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sábado, abril 11, 2020

Pandemia mostra que fortalecer o SUS precisa ser uma prioridade nacional


Dilma quer médicos militares atendendo na rede pública de saúde ...
Afinal, a quem interessa essa política atual de esvaziar o SUS?
Eduardo de Azeredo Costa
Vai passar? Sim, vai passar. E ninguém tem dúvida de que a humanidade sobreviverá e continuará sua história na Terra. Cremos que a pandemia deixará legados. Bons e maus. Quais serão, para além de uma tênue memória do episódio, 100 anos depois, como a da tragédia da gripe espanhola de 1918/19?
E agora? Além de importar equipamentos, como respiradores, testes diagnósticos e remédios, o que faremos? O certo é que a produção nacional no setor necessita de soberania, para servir ao povo brasileiro.
DESINDUSTRIALIZAÇÃO – Temos capacidade tecnológica para tanto, mas as armadilhas da tradição exportadora de produtos primários nos fez refém de importações que destroem nossas indústrias privadas.
E quem trabalhou em laboratórios como o Instituto de Pesquisas Biológicas de Porto Alegre, Instituto Adolfo Lutz, Instituto Oswaldo Cruz, Instituto Evandro Chagas, Instituto Vital Brazil e outros, sabe da capacidade nacional, que é atropelada pela importação, mas também pela falta de planejamento na saúde
Assim, somos levados a pensar no tipo de legado para o SUS, agora. A defesa da indústria nacional é vital para os sistemas de saúde, especialmente nos momentos de crise. Enquanto a criação do Serviço Nacional de Saúde inglês alavancou a indústria britânica de medicamentos, que passou a exportadora, não criamos as bases para isso na farmoquímica brasileira.
IMPORTANDO TECNOLOGIA – Na área de imunobiológicos, liquidamos ossos produtos pioneiros por falta de inovação e passamos a importar tecnologia das multinacionais.
Esse fato demonstra que um projeto nacional de desenvolvimento é condição necessária para o fortalecimento do SUS. E para ele estabelecer um planejamento do Ministério da Saúde que o respeite e para ele contribua – uma interação necessária.
Fortalecer o SUS é propiciar educação para todo o povo brasileiro para que possa se proteger e cuidar dos seus familiares. Assim, o SUS poderia dedicar-se ao que é central na sua missão como sistema de saúde universal, que garanta a prestação de serviços de saúde adequados à população brasileira com equidade.
PROBLEMAS E ENTRAVES – Das atuais características do SUS resultam alguns problemas que precisam ser sanados para que seja fortalecido internamente.
Vamos focar em apenas dois deles. Um é a fragmentação dos prestadores por entidades com abordagens e interesses diferentes, reduz a capacidade de planejar nacionalmente e mesmo localmente, resultando daí a má distribuição dos recursos, provocando inequidade no acesso e na qualidade dos serviços.
A outra questão se refere aos recursos humanos para a saúde, pois não se permitiu a criação nacional de uma carreira de servidores do SUS. Ora, há prestação por entidades públicas de saúde federais, estaduais e municipais e privadas. E mesmo na área pública, inclusive com políticas neoliberais de precarização de contratos trabalhistas e de legislação de controle fiscal, grande parte dos trabalhadores da saúde são hoje terceirizados ou seja, não têm a característica de estabilidade para o treinamento continuado e o convívio prolongado com as comunidades, que são a melhor característica da atenção primária de qualidade.
ARRISCANDO A VIDA – Os servidores do front sanitário, particularmente nos hospitais públicos, são os mais expostos ao risco de adoecer e morrer.
Nessa pandemia, a sociedade tem manifestado seu reconhecimento pela dedicação e tem valorizado os trabalhadores da saúde, em todo o mundo. Na Espanha criou-se um ritual matinal de aplaudir das janelas os trabalhadores da saúde que vão assumir seus postos.
E mais deveriam ser aqui no Brasil, onde suas condições de contrato e trabalho são muito precárias. Não é incomum que um técnico de enfermagem trabalhe em até três hospitais diferentes, no regime de plantão, com contratos diferentes, para poder ganhar o suficiente para manter sua família. Com isso, também são vetores de transmissão da doença para seus parentes e comunidades.
FALTA UM PLANO NACIONAL – Por tudo isso, está na hora de um plano nacional de carreira na Saúde Pública. De preferência, com dedicação integral. É tão estratégico quanto a atuação das Forças Armadas para a segurança nacional.
Se tomarmos as devidas providências, realmente a pandemia do coronavírus poderá nos deixar um legado indelével do enfrentamento a outras ameaças sanitárias, e isso vai nos servir por mais 100 anos.
Os profissionais que hoje enfrentam a doença serão sempre lembrados por sua dedicação ética, seu destemor e sua disciplina profissional.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Muito oportuno o artigo enviado por Sergio Caldieri, ex-diretor da ABI. É preciso fortalecer o SUS, para que as populações de baixa renda tenham realmente garantia do direito constitucional à vida. (C.N.)

