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domingo, abril 12, 2020

STF julgará ações que questionam medidas do governo para conter pandemia

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Ministros julgarão 16 ações apresentadas por partidos e entidades
Márcio Falcão e Fernanda
G1
O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará na próxima semana ações apresentadas por partidos e entidades que questionam medidas adotadas pelo governo federal para tentar conter o avanço do coronavírus e os efeitos da crise na economia.
Esta será a primeira vez que as ações vão ser analisadas de forma conjunta pelos ministros, que nos últimos dias têm decidido individualmente os processos. Parte das ações têm relação com a disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e governadores sobre as linhas gerais a serem seguidas em temas como isolamento social, por exemplo.
VIDEOCONFERÊNCIA – Em 129 anos de história, esta será a primeira vez que o STF fará sessão por videoconferência, com os ministros apresentando os votos à distância. A dinâmica das sessões de quarta e quinta-feira, dias 15 e 16, contudo, ainda dá dúvidas aos próprios ministros. O novo formato foi acertado pelos ministros em meados de março, como uma das medidas para evitar a transmissão do novo coronavírus nas dependências do tribunal.
A ideia entre os ministros, segundo alguns magistrados disseram, é passar a mensagem de unidade da Corte em torno das decisões, o que no jargão jurídico representaria a chamada “segurança jurídica”. Mas, em temas polêmicos a serem discutidos, há chances de os ministros divergirem. Ao G1, alguns ministros afirmaram que é possível construir maioria no sentido de interpretar a Constituição de forma a atender às circunstâncias extraordinárias do momento.
JURISPRUDÊNCIA – Também ressaltaram que a pandemia exige a aplicação de uma espécie de “jurisprudência da crise”, ou seja, uma tese jurídica transitória para ser aplicada diante dos efeitos causados pela pandemia. A articulação é para garantir que Corte tenha um papel de moderador.
Um dos julgamentos analisará a competência de União, estados e municípios sobre as medidas de proteção à saúde. Os ministros Marco Aurélio Mello e Alexandre de Moraes já concederam decisões liminares (provisórias) para legitimar a atuação de governadores e prefeitos.
REGRA GERAL – O governo defende no Supremo que cabe à União editar uma regra geral. Argumenta também que governos estaduais e municipais precisam seguir as orientações. Outro caso que deve ser analisado é a permissão para redução de jornada de trabalho e de salário, além da suspensão de contrato. O ministro Ricardo Lewandowski já decidiu que essas medidas terão validade após manifestação do sindicato dos trabalhadores.
###TEMAS QUE SERÃO JULGADOS
Competência para ações de combate ao coronavírus
A crise causada pela pandemia expôs a discussão sobre o alcance dos poderes do governo federal, dos estados e dos municípios sobre providências como isolamento, quarentena e restrição de circulação de pessoas. A Constituição prevê que a competência para as medidas deve ser tomada de forma conjunta, mas os limites das atuações de cada um ainda não foram regulamentados pelo Congresso. Partidos políticos e a Ordem dos Advogados do Brasil questionaram no STF a concentração de poderes no governo federal para a adoção dessas ações.
Situação: em uma das ações, a do PDT, o ministro Marco Aurélio Mello considerou que estados e municípios têm competência para promover medidas de combate ao novo coronavírus. Na ação da OAB, o ministro Alexandre de Moraes também decidiu no sentido de que estados e municípios têm a competência e proibiu o governo federal de derrubar as determinações dos estados.
Renda mínima
O partido Rede Sustentabilidade pediu ao STF para estabelecer os valores de uma renda mínima aos trabalhadores (de R$ 300 por pessoa e limite máximo de R$ 1.500 por família).
Situação: Marco Aurélio entendeu que o pedido não era apropriado, porque não caberia à Corte estabelecer numa decisão provisória os valores de um benefício assistencial. Também pontuou que o tema está em discussão no Executivo e no Legislativo.
Suspensão de contratos, redução de jornada e salário
Partidos e entidades questionaram trechos da medida provisória que, entre outros pontos, permite acordos para suspensão de contratos de trabalho, redução de jornada e de salários como forma de manter os empregos. Pela proposta, os acordos podem ser feitos com a participação de sindicatos ou individualmente, por meio da negociação direta entre patrão e empregado. As ações questionam justamente a possibilidade de acordos individuais.
Situação: o ministro Ricardo Lewandowski concedeu uma liminar (decisão provisória) para determinar que, em casos de negociações individuais, elas devem passar pelos sindicatos, que terão 10 dias para se manifestar.
Regras trabalhistas
Partidos políticos e entidades da sociedade civil questionaram trechos da medida provisória que autoriza empresas a adotarem medidas excepcionais em razão do estado de calamidade pública por conta da pandemia do novo coronavírus. Há pedidos para derrubar a permissão de antecipação de férias, da compensação de jornada, da realização de exames médicos demissionais e da escala de horas.
Situação: O ministro Marco Aurélio Mello rejeitou liminares em oito ações contra a MP 927. O ministro argumentou que o governo buscou apenas preservar empregos, e é necessário esperar que o Congresso Nacional analise a norma.
Acesso à informação
A OAB e partidos políticos contestaram a medida provisória do governo que mudou as regras para os pedidos de acesso à informação de órgãos públicos, uma alteração realizada na Lei de Acesso à Informação. O texto estabelecia que ficavam suspensos os prazos de resposta a pedidos dirigidos a órgãos cujos servidores estejam em regime de quarentena e teletrabalho.
Situação: o ministro Alexandre de Moraes concedeu liminar suspendendo o trecho da MP. O ministro entende que a regra prevista na Constituição é a da publicidade das informações oficiais.
Medidas provisórias
A Advocacia-Geral da União (AGU) e o PP pediram ao STF para que as medidas provisórias não relacionadas ao combate do coronavírus continuassem valendo – mesmo que os prazos para análise pelo Congresso terminassem – enquanto as atividades no Parlamento não voltarem à normalidade.
Pela Constituição, as medidas provisórias são editadas pelo presidente da República e têm força de lei no momento em que são publicadas. Precisam, no entanto, ser aprovadas pelo Congresso Nacional em até 120 dias, ou perdem a validade. Como o Congresso têm adotado medidas de restrição de circulação por conta da doença, as comissões mistas (de deputados e senadores) não têm se reunido, o que dificulta a votação nestes colegiados.
Situação: o ministro Alexandre de Moraes concedeu liminar atendendo também a pedidos da Câmara dos Deputados e do Senado, permitindo que as medidas provisórias sejam analisadas diretamente em plenário, sem a necessidade de passar pelas comissões mistas. Ao fazer o pedido, o objetivo das duas Casas foi acelerar a tramitação das MPs em razão da crise do coronavírus.

