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quinta-feira, julho 09, 2020

Postura negacionista de Bolsonaro coloca a população sob risco cada vez maior, dizem cientistas

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Bolsonaro toma hidroxicloroquina e aponta como receita milagorsa
Bruna Lima e Maria Eduarda Cardim
Correio Braziliense
Nem mesmo a infecção pelo novo coronavírus fez com que o presidente Jair Bolsonaro mudasse sua postura diante da covid-19, que até ontem matou 66.741 pessoas, oficialmente, no Brasil. Propagandista da hidroxicloroquina, usa da própria doença para promover o medicamento sem eficácia comprovada para tratar a doença.
Também não faz valer o uso da máscara, nem o isolamento social, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao dar esclarecimentos aos jornalistas sem respeitar distanciamento físico, e retirando a proteção ao final da conversa. E incorre em crime previsto no artigo 268 do Código Penal, que enquadra criminalmente aqueles que, sabendo que estão com um agente infeccioso, continuam se relacionando com outros e disseminando a doença.
RISCO AINDA MAIOR – Para especialistas, a postura de Bolsonaro coloca a vida da população, já fragilizada pela pandemia, sob um risco ainda maior. Ao mostrar por vídeos que faz uso da cloroquina e afirmar que confia no medicamento no combate à covid-19, ele incita o uso do remédio pelas pessoas. É o que lastima Alessandro Silveira, pós-doutor em microbiologia clínica e graduado em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal de Santa Maria.
“Não seria interessante externar esse tipo de postura para a população inteira. A partir do momento que se faz isso, ele está incitando o uso do remédio”, observa.
ALERTA – O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta alertou que Bolsonaro precisará ter cuidado com o próprio temperamento e ficar 14 dias em isolamento total, caso contrário vai transmitir o coronavírus. E salientou que passar doença adiante é crime previsto em lei. “É crime quando alguém tem consciência que está com doença infecciosa e contamina o outro intencionalmente”, afirmou.
O ex-ministro se referia ao artigo 268 do Código Penal, que diz: “Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa: Pena — detenção, de um mês a um ano, e multa”. Bolsonaro cancelou todos os compromissos externos, até dia 13, e que se reunirá apenas por videoconferência. Porém, não representa que ficará em quarentena, única forma de evitar a propagação do vírus.
POÇÃO MÁGICA – O também ex-ministro da Saúde Nelson Teich rebateu Bolsonaro, que afirmou usar a hidroxicloroquina contra a covid-19. Em vídeo, desmistificou o uso da medicação, que tem sido apresentada pelo presidente como se fosse poção mágica. “A cloroquina e a hidroxicloroquina não mudaram a história natural da doença, não aumentaram o índice de cura e não reduziram a mortalidade”, explicou.
Alessandro Silveira concorda: “Não existem estudos que demonstram que a cloroquina é realmente eficaz. É consenso”, reforça. Em maio, a Sociedade Brasileira de Infectologia desaconselhou a prescrição da droga em pacientes leves de covid. O medicamento ainda pode agravar doenças cardíacas.
FALSOS ARGUMENTOS – As máscaras, que são aconselhadas e têm eficácia preventiva, estão longe de serem incentivadas por Bolsonaro. “O pretenso ‘bom mocismo’ não o impediu de mutilar o projeto de uso de máscaras que o Legislativo propôs, com argumentos que satisfazem ao seu ego e suas convicções destrambelhadas”, atacou o médico e doutor em saúde pública Flávio Goulart.
Para o especialista em Gestão da Saúde da Fundação Getúlio Vargas Adriano Massuda, a postura de Bolsonaro denuncia o descaso com a saúde da população. “Que a experiência possa servir para que ele repense as atitudes, a atenção com a população do país, com sistema de saúde público, porque as medidas dele têm enfraquecido o sistema e dificultado o enfrentamento à pandemia”.