Defensoria pede divulgação de plano de repatriação de brasileiros ao Itamaraty


Há uma semana havia mais de 6 mil brasileiros sem conseguir voltar 
Victor Farias
O Globo
A Defensoria Pública da União (DPU) recomendou que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, divulgue no prazo de cinco dias úteis um plano de ação para concretizar a repatriação dos brasileiros que estejam impossibilitados de voltar ao país, devido à pandemia do novo coronavírus. O ofício enviado nesta sexta-feira ao Itamaraty menciona a possibilidade de fretamento de voo, caso seja necessário.
“No prazo de 5 dias úteis, em razão da URGÊNCIA da questão, seja amplamente divulgado o plano de ação detalhado para assistência consular no sentido de concretizar a repatriação dos brasileiros que estejam impossibilitados de regressar ao Brasil, relativamente a cada país com o qual a República Federativa do Brasil mantém relações exteriores e onde existam nacionais brasileiros nessa situação”, afirma o defensor nacional de Direitos Humanos da DPU, Atanasio Darcy Lucero Júnior.
ASSISTÊNCIA – Ele solicita que o governo brasileiro preste assistência material até a repatriação, com o pagamento de hospedagem, refeições e assistência de saúde, “independentemente da condição financeira” do brasileiro.
O documento indica, no entanto, que a União terá a possibilidade de solicitar ressarcimento dos gastos posteriormente, caso seja comprovada a possibilidade econômica de arcar com os custos.
VULNERABILIDADE – “Seja a emergência sanitária mundial atualmente em curso, à vista de sua evidente excepcionalidade, considerada prova suficiente da vulnerabilidade do brasileiro, para fins de concessão da repatriação”, afirma o documento, que não tem caráter vinculativo – ou seja, o Itamaraty tem autonomia para seguir ou não as recomendações.
Até sábado passado, havia 6.469 brasileiros no exterior, em 88 países, sem conseguir voltar para o Brasil, devido às medidas restritivas adotadas para evitar a expansão da pandemia de coronavírus, entre os quais o fechamento de fronteiras.

Parlamentares e dirigentes partidários estimam adiar 1º turno das eleições para 15 de novembro


por Catia Seabra | Folhapress
Parlamentares e dirigentes partidários estimam adiar 1º turno das eleições para 15 de novembro
Foto: Reprodução / Migalhas
Parlamentares com trânsito no Palácio do Planalto e dirigentes partidários estimam adiar para o dia 15 de novembro (feriado da Proclamação da República) a realização do primeiro turno das eleições municipais, caso a pandemia do coronavírus não arrefeça até junho, data final para decisão.

Pela proposta em debate, o primeiro turno seria adiado em 42 dias. Já o segundo turno aconteceria em 6 de dezembro ou, no máximo, no domingo seguinte (13). Nesse caso, as convenções partidárias, programadas para julho, ocorreriam em agosto.

O adiamento tem sido tema de uma série de reuniões virtuais entre os presidentes de nove partidos de centro-direita.

Presidentes de MDB, PSDB, DEM, PSD, Republicamos, PL, PP, Solidariedade e Avante, que participaram dos encontros, admitem o adiamento das eleições para novembro. E, à exceção do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), descartam a possibilidade de prorrogação de mandatos até 2022 para que coincidam com a disputa nacional.

Nesta semana, os líderes dessas siglas concordaram em retomar essa discussão em junho, apenas se a crise perdurar pelos próximos dois meses. Até lá, está mantido o calendário oficial com primeiro e segundo turnos nos dias 4 e 25 de outubro, respectivamente, o primeiro e o último domingos do mês, como prevê a Constituição.

