Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, abril 08, 2023

No duelo com Lula, Campos Neto torna-se um líder da oposição ao governo

Publicado em 8 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Charge do Amarildo (agazeta.com.br)

Pedro do Coutto

Não há dúvida de que no duelo que trava com o presidente da República, o presidente do Banco Central torna-se o principal líder da oposição ao governo Lula, deslocando o debate para o campo que ele considera essencialmente técnico e não político.

Mas, ao fazer isso, Roberto Campos Neto desenvolve uma atuação claramente política, até porque a política é um conjunto de técnicas. Um misto de ciência e arte. Assim, ele está praticando uma ação política, cuja base de apoio está nos bancos e nos fundos de investimentos que detém a grande parte dos títulos do governo que lastreiam a dívida interna do país reajustados a 13,75% ao ano.

OBSTÁCULO – As afirmações de Campos Neto foram feitas na quarta-feira em São Paulo em evento promovido pelo Bradesco e Lula as rebateu na manhã do dia seguinte durante um café com jornalistas em Brasília. Lula sustentou que com os juros fixados pelo Banco Central em 13,75% ao ano (taxa que recai sobre a dívida brasileira de R$ 6 trilhões), é humanamente impossível o país crescer na economia e no plano social. Portanto, o debate continua e ninguém ataca tanto o Planalto no momento mais do que o presidente do BC.

Lula rebateu a Campos Neto dizendo que “daqui a dois anos vai se discutir o novo presidente do Bacen e a nova Diretoria; nós vamos mudar de acordo com os interesses do governo e do país”. Lula afastou assim a hipótese de Campos Neto permanecer à frente do Banco Central a partir do final de 2024. Sem dúvida, esse lance corta perspectivas de apoio continuado a Campos Neto por parte do mercado financeiro.

A reportagem sobre a resposta de Lula, edição de O Globo desta sexta-feira, é de Bernardo Mello Franco e Vera Magalhães que participaram do café da manhã de quinta-feira em Brasília. Lula criticou ainda uma afirmação atribuída a Roberto Campos Neto, porém ainda não confirmada pelo presidente do BC, de que a meta de inflação traçada para este ano de 3,23% para ser alcançada necessitaria de uma Selic na estratosfera de 26%. Se com 13,75%, Lula acha humanamente impossível o crescimento econômico e social brasileiro, imagine-se o que ele pensa caso esse índice fosse duplicado.

CORREÇÃO – Conforme digo sempre, é preciso não esquecer que a Selic rege o índice de correção, traduzido em juros anuais da dívida interna nacional. Cada ponto na Selic, assim, representa uma despesa de R$ 60 bilhões a cada 12 meses. Num país em que 33 milhões de brasileiros e brasileiras dormem à noite e acordam ao amanhecer com fome, remunerar juros com 13,75% é um lance terrível.

Lula ao afirmar que não reconduz Campos Neto para novo mandato, procurou minar sua base de atuação e apoio junto ao mercado financeiro, investidor nos títulos que rendem juros reais de 8% ao ano, os maiores do mundo. Os juros reais são a diferença entre a taxa paga e a inflação do país registrada pelo IBGE. São os juros reais mais altos do mundo.

Roberto Campos Neto afirma que as suas decisões são técnicas e não políticas. Mas técnicas para quem e não visão de quem? Para as classes pobres, evidentemente não serão. São técnicas para o andar de cima, expressão usada por Elio Gaspari para definir as faixas sociais do país. Lula parte, presumo, para abalar as bases de Campos Neto em seu universo de sustentação política, mesmo porque a técnica repousará eternamente no universo político. Lembro a Roberto Campos Neto a frase dita por seu avô quando foi eleito senador por Mato Grosso: “Toda ação econômica repousará sempre sobre um contexto político”

EPISÓDIO DE HORROR –   A tragédia macabra ocorrida em Blumenau, Santa Catarina, nesta semana, deixou horrorizada a população brasileira. Não existe quem não tenha se chocado profundamente com os assassinatos contra crianças  numa creche da cidade. Repúdio total, medo generalizado com o acontecimento terrível e também com a repetição de atos sinistros ocorridos nos últimos quatro anos.

