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terça-feira, julho 02, 2024

Bolsonaro fica retido em rodovia no PA bloqueada por manifestantes

 Foto: Reprodução/Redes Sociais

Jair Bolsonaro em bloqueio no Pará02 de julho de 2024 | 16:51

Bolsonaro fica retido em rodovia no PA bloqueada por manifestantes

BRASIL

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou retido na rodovia PA 275, na entrada do município paraense de Parauapebas, devido a um bloqueio causado por agricultores manifestantes ligados à Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf). O ato é um protesto à chegada de Bolsonaro no município.

A interdição da via ocorreu entre as 9h e as 10h, e contou com cerca de 200 pessoas. Segundo os manifestantes, o bloqueio é uma resposta ao descaso que a gestão Bolsonaro teve em relação à agricultura familiar no Pará. Eles destacam o fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no governo passado e a interrupção da reforma agrária no estado.

“Os agricultores e agricultoras familiares jamais esquecerão os longos anos de descaso com o setor e com a produção de alimentos saudáveis”, disse Noemi Gonçalves, coordenadora da Fetraf no Pará. O bloqueio foi dissipado em cerca de um hora de duração.

Bolsonaro está em viagem pelos município paraenses para apoiar o lançamento de pré-candidaturas e filiações ao PL no Estado.

Guilherme Naldis, Estadão ConteúdoPoliticaLivre

Ministro Camilo Santana anuncia 120 milhões de reais para construção do HUPAV

 Paulo Afonso - Bahia 02/07/2024

Ministro Camilo Santana anuncia 120 milhões de reais para construção do HUPAV

Luiz Brito DRT BA 3.913
Divulgação

Os recursos beneficiarão a Universidade Federal da Bahia (UFBA); a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB); a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB); a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); e o recém-anunciado campus universitário em Jequié, com vinculação a definir. O Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) e a Maternidade Climério de Oliveira (MCO), complexo de saúde da UFBA, também recebem recursos com vistas à reforma e à ampliação.

 Ao todo, a fim de consolidar as universidades federais da Bahia, serão destinados R$ 165,2 milhões. Além disso, serão repassados ao estado R$ 60 milhões para a expansão das universidades e outros R$ 253,1 milhões para hospitais universitários. Parte desse montante, R$ 120 milhões, refere-se ao valor oriundo de articulação entre o governo da Bahia, o município Paulo Afonso e a União para a construção das novas instalações do Hospital Nair Alves de Souza.

( O editor) = Sem dúvida, uma excelente notícia para a UNIVASF e, principalmente, para a região de Paulo Afonso. Apenas espero que o novo Hospital Universitário não mantenha o mesmo nome do antigo e ultrapassado hospital. O nome deve ser escolhido pela comunidade acadêmica! E que seja homenageada(o) uma figura que tenha uma representatividade! Nair Alves: NÃO!

“Não faça isso, Brasil!”, alerta Robin Brooks, sobre Banco Central e gastos

Publicado em 2 de julho de 2024 por Tribuna da Internet

Charge do JCaesar | VEJA

Charge do JCaesar | VEJA

Leandro Manzoni
Investing.com

O ex-economista-chefe do Instituto Internacional de Finanças (IIF), Robin Brooks, se tornou uma figura constante na comunidade de investidores no X (ex-Twitter), conhecida como Fintwit. Brooks é um entusiasta dos crescentes e constantes superávits comerciais proporcionado pelas commodities, fazendo projeção de uma taxa de câmbio justa de R$ 4,50 e classificando a economia brasileira como “Suíça dos trópicos”.

Nos últimos dias, porém, as postagens de Brooks são mensagens de alerta, para que o cenário projetado pelo economista se concretiza. “Não faça isto, Brasil”, finaliza Brooks em uma postagem no qual recomenda à manutenção da independência do Banco Central e a busca pelo equilíbrio fiscal.

