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quarta-feira, janeiro 29, 2020

Até hoje a situação da Prefeitura de Jeremoabo é a seguinte:



Dessa vez parece que os servidores com o salário atrasados irão brincar o carnaval com dinheiro no bolso.


DEMONSTRATIVO DE DISTRIBUIÇÃO DA ARRECADAÇÃO
29/01/2020SISBB - Sistema de Informações Banco do Brasil10:31:26
JEREMOABO - BA
FPM - FUNDO DE PARTICIPACAO DOS MUNICIPIOS
DATAPARCELAVALOR DISTRIBUIDO
20.01.2020PARCELA DE IPIR$ 68.282,59 C
PARCELA DE IRR$ 342.555,95 C
RETENCAO PASEPR$ 4.108,37 D
RFB-PREV-OB CORR$ 152.608,85 D
RFB-PREV-OB DEVR$ 76.684,60 D
RFB-RET DARFR$ 33.643,25 D
DEDUCAO SAUDER$ 61.625,77 D
DEDUCAO FUNDEBR$ 82.167,70 D
TOTAL:R$ 0,00 C
TOTAISPARCELA DE IPIR$ 68.282,59 C
PARCELA DE IRR$ 342.555,95 C
RETENCAO PASEPR$ 4.108,37 D
RFB-PREV-OB CORR$ 152.608,85 D
RFB-PREV-OB DEVR$ 76.684,60 D
RFB-RET DARFR$ 33.643,25 D
DEDUCAO SAUDER$ 61.625,77 D
DEDUCAO FUNDEBR$ 82.167,70 D
DEBITO FUNDOR$ 410.838,54 D
CREDITO FUNDOR$ 410.838,54 C
FEP - FUNDO ESPECIAL DO PETROLEO
DATAPARCELAVALOR DISTRIBUIDO
27.01.2020COTA-PARTER$ 37.962,33 C
RETENCAO PASEPR$ 379,62 D
TOTAL:R$ 37.582,71 C
TOTAISCOTA-PARTER$ 37.962,33 C
RETENCAO PASEPR$ 379,62 D
DEBITO FUNDOR$ 379,62 D
CREDITO FUNDOR$ 37.962,33 C
ICS - ICMS ESTADUAL
DATAPARCELAVALOR DISTRIBUIDO
21.01.2020COTA-PARTER$ 72.447,02 C
DEDUCAO SAUDER$ 10.867,05 D
DEDUCAO FUNDEBR$ 14.489,40 D
TOTAL:R$ 47.090,57 C
28.01.2020COTA-PARTER$ 118.249,48 C
DEDUCAO SAUDER$ 17.737,42 D
DEDUCAO FUNDEBR$ 23.649,89 D
TOTAL:R$ 76.862,17 C
TOTAISCOTA-PARTER$ 190.696,50 C
DEDUCAO SAUDER$ 28.604,47 D
DEDUCAO FUNDEBR$ 38.139,29 D
DEBITO FUNDOR$ 66.743,76 D
CREDITO FUNDOR$ 190.696,50 C
ANP - ROYALTIES DA ANP
DATAPARCELAVALOR DISTRIBUIDO
27.01.2020RETENCAO PASEPR$ 17,80 D
ANP-LEI 7990/89R$ 1.780,15 C
TOTAL:R$ 1.762,35 C
TOTAISRETENCAO PASEPR$ 17,80 D
ANP-LEI 7990/89R$ 1.780,15 C
DEBITO FUNDOR$ 17,80 D
CREDITO FUNDOR$ 1.780,15 C
FUS - FUNDO SAUDE
DATAPARCELAVALOR DISTRIBUIDO
20.01.2020ORIGEM FPMR$ 61.625,77 C
ORIGEM IPMR$ 244,71 C
TOTAL:R$ 61.870,48 C
21.01.2020REF.ICMS ESTADOR$ 10.867,05 C
28.01.2020REF.ICMS ESTADOR$ 17.737,42 C
TOTAISORIGEM FPMR$ 61.625,77 C
REF.ICMS ESTADOR$ 28.604,47 C
ORIGEM IPMR$ 244,71 C
DEBITO FUNDOR$ 0,00 D
CREDITO FUNDOR$ 90.474,95 C
IPM - IPI EXPORTACAO - COTA MUNICIPIO
DATAPARCELAVALOR DISTRIBUIDO
20.01.2020DEDUCAO SAUDER$ 244,71 D
IPM IPI-MUNICR$ 1.305,16 C
