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domingo, junho 23, 2024

Momento de Lula é difícil, especialmente diante da rebelião do Banco Central

Publicado em 22 de junho de 2024 por Tribuna da Internet

Queda na Taxa Selic pode beneficiar economia brasileira

Charge do Orlando (Arquivo Google)

Merval Pereira
O Globo

Lula está numa fase difícil, muito por causa dos acordos que fez, de atitudes que tomou. A posição contra o Banco Central teve uma resposta unânime, inclusive dos conselheiros indicados por ele, fato que deve tê-lo deixado muito irritado. Não sei nem se Gabriel Galípogo, diretor de Política Monetária, continua favorito para substituir Roberto Campos Neto na presidência do Banco.

Galípolo preferiu aderir à maioria, ao que todo mundo está vendo, que é preciso cuidado para não perder o controle da inflação.

GOVERNO COMPLICADO – O centrão também andou complicando a vida de Lula, apoiando medidas de radicais evangélicos, como a da maior penalização do aborto, recusada pela grande maioria da população.

Embora Lula tenha tido uma boa posição na questão do aborto, o governo em si ficou complicado, porque o PT não se posicionou claramente contra. Agora tentam superar isso, adiando o problema, que deveria ter sido arquivado.

A situação política está conturbada, e prejudica até mesmo a economia. Sem expectativa de tranquilidade, a economia se perde, os agentes ficam sem saber como lidar com um governo que, às vezes está no caminho certo, outras está no caminho errado – quase sempre.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Merval Pereira enfocou bem a situação. A votação unânime do Comitê de Política Monetária mostra que manter a autonomia do Banco Central é da maior importância. Ou seja, Lula não conseguirá manipular os juros nem mesmo após a saída de Roberto Campos Neto, que deixa o Banco Central no final deste ano. (C.N.) 

Onde está o imposto que Lula quer livrar os ricos para cobrar dos pobres?

Publicado em 22 de junho de 2024 por Tribuna da Internet

Charge satiriza novos impostos que devem pesar no bolso do contribuinteVinicius Torres Freire
Folha

Ministros disseram que Luiz Inácio Lula da Silva ficou “mal impressionado” ao saber na segunda-feira do tanto de imposto que se deixa de pagar no país, os de repente famosos “gastos tributários”, isenções de tributos para cidadãos, empresas e outras instituições.

Na previsão da Receita Federal, o valor do gasto tributário neste ano deve ser de R$ 524 bilhões. É o equivalente a mais de um quinto da arrecadação bruta do governo federal e a 4,59% do PIB.

É BRUTAL – Durante a campanha e na elaboração do programa de governo, em 2022, ninguém havia relembrado a Lula o tamanho do problema? Até aqui, quando discutia imposto com ministros, não se tratava do assunto?

Nesta semana, o presidente disse que há “muita isenção, muita desoneração, muito benefício fiscal”. Contou que discute corte de R$ 15 bilhões com ministros “e daí descobre” que tem R$ 640 bilhões em benefícios para os ricos” (esse valor inclui outros subsídios além dos tributários).

Reclamou mais: “…desoneração de folha de pagamento, isenção fiscal, ou seja, são os ricos que se apoderam de uma parte do Orçamento do país. E eles se queixam daquilo que você está gastando com o povo pobre”.

LULA TEM RAZÃO – Mas onde estava quando governo e Congresso, com a colaboração intersticial da Justiça, aumentaram o gasto tributário de 1,7% do PIB em 2003, início de Lula 1, para 2,3% do PIB em 2007 (início de Lula 2), para 3,4% do PIB em 2010 (fim de Lula 2)? Para 4,8% em 2014, final de Dilma 1, afilhada de Lula?

Do total, 24% são isenções do Simples (R$ 125 bilhões), sistema criado para facilitar a vida de pequenas e médias empresas. Atualmente, serve também para aliviar o imposto de profissionais liberais ricos e de muito pejotizado. O gasto tributário cresceu 2,3 pontos do PIB de 2007 a 2024. Desse aumento, 0,6 ponto foi para o Simples.

O segundo maior gasto vai para “Agricultura e Agroindústria”, 11,3% do total. São R$ 59 bilhões, dos quais R$ 39 bilhões vão para a desoneração da cesta básica (que em parte acaba no bolso de ricos) e R$ 6,3 bilhões vão para defensivos agrícolas.

OUTROS BENEFÍCIOS – Juntando os gastos tributários devidos a isenções e deduções do IR da Pessoa Física, temos mais de R$ 84 bilhões, 16% do total. Disso, mais de R$ 33 bilhões subsidiam os gastos com escola e saúde privadas. Quase R$ 39 bilhões vão para aposentados com mais de 65 anos, com doença grave etc.

O mais vai para indenização por demissão de trabalhador, seguro por morte ou invalidez. Nem tudo é para “rico”, embora os mais pobres não entrem aí.

Lula vai mexer nisso? Não vai mexer com estados e empresas da Zona Franca de Manaus, com R$ 39 bilhões de isenção e uma máquina de produzir ineficiência econômica, e com os R$ 42 bilhões para filantrópicas.

SIMPLES ETC. – A alta do valor das isenções de Simples, IR, agricultura e agroindústria e desenvolvimento regional equivale a dois terços do aumento total do gasto tributário de 2007 a 2024. O grande aumento ocorreu DURANTE os anos petistas, mas não necessariamente POR CAUSA de Lula e Dilma, embora a ex-presidente fosse entusiasta desse tipo de ideia e Lula a estimule até hoje (na indústria, por exemplo).

Como se disse mais acima, isso resulta de um acordão geral dos Poderes e lobbies. Além disso, o aumento do peso relativo de um setor beneficiado pode engordar essa conta.

Desde que ficou evidente que as contas do governo federal tinham ido à breca, em 2015, fala-se de mexer em gasto tributário. É óbvio que tem muita carne para cortar, ainda que a conta da Receita possa estar exagerada. Mas é difícil fazer tal coisa sem plano e acordo maiores, expondo injustiças e ineficiências revoltantes. Lula 3 não tinha um plano.

sábado, junho 22, 2024

Comitê dos EUA amplia as investigações sobre ilegalidades da Justiça no Brasil

Publicado em 22 de junho de 2024 por Tribuna da Internet

Chris Smith bill to battle human trafficking overwhelmingly approved by  House - New Jersey Globe

Quanto mais investiga, mais interessado fica Chris Smith

Deu na Conexão Política 

Chris Smith, presidente do Comitê Global de Direitos Humanos na Câmara dos Estados Unidos, notificou nesta sexta-feira (21) o ministro Alexandre de Moraes, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

A notificação aborda denúncias de violações de direitos humanos e perseguição política no Brasil, em seguimento às acusações feitas pelo empresário Elon Musk.

DEU ATÉ PRAZO – Smith estabeleceu um prazo de uma semana para que Moraes responda às questões levantadas. Ao todo, 7 pontos foram levantados por ele. A rapidez na resposta servirá também para avaliar as ações que o governo brasileiro está tomando para resolver as alegações.

No documento, Smith alertou que, diante das acusações, há provisões para a aplicação de sanções contra o Brasil. Essas sanções podem ser adotadas e incluem medidas punitivas que podem afetar a relação bilateral entre os dois países.

Entre as acusações sublinhadas por Smith, estão as de perseguição política a opositores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da gestão lulopetista, que representa a extrema esquerda. A alegação aponta para um possível uso do sistema judiciário para fins políticos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 O que mais surpreende nisso tudo é a ingenuidade dos ministros do Supremo, ao pensar (?) que podiam interferir na política sem nenhuma consequência. O Brasil é um país importante e estratégico. O mundo está de olho na gente. Será que vão responder ou deixar que a investigação prossiga? (C.N.)  


Mendonça usa informação errada em embate com Barroso sobre drogas no Supremo

 Foto: Rosinei Coutinho/STF/Arquivo

21 de junho de 2024 | 18:01

Mendonça usa informação errada em embate com Barroso sobre drogas no Supremo

BRASIL

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça errou ao afirmar que a Corte brasileira seria a primeira do mundo a descriminalizar a maconha.

“Nenhum país fez isso por decisão judicial, nenhum”, afirmou ele de forma contundente ao discutir com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, sobre o tema.

O bate-boca ocorreu no início da sessão que, na quinta (20), analisava uma ação pela descriminalização do porte da droga.

A informação de Mendonça está errada.

Apenas na América Latina, por exemplo, três países descriminalizaram as drogas em decisões do Judiciário: Colômbia, Argentina e México.

À coluna, o ministro disse por meio de nota que desconhecia os fatos.

Afirmou, no entanto, que isso não altera o entendimento dele de que o STF estará passando por cima do legislador se descriminalizar o porte de maconha ou outras drogas. “Isso se trata de ativismo judicial”, disse.

