadle – sem esquecer Steven Bauer no papel de Carlos Ayala (pra esse ator sempre sobram os papéis dos chicanos ou foras-da-lei ou ambos, lembrando outros filmes que contracenou com Al Pacino e Richard Gere), quando, onze anos depois, constatamos que todos os principais bancos dos EUA, isto é, Wall Street, se tornaram sócios financeiros ativos dos cartéis de droga.

De forma que a guerra contra as drogas é uma fraude: ela não tem a ver com proibição, mas sim com controle. Naturalmente, quando Traffic foi filmado a coisa já devia ser assim. De qualquer forma, o espectador bem informado, ao rever a obra, sente estar fazendo papel de idiota. Bem, nem tanto. Aquele enfoque nos “valores familiares” – quando Douglas larga o cargo de “czar” das drogas pra cuidar da filhinha viciada – já era uma furadíssima ao tratar do assunto – cuja seriedade exigia que se abordasse radicalmente a questão pelos aspectos econômicos e sociais, mas o buraco já era tão mais embaixo que realmente, salvo as contramedidas estéticas, o plot do filme realmente não se salva, exceto para idiotas ou alienados ou ambos.

Segundo artigo do repórter Mike Whitney para Sin Permisso, Washington emprega a força para que os bancos possam garantir um bom lucro. Uma mão lava a outra, como ocorre com a Máfia. Isso não tem a ver com as drogas; trata-se de uma política externa louca que apoia exércitos por delegação para impor a ordem por meio da repressão e militarização do Estado policial. Trata-se de expandir o poder norte-americano e de engordar os lucros de Wall Street.

Quando eu li não sei onde que o México passou a comprar milho dos EUA (milho, pessoal, o milho é natural do México, como o café brasileiro), realmente percebi que os caras estavam literalmente perdidos. A política dos EUA para o México – a “Iniciativa Mérida” – é um pesadelo. Ela minou a soberania mexicana, corrompeu o sistema político e militarizou o país. Obteve também, como resultado, a morte violenta de milhares de civis – pobres em sua maioria. Mas Washington não está nem aí para com “danos colaterais”, desde que possa vender mais armas, fortalecer seu regime de livre comércio e lavar mais lucros das drogas em seus grandes bancos. É um lance perfeito.

Diante de tudo isso, há alguma razão para “dignificar a carnificina” chamando-a de “Guerra contra as drogas”? Não faz nenhum sentido (donde ser impossível agora assistir Traffic).

O que vemos é uma oportunidade descomunal de aumento de poder por parte das grandes empresas, das altas finanças e dos serviços de inteligência norte-americanos. E Obama segue meramente fazendo seu leilão, uma vez que ele não só incrementou o financiamento do Plano México (o tal Mérida), como deslocou mais agentes para trabalharem em segredo, enquanto aviões não tripulados realizam trabalhos de vigilância. Dá para ter uma idéia?

E este é outro capítulo da guerra norte-americana contra a civilização. A guerra contra as drogas converteu-se no veículo principal de militarização da América Latina. Um veículo financiado e impulsionado pelo governo norte-americano e alimentado por uma combinação de falsa moral, hipocrisia e terror calculista. A “guerra contra as drogas” constitui, na realidade, uma guerra contra o povo, sobretudo contra os jovens, as mulheres, os povos indígenas e os dissidentes. Essa guerra converteu-se na forma principal do Pentágono ocupar e controlar países às custas de sociedades inteiras e muitas vidas.

A militarização em nome da guerra contra as drogas está ocorrendo mais rápido do que imaginamos com a administração de Obama. O acordo para estabelecer bases na Colômbia, posteriormente suspenso, mostrou um dos sinais da estratégia. E já vimos a extensão da Iniciativa de Mérida no México e América Central, incluindo os navios de guerra enviados à Costa Rica, uma nação com uma história de paz e sem exército.

