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sexta-feira, outubro 06, 2023

Europa encara “perspectiva aterrorizante” da volta de Trump ao poder nos Estados Unidos


Cox: Whiff of Donald Trump redux hangs over COP26 | Reuters

Trump diz que resolve a guerra na Ucrânia em 24 horas

Nelson de Sá
Folha

A CBS divulga que Donald Trump estará na abertura de um de seus muitos julgamentos, nesta segunda-feira (dia 2) em Nova York. Em vez de ser acuado, ele acrescenta os processos à sua agenda eleitoral. