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domingo, novembro 10, 2019

MP de Contas pede apuração de prejuízos da TV Globo após Bolsonaro ameaçar a concessão


Bolsonaro denota violação da impessoalidade e da moralidade
Fábio Fabrini
Folha
O Ministério Público de Contas, que atua perante o  Tribunal de Contas da União (TCU) , pediu à Corte que apure possíveis prejuízos causados pelo presidente Jair Bolsonaro à TV Globo e às contas do país ao pôr em dúvida a renovação da concessão da emissora. Bolsonaro fez declarações contra a TV na última semana, depois que o Jornal Nacional divulgou o depoimento de um porteiro do condomínio em que o presidente tem casa no Rio.
O depoente disse que, no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018, Élcio de Queiroz, ex-policial militar suspeito de envolvimento no crime, afirmou na portaria do condomínio que iria à casa de “Seu Jair”. Na época, Bolsonaro era deputado federal.
CONTRADIÇÃO – A reportagem mostrou uma contradição do porteiro: naquele dia, o então congressista estava em Brasília e registrou presença em votações na Câmara. Na planilha de controle da portaria do condomínio, apreendida pelo Ministério Público do Rio, constava que Élcio havia ido para a casa 58, de Bolsonaro.
Segundo o Ministério Público do Rio, porém, o suspeito se dirigiu a outro imóvel, de Ronnie Lessa, apontado por investigadores como outro executor da vereadora e do motorista dela, Anderson Gomes. Após a reportagem ser transmitida, em tom exaltado, Bolsonaro chamou a cobertura da TV de patifaria e lançou dúvida sobre a continuidade das atividades da emissora.  
RENOVAÇÃO – “Vocês vão renovar a concessão em 2022. Não vou persegui-los, mas o processo vai estar limpo. Se o processo não estiver limpo, legal, não tem renovação da concessão de vocês, e de TV nenhuma. Vocês apostaram em me derrubar no primeiro ano e não conseguiram”, disse.
Para as renovações de concessões de rádio e TV, cabe ao Congresso referendar ou derrubar a indicação presidencial em votação nominal de 2/5 das Casas.  O subprocurador Lucas Furtado afirma que, a partir das declarações de Bolsonaro, depreende-se que a ameaça de não renovação teria sido motivada “não por interesses legítimos da administração pública, mas, sim, em sentimento arbitrário do presidente, que estaria contrariado com o teor das notícias divulgadas pela emissora”.
AMEAÇAS – Segundo ele, embora a TV tenha mostrado a possibilidade de o porteiro ter errado ou mentido em duas declarações, com base em informações posteriores divulgadas pelo Ministério Público do Rio, “as ameaças continuaram nos dias subsequentes”.
“A se confirmar a ausência de motivação legítima para os pronunciamentos, tendo eles se prestado apenas à perseguição política da emissora em tela, restará caracterizado desvio de finalidade, por parte do chefe do Poder Executivo, no futuro ato administrativo de não renovação da concessão”, argumenta Furtado.
VIOLAÇÃO – Segundo ele, isso denota “flagrante e grave violação” aos princípios administrativos da impessoalidade e da moralidade, previstos na Constituição, além do uso de pressão política para inibir a divulgação de notícias que desagradam ao mandatário.
“Ainda mais grave, se caracterizada a existência de motivação ideológica ou mero desagrado com as matérias jornalísticas difundidas pela emissora para o governo federal proceder, como tem feito, no intuito de prejudicar deliberadamente a imagem e as finanças da TV Globo, prejudicando a captação de recursos junto aos patrocinadores, configura-se, a meu ver, situação de extrema gravidade, visto que poderia até mesmo ser interpretado como ato de censura flagrantemente inconstitucional”, acrescentou o subprocurador.
PREJUÍZO – Furtado sustenta que as falas de Bolsonaro podem causar dois tipos de prejuízo à União. Um deles são os advindos de possíveis ações judiciais de indenização a serem promovidas pela emissora, em razão das perdas à sua imagem e de patrocinadores. Ele destacou que, na mesma semana em que o presidente atacou a Globo, uma rede de supermercados anunciou que não veicularia propagandas na TV.
Outra fonte de possíveis prejuízos, segundo ele, refere-se à imagem do país perante a imprensa internacional e, consequentemente, aos agentes econômicos do mundo inteiro, que podem evitar investimentos no Brasil.
“No campo dessa segunda e maior dimensão de potenciais prejuízos em nível macroeconômico, em razão das negativas repercussões internacionais sobre questões tais como a tratada nesta representação, vislumbro que prejuízos à imagem do Brasil perante a comunidade internacional, com inevitáveis reflexos na economia do país, ensejam a avaliação do impacto dessas consequências no desenvolvimento econômico e social”, escreveu Furtado.
MEGALEILÃO – Por esse motivo, o subprocurador requer que o caso seja analisado também no processo de contas do presidente, referentes a 2019, que será aberto no ano que vem. “Coincidência ou não, no megaleilão dos excedentes do pré-sal ocorrido hoje, não acorreu nenhuma companhia internacional de forma autônoma, tendo sido arrecadado R$ 69,96 bilhões, de um total esperado de R$ 106,5 bilhões, ou seja, bem menos do previsto, com frustração de receitas”, comentou.
A representação foi enviada ao presidente do TCU, ministro José Múcio Monteiro, que dará encaminhamento ao caso. Na última terça-feira, dia 5, Furtado também requereu apuração sobre a determinação de Bolsonaro para que o governo federal cancele todas as assinaturas da Folha. Ele pediu à corte que suspenda a ordem, por meio de uma medida cautelar.
O processo foi distribuído ao ministro Vital do Rêgo, que ainda não se decidiu a respeito. A Folha consultou o Palácio do Planalto sobre a representação, mas não obteve resposta.

