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quarta-feira, junho 22, 2011

PF prende prefeito e primeira-dama de Taubaté com direito até a cerco policial

A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira, 21, o prefeito de Taubaté, Roberto Peixoto (PMDB), a primeira-dama Luciana Peixoto e o ex-gerente do departamento de compras da prefeitura, Carlos Anderson Santos. Ambos são investigados por supostas irregularidades na contratação de uma empresa que forneceu medicamentos à rede municipal de saúde. Um cerco policial é realizado desde as 6h da manhã na cidade, localizada a 125 km de São Paulo. Advogados da prefeitura tentam conseguir pedido de habeas-corpus.

Na frente da casa do prefeito, uma multidão de populares e imprensa acompanha a ação policial. Aproximadamente 30 homens da Polícia Federal estão neste momento realizando buscas e apreensão na residência do prefeito e em prédios da prefeitura.

A empresa Acert forneceu remédios para a prefeitura entre 2008 e 2009. O caso está sendo investigado por uma Comissão Processante da Câmara de Vereadores da cidade. Entre as irregularidades estão a falta de licitação e um superfaturamento de R$ 3 milhões.

Agência Estado

Fonte: Paraiba.com

Senadores do PT se articulam em defesa de Mercadante

Agência Estado

A bancada do PT no Senado se articulou para abafar a repercussão das denúncias contra o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Os petistas apostam no silêncio da oposição, que ainda não levantou a polêmica na Casa, e na disposição de falar do ministro. A estratégia é levá-lo à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na próxima semana, considerada um foro seguro e oportuno à defesa do ministro.

A ideia é transformar a audiência pública para a qual Mercadante foi convidado a apresentar o plano de inovação em ciência e tecnologia 2011-2014 num palanque para a defesa do ministro. A avaliação é de que Mercadante será bem acolhido na Casa, onde cumpriu mandato até 2010 e chegou a presidir a CAE - hoje sob comando do também petista Delcídio Amaral (MS). A audiência está agendada para a próxima terça-feira.

"Ele (Mercadante) quer vir, ele está com vontade de falar. Vai responder o que a oposição lhe perguntar", relatou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), autor do convite ao ministro, e que conversou por telefone com o correligionário. Segundo Farias, Mercadante afirmou que deseja esclarecer os novos fatos sobre o "dossiê dos aloprados" revelados pela revista Veja e responder a todas as perguntas da oposição sobre o caso.

"Ele passou por todas as baterias, foi absolvido em todas as instâncias judiciais", argumentou o senador Walter Pinheiro (PT-BA), lembrando que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou o processo que investigava o envolvimento de Mercadante na compra de um dossiê contra o tucano José Serra nas eleições de 2006. "Ele está muito tranquilo", concluiu.

Escaldados pelo episódio que levou à derrocada do ex-ministro Antonio Palocci, os petistas consideram que o silêncio sobre as denúncias não é a melhor estratégia. Ponderam que Palocci decidiu falar tarde demais e, portanto, aconselharam Mercadante a não se calar. Ontem, Mercadante declarou, durante um evento em Fortaleza, que está disposto a "participar de qualquer foro em qualquer momento" para debater o assunto.

Reportagem da revista Veja apontou o ministro como um dos mentores da compra de um dossiê contra o tucano José Serra em 2006. O episódio ficou conhecido como "dossiê dos aloprados". Em entrevista, Expedido Veloso, um dos petistas envolvidos no caso, afirmou que o ministro era responsável por arrecadar parte do R$ 1,7 milhão que seria usado para a compra de informações e acabou apreendido pela Polícia Federal (PF) às vésperas da eleição.

PMDB

Mercadante não deve contar, entretanto, com o mesmo apoio ostensivo que o PMDB ofereceu a Palocci. Perguntado se o partido sairia em defesa de Mercadante caso a oposição inflamasse a denúncia, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), apenas lembrou que o petista "não é mais senador".

Ainda senador, Mercadante se indispôs com o PMDB. Em 2007, quando Renan, então presidente do Senado, era alvo de denúncias de quebra de decoro, o petista foi à tribuna cobrar a renúncia do peemedebista. Depois, em 2009, quando o protagonista dos escândalos era o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), Mercadante declarou que renunciava "em caráter irrevogável" à liderança do PT por ser obrigado pelo Planalto a defender o aliado. Acabou recuando, a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Oposição

Enquanto no Senado a oposição não se manifestou sobre as novas denúncias contra Mercadante, a bancada tucana na Câmara protocolou três requerimentos de convocação do ministro - nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle, de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, e de Ciência e Tecnologia - a fim de que ele esclareça sua participação no episódio do "dossiê dos aloprados". Amanhã, o líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), deverá protocolar representação no Ministério Público Federal requerendo a reabertura das investigações sobre o caso. O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), também assina o requerimento.
Fonte: A Tarde

Hackers derrubam sites do governo brasileiro

Agência Estado

Um grupo de hackers autodenominado LulzSecBrazil assumiu nesta madrugada que tirou do ar os sites da Presidência da República (www.presidencia.gov.br) e do governo brasileiro (www.brasil.gov.br). O anúncio de que os sites sairiam do ar foi anunciado via Twitter pelo grupo por volta da 1 hora da manhã. Os sites, porém, já voltaram ao ar.

O grupo brasileiro se diz uma filial do grupo estrangeiro LulzSec (Rindo da Segurança), que defende o ataque contra sites de governos, bancos e grandes corporações globais. O grupo internacional LulzSec usou o Twitter para cumprimentar a representação brasileira pelo feito. "Nossa unidade brasileira está fazendo progresso. Bem feito @LulzSecBrazil, irmãos!", afirmou. Até o começo desta manhã, a reportagem não conseguiu entrar em contato com representantes do governo para falar sobre assunto.

O grupo de hackers Annonymous também publicou na madrugada um vídeo no YouTube em que anunciam, junto com os hackers do LulzSec, que fariam uma invasão aos sites governamentais. Na divulgação, eles convidam a todos a participarem da defesa da internet livre e da promoção de ataques virtuais contra o que consideram governos corruptos.

"É hora de mostrar a governos corruptos do mundo que eles não têm direito de censurar o que não possuem. Não importa a cor da sua pele, origem ou crenças, nós convidamos você a se juntar a nós em nossa luta contra a censura e os governos corruptos", afirmam.