A impressão que dá é que Obama está fazendo tudo o que pode para converter o México numa ditadura militar. O Plano México é uma farsa que esconde os verdadeiros motivos do governo, que consiste em assegurar-se de que os lucros do tráfico de drogas acabem nos bolsos das pessoas adequadas. É disso que se trata: de muitíssimo dinheiro. E é por isso que o número de vítimas disparou, enquanto a credibilidade do governo mexicano caiu abaixo de zero. A política norte-americana converteu grandes extensões do país em campos de morte.

Os aviões não tripulados norte-americanos espionam os esconderijos dos cartéis e os sinais rastreadores localizam veículos e telefones dos suspeitos. Agentes localizam chamadas telefônicas, lêem correios eletrônicos, estudam padrões de comportamento, seguem rotas de contrabando e processam dados sobre traficantes, responsáveis por lavagem de dinheiro e chefes de cartéis. De acordo com um antigo agente anti-droga mexicano, os agentes norte-americanos não estão limitados em suas escutas no México pelas leis dos EUA, desde que não se encontrem em território e não grampeiem cidadãos ianques. (“Why Is the U.S. Fighting Mexico’s Drug War?”, “Por que os EUA travam a guerra contra as drogas no México?”, Laurence M. Vance, The Future of Freedom Foundation).

Isso não é política externa, mas sim outra ocupação norte-americana. E adivinhem quem ganha com isso? Wall Street. Os grandes bancos ficam com sua parte como sempre fazem. James Petras no artigo “How Drug profits saved Capitalism” (“Como os lucros das drogas salvaram o capitalismo”, publicado em Global Research) faz um resumo dos objetivos desta política: “Enquanto o Pentágono arma o governo mexicano e a DEA (Drug Enforcement Agency, a agência anti-droga dos EUA) põe em prática a “solução militar”, os maiores bancos dos EUA recebem, lavam e transferem centenas de bilhões de dólares nas contas dos senhores da droga que, com esse dinheiro, compram armas modernas, pagam exércitos privados de assassinos e corrompem um número indeterminado de funcionários encarregados de fazer cumprir a lei de ambos os lados da fronteira. Os lucros da droga são assegurados mediante a capacidade dos cartéis de lavar e transferir bilhões de dólares para o sistema bancário norte-americano. A escala e a envergadura da aliança entre a banca norte-americana e os cartéis da droga ultrapassa qualquer outra atividade do sistema financeiro privado norte-americano. De acordo com os registros do Departamento de Justiça dos EUA, só um banco, o Wachovia Bank (propriedade hoje da Wells Fargo), lavou 378.300 milhões de dólares entre 1° de maio de 2004 e 31 de maio de 2007 (The Guardian, 11 de maio de 2011). Todos os principais bancos dos EUA tornaram-se sócios financeiros ativos dos cartéis da droga”.

Se os principais bancos norte-americanos são os instrumentos financeiros que permitem os impérios multimilionários da droga operar, a Casa Branca, o Congresso dos EUA e os organismos de aplicação das leis são os protetores essenciais destes bancos. A lavagem de dinheiro da droga é uma das fontes mais lucrativas de lucros para Wall Street. Os bancos cobram gordas comissões pela transferência dos lucros da droga que, por sua vez, emprestam a instituições de crédito a taxas de juros muito superiores às que pagam – se é que pagam – aos depositantes dos traficantes de drogas. Inundados pelos lucros das drogas já desinfetados, esses titãs norte-americanos das finanças mundiais podem comprar facilmente os funcionários eleitos para que perpetuem o sistema.

De forma que – cinismos à parte – a grana do tráfico das drogas, ao fim e ao cabo, não seria um capital, uma grana – em meio a tanta podridão sem lastro – “extremamente saudável”?Afinal, não é preciso manter o Império Americano literalmente a qualquer preço?

*A escritora paulistana Márcia Denser publicou, entre outros, Tango fantasma (1977), O animal dos motéis (1981), Exercícios para o pecado (1984), Diana caçadora (1986), A ponte das estrelas (1990), Toda prosa (2002 - Esgotado), Caim (Record, 2006), Toda prosa II - obra escolhida (Record, 2008). É traduzida na Holanda, Bulgária, Hungria, Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Argentina e Espanha (catalão e galaico-português). Dois de seus contos - "O vampiro da Alameda Casabranca" e "Hell's Angel" - foram incluídos nos Cem melhores contos brasileiros do século, organizado por Ítalo Moriconi, sendo que "Hell's Angel" está também entre os Cem melhores contos eróticos universais. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, é pesquisadora de literatura e jornalista. Foi curadora de literatura, até outubro de 2010, da Biblioteca Sérgio Milliet em São Paulo.