Em 1994, a Corte Constitucional da Colômbia descriminalizou o porte e o uso da maconha e de algumas outras drogas. Governos tentaram rever a decisão, mas ela permanece.

No ano passado, o governo do presidente colombiano Gustavo Petro foi além, e revogou as multas aplicadas a consumidores —embora o porte não seja mais considerado crime, o usuário poderia sofrer sanções econômicas.

Em 2009, a Argentina declarou que o artigo da lei que punia criminalmente pessoas que fossem flagradas com quantidades pequenas de drogas supostamente para consumo pessoal era inconstitucional.

Os magistrados argentinos consideraram que a liberdade individual, desde que não cause danos a outras pessoas, é um direito constitucional.

Disseram ainda entender, com base em tratados internacionais, que o direito à privacidade impede que as pessoas sofram ingerência arbitraria ou abusiva na esfera privada.

“O artigo 19 da Constituição Nacional constitui uma fronteira que protege a liberdade pessoal frente a qualquer intervenção alheia, inclusive a estatal”, disse o presidente da Corte, Ricardo Lorenzetti, na época.

“Cada indivíduo adulto é soberano para tomar decisões livres sobre o estilo de vida que deseja”, completou.

Ainda há debate sobre o tema no país, já que não está definido em lei quem pode ou não ser considerado exclusivamente usuário de droga.

A Suprema Corte do México descriminalizou o uso recreativo privado de cannabis por adultos em 2021. Os mexicanos podem cultivar e consumir a droga, mas seguem proibidos de fumar em público e na frente de crianças.

A discussão entre Barroso e André Mendonça começou quando o presidente da Corte relatava uma ligação do presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Jaime Spengler, em que o religioso manifestou preocupação a respeito do caso.

Barroso disse que ele foi vítima de desinformação sobre o que está em pauta. Mendonça interrompeu e disse que a informação inicial passada a Spengler era correta.

“Eu não acho que ele tenha a informação incorreta, não, acho que a informação é essa mesma. Nós estamos passando por cima do legislador caso essa votação prevaleça com a maioria que hoje está estabelecida. O legislador definiu que portar drogas é crime. Transformar isso em ilícito é ultrapassar a vontade do legislador. Nenhum país fez isso por decisão judicial, nenhum”, disse o magistrado.

Barroso então subiu o tom de voz e disse que Mendonça estava falando “a mesma coisa” que ele. O presidente do STF disse que o ministro tinha “todo o direito” de entender que o porte de drogas é um ato ilícito penal, mas que a sua explicação havia sido “absolutamente correta”.

Mônica Bergamo/Folhapress

MP-BA recomenda à Câmara de Salinas da Margarida a exoneração de servidores nomeados de maneira irregular

 

Foto: Divulgação
Município tem 60 dias para fazer as exonerações22 de junho de 2024 | 07:52

MP-BA recomenda à Câmara de Salinas da Margarida a exoneração de servidores nomeados de maneira irregular

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou que a Câmara Municipal de Salinas da Margarida exonere, no prazo de 60 dias, todos os servidores de seu quadro funcional que ocupam cargos comissionados de maneira irregular. Segundo o promotor de Justiça Samory Pereira Santos, autor da recomendação, o quadro funcional da Câmara é formado majoritariamente por servidores não concursados, o que viola os princípios constitucionais que regem a Administração Pública.

Além disso, foram identificados cargos criados pela Lei Municipal n.º 556/2017 que são incompatíveis com a natureza comissionada, uma vez que desempenham atividades que não são de direção, chefia ou assessoramento, únicos casos em que a Constituição Federal autoriza o emprego de servidores não concursados.

No documento, além de recomendar a exoneração de todos os servidores que ocupam cargos incompatíveis com a natureza comissionada e tantos quantos bastem para tornar o número de servidores comissionados proporcional ao número de servidores concursados, o MP também recomendou que a Câmara, no prazo de 30 dias, deflagre o devido processo legislativo para alterar ou revogar a Lei Municipal n.º 556/2017. Além disso, foi recomendado à Câmara que não crie novos cargos em comissão antes de regularizar o quadro existente de cargos comissionados, e que não nomeie novos servidores comissionados para os cargos de auxiliar de contabilidade, agente de portaria, secretário legislativo e tesoureiro. Para o preenchimento dos cargos vagos, o MP recomendou à Câmara que, no prazo de 90 dias, realize um levantamento a fim de quantificá-los e promova um concurso público.