Fonte: A Tarde

Nos jornais: Senado paga extra de até R$ 18 mil a servidores

Nos jornais: Senado paga extra de até R$ 18 mil a servidores: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Senadores amazonenses atacam Demóstenes

Senadores amazonenses atacam Demóstenes: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Estados dão início a disputa bilionária

Estados dão início a disputa bilionária: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Nos jornais: família de baixa renda terá telefone fixo a R$ 9,50

Folha de S. Paulo

Família de baixa renda terá telefone fixo a R$ 9,50

O governo anuncia na próxima semana um programa de telefones fixos para famílias e pessoas de baixa renda a R$ 9,50 por 90 minutos mensais. O início é imediato. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o objetivo é atender as cerca de 12,6 milhões de casas beneficiadas pelo Bolsa Família, mais os aposentados rurais e os cadastrados como deficientes. O valor de R$ 9,50 prevê a isenção do ICMS (imposto estadual), sob o argumento de que os Estados não terão nenhuma perda de arrecadação, pois o público-alvo não é usuário atualmente e, portanto, não paga nenhum imposto ou taxa em relação ao serviço. Na hipótese de Estados que, mesmo assim, não queiram abrir mão do imposto, o preço final passará de R$ 9,50 para R$ 13,30. O valor da assinatura básica é hoje de R$ 46, segundo Bernardo. Quem arca com a redução dos preços são as concessionárias, mas o presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), embaixador Ronaldo Sardenberg, evitou dizer que elas estão "obrigadas" e usou de um eufemismo diplomático: "Digamos que houve uma adesão negociada".

A proposta está em estudo desde o governo passado, foi aprovada pela Anatel, passou por consulta pública, foi avalizada pelo Ministério das Comunicações e será formalizada por meio de decreto da presidente Dilma Rousseff, como parte do plano de universalização.

Oposição questiona relação de Cabral com empresários

Um grupo de cinco deputados estaduais vai pedir explicações ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), sobre os contratos do Estado com a Delta Engenharia e os benefícios fiscais dados ao grupo EBX, do empresário Eike Batista. Na última sexta-feira, Cabral viajou ao sul da Bahia em jatinho emprestado por Eike. Foi comemorar o aniversário do empresário Fernando Cavendish, dono da Delta, que estava a bordo.
Os deputados, de oposição, querem apurar possível conflito de interesse entre a relação do governador com os dois empresários e os seus negócios no Estado. Duas empresas do grupo EBX se beneficiaram de R$ 75 milhões em renúncia fiscal do governo do Estado, segundo informações da Secretaria de Fazenda em resposta a requerimento do deputado Marcelo Freixo (PSOL). Os benefícios, concentrados nos anos de 2009 e 2010, incluem isenção de ICMS e diferimentos (adiamento do pagamento de tributos). Eike doou, como pessoa física, R$ 750 mil à campanha de Cabral ano passado.

Sou livre para selecionar minhas amizades", diz Eike

O empresário Eike Batista confirmou, em nota divulgada ontem, ter emprestado seu jato Legacy para que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, viajasse na sexta-feira para um resort no sul da Bahia.
"Tive satisfação em ter colocado meu avião à disposição do governador Sérgio Cabral, que vem realizando seu trabalho com grande competência e determinação", afirmou Eike na nota. A Folha perguntou à assessoria do empresário se o jatinho já havia sido emprestado ao governador em outras ocasiões, mas a nota não esclarece este ponto. No texto, Eike diz que não tem qualquer espécie de contrato de prestação de serviços com o governo estadual e também não recebe pagamentos do Estado.

PSDB monta operação para barrar PSD

O PSDB deflagrou uma operação para impedir a criação do PSD, partido lançado pelo prefeito Gilberto Kassab, a tempo das eleições municipais do ano que vem. A manobra consistirá na apresentação de ações pulverizadas por todo o país para a contestação do registro da nova legenda. Para adiar o cronograma traçado por Kassab, as impugnações serão entregues a cada etapa sempre no último dia previsto por lei. A estratégia tucana prevê que apenas o DEM assuma a autoria das ações. O PSDB, com aval do presidente Sérgio Guerra (PE), dará assessoria jurídica ao partido.
A operação foi autorizada pela cúpula tucana na noite de anteontem, quando o prefeito de São Paulo admitiu, em sabatina da Folha, a hipótese de aliança com a presidente Dilma em 2014.

PT pede CPI para investigar criação de sigla de Kassab

O vereador Antonio Donato (PT) apresentou ontem requerimento para a abertura de uma CPI para investigar o uso da estrutura da Prefeitura de São Paulo na coleta de assinaturas para a criação do PSD. Ele já tem 20 das 18 assinaturas necessárias para a abertura da comissão. No entanto, o petista precisa do apoio da maioria dos 55 vereadores para que o requerimento passe na frente dos outros 34 pedidos de investigação parados. Donato se baseou em reportagem da Folha. Um repórter preencheu a ficha de apoio à sigla dentro da Subprefeitura da Freguesia do Ó, no gabinete do subprefeito Valdir Suzano. Na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" também publicou reportagem sobre o assunto, mostrando um e-mail no qual uma servidora de uma subprefeitura pedia ajuda para coletar assinaturas.

Sigilo de orçamento da Copa pode mudar, diz líder do governo

O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que o Senado pode fazer ajustes no texto da medida provisória aprovada pela Câmara que mantém sob sigilo os orçamentos das obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.

O texto foi criticado pela oposição e até por aliados do governo, como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), num sinal de que poderá haver dificuldades na viabilização da proposta do Planalto.

Na semana passada, a Câmara aprovou a medida que altera a Lei das Licitações e, como a Folha revelou, o sigilo foi incluído em manobra de última hora. A mudança tirou dos órgãos de fiscalização o direito de consultar os dados dos orçamentos a qualquer momento.

Dilma fará "rodízio" de ministros na coordenação

A presidente Dilma pretende remodelar as reuniões da coordenação política de governo e incluir ministros fora do núcleo duro nos encontros semanais que ocorrem no Planalto para tratar da agenda prioritária. O objetivo é ampliar o debate sobre as ações para além dos nove integrantes permanentes do grupo. Em tempos de votações estratégicas no Congresso, Dilma quer trazer os ministros que representam partidos para ajudar nas negociações com o Legislativo. Seria uma forma de fazer com que eles pressionem suas bancadas em nome do Planalto. Na votação do salário mínimo e do Código Florestal, por exemplo, ela reclamou não só da rebeldia de alguns aliados, mas do "corpo-mole" de auxiliares.

Procuradoria quer reabrir investigação sobre dossiê

O Ministério Público Federal pediu à Polícia Federal que investigue as declarações do petista Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, sobre o suposto envolvimento do ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) na compra de dossiê contra José Serra (PSDB) na campanha de 2006.

Segundo reportagem da "Veja", Veloso, que é servidor do governo do Distrito Federal, afirmou que o ministro autorizou a compra do dossiê. De acordo com a "Veja", Veloso confirmou à revista as declarações. Ele não falou mais sobre o caso.

Segundo a reportagem, as afirmações foram gravadas e ocorreram em uma conversa entre Veloso e um grupo de conhecidos, em local e data não revelados.

Marta é absolvida em ação de improbidade

O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo reformou a decisão de 1ª instância que condenou a senadora Marta Suplicy (PT-SP) pelo suposto crime de improbidade administrativa na contratação de uma ONG à época em que ela era prefeita. Em 2005, ela foi condenada sob a acusação de ter contratado ONG por R$ 2 milhões sem concorrência. Os julgadores, porém, entenderam que a ONG poderia ter sido contratada sem licitação. O Ministério Público pode recorrer.

Dilma dribla polêmica para criar Comissão da Verdade

A vontade da presidente Dilma Rousseff de aprovar a Comissão da Verdade às pressas, sem mudanças no texto original ou debates no Congresso, ignora ao menos seis pontos polêmicos do projeto de lei, levantados por vítimas da ditadura e por militares da reserva.

Enviado por Lula em 2010, o projeto prevê a criação de um grupo de sete pessoas, que fará a primeira narrativa oficial de violações aos direitos humanos de 1946 a 1988, período da anistia concedida após o regime militar.

Para responder às críticas em relação à manutenção do sigilo de documentos ultrassecretos, Dilma (que foi presa e torturada na ditadura) ordenou na sexta-feira passada que os ministérios da Defesa e dos Direitos Humanos acelerem as articulações com deputados e senadores.

CNJ dá a juízes benefícios de procuradores

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) aprovou ontem uma resolução que estende a juízes privilégios recebidos por membros do Ministério Público Federal. Quando a nova regra for publicada, o magistrado passará a receber auxílio-alimentação, terá licenças remuneradas para curso no exterior e para representação de classe, e licença não remunerada para cuidar de "assuntos particulares". Além disso, receberá indenização de 20% de seu salário, quando, "por absoluta necessidade de serviço", acumular dois períodos de férias não gozadas.

O Globo

Dilma recua de novo e vai aceitar fim de sigilo oficial

A presidente Dilma Rousseff está decidida a respeitar qualquer decisão do Congresso sobre o sigilo eterno de documentos públicos ultrassecretos. O aviso foi dado pela ministra da Articulação Política, Ideli Salvatti, depois que o Itamaraty declarou, após consulta a seus arquivos, não ter encontrado neles informação comprometedora. O sigilo eterno - que Dilma criticou quando ministra da Casa Civil - foi derrubado na Câmara, mas o governo tinha recuado e estava disposto a mantê-lo na votação no Senado para preservar documentos sobre fronteiras, soberanias e relações internacionais. O informe do Itamaraty dá nova orientação ao Planalto. "Só nestes temas era possível renovar o prazo de ultrassecreto de 25 anos. Temos declarações do Itamaraty, dizendo que não tem problema. Haverá respeito ao que for aprovado pelo Congresso", disse Ideli

Metade da verba do Turismo vai para o Maranhão

Levado ao primeiro escalão por obra do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o ministro do Turismo, Pedro Novais, firmou este mês com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), um convênio de R$20 milhões para financiar uma das principais promessas de campanha da aliada. O valor é o maior assinado pelo ministério em 2011. A soma de todos os outros pactos firmados pela pasta do Turismo com estados e municípios, desde que Novais chegou ao governo federal, não atinge a metade desse montante. Maranhense, Novais também é do PMDB.

O dinheiro da União vai bancar a primeira "medida de impacto" anunciada por Roseana na campanha eleitoral de 2010: a Via Expressa de São Luís, que ligará duas avenidas da capital maranhense. Na imprensa local, no site do governo do estado ou no Ministério do Turismo, a obra da Via Expressa jamais aparece como prioridade turística. É uma importante obra de infraestrutura. Novais já empenhou R$2 milhões, de um total de R$20 milhões que deve desembolsar ao longo dos próximos dois anos. A contrapartida do governo estadual será de R$5,9 milhões. Enquanto isso, o Aeroporto de São Luís perdeu o status de internacional porque a Receita Federal verificou que o teto do saguão de passageiros ameaça desabar.

Um calmante de R$1 bi para aliados

Numa estratégia para tentar diminuir a insatisfação e a pressão dos aliados, o Palácio do Planalto estuda liberar em curto prazo o empenho inicial (compromisso de pagamento) de R$1 bilhão das emendas de parlamentares apresentadas em 2010 ao Orçamento de 2011. Essas emendas estão todas bloqueadas por causa do corte de R$50 bilhões anunciado pelo governo no início deste ano. A preocupação da base, inclusive dos líderes do PMDB que estiveram ontem no Palácio do Planalto, é garantir o empenho ainda em 2011 para que os recursos sejam pagos em 2012, na véspera das eleições municipais. Os aliados alertaram o Planalto que precisam de obras e recursos federais nas prefeituras em ano de campanha eleitoral.

Prefeito e primeira-dama de Taubaté são presos

O prefeito de Taubaté, Roberto Peixoto (PMDB), e a primeira-dama Luciana Peixoto foram presos ontem, em operação da Polícia Federal. Eles são acusados de fraude em licitações na compra e na distribuição de remédios e merenda escolar. Carlos Anderson, ex-diretor de compras e licitações da prefeitura, também foi detido e acusado de participar do esquema, que envolveria empresários. A primeira-dama preside um órgão de assistência social da prefeitura e é ex-secretária de Inclusão Social.

Segundo a PF, o grupo acusado de corrupção na prefeitura de Taubaté, no interior de São Paulo, teria criado uma empresa registrada em nome de "laranjas" para desviar recursos. O delegado da PF em São José dos Campos, Ricardo Carneiro, disse que há suspeitas de que duas empresas que forneciam merenda escolar e uma responsável pela distribuição de medicamentos à rede pública foram beneficiadas. Os três presos negaram as acusações. A PF suspeita que as irregularidades podem ter se iniciado em 2007.

Juízes decidem se dar auxílio-alimentação

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou ontem resolução que dá aos juízes os mesmos privilégios garantidos a membros do Ministério Público. Os novos direitos implicam em ganhos financeiros. Agora, todos os juízes receberão auxílio-alimentação e salário referente ao período de férias das quais forem impedidos de gozar por excesso de trabalho, desde que acumulem dois anos sem descanso. Também há previsão de licença não remunerada para resolver problemas particulares e licença remunerada para a realização de cursos no exterior ou para participar de entidades de classe. Os tribunais seguirão a nova regra quando a decisão for publicada. A expectativa é de que isso ocorra em cerca de duas semanas. O presidente do CNJ, Cezar Peluso, discordou da decisão, mas foi voto vencido.

Peluso lança Processo Eletrônico

O ministro Cezar Peluso, presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), inaugurou ontem o Processo Judicial Eletrônico, sistema disponível a todos os tribunais do país. Segundo Peluso, 50 tribunais já aderiram e estão dispostos a tornar eletrônicas todas as ações que mantêm. Peluso disse que os tribunais terão três meses para se adequar ao sistema, desenvolvido pelo Judiciário.

Cada tribunal receberá um CD com manual para instalação e configuração do sistema. Será a primeira versão do programa, que poderá ser mudada diante da demanda de cada tribunal. O sistema realizará tarefas hoje delegadas a servidores, como a autuação e a distribuição dos processos.

Anulada decisão contra união gay em Goiás

A corregedora-geral de Justiça de Goiás, desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, anulou a decisão do juiz Jeronymo Pedro Villas Boas, da 1ª Vara da Fazenda Pública Municipal e de Registros Públicos de Goiânia, que, na sexta-feira passada, tornou sem efeito a escritura pública de união estável entre o jornalista Liorcino Mendes Pereira Filho e o estudante Odílio Cordeiro Torres Neto.

A desembargadora também abortou o plano de Villas Boas de tentar anular outros casamentos gays registrados em Goiânia. Ontem cedo, o juiz ignorou o fato de a corregedora ter avocado o processo para ela. Ele remeteu aos cartórios novo pedido: queria saber de outros registros de união gay para que fossem anulados posteriormente. Hoje, a corregedora-geral promete levar o assunto à Corte Especial do Tribunal de Justiça de Goiás. Ela sugere que seja aberto procedimento disciplinar contra Villas Boas, que, em sua opinião, "desprezou" sua ordem.

Dilma desembarca em Caruaru para festa junina e encontro com aliados

A presidente Dilma Rousseff decidiu prestigiar as comemorações juninas de Pernambuco e desembarca hoje em Caruaru, chamada pelos pernambucanos de capital internacional do forró. Cumprindo a promessa de dar mais visibilidade a seu mandato, Dilma também agradará a políticos aliados, com presença confirmada no jantar junino na casa do deputado Wolney Queiroz (PDT-PE), filho do prefeito de Caruaru, José Queiroz.

A previsão é a de que a presidente visite o Alto do Moura, onde estão artesãos e o museu de Mestre Vitalino, e, depois do jantar, compareça aos camarotes do governo do estado e da prefeitura no pátio do forró Luiz Gonzaga.

Mercadante vai ao Senado falar sobre aloprados

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, acertou ontem sua participação em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na próxima terça-feira, às 10h. Apontado pela revista "Veja" do último fim de semana como um dos "mentores" do suposto dossiê contra o tucano José Serra, seu principal adversário na disputa pelo governo de São Paulo em 2006, Mercadante se antecipou à convocação da oposição para prestar esclarecimentos.

Para o Palácio do Planalto, o ministro da Ciência e Tecnologia foi vítima de "fogo amigo" dentro do PT. A convicção no núcleo do governo é que as declarações do ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso sobre a participação de Mercadante no dossiê dos aloprados tiveram como objetivo atingi-lo politicamente.

Os superpoderes dos Richa

A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou ontem o projeto de lei do governo do estado que dá superpoderes a duas secretarias comandadas por José Richa Filho, o Pepe, e Fernanda Richa, respectivamente, irmão e mulher do governador Beto Richa (PSDB).

A aprovação do projeto garante a dissolução da Secretaria de Obras Públicas, hoje sob comando de Richa Filho, e a dos Transportes, unificando-as na Secretaria de Infraestrutura e Logística, que absorverá, nos próximos anos, cerca de R$5 bilhões do PAC destinados a investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. A nova pasta ficará encarregada ainda da administração das autarquias ligadas aos transportes (Detran e DER).

O Estado de S. Paulo

Dilma contraria PMDB e banca sigilo de obra da Copa

A despeito de pressões de dirigentes do PMDB, a presidente Dilma Rousseff deixou claro ontem a interlocutores que não vai alterar o texto da medida provisória que propõe o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para agilizar licitações da Copa de 2014, e mobilizou três ministras para esclarecer que o governo não está propondo obras com orçamentos sigilosos.

Mesmo após entrevistas das ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Miriam Belchior (Planejamento) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), os senadores José Sarney (PMDB-AP), presidente do Congresso, e Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo, insistiram que o RDC deve passar por ajustes na votação do Senado.

''Há corrupção com as regras de hoje'', diz Silva

Em mais uma defesa veemente do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, o ministro do Esporte, Orlando Silva, discordou ontem dos que criticam o projeto sob o argumento de que pode favorecer a corrupção. "Há corrupção com as regras de hoje. O que nós queremos é combater o conluio de empresas, que fazem acordo (sobre obras), muitas vezes aumentando o valor mínimo de uma obra"", disse.

O RDC, em tramitação da Câmara, vem sendo bastante criticado tanto por políticos da oposição e quanto da base governista e por setores da sociedade civil, pela possibilidade de manter em sigilo os orçamentos de obras relacionadas aos dois eventos.

Silva participou ontem da audiência pública do Crea-SP que debateu o planejamento da Copa do Mundo e considerou que a oposição ao projeto parte de uma "premissa falsa"", a que de não haverá acesso aos dados.

Ideli diz a peemedebistas que haverá ''frustração''

Pressionada pelo apetite do PMDB, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que haverá frustração dos partidos da base aliada nas nomeações pedidas para os cargos de segundo e terceiro escalões. Ideli recebeu ontem os líderes do PMDB, maior partido no Senado e segundo na Câmara, que estão cobrando 48 cargos, liberação de emendas parlamentares e maior participação nas decisões do governo.

Além dessas reivindicações, o PMDB levou à coordenadora política de Dilma Rousseff a preocupação quanto à escolha do líder do governo no Congresso. Na Câmara a bancada indicou o deputado Mendes Ribeiro Filho (RS); o Senado encaminhou o nome de Eduardo Braga (AM). Dilma deu mostras de que escolheria Braga. As duas alas chegaram a ter um breve desentendimento, porque a Câmara se sentiu desprestigiada.