Fonte: Congressoemfoco


Outros textos do colunista Márcia Denser*

Em nome de Deus

“O descaso à pessoa humana, independentemente de sua fé, não pode ser transformado em credo sagrado de uma seita que teima e pretende virar religião”


O homem nunca fez cerimônia para usar o nome de Deus em proveito próprio. Com boas ou más intenções, Deus sempre foi usado como justificativa para vários atos praticados na terra. O Código de Hamurábi, de 1.800 AC, primeira legislação escrita da humanidade, já buscava a inspiração divina, “para implantar a justiça na terra, para destruir os maus e o mal, para prevenir a opressão do fraco pelo forte, para iluminar o mundo e propiciar o bem estar do povo”. É bem possível que Hamurábi não tenha compreendido direito a mensagem de seu deus Marduk, pois a Babilônia que governava nunca foi um exemplo de justiça implantada na terra. Aliás, a sua famosa Lei de Talião não passava de uma boa propaganda enganosa, pois o dente e o olho do nobre valiam muito mais que o dente e o olho do pobre.

A cidade francesa de Béziers é outra cidade vítima do uso indevido de Deus. Ela testemunhou o genocídio de quinze mil homens, mulheres e crianças, todos violentados pela intolerância religiosa. O massacre na cidade francesa se dera durante a cruel Cruzada dos Albigenses, que durou de 1209 a 1229. Sob a inspiração do papa Inocêncio III, os cristãos-católicos resolveram combater os cristãos-cátaros, acusados do crime de rejeição a alguns dos sacramentos e dogmas da Santa Igreja Romana. Durante o cerco, não conseguindo os soldados distinguir os católicos dos cátaros residentes na cidade vencida, pediram o aconselhamento de Fernando Amalric, representante do papa na Cruzada. "Mate-os todos, Deus reconhecerá os seus", foi a resposta obtida, como mais tarde o representante papal escreveu orgulhoso a Inocêncio III que "nem idade, nem sexo, nem posição foram poupados".

Aquela cidade de Deus fora, sem dúvida, mero joguete político do homem que somente faz do divino uma mera desculpa para satisfazer ambições pessoais ou de grupos perversos. O que lá ocorrera não é diferente do que está a acontecer nas cidades palestinas, líbias, iraquianas, sírias, afegãs e tantas outras destruídas por guerras nada santas. A violência desmedida, a intolerância explosiva, os guetos descoloridos e as mortes espalhadas são repetições de procissões já percorridas por multidões exaltadas pela fé. Penso que matar a população civil, nestes casos, é compreendido como transferir para Deus o julgamento das almas acusadas de habitar no lugar indevido.

Infelizmente, como na Béziers francesa, nas cidades de Deus brasileiras a descrença estatal em relação à cidadania não poupa ninguém, “nem idade, nem sexo, nem posição”. Ambientalistas assassinados, mulheres violentadas, pessoas discriminadas, crianças exploradas e adolescentes sem rumos fazem parte do manual não religioso distribuído nas esquinas da vida. Não raro, nessas mesmas cidades, governantes, parlamentares e autoridades são presos ou processados por cobrarem dízimos nas obras e serviços públicos que deveriam pastorar. Flagrados, também aqui invocam o nome de Deus como orientador de suas ações e orações.

Segue-se, talvez, o exemplo da Constituição Federal, que, no seu preâmbulo, “sob a proteção de Deus”, prometeu fazer do Brasil um “Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos”.

Esclareço, antes de encerrar, que não faço Deus culpado pelas ações dos que O invocam em orações sem almas. Tampouco faço apologia ao ateísmo. Deus me livre dessas acusações que já fizeram muitos padecerem em fogueiras. O que registro, apenas para reflexão, é que o descaso à pessoa humana, independentemente de sua fé, não pode ser transformado em credo sagrado de uma seita que teima e pretende virar religião. Ela não tem cor, sexo, dono ou a raça. A religião é daqueles alimentos em que o prazer se faz no servir coletivo. Não importa o saciado ou quem invoque o nome de Deus.