CRÍTICAS DE LULA – O pano de fundo são as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Banco Central (Bacen), Roberto Campos Neto, que também indicam um provável perfil do indicado para sucedê-lo no comando da autoridade monetária a partir de janeiro de 2025.

Lula não está de acordo com a manutenção da taxa Selic em 10,5% decidida na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 19 de junho, além de sua equipe econômica não apresentar um programa de corte de gastos que elimine os déficits primário e nominal e acabe com a trajetória altista da dívida pública.

As falas de Lula nos últimos dias apontaram, pelo contrário, uma busca pela continuidade no ajuste fiscal pelo lado da receita, já esgotado nos primeiros 18 meses de seu terceiro mandato.

POLÍTICA ERRADA – Na avaliação do Copom, a política fiscal expansionista, juntamente com uma atividade econômica e mercado de trabalho aquecidos acima das projeções, é o que está deteriorando a expectativa de inflação para 2025 e 2026 acima da meta de 3% ao ano.

Além disso, os investidores têm receio de que o próximo presidente do Banco Central, que será indicado por Lula, possa ser leniente com a inflação e faça vista grossa com os déficits fiscais, mantendo uma taxa de juros artificialmente baixa para contemplar o Palácio do Planalto, o que tiraria, na prática, a autonomia do Banco Central estabelecida em uma lei aprovada pelo Congresso brasileiro em 2021.

“A Turquia é um conto de alerta para Brasil”, afirma Brooks ao comparar as possíveis intenções do atual governo brasileiro com que o governo turco, sob a liderança do presidente Recep Tayyip Erdogan, fez em março de 2021 ao demitir o presidente do Banco Central do país para forçar um corte nas taxas de juros.

EXEMPLO DA TURQUIA – “O que se seguiu foi um colapso da lira [moeda turca], hiperinflação e a taxa de juros da Turquia é atualmente muito maior do que seria sem esse experimento”, avalia o economista.

“O Banco Central do Brasil é a âncora da estabilidade, trazendo a inflação [do Brasil] ao nível dos países desenvolvidos”, diz Brooks, criticando a fala de Lula de querer “um presidente do Banco Central que não pensa nos mercados”.

“A maior âncora de estabilidade não é nem [o ex-presidente Jair] Bolsonaro nem Lula, é um banco central forte e independente. Se começa a desmantelar, tudo isso desmorona…”, prossegue o economista em outra postagem.

SUÍÇA DOS TRÓPICOS – Em meio às críticas ao presidente Lula, Brooks faz recomendações para que o Brasil realmente se torne a “Suíça dos trópicos”, abordando que a economia do país é um exemplo de “contração fiscal expansionista”.

“O caminho para um crescimento maior do Brasil não é pela expansão fiscal e mais dívida. Brasil já tem a maior taxa de juros dos títulos de 10 anos entre as economias emergentes. Se o Brasil reduzisse sua dívida, taxas de juros cairiam e a economia teria um boom. Uma contração fiscal expansionista…”, avalia Brooks, que aponta ser essa uma oportunidade à economia brasileira ao invés de focar esse quadro como um problema.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Enviada por José Guilherme Schossland, a matéria mostra como é fácil um presidente idiota transformar o Brasil numa gigantesca Argentina. (C.N.)


O Abrigo São Vicente de Paulo (Vicentinos):35 anos de amor e dignidade em risco

                                         Foto Divulgação - Pastoral da Comunicação


Abrigo São Vicente de Paulo: 35 anos de amor e dignidade em risco

O Abrigo São Vicente de Paulo em Jeremoabo completa 35 anos como um farol de esperança para os idosos em Jeremoabo. Ao longo dessa história inspiradora, a instituição vem oferecendo acolhimento, cuidado e dignidade a quem mais precisa, com amor e respeito.

No entanto, a sombra da falta de recursos paira sobre essa obra tão importante. Apesar da dedicação dos colaboradores e da generosidade da comunidade, o abrigo enfrenta dificuldades para garantir o mínimo necessário para seus residentes, inclusive fraldas geriátricas.

