
Barroso chamou Mendonça para prestigiar a Parada Gay
Vicente Limongi Netto
Nem só de notas amargas, debochadas, ameaçadoras ou deselegantes, vive a formidável mídia brasileira. Volta e meia, o leitor observador – pouquinha coisa mais do que os outros – vira a página do bom jornal impresso e descobre uma nota saborosa. Que encanta o leitor pela fidalguia e bom humor. O noticiário realmente clama por notícias agradáveis.
A boa “Coluna do Estadão”, do dia primeiro de abril deliciou o leitor com o diálogo entre dois ministros do STF, Luiz Roberto Barroso e André Mendonça. O presidente da Suprema Corte entrou sério (sigo relatando a nota) na antessala do plenário e disse que gostaria de enviar o ministro Mendonça para uma missão institucional.
Mendonça, conhecido por ser “terrivelmente evangélico”, aproximou-se e ouviu de Barroso: “Gostaria de te designar para me representar na Parada Gay de São Paulo”. Mendonça não se fez de rogado e entrou na brincadeira: “Eu vou, presidente, mas o senhor terá que ir na Marcha para Jesus no meu lugar”.
A cativante cena terminou com boa gargalhada de Barroso, que havia acabado de receber um convite para a abertura do evento, que será em junho.
RESPEITADA – A colunista Marlene Galeazzi foi homenageada pelo Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal. Fez palestra sobre sua extensa e vitoriosa trajetória profissional. Encantou a todos. Poucas e raras jornalistas têm o currículo da experiente Galeazzi. Trabalhou no Estadão, na Veja, Jornal de Brasília, tem Face e Instagran e é colunista do Jornal Brasília Agora e da revista Caras.
MERECIMENTO– Boa sacada da Câmara Legislativa do Distrito Federal, aprovando e criando, por unanimidade, o dia do Sistema S em Brasília. A proposta é do presidente da Casa, Wellington Cruz, do MDB. O presidente do Sistema Fecomércio do DF, José Aparecido, agradeceu e considerou a iniciativa “um marco”. O dia S em Brasília será 16 de maio.
ALEGRIA, ALEGRIA – Brilhando a estrela de Renato Gaúcho. Dois jogos, duas vitórias. Ganso retornando com o brilho habitual de autêntico maestro. Meia cerebral, gênio. O Fluminense mostrando que vai lutar por títulos. O elenco é bom. Não vai se intimidar com nenhum adversário.
LASCADO – O ex-governador José Roberto Arruda fez artigo medonho, patético e destrambelhado, no Correio Braziliense (10/04), com elogios ao inacreditável ex-governador Cristovam Buarque. Arruda foi chutando a jaqueira, chamou Buarque de “sábio”. A blasfêmia doeu na virilha. O mesmo Buarque demitido do MEC pelo telefone, por Lula. O mesmo Buarque, o mais medíocre reitor da UnB, o mais fraco governador de Brasília e o mais medíocre senador pelo Distrito Federal.
FARDÃO DA ABL? – Arruda não se enxerga. No seu papelucho quer que o brasiliense faça Pix para o fardão da ABL. Arruda que pague do bolso dele, porque segundo a justiça ele tem boas economias. A tragédia de eleger-se Buarque poderá acontecer caso os acadêmicos estejam tirando profunda soneca na hora de votar.
Arruda também erra feio bajulando Darcy Ribeiro e Anisio Teixeira, “criadores da Universidade de Brasília”. Arruda fique sabendo que quem criou a UnB foi o presidente Juscelino Kubitschek. Darcy foi apenas o primeiro reitor da instituição. E olhe lá.