TOTAL:R$ 1.060,45 C
TOTAISDEDUCAO SAUDER$ 244,71 D
IPM IPI-MUNICR$ 1.305,16 C
DEBITO FUNDOR$ 244,71 D
CREDITO FUNDOR$ 1.305,16 C
FUNDEB - FNDO MANUT DES EDUC BASICA E VLRIZ PROF EDUC
DATAPARCELAVALOR DISTRIBUIDO
20.01.2020ORIGEM IPI-EXPR$ 2.508,64 C
ORIGEM FPER$ 71.712,96 C
ORIGEM FPMR$ 73.343,46 C
ORIGEM IPVR$ 2.379,57 C
TOTAL:R$ 149.944,63 C
21.01.2020ORIGEM ICMS-ESTR$ 27.571,48 C
ORIGEM IPVR$ 1.140,08 C
TOTAL:R$ 28.711,56 C
22.01.2020ORIGEM IPVAR$ 6.207,63 C
ORIGEM ITCMDR$ 738,47 C
ORIGEM ICMS ESTR$ 82.714,44 C
ORIGEM IPVR$ 1.411,89 C
TOTAL:R$ 91.072,43 C
23.01.2020ORIGEM IPVR$ 1.316,03 C
24.01.2020ORIGEM IPVR$ 1.320,66 C
27.01.2020ORIGEM IPVR$ 1.167,09 C
28.01.2020ORIGEM ICMS-ESTR$ 45.002,72 C
ORIGEM IPVR$ 1.175,71 C
TOTAL:R$ 46.178,43 C
29.01.2020ORIGEM IPVAR$ 6.355,96 C
ORIGEM ITCMDR$ 1.029,07 C
ORIGEM ICMS ESTR$ 135.008,18 C
TOTAL:R$ 142.393,21 C
TOTAISORIGEM IPVAR$ 12.563,59 C
ORIGEM ITCMDR$ 1.767,54 C
ORIGEM IPI-EXPR$ 2.508,64 C
ORIGEM ICMS ESTR$ 217.722,62 C
ORIGEM ICMS-ESTR$ 72.574,20 C
ORIGEM FPER$ 71.712,96 C
ORIGEM FPMR$ 73.343,46 C
ORIGEM IPVR$ 9.911,03 C
DEBITO FUNDOR$ 0,00 D
CREDITO FUNDOR$ 462.104,04 C
SNA - SIMPLES NACIONAL
DATAPARCELAVALOR DISTRIBUIDO
20.01.2020SIMPLES NACION.R$ 2.467,42 C
21.01.2020SIMPLES NACION.R$ 1.792,61 C
22.01.2020SIMPLES NACION.R$ 450,79 C
23.01.2020SIMPLES NACION.R$ 4.157,95 C
24.01.2020SIMPLES NACION.R$ 303,07 C
27.01.2020SIMPLES NACION.R$ 99,77 C
28.01.2020SIMPLES NACION.R$ 10,12 C
29.01.2020SIMPLES NACION.R$ 100,20 C
TOTAISSIMPLES NACION.R$ 9.381,93 C
DEBITO FUNDOR$ 0,00 D
CREDITO FUNDOR$ 9.381,93 C
IPV - IPVA-IMPOSTO SOBRE PROP. VEICULOS AUTOMOTORES
DATAPARCELAVALOR DISTRIBUIDO
20.01.2020DEDUCAO FUNDEBR$ 398,98 D
IPVAR$ 1.994,91 C
TOTAL:R$ 1.595,93 C
21.01.2020DEDUCAO FUNDEBR$ 90,94 D
IPVAR$ 454,74 C
TOTAL:R$ 363,80 C
22.01.2020DEDUCAO FUNDEBR$ 398,07 D
IPVAR$ 1.990,38 C
TOTAL:R$ 1.592,31 C
23.01.2020DEDUCAO FUNDEBR$ 64,38 D
IPVAR$ 321,92 C
TOTAL:R$ 257,54 C
24.01.2020DEDUCAO FUNDEBR$ 319,15 D
IPVAR$ 1.595,79 C
TOTAL:R$ 1.276,64 C
27.01.2020DEDUCAO FUNDEBR$ 190,60 D
IPVAR$ 953,04 C
TOTAL:R$ 762,44 C
28.01.2020DEDUCAO FUNDEBR$ 85,10 D
IPVAR$ 425,50 C
TOTAL:R$ 340,40 C
TOTAISDEDUCAO FUNDEBR$ 1.547,22 D
IPVAR$ 7.736,28 C
DEBITO FUNDOR$ 1.547,22 D
CREDITO FUNDOR$ 7.736,28 C
TOTAL DOS REPASSES NO PERIODO
DEBITO BENEF.R$ 479.771,65 D
CREDITO BENEF.R$ 1.212.279,88 C