* Advogado, integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e preside a Comissão de Relações Internacionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Foi presidente do Conselho Federal da OAB e da União dos Advogados de Língua Portuguesa (Ualp). Mantém perfil no Twitter no endereço @cezar_britto.

Outros textos do colunista Cezar Britto*

Fonte: Congressoemfoco

Crise dos bombeiros pode se espalhar pelo país

A demora na votação da PEC 300, que estabelece piso salarial para policiais e bombeiros, pode fazer com que manifestações como a que aconteceu no Rio há alguns dias se espalhem pelo país. É o que alertam deputados envolvidos com o tema

Roosewelt Pinheiro/ABr
Deputados alertam que demora na votação da PEC 300 podem levar a protestos de policiais e bombeiros pelo país

Mário Coelho

No início do mês, cerca de 2 mil bombeiros invadiram um quartel no Rio, numa das mais graves manifestações de protesto envolvendo corporações militares nos últimos tempos. A crise dos bombeiros do Rio poderá não ser um caso isolado. A demora na votação da PEC 300, que cria o piso salarial nacional para policiais e bombeiros militares, pode fazer com que o rastilho aceso no Rio de Janeiro se espalhe pelo país. É o que alertam dois deputados envolvidos com o tema no Congresso Nacional, ouvidos pelo Congresso em Foco. "Infelizmente, a demora vai acabar ocasionando novas situações como a do Rio de Janeiro", afirmou o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).

No início de junho, cerca de 2 mil integrantes da corporação, acompanhados de mulheres e crianças, ocuparam o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no centro da capital fluminense. O protesto era para chamar a atenção para reivindicações da categoria, em especial aumento salarial. Em razão do protesto, 439 bombeiros foram presos.

Senado aprova anistia a bombeiros do Rio de Janeiro

A opinião de Faria de Sá é a mesma do presidente da Comissão de Segurança da Câmara, deputado Mendonça Prado (DEM-SE), que se reuniu com o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), na quarta-feira (22) pela manhã. Ele ressaltou ao petista que, se não houver um cronograma de votação da PEC 300 até 5 de julho, conflitos podem ocorrer. A data foi estabelecida pelas próprias categorias durante audiência pública realizada pela comissão no início do mês.

“É preciso votar a matéria em segundo turno na Câmara para evitar manifestações e atos de revolta por parte dos policiais. Não é possível que um profissional de segurança em Estados ricos ganhe
apenas R$ 900,00. Esse é um salário indigno para quem arrisca a vida diariamente”, afirmou. De acordo com integrantes do movimento dos policiais e bombeiros militares, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo possuem os piores salários do país.

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da PEC 300, deputado Otoniel Lima (PRB-SP), disse na audiência pública no início do mês que pretendia evitar o clima de enfrentamento que ocorreu na Câmara no ano passado. Após muitas negociações, a PEC 300 foi aprovada em primeiro turno pelo plenário em março de 2010. Na época, confusões não faltaram. Manifestantes fecharam o trânsito de Brasília e até entraram em confronto com seguranças da Casa.

No entanto, caso a PEC não seja votada logo, as manifestações devem voltar à capital do país. Integrantes do movimento passaram a ter restrições para circular na Câmara. Na audiência pública, ficaram praticamente confinados ao auditório onde aconteceu a discussão. O receio da Polícia Legislativa é que novos momentos de tensão voltem a ocorrer quando a PEC 300 estiver em discussão.

“Se até o dia 05 de julho não ficar estabelecido um calendário para a PEC 300, eu vou informar aos líderes que a Câmara não quer votar absolutamente nada e que o desejo é de procrastinar a discussão. Esse processo chegou a um limite que nós não aguentamos mais. Os policiais estão se sentindo traídos pelo Parlamento e eu não vou contribuir para esse sentimento negativo. Acho que o parlamento deve votar para aprovar ou rejeitar, o que não pode é ficar nessa situação ridícula de ilusão. Isso é um absurdo”, afirmou Mendonça Prado.