Espertamente, Lula parte para uma polarização sobre os temas econômicos e sociais


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Eu precisava provar que Moro é um canalha, disse Lula
Pedro do Coutto
Foi esse o rumo que o ex-presidente Lula imprimiu ao discursar na tarde de sábado no sindicato dos metalúrgicos na cidade de São Bernardo do Campo. Curiosa a escolha do local, pois de lá ele partiu para suas campanhas políticas e também quando se apresentou a Polícia Federal que o conduziu para a prisão. De São Paulo foi para Curitiba e agora volta à cena transportado pela decisão do Supremo Tribunal Federal.
Quem assistiu a transmissão do ato pela televisão investiu-se da certeza de que Lula deseja de fato polarizar intensamente com o governo Jair Bolsonaro, dando curso assim a uma onda oposicionista que, como escrevi ontem, não tem ainda rumo certo e definido. Como no filme de Kubrick, “2001”,  a nave do desafio flutua no espaço sem pouso certo.
DISPOSIÇÃO – Vai depender da disposição do Planalto em travar um duelo nas ruas do país logo no momento em que o ex-presidente ataca as reformas propostas pelo ministro Paulo Guedes e transformadas em mensagens ao Congresso pelo presidente Bolsonaro.
Lula levou o debate para as ruas e não só sobre os temas econômicos mas também com acusações diretas ao Palácio do Planalto. A primeira reação do Planalto restringiu-se a não aceitar o confronto, tentando assim gelificar o contexto esboçado pelo ex-presidente Lula.
FICARÁ CALADO? – Essa é uma estratégia sem dúvida alguma válida para não esquentar demais as vozes da multidão incentivada pelas bandeiras em torno do autor da nova versão política no país. Perfeito. Mas até onde será possível a Bolsonaro não rebater as acusações do ex-ocupante do Alvorada?
Aliás, por falar em alvorada, as reformas do ministro Paulo Guedes já foram anunciadas e vão encontrar junto à opinião pública um panorama mais difícil do que na fase da reforma da Reforma da Previdência Social.
Porém, o silêncio de Bolsonaro dificilmente poderá se manter como resposta oculta, uma vez que integrantes de seu governo vão terminar rebatendo as teses e antítese de Lula da Silva.
Assim, na minha opinião, o confronto vai se deslocar da Praça do Congresso para as ruas e avenidas brasileiras.
MAIA RECUA – Um reflexo já foi acusado pelo deputado Rodrigo Maia ao afirmar que colocara em pauta o projeto de reforma constitucional permitindo a prisão em segunda instância. É claro que sua iniciativa, por sua vez, reflete e é impulsionada pela esplanada de Brasília. Portanto, o presidente da Câmara dos Deputados reconheceu o impacto da decisão do STF.
Ele pode não estar sozinho na iniciativa. Seu aliado pode ser o próprio Palácio do Planalto. E a reação ao Supremo já tem voz e voto na Comissão de Constituição e Justiça na Câmara Federal, cujo presidente, Felipe Francischini, é do PSL, partido de Bolsonaro.

Bolsonaro e Guedes estão pouco ligando para a desmoralização do país no exterior


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Bolsonaro e Guedes realmente pensam (?) que salvaram o país?
Carlos Newton
Com a decisão amalucada do Supremo, tomada nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes podem dar adeus ao ingresso do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento, a renomada OCDE.
Os dirigentes da instituição internacional estão acompanhando atentamente a evolução dos acontecimentos no Brasil desde o dia 16 de julho, quando o ministro Dias Toffoli aproveitou o recesso do Judiciário para acatar um recurso da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PLS-RJ) e mandou suspender todos os inquéritos e processos baseados em relatórios do antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), da Receita Federal e do Banco Central.
MEDIDA EXTREMA – Esse tipo de decisão judicial, chamado de “erga omnes”, por atingir indistintamente todos os envolvidos em determinada situação jurídica, é medida extrema, rarissimamente tomada por tribunais e jamais adotada por um único juiz, especialmente quando se trata de questão polêmica, ainda não pacificada em jurisprudência e que nem é motivo de “repercussão geral”, como se classificam as decisões vinculantes do Supremo.
A primeira organização mundial a manifestar preocupação com a mudança nos rumos do combate à corrupção no Brasil foi a Transparência Internacional (TI), entidade da sociedade civil que atua no mundo inteiro contra os crimes do colarinho branco e lavagem de dinheiro.
A direção da TI alertou o Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), que foi acionado também pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco). E o resultado foi que. no dia 18 de outubro, o Gafi emitiu um comunicado oficial sobre os desmandos do Suprema Corte brasileira.
PREOCUPAÇÃO DA OCDE – Três dias depois, a 21 de outubro, foi a vez da própria OCDE expressar preocupação com a incapacidade de o Brasil cumprir plenamente suas obrigações em relação à Convenção Antissuborno, um dos tratados internacionais assinados pelo Brasil se comprometendo com o combate à corrupção.
Diante do agravamento da situação, a OCDE decidiu enviar uma missão ao Brasil ainda em novembro, a ser chefiada pelo esloveno Drago Kos, para se reunir com altos funcionários do governo federal e com o presidente do Supremo, Dias Toffoli.
Julgava-se que o posicionamento dessas três instituições internacionais fosse capaz de fazer os ministros “garantistas” recuarem da decisão de mergulhar o país num tenebroso retrocesso jurídico, evitando que o Brasil se tornasse a única nação do mundo a determinar cumprimento de pena de prisão somente após o trânsito em julgado da ação, em quarta instância, uma prática que garante a impunidade dos criminosos de elite.
NÃO ESTÃO NEM AÍ – Mas na quinta-feira ocorreu exatamente o contrário, mostrando que os ministros “garantistas” estão pouco ligando para a desmoralização do país no exterior. Também Bolsonaro e Guedes demonstram que não se preocupam com a imagem do Brasil, pois não foram capazes de fazer qualquer reparo a essa iniciativa a ser tomada pela maioria do Supremo iria tomar.
Aliás, a decisão beneficia aos dois, porque Bolsonaro tem dois filhos envolvidos em “rachadinhas” e Guedes até hoje não depôs sobre o prejuízo que deu aos fundos de pensão, segundo investigação do Ministério Público Federal.
O julgamento de quinta-feira foi mais uma vergonha para o Brasil, que passou a ser o único pais do mundo a assegurar impunidade a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. Sem a menor dúvida, um dos principais efeitos foi esculhambar ainda mais a imagem do Brasil no exterior.
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P.S. – Por isso, é sempre bom perguntar: “Mas quem se interessa?”. O presidente da República, por exemplo, está mais interessado na motocicleta que acaba de comprar, enquanto o ministro da Economia prefere se dedicar ao tratamento de seus cabelos, que estão escurecendo a olhos vistos, como se dizia antigamente. E o resto é silêncio, diria o genial Érico Veríssimo(C.N.)