Entenda a diferença entre surto, epidemia e pandemia

Entenda a diferença entre surto, epidemia e pandemia
Foto: Divulgação
Quando muitos casos de uma doença contagiosa começam a ser reportados, logo surgem manchetes falando sobre determinado surto, epidemia e do risco de uma pandemia. Nem sempre, porém, fica claro o que é cada um desses níveis e exatamente em que momento passa-se de um estágio para o outro.

O primeiro conceito importante é o de endemia. Trata-se de uma certa quantidade de casos que historicamente já ocorrem em determinada região do país. Exemplos brasileiros: doença de Chagas e esquistossomose (Barriga d’água).

Quando esse nível endêmico (que pode ser 0) é rompido pelo aumento de casos, pode-se considerar que há um surto ou uma epidemia.

Geralmente fala-se em “surto” para designar que novos casos estão concentrados em determinada região, como um bairro de uma cidade ou uma região metropolitana.

A palavra “epidemia” costuma ser reservada para quando a delimitação geográfica (uma vila ou um bairro, por exemplo) já não ajuda a definir tão bem onde os casos da doença estão acontecendo e/ou quando muitas pessoas são afetadas.

A distinção é algo cinzenta, mas uma infecção que pode ajudar a ilustrar o problema é o sarampo. Os surtos recentes de sarampo mataram 140 mil pessoas só em 2018, segundo a OMS. Calcula-se que as epidemias de sarampo na década de 60 chegaram a matar 2,5 milhões de pessoas.

Quando a epidemia afeta vários países ou continentes, trata-se de uma pandemia. Um caso ou outro de uma doença fora do local onde houve inicialmente o surto não implica necessariamente uma pandemia. Outros fatores, como a capacidade de disseminação do agente infeccioso (como no vírus da gripe) e presença de vetor (mosquito Aedes aegypti, no caso de arboviroses como dengue e zika) contribuem para a contenção ou espalhamento da moléstia.

Mas em que momento exatamente uma grande epidemia se transforma numa pandemia? Quantos países têm de ser afetados? Em que proporção? A gravidade da doença importa?

Há um consenso de que a gripe espanhola, que há cem anos matou pelo menos 50 milhões de pessoas, pode ser chamada de pandemia. Também se diz que o surto de gripe suína, em 2009, que matou 200 mil pessoas em todo o mundo, foi uma pandemia.

Em um artigo publicado no periódico The Journal of Infectious Diseases, em 2009, os autores, entre eles Anthony Fauci, diretor do Niaid (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA) fazem uma reflexão do que seria necessário para atestar esse patamar extremo:

- Grande distribuição geográfica: um dos consensos é que a doença tem que afetar uma grande porção territorial, como no caso da peste negra, da gripe (influenza) e de HIV/Aids.

Rastreabilidade do movimento da doença: é possível identificar para o caminho percorrido pela doença, como no caso da influenza, transmitidas por via respiratória, da cólera, pela água, ou da dengue, que se dá de acordo com a presença de vetores (mosquitos do gênero Aedes).