Uauá: Casarão da Fazenda Retiro é mantido em estilo original

Por: Danilo RodriguesO Casarão da Fazenda Retiro do Município de Uauá, é um grande patrimônio histórico do Sertão Baiano. Construído no século XIX por Cândido Alves de Sousa que vendera para o seu irmão Guardiano Alves logo após a Guerra de Canudos(1897). Guardiano casou-se com Jovina Maria Ribeiro, chegando a fazer  notória ampliação na casa em 1905.

Dentre os vários filhos do casal, dentre eles Elizia Alves Ribeiro, nascida em 1911, o seu filho Pedro relembrou as marcas deixadas pelo tempo, destacando os tempos de glórias.
A família mantém preservado o patrimônio intacto no estado original.
Portal: Turismo Rural da Bahia
Atenção: A reportagem do AP abre espaço para os moradores da região que queiram registrar patrimônios históricos espalhados nas mais diversas fazendas do sertão pernambucano e baiano. A Pessoa envia os dados, fotos e vídeos para que possamos destacar.
Contato whatsapp: (74)98841-9437
Jornal Ação Popular (AP)
Nota da redação deste Blog - Quando deparo-me com uma grandiosidade dessa, sinto inveja, vergonha e indignação.

Inveja por Jeremoabo não valorizar sua história e sua cultura, vergonha e indignação por nossa história haver sido arquivada na lata do lixo.

Há poucos anos atras, o cidadão " Lalau"  encontrou no lixo, num depósito  da prefeitura no antigo Projeto Sertanejo, um livro Ata com grande parte da História de Jeremoabo, sendo saboreado pelos cupins.
A residência do Coronel João Sá se não caiu está prestes a cair.
A residência do Coronel Zizu, toda modificada, e muitos outros acervos históricos desprezados.

Uns dão tudo que tem, outros os que lhe sobra. Pois cada um dá o que tem.

STJ julgará pedido de indenização de R$ 1,5 milhão de Lula após delação de Delcídio


Ex-senador Delcídio é suspeito de receber R$ 500 mil da Odebrecht ...
Para o Ministério Público, Delcídio agiu em causa própria
Márcio Falcão e Fernanda Vivas
G1
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgará um pedido de indenização apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a delação do senador cassado Delcídio do Amaral. No processo, Lula pede indenização de R$ 1,5 milhão por danos morais. O caso chegou ao STF no último dia 7 e ainda não há data prevista para o julgamento.
Líder do governo Dilma Roussef no Senado, Delcídio afirmou na delação premiada, fechada com a Lava Jato, que Lula participou de um suposto esquema para tentar comprar o silêncio e atrapalhar a colaboração do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
ABSOLVIÇÃO – Lula chegou a ser denunciado, mas o próprio Ministério Público Federal pediu à Justiça a absolvição do ex-presidente por falta de provas.
O MP também criticou a delação do ex-senador, afirmando que Delcídio agiu apenas em interesse próprio e que Cerveró “estava sonegando informações ao ex-parlamentar, e não sobre Lula, a quem inclusive imputava fatos falsos, no intuito de proteger Delcídio”.
ARGUMENTO – Lula argumenta que tem mais de 40 anos de vida pública, já exerceu o cargo de presidente da República e foi afetado em sua dignidade e integridade moral por conta das acusações feitas por Delcídio.
O juiz Mauricio Tini Garcia, da 2ª Vara Cível de São Bernardo do Campo (SP), rejeitou a ação de Lula sob argumento de que pessoas citadas em delação premiada têm espaço assegurado para exercer o amplo direito de defesa na esfera criminal e administrativa, mas não é adequado que procurem indenização por danos morais em ação cível.
REPARAÇÃO – “O ex-presidente Lula foi vítima de afirmações mentirosas no bojo da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral e por isso busca reparação por danos morais. Lula já foi absolvido na ação penal proposta com base nas afirmações de Delcídio por meio de decisão definitiva, uma vez que o próprio Ministério Público Federal concordou com o resultado”, afirmou o advogado Cristiano Zanin, responsável pela defesa do ex-presidente.

