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sexta-feira, outubro 04, 2024

Crime organizado, caixa 2 e porrada são os grandes marcos desta eleição


Datena x Marçal: Quais as implicações jurídicas da cadeirada?

Cadeirada de Datena em Marçal exibe a nova política

Bruno Boghossian
Folha

Aconteceu em Alagoas. Uma semana antes do primeiro turno, um juiz eleitoral mandou suspender a campanha no município de Taquarana. Ele relatou “agressividade exagerada”, “denúncias de perseguições” e “uso de arma de fogo” na disputa. Proibiu carreatas, passeatas e comícios. Pediu o reforço de tropas federais e determinou: ninguém poderá comemorar o resultado da votação em locais públicos.

Nos gabinetes da Justiça Eleitoral, muita gente acreditou que a inteligência artificial seria o maior desafio desta campanha. Mas uma boa parte da política do país está mais próxima de tempos medievais do que de qualquer revolução tecnológica.

CRIME & POLÍTICA – As disputas deste ano provaram a presença escancarada do crime organizado na política dos municípios. A corrupção e o dinheiro vivo viraram parte da paisagem. O jogo baixo e a porradaria se tornaram armas comuns na campanha. Em Taquarana, aliados de um candidato desfilaram com a foto do rival pregada num caixão, de acordo com o UOL. Do outro lado, um militante avisou aos adversários que era hora de “apanhar e ficar calado”.

O tráfico, as milícias e o garimpo ilegal abraçam a atividade política como parte dos negócios. Lançam candidatos próprios e patrocinam outros nomes para controlar contratos, aprovar leis de seu interesse e acumular poder. As ferramentas das quadrilhas são conhecidas: assassinatos, ameaças, bloqueio de territórios e coação de eleitores.

DINHEIRO VOANDO – Bolos de dinheiro viajam em porta-malas para abastecer o caixa dois das campanhas ou simplesmente para comprar votos. Às vezes, a grana voa pelos ares. Em Coari (AM) um candidato foi detido depois de fazer uma chuva de dinheiro em praça pública. A lei e as restrições ao financiamento de campanhas não assustam tanta gente. Prisões são tratadas como efeitos colaterais.

A corrida pelo comando da maior cidade do país ficou marcada por uma cadeirada e um soco na cara. Seriam só asteriscos pitorescos se o eleitor pudesse ter a certeza de que o próximo prefeito terá um programa para resolver o transporte público cruel, o ar irrespirável, a degradação apavorante de bairros inteiros e outras tragédias urbanas.


Solução de dois Estados pode consolidar golpe de Israel contra Hamas e Hezbollah


Um homem em um terno escuro, com uma gravata azul, está em pé em um palco, segurando dois cartazes. O cartaz à esquerda tem o título 'THE CURSE' e mostra um mapa, enquanto o cartaz à direita tem o título 'THE BLESSING' e também apresenta um mapa com uma linha vermelha. Ao fundo, outras pessoas estão visíveis, mas não são claramente identificáveis

Netanyahu exibe os mapas da “Maldição” e da “Benção”

Thomas L. Friedman
Folha (NYTimes)

Para entender por que e como o golpe devastador de Israel no Hezbollah é uma ameaça tão devastadora para o mundo do Irã, Rússia, Coreia do Norte e até mesmo China, você tem que colocá-lo no contexto da luta mais ampla que substituiu a Guerra Fria como a estrutura das relações internacionais hoje.

Após a invasão de Israel pelo Hamas em 7 de outubro, argumentei que não estávamos mais na Guerra Fria, ou no pós-Guerra Fria. Estávamos no pós-pós-Guerra Fria: uma luta entre uma “coalizão de inclusão” —países decentes, nem todos democracias, que veem seu melhor futuro entregue por uma aliança liderada pelos EUA, empurrando o mundo para uma maior integração econômica, abertura e colaboração para enfrentar os desafios globais, como as mudanças climáticas— versus uma “coalizão de resistência”, liderada pela Rússia, Irã e Coreia do Norte: regimes brutais e autoritários que usam sua oposição ao mundo de inclusão liderado pelos EUA para justificar a militarização de suas sociedades e manter um controle de ferro sobre o poder.

A China tem se mantido em dois campos porque sua economia depende do acesso à coalizão de inclusão, enquanto a liderança do regime compartilha muitos dos instintos e interesses autoritários da coalizão de resistência.