Facebook derruba rede coordenada por assessores do Planalto e de Flávio e Eduardo Bolsonaro


Quanto o 'gabinete do ódio' pode comprometer a família Bolsonaro ...
Ilustração reproduzida do Arquivo Estadão
Leonardo Cazes, João Paulo Saconi e Juliana Dal PivaO Globo
O Facebook derrubou nesta quarta-feira uma rede com 88 contas, páginas e grupos ligados a funcionários dos gabinetes do presidente Jair Bolsonaro e aliados. Entre eles, estão o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e os deputados estaduais Alana Passos e Anderson Moraes, ambos do PSL no Rio de Janeiro. Para a empresa, o conjunto removido agia para enganar sistematicamente o público, sem informar a verdadeira identidade dos administradores, desde as eleições de 2018.
Os dados que constam das investigações da plataforma foram analisadas por pesquisadores americanos do Digital Forensic Research Lab (DRFLab), ligado ao Atlantic Council, especializados no combate à desinformação, às fake news e violação de direitos humanos em ambientes online.
2 MILHÕES DE PESSOAS – Nos domínios do Facebook, a rede em questão atuava através de 14 páginas, 35 contas pessoais e um grupo. No Instagram, onde também houve remoção de conteúdos, foram identificadas 38 contas envolvidas com irregularidades. Juntas, essas engrenagens mobilizavam uma audiência de mais de 2 milhões de pessoas, de acordo com o DRFLab.
Uma nota divulgada pelo Facebook para justificar a remoção dos conteúdos diz que o esquema envolvia a combinação de contas duplicadas e falsas, cujo objetivo era evitar a fiscalização da plataforma. Elas representavam pessoas fictícias que publicavam conteúdos em páginas que simulavam a atividade de veículos de imprensa. Entre as publicações, havia tópicos sobre política; eleições; críticas a opositores e a jornalistas e organizações de mídia e informações sobre a pandemia da Covid-19.
DISCURSO DE ÓDIO –  Ainda segundo o texto, parte desse material já havia sido removido por violar normas de uso, incluindo discurso de ódio. Foram encontrados também, pelo DRFLab, ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meio das hashtags #STFVergonhaNacional e #STFEscritórioDoCrime.
A mensagem divulgada pela plataforma afirma que a investigação sucedeu reportagens nas quais foi relatada a existência de uma estrutura virtual montada por bolsonaristas — chamada por opositores “Gabinete do Ódio” — e depoimentos sobre o tema colhidos no Congresso Nacional durante a CPMI das Fake News.
O relatório do DRFLab aponta que a rede era controlada por ao menos cinco funcionários e ex-funcionários dos gabinetes bolsonaristas.
DENTRO DO PLANALTO – Dos assessores diretos do presidente Jair Bolsonaro, o Facebook e o Instagram identificaram páginas e contas com conteúdo de ataques a adversários políticos feitos por Tércio Arnaud Thomaz, assessor especial da presidência da República. Além da página “Bolsonaro Opressor 2.0”, seguida por mais de 1 milhão de pessoas no Facebook, foi identificada a conta @bolsonaronewsss, também sob administração de Tércio, com 492 mil seguidores e mais de 11 mil publicações.
No relatório, o DRFLab diz que “muitas páginas do conjunto foram dedicadas à publicação de memes e conteúdo pró-Bolsonaro enquanto atacavam rivais políticos. Uma dessas páginas foi a página do Instagram @bolsonaronewsss. A página é anônima, mas as informações de registro encontradas no código fonte confirmam que pertence ao Tércio Arnaud”.
Segundo os pesquisadores, o “conteúdo era enganoso em muitos casos, empregando uma mistura de meias-verdades para chegar a conclusões falsas”. No relatório são mostradas imagens da conta postando ataques ao ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
OUTROS ASSESSORES – Também foram citadas contas e páginas de dois assessores de Eduardo Bolsonaro. O relatório cita Paulo Eduardo Lopes, mais conhecido como Paulo Chuchu, que, de acordo com o DRFLab, “aparece como um dos principais operadores de rede”.
O Facebook disse ter removido duas contas com o nome de Eduardo Guimarães. Ele foi citado na CPMI das “Fake News” como o dono extinta página do Instagram chamada “Bolsofeios”, que publicava ataques a adversários do clã Bolsonaro. A plataforma chegou a achar indícios de assessores do senador Flávio Bolsonaro, mas pesquisadores do DRFLab não encontraram dados conclusivos o suficiente.
 Eles acreditam ainda que um funcionário do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), não mencionado pela rede social, atuou em conjunto com o grupo, assim como um servidor empregado pelo deputado estadual Coronel Nishikawa (PSL), da base bolsonarista em São Paulo.
GABINETE DO ÓDIO – Em junho, o GLOBO mostrou os perfis de alguns desses assessores que integram o chamado “gabinete do ódio”. Eles foram recrutados pelo vereador Carlos Bolsonaro desde 2013 para vir trabalhar em seu gabinete e reproduzir memes com ataques a adversários primeiro em páginas de Facebook.
José Matheus Salles Gomes e Tércio Arnaud Thomaz foram os dois primeiros escolhidos por Carlos por suas páginas no Facebook. Eles chegaram a ser assessores de Carlos por vários anos e agora trabalham como assessores do presidente Jair Bolsonaro. Depois, o grupo foi se ampliando e o recrutamento foi definitivamente selado numa reunião do clã Bolsonaro com alguns desses jovens, no salão de festas do primogênito e hoje senador Flávio, em 11 de março de 2017 — mais de um ano e meio antes da eleição presidencial.
No Planalto agora também está Matheus Matos Diniz, e atuam em parceria com os funcionários do Planalto dois assessores no gabinete do deputado federal Hélio Lopes: Guilherme Julian Freire, José Henrique Rocha.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– O castelo de areia vai desmoronando e expõe os modernos métodos de trabalho político da família Bolsonaro. Aqui na TI estamos identificando os integrantes do Gabinete do Ódio que ficaram encarregados de invadir nosso Blog. Depois voltaremos ao assunto (C.N.)