Embora a definição de nova data dependa de aprovação do Congresso, a ideia de só voltar ao debate em junho está em consonância com o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que, em maio, assumirá a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Segundo o deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, partido ao qual estão filiados dois filhos do presidente Jair Bolsonaro, "a priori, a maioria quer manter a data”. “É claro que dependendo da situação da crise”, acrescenta.

Segundo o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo (PE), o tema começa a surgir no horizonte, sobretudo entre dirigentes partidários. Ele afirma que, sem ambiente para realização da campanha em agosto, a eleição poderá ser adiada. "O que vai definir isso não é a percepção, nem a vontade de a mais. São os fatos que vão se impor”, diz.

Líder do PSD, Gilberto Kassab (SP) também admite a possibilidade de adiamento para novembro e ressalta a necessidade de financiamento público de campanha. “Sem financiamento público, seria a volta do financiamento empresarial. Ou alguém acha que o espírito santo vai destinar recursos para as campanhas?”

O adiamento não é pauta exclusiva do centrão. Está na agenda da esquerda. Presidente nacional do PDT, Calos Lupi conta que a ideia já foi objeto de debate interno. "E pensamos que, conforme o desenrolar desta pandemia, é provável que tenhamos que adiar as eleições. Provavelmente até dezembro”, afirma.

Segundo ele, o PDT é completamente contrário à prorrogação. “É um precedente perigoso que fere a democracia e gera consequências graves.”

O presidente do PSB, Carlinhos Siqueira, diz que ainda é cedo para adotar essa medida. “Mas podemos ser levados pelas circunstâncias a admitir esta hipótese de adiar o pleito de outubro. Admitimos discutir o adiamento, e não a prorrogação. Entretanto, essa decisão deve ser adotada, se for o caso, em julho ou início de agosto”, diz.

Embora no passado as eleições já tenham ocorrido no dia 15 de novembro, um feriado nacional, não é essa a razão para que a data esteja hoje em pauta. Mas, sim, sua aplicabilidade. Dirigentes partidários afirmam que esse novo calendário permitiria que o segundo turno e a montagem dos futuros governos ocorressem sem o risco de paralisia em meio aos preparativos do Natal e fim de ano.



PRINCIPAIS DATAS ELEITORAIS

Eleições municipais de 2020 só ocorrerão em outubro, mas até o dia de votação há uma série de datas importantes no calendário eleitoral

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5 de março a 3 de abril

A chamada janela eleitoral, período em que vereadores podem mudar de partido para concorrer à eleição (majoritária ou proporcional) de outubro sem incorrer em infidelidade partidária



4 de abril

É o último dia para que novas legendas sejam registradas na Justiça Eleitoral a tempo de lançarem candidatos próprios às eleições. Além disso, até esta data, aqueles que desejam concorrer na eleição devem ter domicílio eleitoral na cidade em que vai concorrer. A data marca o fim do prazo para que detentores de mandatos no Executivo renunciem aos seus cargos para se lançarem candidatos



6 de maio

É o último dia para que regularizem a sua situação junto à Justiça Eleitoral para poderem votar em outubro



15 de maio

É permitido iniciar a arrecadação facultativa de doações por pré-candidatos aos cargos de prefeito e vereador, por meio de plataformas de financiamento coletivo credenciadas na Justiça Eleitoral



30 de junho

Pré-candidatos que apresentem programas de rádio ou televisão ficam proibidos de continuar a fazê-lo



20 de julho a 5 de agosto

Início das convenções partidárias para a escolha dos candidatos. Também a partir de 20 de julho, os candidatos passam a ter direito de resposta à divulgação de conteúdo difamatório, calunioso ou injurioso por qualquer veículo de comunicação



15 de agosto

Última dia para os partidos registrarem as candidaturas



20 de agosto

Caso o partido não tenha feita o registro, o candidato pode unilateralmente fazer o seu pleito até esta data



16 de agosto

Passa a ser permitida a propaganda eleitoral, inclusive na internet. Os comícios poderão acontecer até o dia 1º de outubro



28 de agosto

O horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão passa a ser veiculado de 28 de agosto a 1º de outubro



19 de setembro

A partir desta data, os candidatos não poderão ser presos, salvo no caso de flagrante delito. Eleitores, por sua vez, não poderão, em regra, ser presos a partir do dia 29 do mesmo mês