O Estado de S. Paulo, edição de quinta-feira, publicou como manchete principal as incidências de assassinatos contra crianças que deixam um rastro que passa a exigir do governo federal, dos governos estaduais e municipais a adoção de normas voltadas para a prevenção contra as ações de repulsivos facínoras. 

Juiz autoriza o doleiro Tacla Duran a voltar ao Brasil para acusar Moro e Dallagnol

Publicado em 8 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

O advogado Rodrigo Taclan Duran, durante depoimento em Curitiba nesta segunda-feira

Duran confessou que lavava dinheiro e emitia notas falsas

Deu na Veja

O advogado Rodrigo Tacla Duran vai voltar ao Brasil na próxima sexta-feira, 14, para prestar depoimento ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. Ex-funcionário da Odebrecht, ele mora na Espanha e já foi ouvido no último dia 27 de forma virtual pela PF e pelo juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, quando fez acusações contra o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol.

Na sua volta ao Brasil, ele recebeu salvo-conduto de Appio. O juiz também determinou que a PF, “quando de sua chegada a São Paulo, deverá garantir a integridade física da testemunha protegida, na medida em que o presente processo e o seu conteúdo envolvem acusações formuladas em face de dois congressistas federais com prerrogativa de foro junto ao Supremo Tribunal Federal”.

PROTEÇÃO A TESTEMUNHA – O juiz determina também que todas as medidas sejam adotadas junto às autoridades da Espanha para que o seu embarque seja feito de forma segura. Todas as despesas do deslocamento, diz Appio, serão pagas por Tacla Duran ao menos até que o governo federal decida de que forma se dará a sua inclusão no programa de proteção a testemunhas.

Tacha Duran afirma ter depositado 613 mil dólares a um advogado ligado à deputada federal Rosangela Wolff Moro (União Brasil-SP), esposa de Moro, que é senador pelo União Brasil-PR. O objetivo do pagamento seria viabilizar uma delação premiada que teria o aval de Deltan Dallagnol e que, ao não prosseguir com os pagamentos, teria sido preso por Moro.

Em nota, Moro rebateu duramente as acusações de Tacla Duran, a quem chamou de “criminoso confesso e destituído de credibilidade”. Dallagnol foi na mesma linha: “Não é nada mais que uma história falsa, requentada pela terceira vez sem novidade e que já foi investigada pelo MPF e PGR, que a descartaram totalmente. Isso revela desespero”, postou.

DIREITOS DE CIDADÃO – De qualquer forma, a volta à cena de Tacla Duran recolocou os métodos da antiga força-tarefa da Lava Jato em Curitiba de volta ao noticiário. O advogado é acusado de ter atuado para lavar dinheiro de pagamento de propina a políticos e tinha uma ordem de prisão expedida pelo então juiz Sergio Moro em 2017. No último dia 16 de março, o juiz Eduardo Appio revogou a ordem de prisão preventiva.

A decisão ocorreu três dias depois de o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, ter determinado a suspensão de processos abertos contra ele com base em provas apresentadas por delatores da Odebrecht.

“O cidadão Tacla Duran tem, a meu ver, o direito de exercer seus direitos de defesa (devido processo legal substantivo) em liberdade, até que sobrevenha eventual condenação (até porque se encontra hoje amparado em recentíssima decisão do Egrégio Supremo Tribunal)”, anotou o juiz.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– É impressionante como a grande imprensa torce contra a Lava Jato e distorce os acontecimentos, a ponto de chamar de “advogado” e de “funcionário da Odebrecht” um criminoso que fugiu do país e foi-se refugiar na Espanha, por ter dupla cidadania. Em Madri, o doleiro prestou depoimento à Justiça espanhola e confessou que fazia lavagem de dinheiro para empreiteiras como a Odebretch e a UTC, usando duas empresas de fachada que criou em Cingapura e na própria Espanha. Confessou também que emitia notas fiscais falsas em nomes de suas empresas, para depositar dólares e euros nas contas dos empreiteiros em paraísos fiscais. Pois é nesse elemento que o juiz Eduardo Appio confia como testemunha contra Moro e Dallagnol, criando uma tremenda Piada do Ano. Logo iremos voltar ao assunto, é claro, com as informações exclusivas sobre Duran que o juiz Appio desconhece(C.N.)

