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segunda-feira, janeiro 27, 2020

Dino começa a viajar o país de olho em 2022

De olho em 2022, Dino viajará o país para lançar o Movimento 65.
Pré-candidato à Presidência, o governador do Maranhão percorrerá todos os estados apresentando marca "mais palatável" ao centro da política.
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“Não respeito fascista nem quem os apoia”, diz Abreu a Vereza Através de um longo texto publicado nas redes sociais, nesta segunda-feira (27), o ator José de Abreu respondeu aí colega de profissão Carlos Vereza...


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Para presidenta do PT, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) pode ser uma alternativa. "Nós o respeitamos muito, ele sempre foi muito leal à causa do presidente Lula”
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Brasil assina acordos de defesa e quer aumentar para US$ 1 bi a exportação de armamentos para Índia


Índia é o 2° maior comprador de equipamentos de defesa do planeta
Patrícia Campos Mello
Folha
O governo brasileiro tem como meta aumentar para US$ 1 bilhão em cinco anos a exportação de armamentos para Índia, o segundo maior importador do mundo de produtos de defesa. Neste sábado, Brasil e Índia anunciaram a assinatura de 15 acordos comerciais.
Segundo afirmou à Folha Marcos Degaut, secretário de produtos de defesa do Ministério da Defesa, o Brasil está na fase final de negociação de dois acordos de defesa com a Índia, que serão assinados nos próximos meses pelo ministro da pasta, Fernando Azevedo.
FUNDO – Um deles prevê um fundo para financiar projetos estratégicos, produção e exportação de produtos resultantes. O outro é para cooperação no desenvolvimento e comercialização de equipamentos de defesa.
“A base industrial de defesa do Brasil quer ter acesso ao gigantesco mercado indiano e, por conseguinte, ao mercado asiático, além de formar de parcerias estratégicas para desenvolvimento tecnológico, captar investimentos e desenvolver instrumentos de financiamento à exportação”, diz Degaut.
Ao lado do secretário da defesa da índia, Ajay Kumar, Degaut abrirá nesta segunda-feira, dia 27, o Primeiro Diálogo da Indústria de Defesa Brasil-Índia. Uma delegação de empresários de dez grandes empresas de armas, munição, vigilância e aviação (Altave, Atech, Avibras , CBC, Condor, Embraer, Iveco, Macjee, Omnisys e Taurus) acompanha a comitiva do presidente Jair Bolsonaro na visita oficial à Índia.
NEGOCIAÇÃO – A Taurus, empresa brasileira que é uma das três maiores produtoras de armas leves do mundo, está em fase final de negociação de uma joint-venture com a siderúrgica indiana Jindal Quando concretizada a joint-venture, a Taurus passará a fabricar revólveres e pistolas   para os mercados civil e militar do país. Para o mercado militar, também vai participar de licitações para armas táticas.
Segundo disse à Folha o presidente da Taurus, Salésio Nuhs, o acordo se encaixaria no programa Make in India do primeiro-ministro Narendra Modi, que estimula a substituição de importações e instalação de indústrias no país, com transferência de tecnologia. No acordo, a Taurus seria dona de 51% da nova empresa, e a Jindal, de 49%.
EXPORTAÇÕES – Hoje, o Brasil exporta para a Índia um valor muito pequeno em produtos de defesa: em 2019, foram apenas US$ 427 mil. Segundo Degaut, um dos principais obstáculos para o aumento de vendas é a escassez de mecanismos de financiamento à exportação no Brasil, incluindo instrumentos de seguro e crédito.
A Índia é o segundo maior comprador de equipamentos de defesa do planeta, atrás apenas da Arábia Saudita, e tem o quarto maior orçamento militar do mundo.
Segundo Degaut, o Brasil poderia exportar aeronaves como o Super Tucano e o KC-390 —ambos da Embraer—, sistemas de artilharia e de defesa aérea, de controle de tráfego aéreo e monitoramento de fronteiras, blindados e veículos de combate, helicópteros, submarinos classe Scorpène, embarcações leves, armas e munições e equipamento não-letais.
INCENTIVO – O projeto faz parte de um plano do governo brasileiro de facilitar e incentivar o setor de equipamentos de defesa. Em 2019, o Brasil registrou aumento de 30% nas autorizações de exportações de produtos de Defesa, em relação a 2018 — um salto de US$ 915 milhões para US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões).

Lava-Jato já recuperou R$ 76 milhões com leilões de bens apreendidos de políticos, executivos e doleiros