4 de outubro

O primeiro turno de votação para vereadores e prefeitos



25 de outubro

Segundo turno para municípios com mais de 200 mil eleitores



18 de dezembro

Diplomação dos eleitos

Bahia Notícias

Sesab aponta risco de mortes por Covid-19 no Extremo Sul após prefeito desfazer acordo


por Ailma Teixeira
Sesab aponta risco de mortes por Covid-19 no Extremo Sul após prefeito desfazer acordo
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias
O Governo da Bahia pretendia utilizar o Hospital Geral de Itamaraju para implantar 20 leitos de UTI dedicados a pacientes com Covid-19, mas o plano foi frustrado pelo prefeito da cidade, Marcelo Angênica (PSDB). Segundo o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-boas, o gestor do município havia firmado um acordo com o governador Rui Costa (PT) na quinta-feira (9), mas acabou voltando atrás ao perceber que a proposta era contestada por parte da população.

Em mensagem de vídeo compartilhada com a imprensa, o secretário conta que, na manhã de sexta (10), os técnicos da Sesab chegaram à cidade para avaliar as adaptações necessárias e chegaram a ser recepcionados por um carro da prefeitura. "Mas surpreendentemente, nós fomos acolhidos por um grupo de manifestantes contrários a essa instalação e, posteriormente, pela manifestação pública do prefeito, se dizendo contrário a tudo aquilo que havia sido combinado, acordado, garantido entre ele e o governador", critica o secretário, acrescentando lamentar a situação.

"É importante ressaltar o risco de morte que a população está exposta, caso não consigamos montar uma estrutura de atendimento aí na região", complementa. Vilas-boas pontua que os pacientes graves de coronavírus tendem a evoluir rapidamente para a necessidade de ventilação mecânica por exemplo.

De acordo com a Secretaria de Comunicação do governo do estado, 464 mil baianos vivem nos 13 municípios do Extremo-Sul. Até o último boletim da Sesab, a região contabilizava nove casos de coronavírus, distribuídos em Itamaraju (1), Medeiros Neto (1), Prado (4) e Teixeira de Freitas (3).

O Bahia Notícias buscou contato com a assessoria da Prefeitura de Itamaraju para ouvir a versão do prefeito, mas não obteve êxito até a publicação desta nota. (Atualizada às 13h02)

De cloroquina à molécula do viagra, vários medicamentos estão em teste contra o coronavírus


por Reinaldo José Lopes | Folhapress
De cloroquina à molécula do viagra, vários medicamentos estão em teste contra o coronavírus
Foto: Reprodução
Para enfrentar a emergência global de saúde pública causada pela Covid-19, cientistas e médicos se mobilizaram com velocidade sem precedentes para testar medicamentos contra a doença. A maioria desses testes envolve fármacos que já são empregados para tratar outras enfermidades, em parte porque o conhecimento acerca da dosagem e da segurança dessas substâncias já é relativamente sólido.

Por causa dessa base anterior de dados sobre tais medicamentos, diversas análises já estão sendo feitas diretamente a partir da resposta de pacientes humanos às terapias.

Por ora, entretanto, muitos desses testes ainda estão sendo realizados com grupos pequenos de pessoas, o que diminui a confiabilidade estatística dos resultados -efeitos aparentemente positivos de um tratamento podem acabar não se confirmando em populações maiores, por exemplo. Já existem esforços para ampliar o número de participantes dos testes para centenas e mesmo milhares, coordenados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras instituições.

Algumas moléculas com potencial farmacológico que ainda não estão disponíveis comercialmente também estão sendo testadas, inicialmente em células cultivadas em laboratório e animais.

É importante lembrar que muitos dos estudos estão sendo divulgados primeiro em depositórios online de artigos científicos, sem a chamada revisão por pares, na qual cientistas da mesma área que os autores de um estudo avaliam os dados antes da publicação.

O processo de revisão por pares também está acontecendo, além disso, em ritmo acelerado, para dar conta do desafio representado pela Covid-19. Tudo isso dificulta a avaliação da qualidade das pesquisas no momento, embora facilite a disseminação das informações



Hidroxicloroquina

Testada com aparente sucesso em diversos ensaios clínicos na China e na França, o medicamento tem a vantagem de já ser aprovado para uso em seres humanos há décadas, sendo produzido em quantidades apreciáveis para tratar malária e doenças autoimunes (nas quais o organismo se volta contra si mesmo), como artrite reumatoide e lúpus. O uso indiscriminado contra a Covid-19 também traz a preocupação de que o medicamento acabe faltando para pessoas com essas doenças.