LUTA GLOBAL – Você tem que ver as guerras na Ucrânia, na Faixa de Gaza e no Líbano no contexto dessa luta global. A Ucrânia estava tentando se juntar ao mundo da inclusão na Europa —buscando ter liberdade da órbita da Rússia e se juntando à União Europeia— e Israel e a Arábia Saudita estavam tentando expandir o mundo da inclusão no Oriente Médio normalizando as relações.

A Rússia tentou impedir a Ucrânia de se juntar ao Ocidente (UE e Otan) e o Irã, o Hamas e o Hezbollah tentaram impedir Israel de se juntar ao Oriente (laços com a Arábia Saudita). Porque se a Ucrânia se juntasse à UE, a visão inclusiva de uma Europa “inteira e livre” estaria quase completa e a cleptocracia de Vladimir Putin na Rússia quase completamente isolada.

E se Israel tivesse permissão para normalizar as relações com a Arábia Saudita, isso não só expandiria enormemente a coalizão de inclusão naquela região —uma coalizão já expandida pelos Acordos de Abraão que criaram laços entre Israel e outras nações árabes— como isolaria quase totalmente o Irã e seus representantes imprudentes do Hezbollah no Líbano, os houthis no Iêmen e as milícias xiitas pró-iranianas no Iraque, todos os quais estavam levando seus países a Estados falidos.

BASE IRANIANA – De fato, é difícil exagerar o quanto o Hezbollah e seu líder, Hassan Nasrallah, que foi morto por um ataque israelense na sexta-feira (27), eram detestados no Líbano e em muitas partes do mundo árabe sunita e cristão pela maneira como sequestraram o Líbano e o transformaram em uma base para o imperialismo iraniano.

Eu estava falando no fim de semana com Orit Perlov, que rastreia a mídia social árabe para o Instituto de Estudos de Segurança Nacional de Israel. Ela descreveu a enxurrada de postagens nas redes sociais de todo o Líbano e do mundo árabe celebrando a queda do Hezbollah, pedindo ao governo libanês que declarasse um cessar-fogo unilateral para que o Exército libanês pudesse tomar o controle do sul do Líbano do Hezbollah e, então, trazer tranquilidade à fronteira.

Os libaneses não querem que Beirute seja destruída como Gaza e estão realmente com medo de um retorno da guerra civil, Perlov me explicou. Nasrallah já havia arrastado os libaneses para uma guerra com Israel que eles nunca quiseram, mas o Irã ordenou.

REDE DE ALIANÇAS – A administração Biden-Kamala vem construindo uma rede de alianças para dar peso estratégico à coalizão de inclusão —do Japão, Coreia do Sul, Filipinas e Austrália no Extremo Oriente, passando pela Índia e Arábia Saudita, Egito, Jordânia e então pela UE e Otan.

A pedra fundamental de todo o projeto foi a proposta da equipe do presidente Joe Biden de normalizar as relações entre Israel e Arábia Saudita, o que os sauditas estão prontos para fazer, desde que Israel concorde em abrir negociações com a Autoridade Palestina na Cisjordânia sobre uma solução de dois Estados. E aqui vem o problema.

Preste muita atenção ao discurso do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, perante a Assembleia-Geral da ONU na sexta-feira. Ele entende muito bem a luta entre as coalizões de resistência e de inclusão das quais estou falando. Na verdade, isso foi central para seu discurso nas Nações Unidas.

DOIS MAPAS – Como assim? Netanyahu levantou dois mapas durante seu discurso, um era intitulado “A Bênção” e o outro “A Maldição”. “A Maldição” mostrava a Síria, o Iraque e o Irã em preto como uma coalizão de bloqueio entre o Oriente Médio e a Europa. O segundo mapa, “A Bênção”, mostrava o Oriente Médio com Israel, Arábia Saudita, Egito e Sudão em verde e uma seta vermelha de duas vias cruzando-os, como uma ponte conectando o mundo da inclusão na Ásia com o mundo da inclusão na Europa.

Mas se você olhar atentamente para o mapa da “Maldição” de Netanyahu, ele mostra Israel, mas sem fronteiras com Gaza e a Cisjordânia ocupada (como se ela já tivesse sido anexada —o objetivo desse governo israelense).