Arcabouço requer ganho de arrecadação, difícil de realizar, e aumenta custo Brasil

Publicado em 8 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Arcabouço econômico

Charge do JBosco (O Liberal)

Carlos Alberto Sardenberg
O Globo

O novo arcabouço fiscal só funciona, mantendo as contas públicas em razoável equilíbrio, na ocorrência de três situações: 1) expressivo ganho de arrecadação do governo federal; 2) forte crescimento do Produto Interno Bruto (PIB); ou 3) alta inflação.

O ajuste proposto se baseia no ganho de arrecadação. O corte de despesa só ocorre, quer dizer, só seria necessário em circunstância difícil de acontecer. Na verdade, o programa como que protege o crescimento da despesa, chegando mesmo a estabelecer uma expansão mínima de 0,6% em termos reais. Também fixa uma meta de investimentos, corrigida anualmente pela inflação.

SITUAÇÃO DE IMPASSE – Sim, sabemos que o governo tem mesmo de gastar, especialmente nos programas sociais. Sim, investimentos geram crescimento, emprego e renda. E, finalmente, não há como cortar radicalmente a despesa. Os gastos obrigatórios (Previdência, salários do funcionalismo, programas sociais, educação e saúde) consomem cerca de 95% da receita.

Tudo isso subirá com o aumento real do salário mínimo e o reajuste do funcionalismo. Sem contar as diversas promessas de campanha.

Isso posto, também é preciso admitir: qualquer que seja a boa intenção, chame-se a coisa de gasto ou investimento, o governo precisa colocar dinheiro. E de onde vem? Da arrecadação, óbvio. Não por acaso, o ministro Haddad, ao apresentar o programa, acentuou esse ponto. Assegurou que não criará novos impostos nem aumentará alíquotas, mesmo assim sugeriu que pode obter logo um ganho de R$ 150 bilhões.

FALTA O PAGADOR – Quem pagará isso? O ministro responde: quem deveria e não está pagando impostos. Diversos setores econômicos recebem incentivos fiscais, são autorizados por lei a não pagar ou a recolher menos impostos, taxas e contribuições. Exemplo maior: as empresas instaladas na Zona Franca de Manaus. Mas há muito mais.

O obstáculo está exatamente aí: são setores protegidos por lei, logo só podem ser desprotegidos por novas leis aprovadas no Congresso. E lá o governo enfrentará os mesmos lobbies que conseguiram as vantagens. Não será fácil.

Também não recolhem impostos as grandes empresas da área de tecnologia. A pessoa compra uma roupa num site chinês — ou de qualquer outra origem — e recebe em casa a mercadoria produzida noutro país, por empresa sediada em algum paraíso fiscal.

COMO TAXAR? – Há uma discussão no mundo todo sobre como taxar esses negócios via “big techs”. Está difícil. Sempre haverá um país disposto a oferecer incentivo para receber a sede fiscal e a base operacional desses gigantes corporativos.

Proibir que essas empresas façam negócios por aqui? Só prejudicaria os consumidores, além, claro, de o país não recolher um centavo de impostos. Aliás, perde aquele que se recolhe nas atividades paralelas.

Eis o ponto: o arcabouço fiscal depende de forte ganho de arrecadação, difícil de realizar. E, realizado, aumenta o custo Brasil para empresas e cidadãos. Uma forte expansão do PIB resolve isso automaticamente. Mais crescimento e renda, mais receitas para o governo. Problema: as projeções mostram expansão pífia para os próximos anos, em torno de 1%.

ESTÁ DIFÍCIL – Dirão: se o governo gastar mais e estimular a economia, o PIB responde. Mas, para isso, o governo precisa recolher todo aquele dinheiro. Difícil, de novo.

A reforma tributária pode melhorar o ambiente de negócios — e, pois, estimular investimentos privados —, mas no médio prazo, para além do atual governo. E precisaria ser votada no Congresso.