Já se sabe que a substância é capaz de modular o sistema de defesa do organismo, o que poderia ajudar o organismo a combater o vírus sem reagir a ele de maneira desmedida, o que também pode ser um problema. Também há indícios de que ela dificultaria a entrada do vírus nas células humanas.

Em alguns testes, a hidroxicloroquina foi usada em combinação com o antibiótico azitromicina, que ajudaria a impedir que bactérias já presentes no organismo se aproveitassem da debilidade causada pelo vírus para agravar a pneumonia sofrida pelo paciente.

Alguns testes, porém, não mostraram grandes benefícios do uso se comparado ao tratamento padrão ou com medicamentos antivirais, dependendo do estágio da doença em que o remédio é administrado.

Efeitos colaterais e contraindicações: pacientes com problemas de coração, psoríase e diabetes devem ter cuidado com o uso. Os efeitos colaterais podem incluir náuseas, diarreia, vômitos e dores de cabeça. Também pode afetar a retina com o uso crônico (de longo prazo).



Lopinavir e ritonavir (com e sem interferon beta-1a)

Esses medicamentos antivirais já são usados de modo combinado contra o HIV, causador da Aids. Ambos fazem parte da classe dos chamados inibidores de protease. Ou seja, eles atrapalham a ação de moléculas virais cuja função é "fatiar" proteínas das células infectadas, de modo que o vírus consiga utilizá-las para seu próprio benefício (daí o nome "protease").

O lopinavir e o ritonavir foram incluídos num grande teste clínico internacional sob os auspícios da OMS. Testes em pequena escala ainda não chegaram a revelar resultados animadores. Efeitos colaterais e contraindicações: em pacientes que carregam o HIV, podem causar diarreia, vômito e dores de cabeça. Há casos bem mais raros de problemas no pâncreas e no fígado.

Na mesma bateria de testes clínicos, a combinação de antivirais está sendo ministrada junto com o interferon beta-1a, medicamento que modula processos inflamatórios e é usado para tratar esclerose múltipla.

Efeitos colaterais e contraindicações: reações na pele quando injetado, dores musculares e de cabeça, fadiga.



Remdesivir

Ainda não aprovada para emprego em grande escala mundo afora, a droga antiviral, desenvolvida por um laboratório americano, chegou a ser testada contra o Ebola e contra uma série de vírus emergentes menos conhecidos, os quais possuem material genético formado por uma fita simples de RNA (molécula "prima" do DNA), assim como o Sars-CoV-2.

Contra o Ebola, o remédio se mostrou seguro para o uso em humanos, embora menos eficaz que o uso de anticorpos. O remdesivir é um análogo de nucleotídeo, ou seja, possui características bioquímicas similares às "letras" de RNA (que são nucleotídeos propriamente ditos). Assim, diante da droga, o vírus que está copiando seu material genético acaba inserindo as moléculas da droga no meio do processo por engano. O processo acaba parando, e o vírus deixa de se reproduzir. A droga também foi incluída no grande teste clínico da OMS.

Efeitos colaterais e contraindicações: náusea, vômito, possíveis efeitos sobre o fígado. Mulheres grávidas não devem tomar o medicamento.



Favipiravir

Desenvolvido no Japão, onde leva o nome comercial de Avigan, o medicamento também interfere na multiplicação da cadeia de RNA que funciona como o genoma de muitos vírus. Foi criado originalmente para combater o vírus da gripe. Testes com algumas dezenas de pacientes na China indicam que ele teria ajudado a encurtar o tempo de manifestação de sintomas como tosse e febre, embora não tenha ajudado os doentes em estado mais graves.

Efeitos colaterais e contraindicações: mulheres grávidas não devem usar o remédio por causa de possíveis deformidades em fetos.



Anticoagulantes

Os casos mais graves da Covid-19 podem incluir o aparecimento de problemas na coagulação do sangue, com o aparecimento de coágulos dentro dos vasos sanguíneos. Para impedir isso, os médicos têm usado medicamentos como o anticoagulante fondaparinux ou, nos casos em que o paciente não pode receber esses remédios, aparelhos de compressão pneumática que têm efeito parecido por via mecânica.