E esse é o problema. A história que Netanyahu quer contar ao mundo é que o Irã e seus representantes são o principal obstáculo ao mundo da inclusão que se estende da Europa, passando pelo Oriente Médio até a Ásia-Pacífico. Discordo. A pedra fundamental de toda essa aliança é uma normalização saudita-israelense baseada na reconciliação entre Israel e os palestinos moderados.

GOLPE DIPLOMÁTICO – Se Israel agora avançar e iniciar um diálogo sobre dois Estados para dois povos com uma Autoridade Palestina reformada, que já aceitou o tratado de paz de Oslo, esse seria o golpe diplomático que acompanharia e solidificaria o golpe militar que Israel acabou de dar contra o Hezbollah e o Hamas. Isso isolaria totalmente as forças de resistência na região. Nada abalaria mais o Irã, o Hamas, o Hezbollah e a Rússia —e até mesmo a China.

Mas para fazer isso, Netanyahu teria de assumir um risco político ainda maior do que o risco militar que ele acabou de assumir ao matar a liderança do Hezbollah, também conhecido como “Partido de Deus”.

Netanyahu teria que romper com o “Partido de Deus” israelense —a coalizão de supremacistas e messianistas de extrema direita que querem que Israel controle permanentemente todo o território do Rio Jordão ao Mediterrâneo, sem linhas de fronteira entre eles, assim como no mapa da ONU de Netanyahu.

PARTIDOS DE DEUS – Esses partidos mantêm Netanyahu no poder, então ele precisaria substituí-los por partidos centristas israelenses, que eu sei que colaborariam com ele em tal movimento.

Então aí está o grande desafio do dia: a luta entre o mundo da inclusão e o mundo da resistência se resume a muitas coisas, mas nenhuma mais —hoje— do que a disposição de Netanyahu de dar continuidade ao seu golpe no “Partido de Deus” no Líbano, desferindo um golpe político semelhante no “Partido de Deus” em Israel.


Decisões de Toffoli incentivam que haja leniência diante da corrupção

Publicado em 4 de outubro de 2024 por Tribuna da Internet

De

O ministro Dias Toffoli, durante sessão do STF

Estilo Toffoli de “fazer justiça” deixa muito a desejar

u em O Globo

Faz um ano que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), vem anulando decisões da Operação Lava-Jato e de outras operações de vulto contra a corrupção em decisões individuais, com a anuência da maioria da Segunda Turma da Corte. A última, anunciada na semana passada, beneficiou Leo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS. Réu confesso, Pinheiro relatou propinas na Petrobras e as reformas no apartamento do Guarujá e no sítio de Atibaia que levaram aos processos, depois anulados, contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Toffoli acatou a versão da defesa, segundo a qual Pinheiro, condenado a mais de 30 anos de prisão, foi vítima de “ilegalidades processuais”. Sozinho, cancelou todas as ações contra ele.

OPERAÇÃO DESMONTE – Tem sido esse o procedimento-padrão no desmonte da maior operação contra corrupção da História do Brasil. Nada de debate no plenário, nenhuma possibilidade de a população ouvir opiniões divergentes. É difícil pensar que isso contribua de algum modo para a confiança dos brasileiros no Judiciário.

Em setembro do ano passado, Toffoli invalidou as provas do acordo de leniência firmado pela Odebrecht (hoje Novonor). Tornou nulos todos os dados obtidos pelos sistemas de informação do “departamento de propinas” da empreiteira. Cinco meses depois, suspendeu o pagamento das multas. Em maio, anulou as decisões da Lava-Jato contra o também réu confesso Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira.

Ele baseou seu despacho nas mensagens trocadas pelo então juiz Sergio Moro e integrantes do Ministério Público. Obtidas de forma ilegal, elas mostraram cooperação entre os responsáveis pela acusação e o juiz.

UMA AVALANCHE – A partir da decisão que beneficiou a Odebrecht, sabia-se que haveria uma avalanche de pedidos de condenados. De acordo com a advogada de defesa de Pinheiro, Maria Francisca dos Santos Accioly, “todas as barbáries e ilegalidades processuais sofridas por Marcelo Odebrecht vitimizaram igualmente Leo Pinheiro”.

Ao concordar com essa tese, Toffoli voltou a mencionar as conversas obtidas ilegalmente. “Diante do conteúdo dos frequentes diálogos entre magistrado e procurador especificamente sobre o requerente, fica clara a mistura da função de acusação com a de julgar, corroendo-se as bases do processo penal democrático”, disse o ministro.