É inaceitável que, enquanto o Abrigo São Vicente de Paulo luta para suprir necessidades básicas, recursos públicos sejam desviados para fins pessoais e supérfluos. A quantia desviada pelo prefeito para autopromoção nas redes sociais e a metade dos gastos excessivos com combustíveis da Câmara de Vereadores bastariam para garantir que os idosos do abrigo tenham acesso a fraldas geriátricas por 50 anos.

Um apelo à justiça e à solidariedade:

  • Aos responsáveis pelo desvio de recursos: Repensem suas ações. O dinheiro público é sagrado e deve ser utilizado para o bem da comunidade, não para benefício próprio.
  • À população de Jeremoabo: Unimo-nos em prol do Abrigo São Vicente de Paulo. Doe fraldas geriátricas, contribua financeiramente ou se voluntarie. Juntos, podemos fazer a diferença na vida desses idosos.
  • Aos órgãos de controle: Investiguem com rigor os casos de desvio de recursos e tomem as medidas cabíveis. A impunidade não pode ser tolerada.

O Abrigo São Vicente de Paulo é um patrimônio de Jeremoabo. Defender sua causa é defender a dignidade, o amor e o respeito pelos nossos idosos. É hora de unirmos forças para garantir que essa obra continue a ser um lar acolhedor e cheio de vida para quem mais precisa.

Lembre-se:

  • A omissão é conivente. Denuncie qualquer irregularidade.
  • A solidariedade é a base da mudança. Doe, contribua, se voluntarie.
  • Juntos, podemos construir um futuro melhor para os idosos de Jeremoabo.

Não podemos permitir que a falta de recursos tire a esperança do Abrigo São Vicente de Paulo. Chegou a hora de agir com responsabilidade, justiça e amor.

35 ANOS DO ABRIGO DE SÃO VICENTE DE PAULO - JEREMOABO/BA

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Nota da redaçao deste Blog :

Abrigo São Vicente de Paulo: 35 anos de acolhimento e esperança em Jeremoabo

O Abrigo São Vicente de Paula completa 35 anos em Jeremoabo, semeando amor e dignidade para os idosos da cidade. Mais do que um abrigo, a instituição se tornou um lar acolhedor, onde a velhice é celebrada com carinho e respeito.

Ao longo de sua história, o abrigo já acolheu e cuidou de centenas de idosos, proporcionando-lhes um ambiente seguro, com acompanhamento médico e nutricional, atividades de lazer e, acima de tudo, afeto e companhia. A dedicação dos voluntários é a alma do abrigo, transformando cada dia em um momento especial para os acolhidos.

Em um mundo onde a velhice nem sempre é valorizada, o Abrigo São Vicente de Paulo se destaca como um farol de esperança. É um lugar onde a vida é celebrada em sua plenitude, com dignidade e amor.

Um chamado à ação:

O abrigo precisa do apoio de todos para continuar sua missão. Doações, sejam financeiras ou de materiais, são fundamentais para garantir a qualidade de vida dos idosos. O trabalho voluntário também é essencial, pois permite que os acolhidos recebam atenção individualizada e carinho humano.

Um futuro promissor:

Mesmo diante das dificuldades, a comunidade de Jeremoabo demonstra grande compaixão e solidariedade com o abrigo. A união de todos, junto à ação dos órgãos públicos, pode garantir que essa instituição continue a ser um refúgio de amor e dignidade para os idosos da cidade.

Reflexões:

  • O Abrigo São Vicente de Paulo é um exemplo inspirador de como a compaixão e a solidariedade podem transformar vidas.
  • É nosso dever cuidar dos nossos idosos, proporcionando-lhes um ambiente acolhedor e digno.
  • O futuro da nossa sociedade depende do respeito e da valorização da velhice.

Conclusão:

Os 35 anos do Abrigo São Vicente de Paulo são um marco de amor e dedicação. A instituição nos ensina que a velhice é uma fase da vida a ser celebrada, com dignidade e esperança. Que a chama da compaixão e da solidariedade continue a iluminar o caminho do abrigo, garantindo um futuro promissor para os idosos de Jeremoabo.