PolíticaLivre

Marinha compra antenas sem aval da Starlink e fere regra militar dos EUA


Starlink quer criar antena para levar internet a clientes em locais extremos

Antenas da Starlink estão sendo usadas sem autorização em navios

Cézar Feitoza e Mateus Vargas
Folha

A Marinha do Brasil assinou uma série de contratos para aquisição de internet da Starlink para navios com empresas não autorizadas pela gigante americana a revender seus produtos para esse tipo de uso.

As contratações das antenas do grupo de Elon Musk para uso militar, sem o aval da Starlink, ferem regras para a revenda dos produtos da empresa, mostram documentos obtidos pela Folha.

Apesar disso, foram ao menos sete contratos que a Marinha fechou para o fornecimento de serviço de internet dos satélites de baixa órbita da Starlink. A banda larga atende os navios Maracanã, Bracuí, Babitonga, Atlântico e Cisne Branco, além da Fragata Liberal. Os contratos representam cerca de R$ 300 mil.

SEM IRREGULARIDADES?

 A Marinha afirma que não há irregularidades. Mas até o  Multipropósito Atlântico, maior navio de guerra da América Latina, também usa internet da Starlink sem aval da empresa norte-americana.

Em todos os casos, as vencedoras são micro e pequenas empresas sem autorização formal da Starlink para revender seus produtos.

Para ter as antenas em estoque, esses grupos geralmente compram os kits da Starlink como pessoa física, instalam nos navios e mandam o faturamento à Marinha como pessoa jurídica.

CREDENCIAMENTO – A Starlink exige o credenciamento de empresas como revendedoras para manter controle sobre os clientes finais de seus produtos. A autorização é concedida após as companhias assinarem uma “carta de solidariedade” e comprarem milhares de kits de antenas —um investimento de cerca de R$ 4 milhões.

Quando as empresas pretendem participar de licitações no setor de defesa, elas precisam submeter a proposta à Starlink, que analisa se as regras do edital permitem a venda direta ou precisam passar pelo setor de exportação específico sobre Defesa Nacional no governo dos Estados Unidos.

O documento, obtido pela Folha, diz que, ao vender os produtos da Starlink, o cliente deve se certificar que os kits de internet “não serão usados, operados e testados em veículos militares, equipamentos de defesa ou inteligência, ou para cenários de combate”. A Marinha não teve acesso a esses termos.

INDAGA AO CLIENTE – O cliente concorda”, continua o documento, “em não modificar os Kits Starlink para usos militares ou de inteligência, pois tais modificações podem transformar os itens em artigos de defesa controlados pelas regulamentações de exportação dos EUA, exigindo autorização para exportação, suporte ou uso fora dos Estados Unidos”.

A Starlink ainda afirma que erros nos procedimentos podem “resultar em violações do controle de exportações” dos EUA. “A Starlink reserva o direito de encerrar ou suspender os serviços em resposta a violações dessas certificações por sua empresa ou pelo cliente governamental”, conclui.

O empresário Luis Fernando Zocca é um dos sócios da CSLV Telecomunicações. A empresa não tem autorização da Starlink, mas consegue acesso às antenas e revende o serviço para navios da Marinha.

RESERVA DE MERCADO – Para ele, restringir as licitações somente às revendedoras autorizadas da Starlink vai criar uma reserva de mercado, já que somente quatro empresas no Brasil são credenciadas pela gigante norte-americana.

“Se os órgãos públicos condicionarem a contratação às revendedoras autorizadas, haverá duplo prejuízo: primeiro por impedir a participação dos pequenos provedores; segundo, a possibilidade de haver várias dispensas de licitações desertas e fracassadas, pois as grandes empresas não se interessam por todas as ofertas do serviço público”, disse.

Zocca diz que, apesar de ter diversos contratos de antenas com órgãos públicos, sua empresa nunca foi notificada pela Starlink. “Creio que deveria ser ela a principal interessada em notificar fornecedores que estivessem vendendo seus planos a órgãos públicos”, afirmou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Temos afirmado aqui na Tribuna que é uma infantilidade brigar com Elon Musk. Ele tem todo o direito de não permitir que sua empresa seja instrumento de censura. Tentar “demonizar” Musk é uma bobagem. Quando Alexandre de Moraes erra, a culpa não pode ser de Musk. (C.N.)

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