Depois, voltaram a se unir, por saber que, coesas, têm mais condição de lutar por seus pleitos. Ideli esclareceu que nesta semana o líder não deverá ser escolhido.

''O PMDB ganhou com a Dilma e quer a cogestão''

O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), diz que seu partido disputou a eleição e saiu vitorioso, juntamente com a presidente Dilma Rousseff. Portanto, deve participar da gestão do governo, com a indicação de nomes para a administração. Mais do que cargos, diz ele, o partido quer encargos. O líder nega que a posição do PMDB a favor das mudanças no Código Florestal jamais teve qualquer ligação com a demora no governo em definir as nomeações de segundo e terceiro escalões.

Henrique Alves lembra que na votação do salário mínimo de R$ 545, o PMDB foi o mais fiel de todos os partidos da base aliada. "Aquela era uma questão de governo, o Código não."

Venda de terra a estrangeiro terá controle mais rígido

Empresas estrangeiras instaladas no Brasil e empresas nacionais controladas por estrangeiros terão de submeter a um conselho especial do governo compras de terras acima de 5 hectares, em qualquer região do País. Os estrangeiros até podem ser autorizados a comprar milhares de hectares, mas os 5 hectares funcionarão como "área gatilho",limite mínimo que obriga a notificar a compra e a submeter a negociação ao conselho. O limite está definido no anteprojeto em estudo sob a coordenação da Advocacia-Geral da União, da Casa Civil, do Incra e dos Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. O conselho será criado por decreto depois que o Congresso aprovar a lei da compra de terras por estrangeiros. O Planalto nega que haverá barreira para a compra de terras, apenas um controle maior

Lobby de juízes tem ajuda de irmã de senador e de deputado

O lobby dos juízes conta com a ajuda da irmã do líder do governo no Senado e de um deputado polêmico conhecido pela sua atuação nos bastidores. Os magistrados chegaram até a ameaçar uma greve pelo fato de o Congresso não votar reajustes para a categoria, mas estão investindo cada vez mais na negociação política para tentar tirar seus interesses do papel.

A Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) utiliza desde o início do ano os serviços de Helga Jucá, irmã do senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Apesar de ser lotada na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com um salário superior a R$ 8 mil, Helga tem ajudado a AMB a se aproximar de senadores atuando como "consultora parlamentar".

A atuação dela tem gerado incômodos. Funcionários do Senado comentam que ela usa a influência do irmão para conseguir audiências. Recentemente, o presidente da AMB, Nelson Calandra, esteve com senadores do DEM, PSDB, PP, PT e PMDB.

A entidade confirmou que o papel da irmã de Jucá é marcar reuniões com parlamentares. Helga não é contratada diretamente pela entidade, tendo um contrato de prestadora de serviços. Os valores não foram revelados pela AMB.

Tortura foi ''arma política'' para ditadura, diz relatório

O regime militar teria usado a tortura como uma "arma política" e desenvolvido uma série de "técnicas científicas" de repressão com vistas a sufocar a dissidência que existia no País. Documentos mantidos por anos nos arquivos do Conselho Mundial de Igrejas, em Genebra, revelam os bastidores do que ocorreu no Brasil durante os anos de chumbo.

Relatórios, testemunhas, cartas, informações de dissidentes e dezenas de acusações fazem parte de três caixas de documentos entregues ao Brasil na semana passada para que possam ser estudados e eventualmente, como espera a ONU, sirvam de base para processos. Os originais, porém, foram mantidos em Genebra, onde o Estado teve acesso às suas mais de 3 mil páginas.

Um dos documentos mais detalhados do arquivo é um relatório produzido em Genebra pela Comissão Internacional de Juristas, em julho de 1970, no auge da repressão no Brasil. O relatório iria ser publicado e enviado para a imprensa. Mas acabou não sendo difundido e foi mantido nos arquivos.

Documento lista técnicas de suplício usadas

A partir dos relatos colhidos, a Comissão Internacional de Juristas conseguiu fazer uma lista das técnicas de tortura existentes no Brasil no auge da repressão. Segundo os relatores da época, a tortura não era apenas uma técnica para extrair informações dos prisioneiros. "A tortura se tornou uma arma política", afirmam.

Uma das constatações é que a tortura era aplicada antes mesmo do início do interrogatório. Era a "tortura preventiva", com o objetivo de assustar e saber se a pessoa estava disposta a falar.

Enquanto no interior do País essa tortura era apenas "brutal", nos grandes centros urbanos ela obedecia a "critérios científicos na maior parte dos campos, casernas e prisões do litoral".

A comissão na época ainda denunciou a presença de médicos militares nas salas de tortura. Esses profissionais davam "injeções fortificantes e de fortalecimento para privar o prisioneiro do benefício do inconsciente e permitir aos torturadores continuar a operar durante várias horas seguidas". Outra função dos médicos era garantir que os golpes contra as vítimas não fossem aparentes.

Correio Braziliense

Novo recuo no sigilo de 50 anos

Com o "sim" do Itamaraty e do Ministério da Defesa, a presidente Dilma Rousseff decidiu que vai apoiar a publicação de documentos ultrassecretos após um período de, no máximo, 50 anos, caso o Senado aprove o texto da Lei de Acesso à Informação igual ao votado pela Câmara. As únicas resistências à proposta de quebrar o sigilo eterno das informações sobre formação territorial, relações internacionais e soberania nacional vêm do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e do senador Fernando Collor de Mello(PTB-AL). Para eles, há documentos estratégicos que merecem segredo indefinido.

O sumiço de 200 acervos

Pelo menos 200 acervos de documentos produzidos durante o regime militar ainda são desconhecidos. Os arquivos estariam em poder de universidades, empresas estatais e até bancos oficiais, que mantinham Assessorias de Segurança e Informação (ASI), espécie de filiais do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI). Um levantamento feito por técnicos do próprio governo mostra que foram encontrados documentos de apenas 45 dos 250 órgãos públicos que tinham área de monitoramento na época. Entre os arquivos não localizados há vários do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), um dos principais braços da repressão militar durante a ditadura.

Oposição pretende convocar Mercadante

A oposição quer aproveitar a ausência das principais lideranças do governo na Câmara e tentar aprovar a convocação do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, para que ele explique seu envolvimento no escândalo dos aloprados. A ideia é que pelo menos um dos três requerimentos apresentados ontem em diferentes comissões da Casa recebam o apoio de parte da base aliada insatisfeita com o tratamento recebido do governo e pouco disposta a enfrentar desgastes em defesa de um petista sem popularidade. "Já ouvimos de gente de partidos governistas e do próprio PT que nosso pedido pode ser aprovado. Contamos com a insatisfação de muita gente do outro lado", resume o autor de um dos requerimentos, Vanderley Macris (PSDB-SP).