Paulo Guedes defende usar as reservas internacionais para enfrentar a pandemia

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Guedes também sugeriu congelamento de salários de servidores
Iara Lemos
Estadão
O ministro Paulo Guedes (Economia) defendeu, segundo senadores, que o governo federal faça uso de recursos das reservas internacionais do país para conter os danos causados pela pandemia do coronavírus na economia. A manifestação foi feita a um grupo de senadores na noite da última quinta-feira, dia 9, em uma videoconferência que teve a participação de integrantes do Podemos, do Cidadania e Rede, que compõem o chamado Grupo “Muda Senado!”.
De acordo com o senador Ranfolfe Rodrigues (Rede-AP), que participou do encontro virtual, Guedes fez a afirmação quando questionado como o governo estava estimando pagar as contas públicas feitas devido à pandemia. “Ele (Guedes) disse que é incongruente um país ter uma dívida pública de quase R$ 4 trilhões e manter reservas de aproximadamente R$ 2 trilhões”, afirmou Ranfolfe.
CONTA – Aos senadores, Guedes ainda disse que o Brasil não precisa de todo o volume das divisas internacionais. “Ele ainda afirmou: ‘O Brasil não precisa de todo este volume em divisas internacionais, talvez a metade disso. Assim, passada a crise, nada impede que possamos utilizar parte deste montante para pagar a conta da crise e até reduzir nosso endividamento’”, afirmou o senador.
O congelamento de salários de servidores públicos pelo período de dois anos também foi sugerido pelo ministro como alternativa para aumentar os recursos do governo.
CONGELAMENTO DE SALÁRIOS – “O ministro disse que com a redução dos juros da taxa Selic já economizamos R$ 120 bilhões esse ano e sugeriu duas medidas, congelamento do salário de servidores públicos por dois anos e internalização das reservas internacionais, que hoje somam 370 bilhões de dólares”, disse o senador.
Esta não é a primeira vez que o ministro da Economia defende o uso das reservas internacionais para o pagamento de dívidas. Durante a campanha eleitoral de 2018, que elegeu Jair Bolsonaro para a Presidência, Guedes defendeu que a venda de parte das reservas poderia ajudar na redução da dívida pública, além de reduzir as despesas com juros da dívida. As reservas atuais equivalem a 20% do Produto Interno Bruto (PIB).
DIVÍDA BRUTA – De acordo com dados do Banco Central (BC), a estimativa é que neste ano, devido à crise econômica acelerada pela pandemia, a dívida bruta do país deva alcançar 80% do PIB. Na mesma reunião com os senadores, o ministro afirmou que o PIB poderá recuar em até 4%, caso passe de julho o isolamento social proposto como forma de reduzir o contágio pelo coronavírus.
A reunião desta quinta foi a quarta da semana entre o ministro e senadores. Guedes escalou o núcleo duro de sua equipe econômica para as conferências virtuais, que se estenderam madrugada adentro, na grande maioria.
Segundo a assessoria do ministro, a reunião foi proposta por ele para que pudesse ser explicado aos senadores a necessidade de apreciação da PEC do Orçamento de Guerra, que tem sua votação prevista para segunda-feira (13). Procurada neste sábado (11), a assessoria do ministro ainda não se manifestou.

PIB pode recuar até 4% neste ano se se a paralisia econômica for muito além de julho, avalia Guedes

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Charge do Amarildo (agazeta.com.br)
Fabrício de Castro
Estadão
Em videoconferência com senadores na última quinta-feira, dia 9, o ministro da Economia, Paulo Guedes, citou a possibilidade de o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuar até 4% em 2020, conforme fonte ouvida pelo Estadão/Broadcast. Isso poderia ocorrer, na avaliação do ministro, se a paralisia provocada pela pandemia do novo coronavírus se estender, após julho, por mais três ou quatro meses.    
Durante a conversa, Guedes foi questionado seguidamente por senadores a respeito da duração e dos impactos da covid-19 sobre o PIB. O ministro lembrou que, na atual conjuntura, é difícil estimar até quando durará o isolamento social, que tem travado a economia, e mesmo todo o impacto sobre a atividade.
PREVENÇÃO  – No entanto, segundo autoridades sanitárias, incluindo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS), o isolamento social é a melhor forma de evitar a propagação do novo coronavírus.
Guedes reconheceu, conforme a fonte, que o PIB pode recuar 1,5%, se o isolamento não durar tanto, ou cair 4%, se a paralisia econômica for muito além de julho.
ESTIMATIVA – Tanto o Ministério da Economia quanto o Banco Central têm citado a dificuldade de se estimar com precisão, neste momento, qual será de fato o impacto da pandemia sobre o PIB.
Em seus documentos oficiais mais recentes, os dois órgãos do governo citaram projeção de PIB zero em 2020. Mas o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já reconheceu publicamente que a estimativa está defasada e que a economia deve recuar este ano.
No Relatório de Mercado Focus do BC, que traz a compilação das projeções das instituições financeiras, a estimativa para 2020 é de retração de 1,18%. No entanto, já há pelo menos uma instituição financeira que projeta retração de 5,07% do PIB – um cenário mais pessimista que o citado pelo próprio Guedes na conversa com os senadores.

Bolsonaro não aprendeu a nadar nessa crise e está se afogando numa marola

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Em nove meses, Bolsonaro não cumpre 20% das metas para os ...
Charge do Aroeira (portal O Dia/RJ)
William WaackEstadão
A realidade se encarregou de lembrar Jair Bolsonaro de que ele pode trocar de ministro quanto quiser, mas não pode trocar quanto quiser de política de saúde. Os limites aplicados às vontades do presidente – não importam méritos ou motivações – foram antes de mais nada institucionais. Em princípio, não é mau sinal.
Entrou como freio uma estrutura federativa que, no caso do combate ao coronavírus, concede aos operadores do SUS uma grande margem de ação. E os operadores são, em primeira linha, governadores e prefeitos.
FALTA COORDENAÇÃO – Além da eterna crise fiscal, governadores e prefeitos se ressentem hoje sobretudo de falta de coordenação política, e estão assustadíssimos com a nada remota probabilidade de colapso de partes do sistema de saúde. Clamam por liderança.
É outro problema que veio junto de Bolsonaro e que a crise do coronavírus apenas escancarou. O presidente acha que seu poder vem da caneta, que ele diz não ter pavor nenhum de usar (mas não pode). Na verdade, o poder presidencial no Brasil vem de algo que o atual ocupante do Planalto renunciou a aplicar ou o faz de forma inconsistente, errática e subordinada exclusivamente ao curtíssimo prazo de redes sociais: ditar a agenda política.
Sob o avanço da doença, a postura de Bolsonaro consiste o tempo todo em “salvar” seu governo, que ele enxerga exclusivamente pelo prisma de uma ameaça de crise social urdida por adversários reais ou imaginários mancomunados para destruir a economia e criar o caos.
PRÓXIMO À PARANOIA – As manobras que faz para neutralizar inimigos (governadores, por exemplo) e afastar obstáculos ao que considera necessário realizar (o ministro da Saúde e o isolamento social, por exemplo) são perfeitamente racionais dentro desse quadro mental que beira a paranoia.
O problema é muito maior e, mesmo em seu jeito tosco (Bolsonaro sobre Bolsonaro), o presidente fala diariamente de um dilema para o qual os principais chefes de governo nas democracias liberais ainda não encontraram saída.
 Em termos bastante brutais, trata-se de saber até quando precisa durar o fechamento de economias antes que a devastação delas se torne irrecuperável. Na outra ponta, reabrindo as economias, trata-se de saber qual é o limite tolerável do número de mortos, a partir do qual a falência de qualquer carreira política é irrecuperável.
CENÁRIOS NEBULOSOS – Projeções e análises de curvas estatísticas sobre economia e saúde pública permitem no máximo contornos de cenários nebulosos, sem horizonte de tempo e qualquer “certeza”.
Em outras palavras, dirigentes políticos ao redor do mundo democrático liberal estão sendo obrigados a “sentir” o dia a dia de temperaturas políticas e situações de degradação econômica e social que parecem ser, neste momento, muito mais abrangentes e que aparentemente estão reagindo timidamente ao inédito volume de medidas de estímulo e combate à recessão.
Para os que se sentem fascinados por entender qual papel exercem personalidades na História, a atual crise e sua imprevisibilidade oferecem alguns contrastes eloquentes.
DE TRUMP A BOLSONARO – O americano Donald Trump, por exemplo, ziguezagueia exibindo seu narcisismo (ele se proclamou um “gênio muito estável”). A alemã Angela Merkel, na outra ponta, demonstra uma postura próxima ao estoicismo (filha de um teólogo protestante em país comunista). E o brasileiro Jair Bolsonaro?
Bem, o capitão chegou ao Palácio do Planalto na crista de uma onda política e social que ele apenas em parte entendeu e controlou, onda que vai ficar parecendo apenas uma marola diante das proporções da crise de saúde e economia que começamos a enfrentar agora. Mas nela, Bolsonaro não aprendeu a nadar, e está se afogando.