- Alta taxa de infecção: quando a taxa de transmissão é fraca ou há baixa proporção de casos sintomáticos, raramente uma doença é tratada como pandemia, mesmo com grande disseminação. A febre do Nilo Ocidental saiu do Oriente Médio e foi parar na Rússia e no Ocidente em 1999, mas nunca carregou a alcunha de epidemia

- Imunidade populacional baixa: É maior a chance de haver uma pandemia quando a imunidade da população for baixa para o patógeno

- Novidade: o uso do termo pandemia está associado ao risco de novos patógenos (caso do HIV, nos anos 1980) ou novas variantes (caso do vírus influenza, da gripe, que apresenta sazonalmente novas configurações)

- Infecciosidade: o termo “pandemia” é menos comumente ligado a doenças não infecciosas, como obesidade, ou comportamento de risco, como tabagismo. Quando isso ocorre, a ideia é destacar aquele problema como uma área que merece atenção, mas, segundo os autores do artigo, trata-se de um uso coloquial, não tão científico.

- Tipo de contágio: a maioria dos casos de epidemias é de doenças transmitidas entre pessoas, como a gripe (influenza).

- Gravidade: geralmente a palavra “pandemia” é associada a moléstias graves, capazes de matar, como peste negra, HIV/Aids e SARS (síndrome respiratória aguda severa). Mas doenças menos severas, como sarna (causada por um ácaro) ou conjuntivite hemorrágica aguda (provocada por vírus), também foram consideradas pandemias.

A principal forma de se prevenir contra os efeitos de uma pandemia é com sistemas vigilância para detectar rapidamente os casos, ter laboratórios equipados para identificar a causa da doença, dispor de uma equipe habilitada para conter o surto, evitando novos casos e sistemas de gerenciamento de crise, para coordenar a resposta.

A OMS (Organização Mundial da Saúde), por sua vez, emprega termos específicos para classificar certas situações. Uma emergência se dá quando uma autoridade decide que é hora de tomar medidas extraordinárias, como restrição de viagens e de comércio e estabelecimento de quarentena. Essa mesma autoridade também pode suspender esse estado de emergência. Geralmente uma emergência é bem-definida no tempo e no espaço e depende de um certo limiar para ser declarada. Esse limiar pode ser definido como uma taxa de mortalidade de 1 para cada 10.000 pessoas por dia ou mortalidade de 2 crianças abaixo de 5 anos a cada 10.000 pessoas por dia.

Crise é uma situação classificada como difícil, difícil de se estudar, classificar e combater. Uma crise pode não ser necessariamente evidente e necessita de um trabalho de análise para ser totalmente conhecida e e combatida.
Bahia Notícias

TJ-BA manterá grupo para estudar implantação de juízes de garantia no estado


TJ-BA manterá grupo para estudar implantação de juízes de garantia no estado
Foto: TJ-BA
O grupo criado para debater a implantação do juiz de garantias no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) manterá as atividades mesmo com a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a eficácia da Lei 13.964/2019 por tempo indeterminado. O grupo se reuniu na tarde desta terça-feira (28) na sede do TJ-BA para discutir medidas para implantação.

O primeiro encontro do Grupo de Trabalho aconteceu em 20 de janeiro e a próxima reunião está marcada para o dia 9 de março, às 14 horas. A comissão já pediu apoio da Polícia Civil para apresentar sugestões para implantação do juiz de garantias no estado.

A comissão é coordenada pelo desembargador Julio Travessa e conta com a participação do juiz Humberto Nogueira, assessor Especial da Presidência I e dos juízes Moacyr Pitta Lima Filho, assessor da Corregedoria-Geral da Justiça; juiz Paulo Roberto de Oliveira, assessor da Corregedoria das Comarcas do Interior, além dos juízes Antônio Alberto Faiçal Júnior, Cláudio Césare Braga Pereira, Andremara dos Santos, Eduarda de Lima Vidal, Liz Rezende de Andrade e Silvia Lúcia Bonifácio Andrade Carvalho. O assessor José Janilson de Gois Barreto é responsável por secretariar os trabalhos.