Na semana passada, a defesa do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró protocolou pedido a Toffoli para também ser beneficiado. A lista é grande.

REPERCUSSÃO – Como era de esperar, as decisões tomadas no STF têm repercutido nas instâncias inferiores. Em agosto, o juiz Guilherme Roman Borges, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, arquivou uma ação penal por organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo executivos da Braskem.

No início de setembro, mandou a União devolver R$ 25 milhões pagos em multa por Jorge Luiz Brusa, que fechara acordo com o Ministério Público. A lista de recuos da Justiça também é grande — e só faz crescer.

Não resta dúvida de que a Lava-Jato cometeu excessos. Mas as decisões de Toffoli livrando de punição réus confessos transmite a mensagem contrária à necessária num país com o histórico de impunidade do Brasil. Pela importância, elas mereceriam um debate mais aprofundado no plenário da Corte, capaz de avaliar se, por mais que haja justificativas processuais, a anulação de todos os casos e provas é a melhor forma de combater a corrupção.


A habitual briga de alas na esquerda agora também está dividindo a direita


Bolsonaro passa mal e é levado a hospital em São Paulo; ele mantém agenda  na Paulista | Jovem Pan

Jair Bolsonaro só consegue liderar parte da esquerda

Dora Kramer
Folha

Brigas internas e divisões entre partidos sempre foram características da esquerda. Isso deu origem ao termo “esquerdas”, falado como se houvesse mais de um lado esquerdo a se contrapor ao flanco direito. Pois agora já se pode atualizar a imprecisão e permitir referência a “direitas”. Junto à perda de inibição dessa banda em dizer seu nome em voz alta, surge nesse espectro ideológico o elemento da divisão.

Hoje não é mais possível juntar todos sob a denominação de “bolsonaristas”. Jair Bolsonaro (PL) tirou esse pessoal do armário, mas nem por isso ficou dono de toda a mobília da casa.

HÁ DIFERENÇAS – As “esquerdas” se abrigam sob a marquise de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas as “direitas” não se mostram confortáveis todas só ao abrigo do guarda-chuva do ex-presidente, hoje um inelegível à procura de anistia.

Na contestação à liderança de Bolsonaro temos, ao contrário do que ocorre com a esquerda em sua submissão ao petista, brigas de gente grande por esse eleitorado.

Na esfera caricata, Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de São Paulo. Fora do contexto circense, uma penca de governadores se apresenta como possibilidades à disputa em 2026. Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e outros três ou quatro menos considerados/votados.

BRIGAS MUNICIPAIS – Nas brigas dessa eleição de domingo, certo de que o PT não é páreo muito perigoso na corrida pela conquista de prefeituras, o PL deixa Lula de lado e se volta contra o PSD de Gilberto Kassab, homem forte de Tarcísio.

São, por enquanto, quatro os embates entre eles. Além da corrida por prefeituras há as divergências em torno da presidência da Câmara dos Deputados, das propostas de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes e da ofensiva por anistia aos condenados do 8 de janeiro.

Nos palanques, principalmente digitais, Caiado vira “covarde”, Tarcísio de Freitas um inadmissível moderado e o inelegível Bolsonaro um rendido ao “sistema”. A sorte das “direitas” é que as “esquerdas” vivem de um passado que já passou.


Presidente não conseguirá mudar o fato de que o salário mínimo é inflacionário

Publicado em 4 de outubro de 2024 por Tribuna da Internet

Salário mínimo fica abaixo da inflação em 2022 - Sindicato dos Bancários de  Paranaguá

Charge do Ivan Cabral (Sorriso Pensante)

Samuel Pessôa
Folha

No dia 13, o presidente Lula inaugurou o Complexo de Energias Boaventura, na região metropolitana do Rio. O complexo é a versão reciclada da refinaria Comperj, um dos maiores elefantes brancos de nossa história. No evento de inauguração, o presidente criticou a afirmação do Banco Central em seus documentos de que a política de elevação do salário mínimo é inflacionária.

Afirmou que os elevados salários pagos a executivos e outros profissionais não são considerados inflacionários, que os dividendos que a Petrobras distribui não são considerados inflacionários, mas a política de valorização do salário mínimo é inflacionária para o mercado e para o Banco Central.