EIDD-1931

Ainda não empregado comercialmente, o fármaco designado por essa sigla foi testado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte em culturas de células das vias respiratórias humanas e em camundongos, mostrando ser capaz de inibir a ação do Sars-CoV-2 e de dois outros coronavírus, os causadores da Sars e da Mers (ambas doenças respiratórias graves).

A molécula atua causando erros no processo de cópia do material genético dos diferentes coronavírus, impedindo a replicação (multiplicação) deles. Uma de suas vantagens é poder ser administrada por via oral.

Efeitos colaterais e contraindicações: não houve efeitos negativos para o material genético das células humanas e dos camundongos, mas ainda não é possível dizer se haveria problemas no organismo humano.



Anticorpos contra o Sars-CoV-2

A ideia é transferir anticorpos -moléculas produzidas pelo organismo com a função específica de neutralizar um invasor- do sangue de pessoas que já se recuperaram da Covid-19 para o organismo de quem ainda está com a doença.

O procedimento está sendo realizado em diversos países, como os EUA e o Brasil. O problema é que, nas condições atuais, não é possível realizá-lo em larga escala, já que apenas poucos doentes poderiam se beneficiar do plasma (parte líquida do sangue) com anticorpos de cada doador.

Por isso, pesquisadores de instituições como a Universidade Rockefeller, em Nova York, planejam usar técnicas de biotecnologia para produzir os anticorpos em grande quantidade, processo que deve demorar vários meses até ser aperfeiçoado.

Efeitos colaterais e contraindicações: é preciso cuidado para que a doação de plasma com anticorpos não transfira outras doenças dos doadores para os pacientes.



Regulação de interleucinas

A família das interleucinas, que inclui dezenas de moléculas produzidas naturalmente pelo organismo humano, são importantes em diversos processos de sinalização e coordenação do sistema de defesa do organismo, como a inflamação. Acontece que, nos casos mais graves da Covid-19, o que parece estar acontecendo é um estímulo excessivo à ação das interleucinas e outras sinalizadoras do sistema imunológico, processo que acaba danificando severamente os pulmões dos doentes e levando-os à morte. A reação descontrolada do organismo ao vírus parece ser o grande problema.

Para tratar esses doentes mais graves, testes clínicos em países como a China e a Suíça estão usando anticorpos que bloqueiam as interleucinas, como o tocilizumabe, projetado para diminuir a ação da interleucina-6. Em pessoas com doenças autoimunes, como artrite reumatoide, vários remédios similares já são utilizados.

Efeitos colaterais e contraindicações: é preciso ter cuidado para achar um ponto de equilíbrio entre moderar a ação do sistema imune e, ao mesmo tempo, não impedir que ele combata o vírus.



Ciclesonida

Pertencente à classe dos glicocorticoides e usado para tratar, por exemplo, asma e os sintomas da rinite alérgica, o medicamento está sendo testado no Japão por pessoas que foram infectadas pelo Sars-CoV-2 mas ainda não manifestaram sintomas. Os resultados do teste ainda não foram divulgados.

Efeitos colaterais e contraindicações: dor de cabeça e sangramento no nariz.



Teste automatizado de medicamentos

Para tentar alargar ao máximo as possibilidades de usar remédios já aprovados comercialmente contra o Sars-CoV-2, um caminho é empregar plataformas de testes automatizados de moléculas in vitro (ou seja, em tubo de ensaio) contra o vírus. Uma dessas iniciativas está sendo tocada por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, em parceria com a Eurofarma.

O sistema, segundo a equipe, será capaz de testar milhares de diferentes compostos por semana. Uma vez que medicamentos com ação promissora forem identificados, será possível continuar o processo de testes em animais e seres humanos. Um trabalho parecido está sendo realizado por pesquisadores do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), órgão federal localizado em Campinas.



Drogas antiparasitas

Testes in vitro e simulações computacionais também revelaram algum potencial anticoronavírus no caso de drogas que já são usadas há décadas contra piolhos, vermes intestinais (lombrigas, solitárias etc.), protozoários e outros parasitas. A lista inclui fármacos como a ivermectina, a nitazoxanida e a niclosamida.