Resta a inflação, sim, a própria. Inflação eleva o PIB nominal, logo aumenta a arrecadação. Além disso, a moeda desvalorizada diminui o valor real das despesas do governo, de modo que a mágica se completa: mais receita, mais espaço para gastar. Já aconteceu e sabemos como termina: inflação saindo do controle e corroendo a renda das famílias. Será que deixarão acontecer novamente? Por isso a bronca com o Banco Central? Suspeitas, claro, mas não despropositadas. Os obstáculos são reais.


Operação destrói um avião e prende dois envolvidos em garimpo ilegal na Reserva Yanomami


Aeronave foi queimada na operação — Foto: Comando Operacional Conjunto Amazônia/Divulgação

Acabou a trégua e agora é tolerância zero com o garimpo 

Deu no g1 Roraima

Uma aeronave foi destruída e duas pessoas foram presas após a desativação dos corredores aéreos legais na Terra Indígena Yanomami. A ação foi divulgada nessa sexta-feira (7) pela Força Aérea Brasileira (FAB). A operação ocorreu em uma pista clandestina de garimpo ilegal, a sudeste de Surucucu, próximo à fronteira com a Venezuela.

A liberação dos corredores aéreos para saída voluntária de garimpeiros da Terra Indígena Yanomami por voos privados foi encerrada na última quinta-feira (6).

VISÃO NOTURNA – Deflagrada a partir de ações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), os agentes pousaram na localidade ainda na quinta-feira, em um helicóptero da Marinha do Brasil, utilizando um equipamento de visão noturna chamado NVG (do inglês, Night Vision Goggles).

Os suspeitos foram presos pelos agentes e em seguida a aeronave foi incendiada. Após a neutralização, a equipe voltou para Boa Vista, onde os detidos foram entregues às autoridades policiais competentes

A ação foi realizada entre as Forças Armadas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

MEDIDAS DE PROTEÇÃO – Com a volta do controle aéreo, as aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela Força Aérea, estarão sujeitas às Medidas de Proteção do Espaço Aéreo (MPEA).

Agora, com o fim dos voos privados, os garimpeiros só podem sair do território pelos rios. No dia 12 de fevereiro, o governo federal liberou o acesso pelos rios para que barqueiros retirem os invasores.

O frete aéreo é o modo mais caro para se acessar os garimpos instalados na floresta. Os garimpeiros comentam que atualmente os voos clandestinos custam R$ 15 mil por pessoa – antes, custavam R$ 11 mil.

PRORROGAÇÃO – Inicialmente, os voos encerariam no dia 13 de fevereiro, mas foram prorrogados para o dia 6 de maio. No entanto, dez dias após a ação, o governo antecipou o prazo para esta quinta-feira.

A data foi definida em reunião entre os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio Monteiro. O objetivo da medida era forçar a saída de garimpeiros que insistem em ficar na região.

O maior território indígena do Brasil enfrenta uma crise sem precedentes, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa – problemas agravados pelo avanço de garimpos ilegais nos últimos quatro anos. Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública devido ao cenário de desassistência. Desde então, o governo Federal atua para frear a crise com envio de profissionais de saúde, cestas básicas e expulsão de garimpeiros do território.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Nos 100 dias do governo Lula, o destaque vai ser a proteção aos índios Yanomami, com a expulsão dos garimpeiros e de quem executava outras atividades ambientais. Além disso, já houve a reativação das multas aplicadas a milhares de desmatadores e que tinham sido canceladas pelo governo Bolsonaro. Se o governo Lula atualizar o Cadastro Agrícola Rural (CAR), que voltou ao Ministério do Meio Ambiente, depois de passar anos hibernando no Ministério da Agricultura, ficará bem mais fácil fiscalizar os produtores agrícolas e obrigá-los a cumprir a lei em todo o país, reservando parte de suas terras para reflorestamento. É o mínimo que se espera, e vamos cobrar. (C.N.)

"MEMÓRIA HISTÓRICA DA FHB: Waldir Pires, Noelice Costa Pinto e José Carlos Capinan.”

 

"MEMÓRIA HISTÓRICA DA FHB” : Waldir Pires, Noelice Costa Pinto e José Carlos Capinan.