Volta a pressão dos policiais pela PEC 300

Dúvidas

Para justificar a criação do fundo, deputados defensores da PEC 300 usam o exemplo do Distrito Federal. A capital do país recebe do governo federal uma verba para custear despesas de educação, saúde e segurança pública. Em 2010, o valor foi de aproximadamente R$ 7,6 bilhões. Brasília tem os policiais mais bem pagos da Federação. Um soldado da PM recebe cerca de R$ 4,2 mil de salário bruto mensal.

Apesar da movimentação de parlamentares para que a votação da PEC 300 seja concluída, a probabilidade é que isso não aconteça tão cedo. O governo federal não quer votar o piso salarial nacional para policiais e bombeiros militares com receio do tamanho da conta. Os valores estimados chegam a R$ 40 bilhões anuais para financiar a diferença nos vencimentos. Além disso, os governadores não querem arcar com mais um piso nacional, no mesmo modelo dos professores.

“Existe uma pressão muito grande dos estados para que a PEC não seja votada”, afirmou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Segundo o peemedebista, a legalidade do piso constitucional, mesmo que por meio de PEC, está sendo estudada. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou o piso para professores constitucional. O receio do governo é que, depois do magistério e dos policiais, outras categorias reivindiquem o mesmo tratamento. E que a conta tenha como endereço o Tesouro Nacional.

Os temas serão tratados pela comissão especial criada por Marco Maia para tratar da PEC 300 e de outras propostas relacionadas com segurança pública. O presidente da comissão especial será Arnaldo Faria de Sá, que terá prazo de três meses para elaborar um relatório sobre as propostas. “Ele terá a responsabilidade de ouvir governadores, ouvir as entidades e buscar acordos e entendimentos que viabilizem a votação da PEC 300. A PEC prevê que o governo mandará um projeto regulamentando os seus artigos, então nós queremos adiantar o debate”, explicou Maia.

Segundo o petebista, os governadores e secretários estaduais serão chamados para poder subsidiar um levantamento completo da situação financeira das categorias. “Vamos chamar os governadores para saber quanto cada um paga, quanto pode pagar. Aí, teremos o tamanho da conta”, disse o deputado. Até agora, a comissão não foi instalada. Falta ainda o PT indicar seus integrantes. Caso isso não aconteça até sexta-feira (24), os nomes serão apontados pelo presidente da Câmara.

Fonte: Congressoemfoco

Simplificar ou complicar as eleições?

Carlos Chagas

Em política, inventar costuma não dar certo. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou a coincidência de mandatos sob o rótulo de eleições gerais num mesmo ano, talvez não no mesmo dia. Se passar no plenário e depois, na Câmara, a proposta estabelecerá que vereadores, prefeitos, deputados estaduais, governadores, senadores, deputados e presidentes da República, a partir de 2018, disputem juntos as eleições. Pode ser que num mesmo primeiro domingo de outubro, pode ser que em três domingos separados por quinze dias cada um, ou seja, eleições municipais primeiro, estaduais depois e federais por último, mas num período que não ultrapasse dois meses entre elas.

Se é para simplificar, melhor será que o eleitor vote tudo num dia só, ainda que escolher sete candidatos de uma vez, ou oito, quando houver duas vagas de senador, possa complicar quem não se encontre muito familiarizado com o digitar de teclas nas urnas eleitorais.

A pergunta que se faz é quem engolirá quem, realizando-se as eleições num só dia ou em três. Prevalecerá o espírito municipal, quer dizer, o cidadão estará mais preocupado com seu candidato a prefeito do que a presidente da República, em especial se precisar escolhê-los na mesma hora? Ou a eleição de presidente da República reduzirá a importância do prefeito?