Relação dos condenados que serão soltos é longa e ainda está sendo levantada

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Delúbio Soares também terá direito à liberdade plena
Deu no Poder360
Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-ministro José Dirceu, que deixaram a prisão nesta sexta-feira, dia 8), muitos outros presos da operação Lava Jato devem ser soltos em função da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que proibiu o início da execução de penas imediatamente após condenação em segunda Instância.
Entre os nomes dos condenados a serem soltos, constam na lista empreiteiros e operadores investigados na Lava Jato, tais como Gerson Almada, ex-sócio da Engevix, e nomes relacionados ao doleiro Alberto Youssef (figura principal da fase número um da operação), o executivo Waldomiro de Oliveira, ligado ao PTB, e o ex-policial federal Jayme de Oliveira Filho.
LIBERDADE PLENA – Além dos condenados que hoje se encontram presos, também serão beneficiados pela decisão do STF outros que cumprem pena no regime semiaberto e agora poderão aguardar em liberdade plena até que todos seus recursos se esgotem nas instâncias superiores. Neste caso, os réus poderão tirar a tornozeleira, ou deixar de dormir na cadeia.
Se enquadram neste segundo caso o empresário Natalino Bertin, ex-dono do frigorífico Bertin, e os ex-tesoureiros do PT Delúbio Soares e João Vaccari Neto.
PRESOS NÃO AFETADOS – Nem todos os condenados no escopo da Lava Jato serão soltos por força do resultado do julgamento do STF. Por exemplo, nada muda nas situações do ex-governador fluminense Sérgio Cabral e do ex-deputado Eduardo Cunha. Ambos têm contra si ordens de prisões preventivas, que não são impactadas pela decisão sobre prisões pós-2ª Instância.
A regra do trânsito em julgado não proíbe prisões antes do fim de todos os recursos. A legislação penal estabelece uma série de outras formas de prisões, contanto que nesses casos se atenda certos critérios, antes do fim do esgotamento dos recursos nas Instâncias superiores. Como no caso da prisão em flagrante e preventiva.
CONFIRA A RELAÇÃO – Veja a lista de alguns dos condenados na Lava Jato que podem ser – ou já foram – soltos após a decisão do STF: Lula; José Dirceu; Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de Dirceu); Gerson Almada (ex-sócio da Engevix); Sérgio Cunha Mendes (ex-vice-presidente da Mendes Júnior); Rogério Cunha Oliveira (ex-executivo da Mendes Júnior); e Alberto Vilaça Gomes (ex-executivo da Mendes Júnior).
Também constam da lista Jayme de Oliveira Filho (ex-policial); Enivaldo Quadrado (dono da corretora Bônus Banval); Leon Vargas (irmão do ex-deputado André Vargas); Fernando Moura (empresário); Márcio Bonilho (empresário); Waldomiro de Oliveira (ex-auxiliar do doleiro Alberto Youssef) e Júlio Cesar dos Santos, que cuidava da lavagem do dinheiro na quadrilha de José Dirceu.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Esta é apenas uma pequena relação dos beneficiados. Na verdade, a lista pode acabar incluindo todos os condenados da Lava Jato. O assunto é importantíssimo e depois voltaremos a ele. (C.N.)

Após ser chamado de “canalha” por Lula, Moro diz que não responde a ‘criminosos, presos ou soltos’


Moro diz que algumas pessoas pessoas merecem ser ignoradas
Deu no O Globo
Sem citar nominalmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Justiça, Sergio Moro , rebateu as críticas feitas a ele pelo petista em discurso neste sábado, dia 9, em São Bernardo do Campo (SP).
No Twitter, Moro afirmou em uma rede social que não responde a “criminosos” e disse que “algumas pessoas pessoas só merecem ser ignoradas”. “Aos que me pedem respostas a ofensas, esclareço: não respondo a criminosos, presos ou soltos. Algumas pessoas só merecem ser ignoradas”, disse o ministro na publicação.

“CANALHA” – Em seu discurso, Lula chegou a chamar o ex-juiz federal, responsável por sua condenação no caso do tríplex, de “canalha”.”Eu preciso provar que o juiz Moro não era um juiz. Era um canalha que estava me julgando”, disse o petista.
Também em uma rede social, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, afirmou que o ex-presidente “incita a violência” e “ofende o presidente da República”.
“Lula, em seu discurso, mostra quem é e o que deseja para o país. Incita a violência (cita povo do Chile como exemplo), agride várias instituições, ofende o Pres Rep e mostra seu total desconhecimento sobre carreira militar”, escreveu o general.
CHILE – No discurso, Lula fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro e citou quatro vezes a situação do Chile, país que enfrenta uma convulsão social que já deixou vinte mortos. E destacou que o Chile segue a política que, na sua avaliação, estaria sendo implantada no Brasil pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

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