Iate de Eike, o “Spirit of Brazil VII”,  foi comprado por R$ 14 milhões
Dimitrius Dantas
Gustavo Schmitt
O Globo
Parte do dinheiro de propina obtido com a corrupção na Petrobras e descoberto pela Operação Lava-Jato estava escondido em espécie: em contas no exterior, em envelopes entregues em hotéis ou em malas dentro de um apartamento em Salvador. Contudo, muitos dos políticos, executivos e doleiros preferiam lavar esse dinheiro de forma diferente: comprando casas, apartamentos, carros ou lanchas.
Quando descobertos, todos esses bens foram apreendidos e, após a condenação, levados para leilão. Segundo um levantamento feito pelo O Globo, a operação já recuperou pelo menos R$ 76 milhões dessa forma. O valor equivale a 135 leilões da operação no Paraná e no Rio de Janeiro cujos bens terminaram arrematados — alguns deles com desconto. No entanto, mesmo com o valor vultoso, outras propriedades permanecem encalhadas, sem interessados.
DINHEIRO SUJO – Um dos primeiros presos, o doleiro Alberto Youssef era o responsável pela lavagem de dinheiro de vários dos políticos presos pela Lava-Jato. Não por acaso, também foi o que mais tinha propriedades adquiridas com dinheiro sujo.
A compra de imóveis é uma das estratégias mais comuns na lavagem de dinheiro: se colocadas em nome de empresas de fachada, são de difícil identificação. Além disso, as operações de compra e venda são mais permissivas na forma de pagamento. Não por acaso, o doleiro tinha 73 apartamentos no Hotel San Diego Express, na cidade de Aparecida, local de peregrinação de católicos no interior de São Paulo.
Youssef também era dono de apartamentos em Londrina, Salvador e em São Paulo. Teve que entregar tudo como parte de seu acordo de colaboração premiada, um dos primeiros da Lava-Jato e responsável por iniciar a operação. Ao todo, suas propriedades renderam R$ 14 milhões em mais de 80 imóveis.
TRIPLEX – Entre os leilões, chamam a atenção alguns dos imóveis que ficaram famosos durante as investigações. Nenhum deles tanto quanto o triplex do Guarujá, arrematado por R$ 2,2 milhões. Conforme a revista Época revelou, seu novo dono, o empresário brasiliense Fernando Costa Gontijo, tem interesse em transformar o imóvel em um prêmio de campanha publicitária.
O imóvel fica na Praia das Astúrias e teve que ser reformado após a invasão de militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto em 2018 — entre os danos alegados pelo novo dono, está o elevador privativo que teria sido construído, segundo os investigadores, a pedido do ex-presidente.
REFORMAS – Em abril de 2017, Léo Pinheiro disse ao então juiz Sergio Moro que a OAS fez reformas no triplex do Guarujá como contrapartida por contratos obtidos na Petrobras, depoimento que foi fundamental para condenar o ex-presidente Lula. Foto: Paulo Whitaker / Reuters
 Os leilões da Lava-Jato costumam atrair público interessado em bens de luxo, segundo o leiloeiro Renato Guedes. Ele já realizou pelo menos 15 pregões de bens de condenados na operação e somente em dois não houve compradores.
PÚBLICO ESPECÍFICO – “A procura é grande, já que os leilões são divulgados pela mídia e as vendas vão bem. O público é bem específico, já que os bens, em geral, custam acima de R$ 1 milhão. São pessoas que vão no leilão para comprar “, diz Guedes, que já somente no ano passado vendeu R$ 16,4 milhões em bens da ação de combate à corrupção.
O sítio de Atibaia, outra propriedade que levou à condenação do ex-presidente Lula, não foi a leilão: a Lava-Jato chegou a permitir a venda pelo proprietário Fernando Bittar, sócio de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha. Contudo, com a condenação imposta a ele em segunda instância, o destino do imóvel está indefinido. A princípio, não houve oferta de compra.
MANSÃO DO CABRAL – Também famosa, a mansão da família de Sérgio Cabral em Mangaratiba. Ao contrário do triplex do Guarujá, comprado logo no primeiro leilão, o novo dono do imóvel conseguiu um desconto de 20% em relação à avaliação do imóvel. A princípio, ninguém se interessou no leilão inicial de R$ 8 milhões. Foi apenas na segunda tentativa, com um preço de R$ 6,4 milhões, que surgiu um interessado — um empresário que não quis se identificar.
Nem toda propriedade da Lava-Jato, entretanto, é luxuosa. O ex-ministro José Dirceu perdeu três imóveis em razão de condenações na operação. Até o momento, apenas uma delas foi vendida, um casa no bairro da Saúde, adquirida por R$ 465 mil.
JIPE DE PRESENTE – Mas nem só de imóveis foi gasto o dinheiro da corrupção. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa ganhou um jipe de Alberto Youssef — a nota fiscal permitiu que os investigadores chegassem ao executivo da estatal petrolífera. Mas outro de seus luxos também foi apreendido pela operação: uma lancha de 45 pés. Batizada de Costa Azul, o barco coincidentemente ficava atracado em Mangaratiba. Ele foi comprado por R$ 1,4 milhão.
Quem também perdeu um barco foi o empresário Eike Batista, que no início deste ano voltou a negociar uma delação premiada. Seu iate, ironicamente nomeado de “Spirit of Brazil VII” (Espírito do Brasil), foi comprado por R$ 14 milhões, o leilão mais caro dos levantados pelo O Globo, superando até a aeronave VLJ 500, que estava em nome da KB Participações Ltda., uma das empresas do empresário Arthur Soares, o “Rei Arthur”, ligado ao esquema de compra de votos da eleição do Rio para sediar as Olimpíadas de 2016.
FICAM OS DEDOS – O famoso ditado popular “vão-se os anéis, ficam os dedos” pode ser usado para alguns dos investigados da Lava-Jato, como Hudson Braga, ex-secretário do governo Cabral. O político não perdeu anéis, mas 12 relógios das marcas de luxo Montblanc, Bulgari, Tag Heuer, Cartier e Tissot.
Somados, os leilões dos dois relógios renderam R$ 62 mil. Destino similar tiveram os relógios de Rodrigo Srour, filhos do doleiro Raul Srour: seus relógios Hublot e Rolex foram comprados por um valor que, somado, chegou aos R$ 314 mil.

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