No tempo da ditadura militar, um dos múltiplos casuísmos impostos para os generais não perderem eleições foi a vinculação total de votos. Quem votasse no candidato a vereador pelo partido governista seria obrigado, sob pena de anulação do voto, a votar nos candidatos do mesmo partido para prefeito, deputado estadual, deputado federal e senador. Naqueles idos era proibido votar para governador e presidente da República, além de em numerosos prefeitos onde o município fosse considerado de segurança nacional. Agora, na democracia, nem os mais empedernidos companheiros terão coragem de ressuscitar a vinculação. Isso significa que o eleitor poderá selecionar um candidato de cada partido, se quiser, considerando-se que até agora são 27 legendas autorizadas a funcionar.

A sugestão dos senadores complica ou simplifica? Aprimora ou deteriora o processo eleitoral? Quem quiser que responda, mas continuando as coisas como vão, o país terá oportunidade de decidir se municipaliza ou se federaliza as eleições. Bom para os partidos maiores, com diretórios na maioria dos municípios, ruim para os pequenos.

Entre outras definições adotadas na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, emergem uma que melhora e outra que piora o processo eleitoral: as posses dos eleitos não acontecerão mais no primeiro dia de janeiro, um sacrifício para os eleitos e os convidados que virão direto das festas de fim de ano. Poderão até ser escalonadas as datas: prefeitos e vereadores no dia 5, governadores e deputados estaduais no dia 15, senadores, deputados e presidentes da República no dia 25. Vantagem para todos, depois de tantas décadas com Suas Excelências sem dormir direito na véspera do dia mais importante de suas trajetórias.

No reverso da medalha, porém, decidiram os senadores manter o princípio da reeleição, justificando tratar-se de uma espécie de plebiscito onde o eleitorado aprova ou desaprova o prefeito, governador ou presidente da República que cumpriu quatro anos de mandato e pleiteia mais quatro.

Trata-se, a reeleição, de uma árvore que já nasceu torta, feita para beneficiar Fernando Henrique Cardoso, eleito para quatro anos mas tendo mudado as regras do jogo para ficar oito. E por razão muito simples: naquela emenda constitucional arrancada do Congresso muitas vezes à custa de propina e de suborno, incluíram a malandragem de que o mandatário em exercício, candidato a mais um período, não precisaria desincompatibilizar-se. Disputaria a reeleição no exercício do cargo, ou seja, com a caneta e o Diário Oficial na mão. Só perderia a eleição, assim, quem fosse muito ruim de serviço. Tanto que o sociólogo, primeiro, e o torneiro-mecânico, depois, reelegeram-se com facilidade.

Em suma, haverá que aguardar o desdobramento da reforma política, mas atentando para o fato de que vai demorar. No segundo semestre o plenário do Senado debaterá o resultado da proposta da CCJ. Semanas, senão meses, decorrerão entre discussões acirradas sobre as referidas mudanças e muitas outras por propor. O que tiver sido aprovado irá para a Câmara, onde o ritual se repetirá: Comissão de Constituição de Justiça e plenário. Só que com um complicador: mesmo atrasados, os deputados estão seguindo o caminho inverso. Também dispõem da iniciativa de começar a reforma, significando que votarão os seus projetos e depois encaminharão o resultado aos senadores. Estes estarão obrigados a igual tramitação dos textos aprovados na Câmara.

Serão dois comboios trafegando em sentido contrário na mesma linha férrea. Baterão de frente, com o agravante de que se os de cá não aceitarem as mudanças dos de lá, começará tudo de novo. E vice-versa. O risco será de alteração de datas: se no fim de tudo for aprovada a coincidência de mandatos, seria bom trocar o ano de 2018 pelo de 2028, ou, quem sabe, 2038…

***
O PORQUÊ DO ISOLAMENTO

Está explicado porque o líder do PMDB no Senado, mais os cardeais que rezam a mesma missa, jamais aproveitaram o senador Pedro Simon nas comissões, nas vice-lideranças ou em cargos da mesa diretora. O representante do Rio Grande do Sul é mantido no isolamento, numa quarentena eterna, pela simples razão de que fala a verdade e não se compõe com o engodo e a mistificação. Esta semana ocupou a tribuna, que ainda não conseguiram impedir, para denunciar a chantagem feita pelos partidos da base oficial com o governo da presidente Dilma. Querem cargos e nomeações, caso contrário ameaçam votar contra projetos de interesse do palácio do Planalto.