A oposição quer aproveitar a ausência das principais lideranças do governo na Câmara e tentar aprovar a convocação do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, para que ele explique seu envolvimento no escândalo dos aloprados. A ideia é que pelo menos um dos três requerimentos apresentados ontem em diferentes comissões da Casa recebam o apoio de parte da base aliada insatisfeita com o tratamento recebido do governo e pouco disposta a enfrentar desgastes em defesa de um petista sem popularidade. "Já ouvimos de gente de partidos governistas e do próprio PT que nosso pedido pode ser aprovado. Contamos com a insatisfação de muita gente do outro lado", resume o autor de um dos requerimentos, Vanderley Macris (PSDB-SP).

Briga por liderança acirra ânimos de PT e PMDB

Depois da briga pelo Ministério de Relações Institucionais, PT e PMDB travam nos bastidores uma disputa pela liderança do governo no Congresso. Os petistas já fizeram chegar ao Palácio do Planalto que não seria de bom tom o PMDB ficar com os dois cargos de líder — o do Senado, hoje nas mãos de Romero Jucá (PMDB-RR), e ainda a titularidade da liderança no Congresso. Os peemedebistas indicaram para o cargo o senador Eduardo Braga, ex-governador do Amazonas, que tem boa relação com a presidente Dilma Rousseff. Se Dilma decidir nomeá-lo, o PT deflagrará uma operação a fim de pressionar pela substituição de Jucá, que, inclusive, foi alvo de uma saraivada de denúncias publicadas em revistas semanais.

Cabral em fogo cruzado

As relações de empresários com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), vão virar alvo de ações políticas de parlamentares. Ontem, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) apresentou um pedido de informações ao Departamento de Aviação Civil, solicitando um relatório detalhado de voos feitos pelo peemedebista nos últimos cinco anos. A ideia é descobrir a frequência com que ele usa aeronaves de investidores que mantêm negócios com o Estado.

De acordo com Garotinho, que é um das maiores adversários de Sérgio Cabral no Rio, os detalhes sobre as viagens do governador, incluindo passeios de fins de semana, devem mostrar a proximidade que ele mantém com grandes empreendedores do país. "Empresários interessados em negociar com o estado e fazer negócios bilionários. Pedi o número dos voos e o nome dos passageiros para provar que o governador tem amizades pessoais com essas pessoas", acusa Garotinho.

Planalto manterá sigilo nas obras da Copa

O sigilo para as obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 caminha para ser o próximo foco de crise entre o PMDB e o Palácio do Planalto. Um dia depois de o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ter declarado ser contrário ao dispositivo aprovado pela Câmara dos Deputados, dois líderes peemedebistas vieram a público, ontem, pedir explicações sobre a proposta. Do outro lado da mesa, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reafirmou que o governo precisa do sigilo para baratear as obras e não alterará o projeto.

Fonte: Congressoemfoco

Morre aos 94 anos um dos últimos participantes da campanha “O petróleo é nosso”, o jurista mineiro Washington Peluso de Souza.

Laerte Braga

No momento em que o governo Dilma Rousseff começa a privatizar a frota nacional de petroleiros através da empresa Sete Brasil (noventa por cento do controle acionário ficam com o Bradesco e o Santader, um dos clientes da consultoria de Palocci) morre em Belo Horizonte o professor Washington Peluso Albino de Souza, aos 94 anos, talvez o último dos brasileiros que participaram diretamente da luta “O petróleo é nosso”.

Um dos maiores vultos do nosso Direito, o professor Washington Peluso de Souza foi o responsável pela famosa “tese mineira” do petróleo. Foi também um dos últimos grandes pensadores do Direito e não se alinhava com o entreguismo udenista que fazia coro, àquela época, a entrega do petróleo a empresas estrangeiras.

Autor de mais de 20 obras, era considerado pioneiro do Direito Econômico no Brasil, tendo sido responsável, em 1972, pela introdução da disciplina Direito Econômico na grade curricular do curso de Direito. Teve experiência como jornalista, passando pelos Diários Associados e Folha de Minas, Rádio Inconfidência, Revista da Produção e Diário do Comércio.

Na administração pública, ocupou a chefia de gabinete do secretário de Estado do Interior no governo Milton Campos (1949-1950) e foi secretário da Fazenda de Belo Horizonte (1951-1953), na gestão do prefeito Américo Rennê Giannetti. Foi presidente da Fundação Brasileira de Direito Econômico, sendo um de seus fundadores, e membro da Association Internacionale de Droit Èconomique, Bélgica.

Washington Peluso de Souza é um nome a ser lembrado, na História da defesa dos interesses do país.

Fonte: Tribuna da Imprensa

A qualidade da Globo é que assegura sua liderança na televisão

Pedro do Coutto

É a alta qualidade da Rede Globo, mais do que qualquer outro fator, que assegura à emissora o predomínio na televisão brasileira. Falei predomínio e explico: não é apenas a liderança absoluta de audiência, como revelou a repórter Keila Jimenez, Folha de São Paulo, ótima matéria de página inteira, edição de domingo. É também o êxito mercadológico, setor talvez onde se encontra sua maior e mais decisiva vantagem, a que lhe garante a manutenção no primeiro lugar. A Vênus Platinada, como é conhecida, amplia seu domínio principalmente nas classes A e B, exatamente de maior poder de consumo.

Keila Jimenez, com base em dados do IBOPE, apontou audiência da Globo, ao longo das 24 horas do dia, da ordem de 16,5 pontos. A Record alcança 7,4; o SBT 5,4%. Somados todos os outros canais, a Globo, sozinha, atinge 50%. Cinquenta por cento mais um, se fosse eleição, vitória por maioria absoluta. Não é esta, entretanto, a primeira pesquisa publicada a respeito. A mesma Folha de São Paulo, edição de 12 de junho, publicou matéria publicitária de página inteira apontando 17,4 para Globo e 16,5 para todas as outras redes juntas.

Somente a Globo possui audiência acima de 15 pontos. A contagem por pontos é fundamental. O Brasil tem praticamente 60 milhões de domicílios. A televisão está presente, segundo o IBGE, numa escala de 96% deles. Logo esse ponto percentual equivale quase a 600 mil residências. Cada residência reune, em média, creio eu, 2,5 telespectadores. Um ponto, assim, representa em termos nacionais 1 milhão e 500 mil em frente às telas. As agências de publicidade e os grandes anunciantes baseiam-se nestas duas escalas para uma avaliação sobre o potencial de poder de compra que possuem.