 

Dessa vez o deputado Mario Negromonte deu uma de gato escaldado, já que R$ 7 milhões de emenda parlarmentar destribuido para o Hospital de Jeremoabo tomou Doril

 Gato escaldado tem medo de água fria é um ditado muito utilizado para dizer que quando um indivíduo faz alguma coisa e sofre com isso, jamais fará algo onde correrá o risco de voltar a se sentir da mesma maneira. A frase tem esse sentido, pois se o gato um dia se escaldou, nunca mais vai querer tomar banho.

Com isso suponho que o deputado Mario Negromonte talvez até decepcionado com o destino obscuro dos R$ 7.000,00(sete milhões) emenda parlamentar doada para reformas ínvisíveis efetuadas no Hospital Geral de Jeremoabo, dinheiro esse que o barulho ensurdecedor tenha chegados aos seus ouvidos principamente quando através da tribuna da câmara de Vereadores de Jeremoabo, o vereador Neguinho de Lié repete a mesma pergunta: cadê os sete milhões para a reforma do Hospital?

Os vereadores da situação na tentativa de defender o indefensável parabeniza  o prefeito e a secretária desviando o assunto dizendo que agora as mulheres podem parir no Hospital de Jeremoabo, muito embora o vereador da situação Zé Miúdo discorde dos seus colegas ao  diariamente postar PRINTS de mulheres que ele próprio leva para parir  no Hospital da cidade de Antas.

Pergunto: todo esse povo que nasceu em Jeremoabo, será que nasceu por " obra e graça do Espirírto Santo?

Nova vacina contra 9 subtipos do vírus do HPV começa a ser vendida na rede privada




Uma nova vacina contra a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) chegou ao Brasil recentemente e está disponível para aplicação na rede privada a partir deste mês. Chamado de Gardasil 9, o imunizante desenvolvido pela farmacêutica MSD oferece proteção contra nove subtipos do vírus – cinco a mais que a vacina aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS).

A nova vacina inclui os subtipos 31, 33, 45, 52 e 58 do HPV, além dos subtipos 6, 11, 16, 18 que existiam na versão anterior. A infecção pelo HPV está entre as infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns no Brasil e no mundo.

Dados do Ministério da Saúde estimam que haja entre 9 e 10 milhões de pessoas infectadas pelo HPV no Brasil e que surjam 700 mil novos casos de infecção por ano.

O vírus é responsável por provocar verrugas genitais, além de ser o principal fator associado aos cânceres de útero, da vulva, da vagina e do ânus.

De acordo com a farmacêutica, estudos indicam que esses cinco novos subtipos são responsáveis por um acréscimo de 20% dos casos de câncer de colo de útero (além dos 70% causados pelos quatro subtipos contidos na vacina quadrivalente), sendo os nove subtipos da vacina responsáveis por 85% dos casos de câncer vaginal.

A nova vacina é indicada para meninos e meninas, homens e mulheres de 9 a 45 anos. Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, o esquema vacinal é de duas doses, com seis meses de intervalo.

Já a partir de 15 anos, recomenda-se três doses, sendo a segunda dois meses após o início do esquema vacinal e a terceira, seis meses depois (esquema 0-2- 6 meses). Imunodeprimidos de 9 a 45 anos, independentemente da idade, devem receber três doses, também no esquema 0-2-6 meses.

Em comunicado disponibilizado pela farmacêutica, a médica Marcia Datz Abadi, diretora médica da MSD Brasil, ressaltou que a vacinação contra o HPV é mais efetiva quando ocorre na infância, uma vez que induz a produção de mais anticorpos e, por consequência, garante a proteção contra o vírus antes de ter contato com ele.

O imunizante está disponível em clínicas particulares, com preço médio de R$ 950.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério da Saúde informou que não há previsão de integrar a vacina nonavalente ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Segundo a pasta, a inclusão de novas terapias e tratamentos no SUS é avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e, até o momento, não há solicitação em aberto para avaliação da nonavalente de HPV na Conitec.

Vacina contra o HPV já existe no SUS

Desde 2014, o PNI disponibiliza a vacina HPV4, que protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18. Inicialmente, o imunizante foi integrado à rede pública para meninas de 11 a 13 anos, e posteriormente foi sendo estendida de forma progressiva para outras faixas etárias. Em 2017, os meninos passaram a ser contemplados e, desde 2022, a vacina consta como rotina do calendário nacional de imunização para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos de ambos os sexos.