Iniciativa direcionada a provedores de internet pode levar conectividade a mais regiões do Brasil


Banco Fibracem se torna uma alternativa valiosa para garantir expansão de rede de fibra óptica no Brasil e que mais regiões, principalmente as mais distantes, se beneficiem da tecnologia.

Pensar em investimentos para expandir e até mesmo manter ativa e a todo vapor a operação de uma empresa é uma medida essencial em praticamente todos os segmentos. E no mercado de infraestrutura de rede, esse pensamento é ainda mais evidente.

De acordo com a CEO da Fibracem, uma das principais indústrias especializadas no setor de comunicação óptica no Brasil e única 100% nacional, Carina Bitencourt, a quantidade de provedores de internet (ISP’s) que vêm aderindo à iniciativa Banco Fibracem tem aumentado de maneira significativa e em uma velocidade progressiva.

Ainda segundo ela, a alternativa vem ganhando cada vez mais espaço no mercado por incentivar os provedores de internet a expandirem a infraestrutura de fibra óptica no Brasil. “Essa adesão vem sendo cada vez mais frequente devido às inúmeras vantagens que os ISP’s têm em relação às outras instituições financeiras” afirma a executiva da companhia.

O Banco Fibracem prevê proporcionar condições e formas de pagamento mais atrativas, a investimentos voltados para projetos de rede, além de apresentar taxas de juros que podem ser, no mínimo, até 30% menores que as aplicadas por fundos de investimentos ou bancos tradicionais.

O fato de elas [as infraestruturas de redes de fibra óptica] serem vistas como a espinha dorsal para oferecer conexão, promover competitividade e propagar de uma forma cada vez mais forte o acesso à informação no Brasil, alternativas como essa tem sido crucial para manter a constância na expansão e na implantação de novas redes de fibra óptica no Brasil.

“São graças a iniciativas como essas que é possível atender à crescente demanda por internet de alta qualidade, além de garantir que mais regiões, principalmente as mais distantes, se beneficiem da tecnologia”, reforça Carina.

Para se ter uma ideia do quanto a busca por expansão de redes de fibra óptica no Brasil é um assunto levado a sério, hoje, mais de 1,3 milhão de quilômetros de cabos de fibra óptica estão instalados no país. É o equivalente a 32 voltas ao redor da Terra ao longo da Linha do Equador.

Uma luz no fim do túnel

A possibilidade também vem sendo encarada como uma válvula de escape nos últimos anos, período em que linhas de crédito aos chamados ISP’s se tornaram cada dia mais difíceis, principalmente no pós-pandemia, em meados de 2020.

Ainda segundo a executiva, mesmo com várias alternativas de bancos públicos e instituições financeiras convencionais, a liberação de financiamento tem se tornado uma tarefa cada vez mais difícil.

“Isso se deve por conta da precificação da taxa de juros, que leva em consideração também o risco da inadimplência, que aumentou significativamente com a crise pandêmica e que ainda está em processo de recuperação. E esses aspectos têm dificultado – e muito – em ser aprovado para uma linha de crédito compatível para o investimento desejado”, finaliza Carina Bitencourt.


Hamilton Zambiancki
Assessoria de Imprensa Fibracem
+55 41 9 9529-7090

Piada do Ano! CNJ pede que 13ª Vara explique o grampo na cela de Youssef

Publicado em 2 de julho de 2024 por Tribuna da Internet

Policiais dizem à CPI que escuta na cela de Youssef estava ativa e era  ilegal - 02/07/2015 - Poder - Folha de S.Paulo

Doleiro Youssef inventou que o grampo estava na cela

Guilherme Naldis
Estadão

A 13ª Vara Federal de Curitiba terá de explicar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) porque havia um grampo telefônico na cela do doleiro Alberto Youssef, no início da Operação Lava Jato. A intimação foi despachada neste domingo, 30, pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão.