CAUSA E EFEITO – A diferença é que os salários dos executivos e os dividendos da Petrobras são rendas produzidas pelo funcionamento do mercado. O valor do mínimo é fruto de uma legislação aprovada no Congresso Nacional e não guarda proporcionalidade com a evolução da produtividade do trabalhador de baixa qualificação.

A mesma diferença ocorre com os juros da dívida pública e o gasto primário. Os juros da dívida pública são fruto de contrato feito em condições de mercado entre os poupadores que financiam o Estado brasileiro. As linhas do gasto primário são decididas pelo Congresso Nacional.

Há por parte de Lula um questionamento e desconforto com a operação de uma economia de mercado. É natural que assim seja. A operação da economia de mercado produz por aqui uma das maiores desigualdades de renda que se conhece. Uma forma de alterar a desigualdade, a longo prazo, é por meio da escolarização de qualidade da população.

ESCOLARIZAÇÃO – Apesar de certo ceticismo com a educação, trabalho recente muito cuidadoso, e ainda não publicado, de Amory Gethin documenta que a escolarização da população explica 50% de todo o crescimento na economia mundial entre 1980 e 2022, e 70% do crescimento da renda do quinto mais pobre da população mundial.

Em prazos médios, é possível melhorar a distribuição de renda alterando as instituições, como a legislação sindical, trabalhista e tributária, entre outras. No Brasil, parece que a reforma dos impostos de renda com vistas a elevar a progressividade será o próximo passo do ministro Haddad.

Um passo importante será alterar o gasto tributário que favorece os mais ricos, como dedução integral dos gastos com saúde do IRPF e isenção de contribuir com o IRPJ de pessoas ricas com doenças previstas em lei.

SALÁRIO MÍNIMO – A curto prazo, o principal instrumento de redução da desigualdade que Lula tem é a regra de valorização do salário mínimo. Este aumenta mecanicamente a renda dos trabalhadores desqualificados. Adicionalmente, como os benefícios dos programas sociais estão vinculados ao mínimo, sua elevação aumenta o salário de reserva do trabalhador desqualificado.

No entanto, a limitação de recursos é fato. A elevação do salário mínimo pressiona a demanda e, quando a economia se aproxima do pleno emprego, é inflacionária.

Esse fato da vida Lula não conseguirá alterar. Teremos mais juros à frente.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Um artigo teórico e impiedoso, que tenta justificar o que é injustificável – a desigualdade salarial existente no país, ou seja, a diferença entre o maior e o menor salário, que é recorde mundial. O economista esquece que, cada vez que os salários aumentam para todos num mesmo percentual, isso significa que a desigualdade segue crescendo indefinidamente. Lula está certo em defender a política de aumento do salário mínimo e da possibilidade de melhorar minimamente o consumo da população de baixa renda. Seria um governante desumano se não o fizesse. (C.N.)


Após essa reviravolta, que Fábio da Farmácia aprenda que política não é para amadores

 





                               E agora José?


Esse artigo faz uma importante reflexão sobre a política e a forma como ela é conduzida no Brasil, destacando que "política não é para amadores". Para o candidato Fábio da Farmácia, que se vê em uma situação delicada em Jeremoabo, essa mensagem pode servir de alerta e aprendizado.

A política, como bem destacado pelo jornalista Mário Flávio, é um campo cheio de complexidades, onde a experiência, alianças e visão estratégica fazem toda a diferença. Fábio, ao seguir o caminho do PT sem avaliar profundamente as circunstâncias, se encontrou abandonado pelo próprio governador de seu partido. Diferente de Tista de Deda, que com sua experiência soube se posicionar antes das eleições, Fábio agora precisa lidar com as consequências de suas escolhas e de uma possível falta de profissionalismo ou entendimento das dinâmicas mais duras da política.

Tista de Deda, ao não retornar ao cenário partidário das antigas Arenas, soube manobrar o cenário político a seu favor, demonstrando sua habilidade em navegar por águas turbulentas. Ele teve a inteligência de saltar do barco de apoiar o PT em tempo hábil, evitando ser prejudicado pela inércia e pela falta de apoio da cúpula partidária. A política, como o artigo ressalta, é um jogo complexo, onde quem não aprende rápido, corre o risco de ser engolido pelo sistema.

Fábio, por outro lado, pode ter se deixado levar pelo idealismo, acreditando que o simples fato de estar alinhado ao PT lhe garantiria apoio e estrutura. No entanto, o artigo lembra que existem "donos de partidos" que, de forma centralizadora, controlam o fundo partidário e as decisões estratégicas, deixando os "amadores" à mercê de sua própria sorte.