Não é nada complicado entender esse processo. Sua lógica é nítida.
Entretanto, a FSP acentuou na reportagem e que me refiro ao fato de a Globo, no ano 2000, ter apresentado a média diária de 21 pontos, ao longo de 24 horas. E agora, onze anos depois, estar com 17 pontos. O diretor do Centro de Comunicação da Globo, Luiz Erlanger, observa que, no entanto, a Record e o SBT somados permaneceram nos treze pontos ao longo da década. O avanço da Record foi em cima do SBT. Não em cima da Vênus.
Acredito que Erlanger pudesse ser capaz de aprofundar a análise estatística se lembrasse que a audiência dos canais também aumentou. E se considerarmos a TV paga, e não só a aberta, vamos verificar desempenho positivo da Globo News, melhor que os da Record News e Bandnews. Na televisão por assinatura, o SBT não tem pontos. A Globo, além da Globo News, também reune a Sport TV e os Canais Pay Per View. Com a firmeza de sua audiência, a Globo absorve uma receita anual em torno de 19 bilhões de reais. Pelo menos.

Isso porque o mercado publicitário, como a mesma FSP revelou há alguns meses, fechou 2010 com a cifra de 39,6 bilhões. Deste total, 60% destinaram-se a anúncios nas telas coloridas que tanto atraem quanto exercem magia sobre as multidões. Fascínio mais alto quando se trata de futebol e novelas. A Globo reina absoluta. Não sei como perdeu a concorrência para transmitir as Olimpíadas de 2012 em Londres. Deve ter sido uma falha enorme de seu sistema comercial. A Record venceu. A Globo tenta acionar a SportTV na tentativa de compensar pelo menos uma parte da derrota.

Erros ocorrem como aquele do carnaval de 84 em que ela decidiu não transmitir. Resultado: deu 6 pontos, menor índice de sua história. A Rede Manchete alcançou 47. Isso define, como sempre sustento, ao contrário do que pensou Mcluhan, o meio não é mais forte do que a mensagem. Os dois se completam.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Cabral viajou à Bahia no jatinho de Eike Batista? Há controvérsias, porque ainda pairam muitas dúvidas sobre o acidente que vitimou sete pessoas no trágico fim de semana.

Carlos Newton

Inicialmente, deve-se destacar que os editores de O Globo demonstraram muita coragem e independência editorial, ao publicar na terça-feira uma extensa matéria sobre as “relações delicadas” entre o governador Sergio Cabral Filho e um grupo de empresários de má fama, inclusive um doleiro que teve de fugir do país para não ser preso pela Polícia Federal. Embora o governo do Estado do Rio seja hoje um dos maiores anunciantes da Organização Globo, os editores do jornal realmente não tiveram dúvidas em acompanhar a denúncia do blog da Tribuna, feita um dia antes, na segunda-feira, às 5h10m.

É importante a entrada de O Globo nesse trabalho de jornalismo investigativo, porque ainda há muita coisa a ser revelada, não apenas sobre as relações entre o governador e esses empresários, mas também quanto à própria viagem de Sergio Cabral e sua comitiva à Bahia, a pretexto de comemorar o aniversário de Fernando Cavendish, dono da Delta Construções.

Dotado de uma grande equipe e contando com recursos abundantes, O Globo tem todas as condições para apurar melhor os fatos e dirimir as dúvidas deixadas por seu próprio noticiário, porque muita coisa decididamente não se encaixa.

Na edição de terça-feira, por exemplo, O Globo publica sem qualquer contestação a notícia de que o governador Sergio Cabral, o filho e a namorada teriam viajado para a Bahia junto com a família Cavendish, no final da tarde de sexta-feira, num jatinho Legacy de Eike Batista, que teria decolado do Santos Dumont às 17 horas, segundo informação oficial da assessoria do governador.

Acontece que na extensa reportagem anterior, publicada no domingo, o próprio O Globo noticiava que Sergio Cabral estava em Porto Seguro desde a sexta-feira de manhã, pelo menos, segundo relato do prefeito Gilberto Pereira Abade, que encontrou o governador passeando pela cidade, segundo declarações publicadas pelo maior jornal baiano, A Tarde.

E mais: a reportagem de O Globo também divulgava que “o acidente aconteceu após um almoço do grupo no Villa Vignoble Terravista Resort, em Trancoso. De lá, os convidados começaram a ser levados para o Jacumã Ocean Resort, a uma distância de 15 km. Como eram várias pessoas, foi preciso fazer várias viagens”.

Como se vê, a “informação oficial” da assessoria do governador desmente e desmoraliza a matéria de O Globo, como se os repórteres tivessem inventado não somente a realização de um almoço em Trancoso, mas também desmentem o fato de o prefeito de Porto Seguro ter se encontrado com Cabral na sexta-feira de manhã.

Mas ao que parece a versão de O Globo é muito mais factível do que a informação divulgada pela assessoria do governador. Vamos conferir os fatos:

1) A viagem Rio-Porto Seguro, em boas condições meteorológicas, dura bem mais de uma hora, porque a distância é de 400 milhas náuticas (740 km) e a velocidade máxima do Legacy é de pouco mais de 800 km/h.

2) Contando o tempo perdido em decolagem, aterrissagem e outros procedimentos, a viagem teria durado bem mais de um hora, porque o tempo estava ruim.

3) Assim, se o jatinho de Eike decolou do Rio às 17 horas, a que horas chegou a Porto Seguro?

4) Como foi amplamente divulgado, o helicóptero levava 10 minutos no percurso Porto Seguro-Jacumã. A decolagem fatídica do helicóptero ocorreu às 18h31m, segundo O Globo. Como antes, ele já havia feito uma viagem, conduzindo o governador e a esposa do piloto, e depois voltando a Porto Seguro, o tempo vai ficando cada vez mais escasso para confirmar a versão da assessoria de Cabral, de que o jatinho decolou às 17 horas.

5) Ou seja, para confirmar a versão “oficial”, o jatinho teria chegado a Porto Seguro no máximo às 18 horas. Para então o grupo desembarcar, malas inclusive, dirigir-se correndo ao heliporto, que fica em outra parte do aeroporto, para embarcar com a máxima pressa.

Esses horários superapertados significam que a versão da assessoria do governador pode estar toda furada e ser tão mentirosa quanto a primeira versão impingida a O Globo, dando conta de que Cabral teria viajado para a Bahia depois do acidente, para acompanhar as buscas, conforme o jornal publicou na matéria de sábado, em 3ª edição.