A principal diferença entre a nova vacina e a já disponibilizada pelo SUS é o fator de proteção, já que a Gardasil 9 previne contra cinco subtipos a mais.

Estudos clínicos sobre as duas vacinas demonstraram um ganho de proteção significativo, que varia de 5 a 10%, dependendo da região corporal. Em casos de câncer de colo do útero, por exemplo, o ganho de proteção é de 70% para 90%.

Por causa disso, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu uma nota técnica recomendando o imunizante como preferencial por aumentar a proteção contra as doenças associadas ao HPV.

Entretanto, a entidade científica destacou que a nonavalente não diminui a importância da quadrivalente, oferecida pelo PNI, uma vez que a vacina protege contra o HPV16 e o 18, os principais tipos subtipos de HPV associados ao câncer.

“Aumentar a proteção é importante na esfera individual, mas em questão de saúde pública, a vacina que já temos é excelente. A quadrivalente continua sendo o carro-chefe, principalmente porque em termos de saúde pública você tendo uma vacina que tem possibilidade de evitar 70% dos casos de câncer de colo de útero é maravilhoso”, afirma Juarez Cunha, presidente da SBIm.

Além do incremento de proteção, o médico ainda ressalta que outra vantagem da nonavalente é a ampliação da faixa etária que pode receber a vacina, visto que, no SUS, o imunizante é restrito a jovens ou a adultos imunossuprimidos. No sistema público, a quadrivalente pode ser aplicada neste público em pessoas de 9 a 26 anos ou de 9 a 45 anos de idade – a depender da causa da imunossupressão.

Segundo a SBIm, quem já recebeu a vacina quadrivalente, ou ainda a bivalente, e deseja ampliar a proteção por meio da aplicação da nonavalente deve aguardar 12 meses após o término do esquema de vacinação para, então, receber o novo imunizante.

Estudo da Fundação do Câncer divulgado no fim de março aponta que todas as capitais e regiões brasileiras estão com a vacinação contra o HPV abaixo da meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O que é o HPV?

Vírus transmitido pela relação sexual ou pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas, o HPV é responsável pela quase totalidade dos casos de câncer do colo do útero, por mais de 90% dos casos de câncer anal e por 63% dos cânceres de pênis, além de parte de outros tipos de tumores, como os de garganta, vulva e vagina.

Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Estadão / Dinheiro Rural

Dengue atinge 75% dos municípios do Brasil no início do ano; casos crescem 43% em relação a 2022




Atual incidência da doença é de 278 casos a cada 100 mil pessoas, segundo o ministério

Até o momento, 183 pessoas já morreram por causa da dengue no país; ainda há outros 234 óbitos em investigação

Por Bruno Laforé

Apenas um quarto dos municípios brasileiros não registrou nenhum caso provável de dengue no ano de 2023. A constatação está presente no último boletim da doença publicado pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (6).

De acordo com o levantamento, há casos prováveis de dengue registrados em 4.230 cidades brasileiras. A atual incidência da doença é de 278 casos a cada 100 mil pessoas. O Ministério da Saúde informou que houve alta de 43% nos casos em relação ao mesmo período do ano passado.

Até o momento, 183 pessoas já morreram por causa da dengue no país. Ainda há outros 234 óbitos em investigação.

Os estados com maior número de casos são Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.

O avanço da doença preocupa as autoridades, porque o número de casos prováveis de dengue e chikungunya notificados no Brasil em 2023 excedem o limite esperado, que é calculado a partir da média histórica. O Ministério da Saúde alerta para uma tendência de aumento de casos nas próximas semanas.

No final de março, foram enviadas equipes técnicas federais para os estados que sinalizaram situação de epidemia: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Tocantins. Este último possui a maior taxa de incidência da doença para o número de habitantes.

Os técnicos foram responsáveis por auxiliar na organização das equipes locais de vigilância e assistência em saúde.

CNN

Em destaque

VOCÊ SABIA QUE QUEIMAR LIXO, AINDA QUE EM PROPRIEDADES PARTICULARES, É CRIME?

Queimar lixo é uma prática comum em muitas regiões, mas é importante saber que, além de prejudicial ao meio ambiente e à saúde, também é con...

Mais visitadas