Agora, o juizado tem 15 dias para explicar o dispositivo, e porque estava ativo. A investigação é tocada pela Polícia Federal, no gabinete do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

JUIZ APPIO – “Determino a correção do polo passivo deste Pedido de Providências, uma vez que, compulsando os autos, verifica-se que os supostos fatos narrados e as condutas alegadas como irregulares na condução do processo que apurava a existência de referida escuta não estão relacionados ao magistrado Eduardo Appio, mas, sim – a princípio – a outros magistrados que atuaram na 13ª Vara Federal de Curitiba. Desse modo, Appio foi incluído no polo passivo pois, à época de sua interposição, era o juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba e havia desarquivado referidos autos para retomar a apuração de eventuais crimes cometidos, tendo em vista notícias de supostas fraudes anteriormente cometidas na sindicância realizada pela Polícia Federal e na condução do processo pelo Juízo da 13ª Vara Federal”, determina a medida.

A investigação pode anular os efeitos da delação do doleiro, a depender do rumo indicado pela vara curitibana. O depoimento de Youssef foi um dos mais importantes da Lava-Jato, que baseou muitas investigações e decisões da Justiça no Paraná.

O DOLEIRO – Pivô das investigações, o doleiro Alberto Youssef foi um dos primeiros presos na Lava Jato, em março de 2014.

Ele foi condenado por lavagem de dinheiro e organização criminosa no decorrer das investigações, mas, após fechar um novo acordo de delação, migrou para a prisão domiciliar em 17 de novembro de 2016 e, em 2017, para o regime aberto.

No ano passado, por ordem do juiz federal Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, a PF voltou a prender Youssef em Itapoá, em Santa Catarina, onde mora, segundo sua defesa. Em menos de 24 horas, no entanto, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) determinou a soltura do doleiro.

Desde de que deixou a prisão, Youssef se mudou para Itapoá. Lá, passou a dar expediente num terminal de contêineres do Porto de Itapoá, em uma empresa de cargas.

Cela de Alberto Youssef tinha escuta clandestina, acusam doleiro e seu  advogado | VEJA###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– É uma tremenda Piada do Ano. Na época, todo mundo soube que era um golpe de Youssef para ser libertado. Ficou famosa a foto do doleiro exibindo o equipamento de escuta, um modelo enorme, cheio de fios, obsoleto há décadas e que jamais poderia ser instalado numa cela de cadeia sem que ninguém notasse. E agora, tantos anos depois, o corregedor do CNJ vem de novo com isso. Sinceramente, parece não ter o que fazer. (C.N.)

Lula 3 está malogrando porque ele não sabe decifrar seu dilema institucional

Publicado em 2 de julho de 2024 por Tribuna da Internet

Arquivo de Charges - Jornal de Brasília

Charge do Baggi (Jornal de Brasília)

Marcus André Melo
Folha

Os impasses atuais nas relações do presidente Lula com o Congresso evocam —mas como veremos apenas superficialmente— o padrão identificado por Celso Furtado em “Obstáculos Políticos ao Desenvolvimento Econômico” (1965). Nele, Furtado reflete sobre a crise de 64 e sua estrutura mais profunda: um executivo eleito pelo eleitorado urbano que se confrontava com um Congresso que obstaculizava uma agenda de reformas “de base”.

O resultado era um confronto paralisante cujo desenlace foi a ruptura da ordem constitucional. Já examinei o argumento aqui.

SEM PROGRAMA – O paralelo entre as duas situações é descabido por pelo menos três razões. A primeira é que Lula não é hoje uma liderança reformista. Inexiste uma agenda de governo, potencialmente transformadora (mesmo na forma de alguma utopia sem qualquer viabilidade) e com apoio amplo.

A situação geopolítica é outra e não há ameaças à vista. Lula não tem um mandato no sentido clássico da expressão; antes é expressão de uma maioria negativa que se formou contra um processo de erosão democrática.

