Publicado em 8 de outubro de 2023 por Tribuna da Internet
Pedro do Coutto
Foi um episódio marcante na própria história universal o prêmio Nobel da Paz de 2023 concedido à iraniana Narges Mohammadi, uma lutadora pela liberdade das mulheres do Irã, condenada por isso à 00 penas que somam 31 anos de prisão, além de 154 chibatadas.
O absurdo escandaliza o mundo inteiro. Qual o crime da iraniana? Lutar pela igualdade de direitos da mulher e pela vontade de não colocar sobre os cabelos um lenço tradicional estabelecido ditatorialmente no país. Cento e cinquenta e quatro chicotadas conduz a um período medieval.
PROTESTO – Narges Mohammadi se opõe a tudo isso e do fundo do cárcere continua protestando. Sua voz ecoou em defesa de cursar o seu próprio roteiro e destino. É impressionante como o Irã trata as suas mulheres. Uma teocracia que subjuga o sexo feminino ao longo dos tempos.
Uma crueldade insana e inominável. Não faz o menor sentido. Mas o Irã desconhece esse compromisso da humanidade consigo mesma. A luta pela igualdade de direitos se estendeu por várias regiões há muitos séculos e continua avançada. Mas não para aquele país.
Narges Mohammadi, 51 anos de idade, é uma ativista cujos esforços são reconhecidos pelo Prêmio Nobel na categoria de alguém que se destaca na luta pela paz. Um ressoar em prol da justiça e da dignidade humana. Impossível conviver com um regime que está com cinco séculos de atraso. As mulheres obtiveram eco através de Narges Mohammadi. Falta agora a luta pela liberdade da ativista. Reportagens com grande destaque no O Globo e na Folha de S. Paulo nas edições de ontem.
BLOQUEIO – Gabriel Saboia, Geralda Doca e Jennifer Gularte, O Globo deste sábado, revelam a pressão exercida pelo Centrão que ameaça travar projetos de interesse do governo e do país enquanto não obtiver as direções da Caixa Econômica Federal e da Funasa.
Vejam os leitores e eleitoras a que nível está descendo a política brasileira. É uma pressão atrás da outra com o objetivo não de realizar iniciativas de interesse coletivo, mas para ter acesso a recursos financeiros de alto porte. Um desastre.