Flávio Bolsonaro depõe pela primeira vez ao MP, na investigação das ‘rachadinhas’

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Flavio Bolsonaro vai depor em caso da rachadinha e negocia ...
Depoimento de Flávio Bolsonaro foi através de videoconferência
Deu no Correio Braziliense
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) depôs pela primeira vez, nesta terça-feira (7/7), ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), no caso das rachadinhas. Há suspeitas de que o filho do presidente Jair Bolsonaro se beneficiou da devolução de parte dos salários de servidores do gabinete dele, quando ele ainda era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O depoimento foi feito por videocoferência, 18 meses depois da primeira intimação ao senador. O conteúdo do depoimento está em segredo de justiça. A esposa de Flávio, Fernanda Bolsonaro, que também tinha sido intimada pelo Ministério Público, não compareceu.
CHEFE DO ESQUEMA – Flávio Bolsonaro é apontado como chefe do suposto esquema de desvio de dinheiro público da Alerj. A suspeita é de que funcionários do gabinete devolveriam uma parte do salário para o então deputado, uma prática denominada rachadinha.
De acordo com o Ministério Público, Fabrício Queiroz, preso no mês passado, seria o operador do esquema. Sargento reformado da PM, Queiroz, que era assessor de Flávio, foi preso em uma casa que pertence ao advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, em Atibaia (SP).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Nesta quarta-feira, o senador Flávio Bolsonaro tentou explicar o inexplicável. Hoje é a vez da mulher dele, Fernanda. O Ministério Público decidiu ouvi-los em separado, na certeza de que haverá contradições. (C.N.)  