Bahia Notícias

“Tem coisa esquisita aí”, diz Bolsonaro sobre auditoria da “caixa preta” do BNDES


Charge do Iotti (gauchazh.clicrbs.com.br)
Mateus Vargas
Estadão
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, dia 28, que “está errado” o reajuste que levou o BNDES a pagar R$ 48 milhões a uma auditoria para abrir a “caixa-preta” do banco em operações com o grupo J&F, sem encontrar nenhuma irregularidade.
Ao comentar o último aditivo, feito pelo atual presidente do banco, Gustavo Montezano, ao escritório estrangeiro, Bolsonaro disse que “tem coisa esquisita aí. Parece que alguém quis raspar o tacho”.
“TÁ ERRADO” – “Essa auditoria começou no governo Temer. E tiveram dois aditivos. O último aditivo parece, não tenho certeza, seria na ordem de R$ 2 milhões. E chegou a R$ 48 milhões no final. Tá errado. Tá errado”, afirmou Bolsonaro ao chegar ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, após visita oficial à Índia. Como revelou o Estado, o último aditivo do contrato, de outubro de 2019, foi realizado sob a gestão de Montezano. Por ele, houve incremento de cerca de R$ 15 milhões o valor do contrato com o Cleary.
“Tem coisa esquisita aí. Parece que alguém quis raspar o tacho. Não sei se vou ter tempo para estar com Paulo Guedes (ministro da Economia) hoje (terça-feira, 28), parece que ele está em Brasília. É o garoto lá, foi o garoto, porque, conheço por coincidência desde pequeno, o presidente do BNDES é um jovem bem intencionado. E ele que passou as informações disso que falei para vocês (jornalistas) agora que são os aditivos. A ordem é não passar a mão na cabeça de ninguém. Expõe logo o negócio e resolve”, disse o presidente.
SEM IRREGULARIDADE – Após um ano e dez meses de trabalho focado em oito operações com as empresas JBS, Bertin, Eldorado Brasil Celulose, a auditoria não apontou nenhuma irregularidade. O Ministério Público Federal em Brasília, porém, apontou prejuízos de R$ 2 bilhões ao banco em operações com o grupo J&F. Dados da Operação Bullish mostram desrespeito ao limite de crédito que poderia ser emprestado à JBS e dispensa de recebimento de juros sobre o valor injetado na empresa.
Além do aditivo de Montezano, o contrato já tinha sido reajustado na gestão de Dyogo Oliveira no BNDES, no segundo semestre de 2018. Na sexta-feira, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu um prazo de 20 dias para o BNDES dar explicações sobre o aumento do valor da auditoria.
FISCALIZAÇÃO – O caso ainda pode se tornar alvo de uma fiscalização específica na Corte de contas, já que o Ministério Público junto ao TCU entrou com uma representação pedindo verificação do pagamento ao Cleary Gottlieb Steen & Hamilton, escritório contratado para realizar os serviços de auditoria.
Desde a revelação do caso pelo Estado do valor de R$ 48 milhões da auditoria que não encontrou nenhuma irregularidade, o atual presidente do banco tem sido pressionado pela diretoria e pelo Conselho de Administração do BNDES a dar uma resposta mais contundente e rápida sobre a auditoria contratada para desvendar a suposta caixa-preta de operações feitas entre 2005 e 2018.
MOROSIDADE – A avaliação entre diretores e conselheiros do BNDES é que o banco está muito lento para responder e divulgar uma nota da diretoria justificando a contratação da auditoria externa que investigou as operações, com um passo a passo.
Na segunda-feira, dia 27, a cúpula do banco passou o dia em Brasília para dar explicações. A primeira rodada de conversas ocorreu na Controladoria-Geral da União (CGU) e seguiu no início da tarde na Câmara dos Deputados e no Tribunal de Contas da União. Não houve, porém, coletiva de imprensa.
EXPLICAÇÕES  – O ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro, responsável pelo início da auditoria, também engrossa o pedido por explicações em carta a Montezano. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o contrato inicialmente previa um custo próximo a R$ 16 milhões.
A revelação do aditivo assinado sob a gestão Montezano causou ainda mais desgaste interno porque o atual presidente, em entrevista em Davos, Suíça, havia tentado jogar a responsabilidade pela auditoria para seus antecessores.