Ministro Mandetta diz quem descumpre isolamento é que depois vai se lamentar


Mandetta disse que orientação “vale para todos os brasileiros”
Deu no Correio Braziliense
Após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ir ao encontro de apoiadores durante visita ao hospital de campanha em Águas Lindas (GO), na manhã deste sábado, dia 11, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que acompanhou a vistoria, disse que a orientação de distanciamento social vale para todos os brasileiros.
O ministro afirmou ainda que as pessoas que descumprem o isolamento serão as mesmas que se lamentarão pelo coronavírus.
“Eu posso recomendar (a não aglomeração), não posso viver a vida das pessoas. As pessoas que fazem uma atitude dessa, hoje, daqui a pouco serão as mesmas que estão lamentando”, disse Mandetta.
“VALE PARA TODOS” – Questionado sobre o fato de Bolsonaro ter ido ao encontro das pessoas e se a recomendação vale para ele também, o ministro da Saúde se limitou a responder: “Vale para todos os brasileiros.”
Após visitar a construção do hospital de campanha, Bolsonaro foi ao encontro de apoiadores que gritavam por ele. O presidente cumprimentou eleitores e tirou fotos. No início, ele estava usando máscara, mas, ao final, tirou a proteção e ficou com ela na mão esquerda.
Os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, acompanharam Bolsonaro, mas permaneceram de máscaras. Ao ser indagado por que não acompanhou o presidente, Mandetta disse que segue as orientações de distanciamento social. “Eu procuro seguir uma lógica de não aglomeração”, afirmou.

Prefeitura de Aracaju divulga 2º levantamento de infestação do Aedes aegypti do ano

A Prefeitura de Aracaju divulgou o 2º Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2020. O levantamento mede a presença das larvas do mosquito na cidade e constatou que, dessa vez, houve um aumento de 0.9 para 1.6 entre os meses de janeiro e março.
 
O novo índice retira Aracaju da zona de baixo risco, que vai até 1.0, e coloca a capital no médio risco, o que, para a secretária municipal da saúde, Waneska Barboza, acende um alerta tanto para a gestão quanto para a população.
 
“Nós aumentamos o número de bairros de médio risco e diminuímos o número de bairros com baixo risco. Agora, são seis bairros com índice acima de 3, que é considerado médio risco, mas com alerta. E são bairros que rotineiramente demonstram um índice mais alto”, ressalta Waneska.
 
Os bairros que registraram aumento foram: Santa Maria, Cidade Nova, Industrial, 18 do Forte, Suíssa e Santo Antônio. De acordo com a secretária, o aumento se deu dentro das residências. “Houve um aumento no lixo e nos resíduos sólidos, como pneus e brinquedos que as pessoas deixam no quintal. Eles se tornam criadouros do mosquito, o que ajudou nesse aumento”, esclarece.
 
Já com relação aos terrenos baldios e imóveis abandonados, a Prefeitura realizou, por meio das secretarias e departamentos responsáveis, mais de cinco mil visitas, o que ajudou a evitar a proliferação nas áreas urbanas.
 
Nos bairros em que há a necessidade de estocar água por causa dos problemas com abastecimento, a Prefeitura orienta que sejam tomadas todas as precauções, principalmente em virtude das orientações de isolamento social para conter o coronavírus.  
 
“As pessoas que precisam acumular água, devem manter o ambiente fechado para que não se torne propício à proliferação do mosquito. Os ralos devem conter telas. E, na necessidade de um reservatório maior, que sejam com tampa e com a utilização de produtos como água sanitária. É importante aproveitar que está todo mundo em casa para tomar esses cuidados essenciais”, reitera Waneska.
 
De acordo com o 1º Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) deste ano, a capital sergipana se manteve com índice de 0,9, o que representou uma queda de 25% em relação ao início do ano passado. O primeiro LIRAa também apontou que nenhum bairro da cidade estava com alto risco de infestação, o que foi mantido nesse segundo levantamento.
 
Da AAN

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