Empresários desistem de Bolsonaro e preferem procurar Mourão diretamente


Procuradores querem demitir secretário-geral que diz ser “obra divina” a eleição de Bolsonaro


Maioria do conselho superior da PGR manifesta insatisfação com ...
Eitel Santiago mistura política com religião e desagrada o Conselho 
Renato SouzaCorreio Braziliense
Integrantes do Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF) enviaram ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um memorando em que pedem que ele considere “se é oportuno e conveniente” que o secretário-geral do órgão, Eitel Santiago, continue no cargo. A ação ocorreu após Eitel declarar que a eleição do presidente Jair Bolsonaro “foi uma obra divina”.
Ele teria dito ainda, em entrevista à CNN Brasil, que “as forças-tarefas do MPF funcionam, por vezes, de forma ilegal”, e que “prisões foram usadas pela Lava Jato para forçar colaborações premiadas” e “como instrumento de tortura” de investigados”.
CONFIRMAÇÃO  – A informação sobre o pedido de demissão foi publicada pelo colunista Lauro Jardim, do O Globo, e confirmada pelo Correio junto a fontes na Procuradoria-Geral da República. O documeto é assinado pelos subprocuradores-gerais Nicolao Dino, Nívio de Freitas Filho, José Callou e Luiza Frischeisen.
Eitel é um nome de confiança de Aras. No entanto, passou um período aposentado e se envolveu em atividades político-partidárias e chegou a se filiar ao PSL, partido que elegeu o presidente Jair Bolsonaro. De acordo com uma fonte, ouvida pela reportagem do Correio, ele atua com dificuldades no cargo. “A função, aliás, vem sendo desenvolvida, na maior parte do tempo, pela secretária adjunta”, informa uma fonte.
A demissão de Eitel também seria um dos passos para a reestruturação de formas de trabalho, fusão de unidades de trabalho remoto em razão das necessidades criadas pela pandemia de coronavírus.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Não é possível que o cargo de secretário-geral do Ministério Público Federal esteja nas mãos de um cidadão nessas condições emocionais. Dizer que a eleição de Bolsonaro foi “obra divina” requer internação imediata em clínica psiquiátrica. (C.N.)

Oposição pede ao STF que assessores e aliados do clã Bolsonaro, alvos de ação do Facebook, sejam investigados