Simon exortou a presidente da República a resistir e a exigir, pelo menos, atestado de competência e de probidade para os indicados. Sugeriu que a chefe do governo rejeite as indicações de quem não tiver lastro ético. Parece muito difícil, mas quem sabe?

Fonte: Tribuna da Imprensa

Carlos Alberto de Nóbrega é feito refém durante assalto em Sorocaba

O humorista e apresentador do programa A Praça é Nossa, do SBT, teve a chácara assaltada. Seus filhos e funcionários do local também foram feitos refém

23/06/2011 | 20:04 | Agência Estado

O humorista e apresentador do programa A Praça é Nossa, do SBT, Carlos Alberto de Nóbrega, foi feito refém e assaltado por bandidos quando chegava para passar o feriado em sua chácara, no bairro Caguaçu, zona rural de Sorocaba, no início desta tarde. De acordo com informações da Polícia Civil, pelo menos três homens armados renderam o apresentador na entrada da chácara, obrigaram-no a abrir a porta do carro blindado e entraram com ele na casa. Um dos filhos de Carlos Alberto, Maurício, a esposa e duas filhas estavam na casa e também foram rendidos, assim como os funcionários que estavam no local.

Sob ameaça de armas, todos foram obrigados a entrar num quarto, enquanto os bandidos roubavam os objetos de valor. Os pertences pessoais das vítimas, como celulares e relógios, também foram levados. O valor dos bens não foi revelado.

Carlos Alberto, de 75 anos, contou aos policiais que os bandidos exigiram R$ 3 milhões para não levar sua netinha como refém, mas ele tinha apenas R$ 3 mil, dinheiro que foi levado pelos ladrões.

Ainda conforme a informações de policiais que estiveram no local Nóbrega ficou muito assustado e passou mal. Ele foi levado pelos familiares de volta para São Paulo e permanecia em repouso no início da noite. Ninguém ficou ferido durante a ação dos bandidos, que durou pouco mais de uma hora. Eles fugiram em dois carros e, até a noite, não tinham sido presos.

Fonte: Gazeta do Povo

Hackers fazem novo ataque e tiram site do IBGE do ar

A página na Internet do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aparece com o título "IBGE Hackeado - Fail Shell"

24/06/2011 | 08:55 | Reuters atualizado em 24/06/2011 às 09:44

O site do IBGE foi alvo de hackers e ficou fora do ar nesta sexta-feira (24), em mais uma ação desse tipo contra sites da Internet do governo brasileiro.

A página na Internet do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aparece com o título "IBGE Hackeado - Fail Shell". Logo abaixo, foi publicada uma imagem de um olho humano, nas cores verde, amarelo e azul da bandeira nacional e com a inscrição "Ordem e Progresso".

Ataque não afeta banco de dados

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou na manhã desta sexta-feira (24), por meio de sua assessoria de imprensa, que o ataque sofrido por hackers esta madrugada atingiu somente a homepage do instituto, www.ibge.gov.br, e não o banco de dados da instituição, disponível pela internet, que está intacto

A página apresenta ainda uma mensagem dizendo que este mês o governo "vivenciará o maior número de ataques de natureza virtual na sua história feito pelo Fail Shell".

Segundo o texto, esses ataques são uma forma de protesto "de um grupo nacionalista que deseja fazer do Brasil um país melhor".

Na quinta-feira (23), o site da Presidência, que hospeda informações que são públicas e não sigilosas, sofreu "acessos simultâneos" que tiraram o portal do ar. Segundo uma porta-voz do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a ação não foi para roubar dados.

A Presidência informou ainda que foram feitos serviços de manutenção em alguns sites do governo para deixá-los mais seguros contra acessos de hackers.

A página do Ministério dos Esportes também foi alvo dos ataques e esteve fora do ar por boa parte do dia.

O grupo de hackers denominado LulzSecBrazil afirmou no microblog Twitter na quinta que copiou dados protegidos no site do ministério, mostrando supostas diferenças entre contribuições e recebimentos de dinheiro do governo federal em Estados que serão sede dos jogos da Copa do Mundo, em 2014.