Para dirimir as dúvidas, modestamente o blog da Tribuna sugere à reportagem de O Globo três pautas (se ainda não tiverem sido feitas, pois escrevo este texto por volta das 20 horas de terça-feira):

1) apurar no Santos Dumont a que horas realmente decolou o jatinho de Eike, na sexta-feira e se Cabral estava nele, porque o blog da Tribuna tem informação confiável de que Cabral veio de Miami direto para Porto Seguro;

2) entrevistar o prefeito de Porto Seguro para que confirme ou não se encontrou Cabral passeando na cidade sexta-feira de manhã;

3) apurar no Villa Vignoble Terravista Resort, em Trancoso, se o governador almoçou ou não lá na sexta-feira com o grupo, ou se almoçaram sem a presença dele.

Aí seriam afastadas todas as dúvidas sobre o trágico acidente. Quanto às relações fraternas do governo Sergio Cabral com empresários de péssima categoria, o Globo nem precisa perder tempo dos repórteres, porque os fatos já falam por si. não existe a menor dúvida desse envolvimento mais do que suspeito.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Agora São Paulo - Olá

Agora São Paulo - Olá: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

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É preciso limpar as ruas

Carlos Chagas

Nada a opor, pelo contrário, elogios para um governo que se preocupa com o crescimento da inflação, promove cortes orçamentários, debate o sigilo eterno de documentos oficiais, estimula o trem-bala, desencadeia operações especiais para acabar com a miséria, reajusta o bolsa-família, constrói casas populares e não se descuida das obras do PAC.

Há, no entanto, um vazio imenso quando se trata de enfrentar aquele que, sem dúvidas, constitui-se no maior problema nacional da atualidade: a violência urbana e rural. Correm à curta voz estatísticas que o governo não revela, dando conta de que jamais a insegurança do cidadão comum alcançou os níveis atuais. Tanto faz se as causas estão no crescimento demográfico desordenado, no desemprego, na fraqueza dos aparelhos policiais nos estados, na omissão da justiça ou até na descrença dos valores éticos das pessoas.

O que importa é a multiplicação de assaltos, roubos, sequestros, estupros, vendetas, tráfico de drogas e toda uma cascata de ilícitos que transformam numa perigosa aventura sair de casa ou até permanecer nela, à mercê de todo o tipo de criminosos. Nas cidades e no campo. Basta ligar a televisão, ouvir o rádio ou ler os jornais para se ter a noção de como cresceu a insegurança nacional.

Vale repetir, para não alarmar a população as autoridades mantém em segredo os números dessa avalancha desumana que nos atinge em velocidade vertiginosa.

Fazer o quê? Bancar o avestruz, enfiar a cabeça na areia em meio à tempestade e concluir tratar-se a questão exclusiva dos governos estaduais? Não dá mais, pelas óbvias deficiências das unidades federativas. A violência tornou-se problema federal, a exigir de Brasília ações coordenadas com os estados, vultosos investimentos e determinação férrea de proteger o cidadão.

Caberia ao ministério da Justiça uma iniciativa imediata capaz de sobrepor-se a projetos econômicos, sociais e políticos específicos. Breve o Brasil se tornará um país inviável para se viver e o primeiro passo precisa ser limpar as ruas. Depois se cogitará da recuperação dos bandidos, de sua reeducação e reaproveitamento na sociedade. Antes, porém, aumentar os contingentes policiais civis e militares, mobilizar Forças Armadas, Forças de Segurança e equivalentes, levando os animais para trás das grades. Sem contemplação nem recursos jurídicos responsáveis por devolvê-los ao crime. Fora daí não haverá salvação. A barbárie encontra-se a um palmo de todos nós.

***
FALANDO GROSSO

Apesar de palavras doces de congraçamento, unidade e objetivos comuns, parece que a ministra Idely Salvatti falou grosso com o PMDB, ontem. O partido, ou melhor, os partidos da base oficial, não podem fazer do fisiologismo a pedra de toque de sua ação política e parlamentar. Exigir nomeações e liberação de verbas como preliminar e objetivo principal equivale a inverter a equação com o governo. Esse aproveitamento é necessário, compõe um quadro de integração do Congresso com o palácio do Planalto, mas sob nenhuma hipótese deve constituir-se na condição essencial do relacionamento entre eles.

Se o PMDB entendeu ou não o recado, ninguém sabe. Provavelmente seus caciques e seus índios concordaram, mas se vão mudar de estratégia, é outra história que apenas votações da Câmara e no Senado revelarão.

***
DEITANDO AO MAR CARGA PRECIOSA

Continuando as coisas como vão, logo estarão completamente separados o PV e a ex-ministra Marina Silva. Os verdes jogarão fora não apenas 20 milhões de votos por ela obtidos em outubro passado, mas um ícone daqueles que só se cristalizam de geração em geração. Dirigentes cujo nome a gente nem lembra tentam dominar o partido, que nem existiria não fosse Marina Silva. Seria a mesma coisa do que admitir a existência do PT sem o Lula, ou, pior ainda, que o PT decidisse livrar-se de seu fundador.

De vez em quando essas coisas acontecem, por inveja, mesquinharia ou sucedâneos, valendo também lembrar que o Partido Comunista Brasileiro começou a mergulhar nas profundezas bem antes que Roberto Freire trocasse sua sigla para PPS e seus ideais por um disfarçado neoliberalismo. O “partidão” sumiu quando expulsou Luís Carlos Prestes de suas fileiras. Faria o PV o mesmo?

***
PENSANDO NO FUTURO

Diz o provérbio árabe que bebe água limpa quem chega primeiro na fonte. Os mandatos de José Sarney e de Marco Maia nas presidências do Senado e da Câmara vão até fevereiro de 2013, mas já há quem cuide da sucessão de ambos. Pode não estar valendo mais o acordo que PT e PMDB celebraram para que sucedendo o companheiro, viesse a presidir a Câmara um peemedebista, apesar de a maior bancada permanecer do PT. Na hipótese do revezamento, Henrique Eduardo Alves ocupa a pole-position, ainda que não seja o favorito do palácio do Planalto. Se os petistas insistirem em manter o cargo, Cândido Vaccarezza é nome forte, em especial se o PMDB, no Senado, negar o rodízio ao PT. Assim, Renan Calheiros poderia substituir José Sarney. Traduzindo esse emaranhado: garantir, ninguém garante nada…

Fonte: Tribuna da Imprensa

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