Charge do Iotti (gauchazh.clicrbs.com.br)
Renato Onofre
Folha
A oposição requereu ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que investigue a ligação de assessores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seus filhos e aliados com 73 contas falsas derrubadas pelo Facebook.
Nesta quarta-feira, dia 8, a rede social derrubou perfis ligados à família Bolsonaro. Parte deles promovia propagação de ódio e ataques políticos. Moraes é o relator do inquérito que apura a existência de uma rede organizada para propagar ataques às instituições e disseminar fake news. Até o momento, ele autorizou ações da PF contra dez deputados e senadores, empresários e blogueiros ligados ao presidente.
REFORÇO – No Congresso, parlamentares afirmam que a medida do Facebook reforça as investigações da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das Fake News. “É uma confirmação necessária e reforça o que investigamos até aqui”, afirmou a relatora Lídice da Mata (PSB-BA) que vai pedir acesso aos dados da rede social.
O senador Ângelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPMI, afirmou que o episódio ajuda nos trabalhos dos parlamentares e que, agora, é necessária a colaboração do Whatsapp. “Falta agora ação do WhatsApp para chegarmos aos autores de disparos em massa que vem atacando covardemente a honra das pessoas e das nossas instituições”, afirmou.
Os trabalhos da CPMI estão suspensos desde março por conta da pandemia do novo coronavírus. A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) afirmou que vai pedir a sua reativação. “O presidente [do Senado] Davi Alcolumbre (DEM-AP) precisa reativar a CPMI. Essa milícia propaga desinformação até sobre a pandemia. A partir disso, a investigação e a punição têm que ser mais céleres no Congresso em relação aos envolvidos”, afirmou a parlamentar.
BOLSONARISTAS – Os dados que constam das investigações da plataforma foram analisados por pesquisadores americanos que apontam para, ao menos, cinco funcionários e ex-funcionários dos gabinetes bolsonaristas. “As investigações do Facebook mostram que há fortes indícios do envolvimento dos gabinetes de Jair, Flávio e Eduardo Bolsonaro por trás dessas contas que disseminam fake news e discursos de ódio, incluindo ataques a instituições democráticas como o STF, o que é crime”, afirmou o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
Para Melchionna, os deputados e senadores ligados a esses assessores devem responder sobre o caso ao Conselho de Ética. O Facebook e o Instagram identificaram páginas e contas com conteúdo de ataques a adversários políticos feitos por Tércio Arnaud Thomaz, assessor especial da presidência da República. Tércio, 31, faz parte do chamado “gabinete do ódio” ou “gabinete da raiva”.
O grupo, tutelado pelo vereador licenciado Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), é responsável por parte da estratégia digital bolsonarista. Os pesquisadores americanos encontraram, também, ligações da rede com um assessor de Carlos. O Facebook não mencionou o vereador em seu comunicado oficial, mas os pesquisadores descobriram que um dos funcionários envolvidos na operação trabalhava para ele.
MILÍCIAS DIGITAIS – “Isso é uma prova cabal que essas milícias digitais têm a cobertura do Palácio do Planalto. Elas são operadas lá de dentro usando recursos públicos. A CPMI vai investigar esse uso da máquina pública para a propagação de desinformação”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista à CNN Brasil que a ação reforça a necessidade de regulamentar o uso das redes.
“No caso específico do Facebook, eu não posso comentar porque não conheço o caso a fundo. Agora em relação à perseguição, acho que o ambiente das redes sociais foi, nos últimos meses, muito mais favorável àqueles que apoiam o presidente do que o contrário”, disse.
“Em relação à questão das leis das fake news, é uma reação sim aos ataques que as instituições vêm recebendo nos últimos 12 meses. E que chegou um momento que ou se reagia ou todo mundo ia ficar acuado em relação ao ambiente muito radicalizado nas redes sociais do nosso país”, disse.
“JUSTIFICATIVA”  –  O senador Flávio Bolsonaro afirmou que o presidente foi eleito com forte “apoio popular nas ruas e nas redes sociais” e tem milhares de perfis de apoio. “Até onde se sabe, todos eles são livres e independentes”. Para ele, “é impossível avaliar que tipo de perfil foi banido e se a plataforma ultrapassou ou não os limites da censura”.”Julgamentos que não permitem o contraditório e a ampla defesa não condizem com a nossa democracia, são armas que podem destruir reputações e vidas”, diz em nota.
A deputada Alana Passos, um dos alvos, afirmou que não foi notificada pelo Facebook sobre qualquer irregularidade ou violação de regras” nas suas contas. “Quanto a perfis de pessoas que trabalharam no meu gabinete, não posso responder pelo conteúdo publicado. Nenhum funcionário teve a rede bloqueada por qualquer suposta irregularidade”.
VIOLAÇÃO – O deputado Anderson Moraes admitiu a remoção de contas de pessoas ligadas ao seu gabinete. “Tenho um perfil verificado, que não sofreu bloqueio ou qualquer aviso de ter violado qualquer regra da rede. Mas excluíram a conta de uma pessoa que trabalha no gabinete, uma pessoa com perfil real, não é falsa. A remoção da conta foi absurda e arbitrária, porque postava de acordo com ideologia e aquilo que acreditava”, admitiu o deputado estadual Anderson Moraes (PSL-RJ).
“O Facebook em nenhum momento apontou o que estava em desacordo com as regras. Qual motivo excluíram? Falam em disseminação de ódio, mas será que também vão deletar perfis de quem desejou a morte do presidente?”, questionou. O PSL negou vínculo com contas de derrubadas.
RESPONSABILIDADE – “A respeito da informação que trata da suspensão de contas do Facebook de alguns políticos no Brasil, não é verdadeira a informação de que sejam contas relacionadas a assessores do PSL, e sim de assessores parlamentares dos respectivos gabinetes, sob responsabilidade direta de cada parlamentar, não havendo qualquer relação com o partido”.
“O partido esclarece que os políticos citados, na prática, já se afastaram do PSL há alguns meses com a intenção de criar um outro partido, inclusive, tendo muitos deles sido suspensos por infidelidade partidária. Ainda, tem sido o próprio PSL um dos principais alvos de fake news proferidos por este grupo”.
Os demais citados foram procurados, mas ainda não se manifestaram.

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