Além disso, o grupo divulgou dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

O mesmo grupo reivindicou na quarta-feira (22) a autoria de um ataque ao site da Petrobras, que ficou fora do ar. O grupo também tentou invadir, sem sucesso, o site da Receita Federal, segundo o governo.

Fonte: Gazeta do Povo

Índio tem carteira cassada

Folha de S.Paulo

RIO-- O ex-deputado federal Antonio Pedro Índio da Costa teve a carteira de motorista apreendida na madrugada de ontem na Operação Lei Seca, no Rio. Ex-integrante do DEM, Índio foi candidato a vice-presidente de José Serra (PSDB) na última eleição para presidente.

Hoje, o político é presidente da comissão provisória regional do PSD. Índio se recusou a fazer o teste de alcoolemia com o bafômetro após seu carro ser parado na zona sul do Rio, por volta da 1h de ontem.

A Hilux, que ele dirigia, foi parada na avenida General San Martin, esquina com Bartolomeu Mitre, no Leblon (zona sul). Ele disse que ingeriu "uma taça de vinho" na hora do almoço e preferiu "não arriscar" fazer o teste, já que poderia perder a carteira, caso o exame desse positivo.

O político só foi liberado pelos fiscais após a apresentação de um motorista habilitado para conduzir o veículo em seu lugar. Em abril, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi parado na mesma esquina pela Operação Lei Seca e também se recusou a fazer o teste do bafômetro. Aécio teve o documento apreendido e foi multado em R$ 957,70.

Fonte: Agora

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Demissão cairá com novo aviso-prévio, diz sindicato

Folha de S.Paulo

Pelo menos duas centrais sindicais defenderam ontem a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de assumir o compromisso de definir uma fórmula para dar proporcionalidade ao aviso-prévio pago aos trabalhadores demitidos sem justa causa.

A Constituição prevê que o aviso-prévio seja proporcional, com o mínimo de 30 dias. Esse período mínimo é pago hoje pelas empresas a todos os trabalhadores demitidos sem justa causa. Porém, não há regra para o pagamento de acordo com o tempo de casa do trabalhador.

O julgamento do STF foi suspenso a pedido do ministro Gilmar Mendes, depois que os oito membros da Corte concordaram quanto à necessidade de definir uma regra. Mendes se comprometeu a preparar uma sugestão e submetê-la ao plenário. Não há prazo para que isso ocorra.

Para a Força Sindical e a Conlutas, a elevação do valor do aviso-prévio tende a reduzir a alta rotatividade da mão de obra no país.

Segundo João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, as empresas brasileiras contratam 15 milhões de trabalhadores por ano e demitem 14 milhões. "Achamos que um aviso-prévio maior pode inibir isso", afirma o sindicalista.

Atnágoras Lopes, da Conlutas, disse que a decisão do STF é acertada desde que seja mantido o aviso-prévio mínimo de 30 dias.

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INSS oferece acordo para revisão dos auxílios

Ana Magalhães
do Agora

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) está propondo, na Justiça, acordo para quem começou a receber algum benefício por incapacidade entre 2001 e 2009 e tinha, na época, menos de 144 contribuições previdenciárias (o equivalente a 12 anos).

Para o segurado, a vantagem de aceitar um acordo na Justiça é garantir o recebimento dos atrasados --diferenças relativas aos últimos cinco anos-- antes de a ação ser julgada. Por outro lado, normalmente, o INSS oferece entre 70% e 80% do valor total da bolada. Se isso acontecer, o segurado deve avaliar o que é mais importante: receber antes ou ganhar o valor integral.

De acordo com a AGU (Advocacia-Geral da União), órgão que defende o INSS na Justiça, foram propostos 220 acordos judiciais na cidade de São Paulo em junho --a aceitação foi de cerca de 80%. A maioria das ações era referente a questões previdenciárias --e, entre elas, a revisão dos benefícios por incapacidade. Na semana passada, a AGU também realizou mutirões de conciliação no Paraná.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta sexta

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