A lição que se pode extrair desse contexto é que, na política, é fundamental não apenas ter boas intenções, mas saber jogar o jogo com habilidade, experiência e, sobretudo, contar com alianças estratégicas que realmente lhe deem suporte. A ausência de apoio ao candidato Fábio da Farmácia é um exemplo claro de como a política brasileira pode ser implacável para aqueles que não estão preparados para os embates mais duros.

Assim, o que Fábio enfrenta em Jeremoabo é uma lição amarga de que, na política, a confiança no partido e nos aliados deve ser acompanhada de estratégia, sagacidade e, acima de tudo, experiência. Afinal, como bem diz o artigo, "para se roubar uma nação inteira e sair como inocente, precisa ser muito experiente", e quem não entende o jogo acaba sendo vítima dele.

"nnerarity diz: “uma sociedade não é democraticamente madura, enquanto não deixar de reverenciar seus representantes e enquanto não administrar zelosamente a sua confiança neles”, assim podemos dizer que no Brasil, estamos longe de termos uma democracia madura e sólida, pois infelizmente o que ainda rege na política brasileira é a paixão partidária e não a preocupação com os problemas nacionais; a exemplo do desemprego. Precisamos parar e analisar para onde estamos levando o nosso amado País, pois a responsabilidade de como ele se encontra hoje é totalmente nossa, pois ao apertarmos o botão verde da urna, estamos não só dando poderes para alguém sentar em uma cadeira, mas o direito de cada político eleito, governar nosso futuro por quatro anos.

*Oscar Mariano

Publicitário e estudante de Ciência Política"

https://blogdomarioflavio.com.br/artigo-a-politica-nao-e-para-amadores-por-oscar-mariano/



Alerta de suspeita de Compra de Votos em Jeremoabo: Urgente Investigação para Evitar Confrontos

 

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"Atenção fiscais de partidos e juridico estou recebendo um comunicado de alerta pedindo que faça uma matéria para averiguação de suspeita de compra de votos, isso porque  nessa Toro Azul estão Pierre, Paula e Tati, para melhor entender reproduzo a mensagem que recebi:

 "Alerta.  Suposta compra de votos através da Paula Eloisa, esposa de Matheus e Vanessa, esposa de Célio, na Rua Santa Clara e Bairro João Paulo II.

: E nada dos policiais militares.

 Da forma que está, logo mais haverá confronto."(sic)

Quem enviou a mensagem teme confronto, portando é melhor prevenir do que remediar"


Nota da redação deste Blog -A mensagem que  recebi  levanta uma preocupação séria e recorrente em muitos processos eleitorais: a suspeita de compra de votos. Em qualquer eleição, a prática de compra de votos é um atentado direto à democracia, e quando há indícios dessa natureza, é fundamental que os fiscais de partidos, autoridades eleitorais e o jurídico estejam atentos e prontos para agir rapidamente.

O fato de haver nomes mencionados e locais específicos, como a Rua Santa Clara e o Bairro João Paulo II, já coloca essa suspeita em um patamar que requer investigação imediata. A presença de figuras ligadas a candidatos, como Paula Eloisa e Vanessa, reforça a necessidade de que a situação seja devidamente apurada para garantir a integridade do processo eleitoral. A ausência de uma resposta rápida das forças de segurança, como a falta de policiais militares, também aumenta o risco de tensões escalarem.

A parte final da mensagem, que menciona o temor de confrontos, é um alerta de que a situação pode sair do controle, o que seria prejudicial para a ordem pública e para o próprio processo eleitoral. Prevenir esse tipo de escalada é fundamental. É por isso que, em momentos de suspeita, o melhor caminho é a denúncia formal junto à Justiça Eleitoral, para que seja realizada uma investigação isenta e rápida, evitando o aumento de tensões.

Essa é uma situação que não pode ser ignorada ou subestimada. Eleições livres e justas dependem do respeito às regras democráticas, e qualquer ato de compra de votos compromete a legitimidade dos resultados. Se essa prática estiver ocorrendo, as autoridades têm a responsabilidade de agir, garantindo que os eleitores de Jeremoabo possam votar de forma livre e consciente, sem coação ou manipulação.

Atenção à fiscalização e uma pronta resposta podem evitar maiores conflitos e garantir um processo mais justo para todos.





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