Das 10 maiores empresas do mundo, 6 são estatais, diz conselheira da Caixa Econômica


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Estados Unidos tem sete mil estatais, afirma Maria Rita Serrano
Carlos Newton
O assunto é repetitivo, mas vale à pena insistir, quando se trata de defender os interesses nacionais. O problema é tão grave que em setembro do ano passado foi lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, para se contrapor à mensagem diariamente transmitida pela grande mídia, que desde sempre vem atuando em favor dos interesses do capital estrangeiro.
Um dos destaques da cerimônia, realizada na Câmara Legislativa de Brasília, foi o pronunciamento da executiva Maria Rita Serrano, membro do Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal.
SUPERESTATAIS – “Tudo que é público tem corrupção, e no setor privado não tem. Lá a governança funciona que é uma maravilha”, ironizou Maria Rita Serrano, assinalando: “Talvez a grande diferença seja o fato de que o privado olha para o consumidor e o público tem que olhar o cidadão. Essa é a diferença fundamental”, continuou a representante da CEF, que também é coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.
 “Para muitos no Brasil, o modelo ideal são os Estados Unidos. E lá existem sete mil estatais. Dados do ano passado do instituto Forbes, que é um instituto liberal, revela que das 10 maiores empresas em ativos do mundo, seis são estatais dos Estados Unidos, da China e da Europa”, ressaltou Maria Rita, revelando dados importantíssimos que a grande imprensa procura ocultar.
REESTATIZAÇÃO – Maria Rita Serrano destacou que entre 2000 e 2017, ao menos 884 serviços foram reestatizados no mundo, segundo o TNI (Transnational Institute), centro de estudos em democracia e sustentabilidade, sediado na Holanda.
Citou reestatizações ocorridas em países centrais do capitalismo, como Estados Unidos e Alemanha. E isso ocorreu porque, segundo o TNI, as empresas privadas que assumiram concessões públicas, como abastecimento de água e energia, priorizavam o lucro e os serviços se tornaram ineficientes e caros.
“As reestatizações, portanto, foram feitas em defesa dos interesses da população”, sintetizou.
NOÇÃO DE SOBERANIA – “Por que a Alemanha detém 20% do controle acionário da Volkswagen? Por que a França tem 15% do controle acionário da Citroën e da Renault?”, questionou Maria Rita Serrano, explicando.
“Isso acontece porque esses países têm noção da importância da soberania. Eles sabem que se não tiver alguma inserção nesse processo, as empresas simplesmente vão embora e o país perde empregos, perde qualidade de vida. Oitenta por cento do controle do petróleo mundial é exercido por empresas estatais. A saúde na Inglaterra é pública. Nós estamos na contramão do que o mundo está fazendo. O que a gente vive são grandes mentiras que, repetidas várias vezes, vão se tornando verdadeiras.”
BANCOS PÚBLICOS – Em seu impressionante pronunciamento, Maria Rita enfatizou a importância de discutir essas informações com a população e lembrou que, desde 2015, foram realizadas mais de 150 audiências públicas em câmaras municipais e assembleias legislativas pelo país para debater a importância dos bancos públicos.
“Temos de reproduzir esse debate com a população, temos de falar com empresários, com produtores rurais, sobre a importância dos bancos públicos e das empresas públicas.”
Na verdade os bancos públicos estão enfrentando um processo intenso de sucateamento desde que o governo Temer tomou o poder, em 2016, política que continua no governo atual.
ÁREAS ESTRATÉGICAS – Também teve grande repercussão o discurso de Juvandia Moreira, funcionária do Bradesco e presidente da Contraf-CUT. “Esse desmonte não é feito só vendendo a empresa ou vendendo uma subsidiária, é feito desmontando no dia a dia. Desde a saída de Dilma Rousseff, com o governo Temer e agora com Bolsonaro, já são mais de 20 mil trabalhadores desligados nos bancos públicos. É um desmonte de áreas e setores estratégicos.”
Juvandia ressaltou que foi definido um calendário com uma série de ações, atividades e audiências públicas em todo o  Brasil para debater a importância da defesa das empresas públicas. “Já fizemos muitas atividades e continuaremos fazendo. Temos audiências marcadas nos municípios, assembleias legislativas, nas câmaras de vereadores, no Brasil inteiro dialogando com a população sobre a importância dos bancos públicos na vida das pessoas.”
###
P.S.
 – É uma discussão da máxima importância, mas não está sendo travada. A atuação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional vem sendo boicotada pela imprensa, que prefere promover a demonização das estatais, sem maiores considerações. Apenas isso. (C.N.)

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