Aqui nem sequer se forjou frente ampla em padrão histórico, mas uma solução ad hoc, sem musculatura. Por isso mesmo, não há conflito, como no passado, salvo entreveiros retóricos, que, contudo, têm repercussões.

SEM SUBSTITUTO – A segunda razão se entrelaça com a primeira: Lula é caso único no plano internacional de liderança à frente de um partido por quase 40 anos.

Não se trata aqui de sua idade, que, sim, contrasta com lideranças extremamente jovens em democracias longevas como França, Canadá e Inglaterra. Mas do papel partidário que cumpre, sem renovação, e que expressa —aqui sim— uma calcificação política.

A terceira razão é que embora não tenha agenda, Lula 3 persegue uma estratégia clara. Seu foco é o plano externo onde estão os frutos supostamente fáceis de colher, sobretudo na agenda ambiental. Como mostrei aqui. Aqui o Brasil tem vantagens comparativas e clara relevância global. Bem-sucedido, Lula entraria no panteão de estadistas.

COBERTOR CURTO – Para o plano doméstico, Lula 3 delegaria amplamente a barganha política, garantindo protagonismo aos líderes congressuais e, sobretudo, presidentes das casas legislativas. Mas o cobertor fiscal é curto.Decorridos um ano e meio de mandato podemos concluir que esta estratégia definitivamente malogrou..

A busca de protagonismo internacional deu com os burros n’água na Ucrânia e em Israel; a autocratização definitiva da Venezuela expôs as contradições de suas ambiguidades e lealdades.

No plano doméstico, Lula sobrestimou sua potência ignorando seu caráter hiperminoritário na sociedade e no Legislativo. E a situação fiscal e econômica se deteriora quando é instado a intervir na arena doméstica. Eis o dilema institucional atual.


França vai ao segundo turno sem acordo para ter governo majoritário

Publicado em 2 de julho de 2024 por Tribuna da Internet

Partido de Marine obteve 33% dos votos e ainda é pouco

Pedro do Coutto

As eleições na França serão decididas no próximo domingo, dia 7 de julho, quando será o segundo turno do pleito. O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, saiu à frente no primeiro turno das eleições parlamentares realizadas no último domingo.

A sigla, segundo o Ministério do Interior francês, obteve 33% dos votos. A Nova Frente Popular, um grande bloco de partidos de esquerda, ficou em segundo lugar, com 28% dos votos, e o bloco centrista do presidente francês, Emmanuel Macron, terminou em terceiro lugar, com 20% dos votos.

RECORDE – O pleito, que havia sido convocado apenas três semanas atrás, teve recorde de participação em quase quarenta anos – na França, o voto não é obrigatório  – e concretizou o favoritismo do grupo político de Le Pen. O resultado seguiu o que projetaram pesquisas de intenção de votos.

Pelo sistema político da França, semipresidencialista, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalizão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente — este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo.

REDUÇÃO – O resultado já implica em uma redução acentuada na presença do Renascimento — grupo político de Macron — na Assembleia Nacional. Após conquistar 250 cadeiras em 2022, tornando-se o grupo com maior representação parlamentar, os governistas terão entre 70 e 120 deputados eleitos, de acordo com as estimativas dos institutos de pesquisa. Mesmo no cenário mais otimista projetado pelos institutos, os aliados de Macron ficam atrás da Nova Frente Popular, que deve conquistar um mínimo de 150 assentos.

Novamente o panorama francês coloca a opção entre a direita e uma composição de centro-esquerda capaz de derrotá-la nas urnas. É preciso que haja união entre Macron e as esquerdas estabelecida no decorrer desta semana para que o eleitorado da França impeça a tomada do poder pela ultra-direita.

Não será uma tarefa fácil, mas também será difícil para a direita fazer qualquer união com outras legendas, uma vez que o radicalismo direitista o isola no conceito popular.  As urnas definirão o que acontecerá, mas as dificuldades de Macron serão grandes, pois ele não mostrou capacidade de liderança nesses últimos anos.

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