O problema desses medicamentos, além da grande quantidade de efeitos colaterais, é a aparente falta de uma ação suficientemente específica contra o coronavírus, o que inviabilizaria o uso clínico em larga escala.



Óxido nítrico inalatório

Essa pequena molécula, importante na regulação da largura dos vasos sanguíneos, é importante para o mecanismo de funcionamento do Viagra e será testada nos EUA, na forma inalável, na tentativa de ajudar pacientes com formas leves e moderadas de Covid-19. Espera-se que ele ajude a minimizar a falta de ar causada pela doença.

Efeitos colaterais e contraindicações: não há problemas significativos, desde que a concentração do gás no inalador seja bem regulada.

Bahia Notícias

Testes rápidos para diagnosticar coronavírus são enviados a mais de 60 municípios da Bahia


Testes rápidos para diagnosticar coronavírus são enviados a mais de 60 municípios da Bahia
Foto: Divulgação
Mais de 60 municípios da Bahia, onde o coronavírus foram identificados, já receberam os testes rápidos para diagnosticar a doença. A informação foi revelada neste sábado (11) pela Secretária de Saúde da Bahia (Sesab)

A Bahia recebeu 31 mil testes adquiridos pelo Governo Federal e serão voltados para os trabalhadores das áreas de segurança pública e saúde, bem como para as pessoas que residam no mesmo domicílio dos profissionais e estejam com quadro gripal. O estado solicitou a ampliação desse público alvo, mas o pleito não foi atendido neste primeiro momento por questões operacionais. 

“A Bahia solicitou a ampliação desse público-alvo, mas o acréscimo de outros grupos populacionais está subordinado à capacidade operacional de produção, aquisição e distribuição do Ministério da Saúde”, disse Fábio Vilas-Boas, secretário de Saúde do Estado.

Diretor de atenção básica da Sesab, Cristiano Sóster explicou como serão feitos os testes.

 “A lógica que o Ministério da Saúde está utilizando é a de que o profissional da Segurança Pública vai ficar de quarentena e, 72 horas após o desaparecimento dos sintomas, o teste será aplicado para sabermos se ele está curado ou não, a fim que de ele possa voltar à atividade sem contaminar ninguém”, afirmou o diretor.

O resultado é verificado após 15 minutos da realização do teste. Além disso, o exame deve ser realizado respeitando duas condições: em profissionais de saúde e segurança pública, eles devem ter o mínimo de sete dias completos desde o início dos sintomas de Síndrome Gripal e mínimo de 72 horas assintomático; no caso das pessoas com diagnóstico de Síndrome Gripal que resida no mesmo domicílio de um profissional de saúde ou segurança em atividade, ela deve possuir o mínimo de sete dias completos desde o início dos sintomas do quadro gripal.

Médica que atende em Socorro atesta positivo para Coronavírus

Médica que atende em Socorro atesta positivo para Coronavírus
Leia a notícia: https://bit.ly/2Vm0XFG
JORNALDESERGIPE.COM.BR
Uma médica que trabalha no Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro, testou positivo para a Covid-19.

Glória registra segundo caso de Covid-19; número em SE sobe para 42


Sergipe tem 42 casos confirmados de coronavírus (Foto: Freepik)

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) atualizou nesta sexta-feira, 10, o novo boletim epidemiológico do coronavírus (Covid-19). Foram registrados mais dois casos confirmados: um em Aracaju e outro em Nossa Senhora da Glória. Com estes, sobe para 42 o número de casos em Sergipe.
O caso de Glória é um homem de 38 anos que está internado em um hospital da rede pública. Já o caso de Aracaju, trata-se de uma mulher de 43 anos, profissional da Saúde, que está cumprindo isolamento domiciliar. Ela encontra-se com o quadro de saúde estável.
Os dados também apontam que 562 testes foram descartados para Covid-19. Segundo a SES, 18 pessoas já deixaram a quarentena e estão recuperadas. O Estado segue com quatro óbitos.
Panorama do coronavírus em SE
Confirmados: 42
Aracaju: 33
Propriá: 02
Capela: 01
Itabaiana: 01
Simão Dias: 01
Pacatuba: 02
Nossa Senhora da Glória: 02
Descartados: 562
Receberam alta: 18
Óbitos: 04
Com informações da SES
INFONET

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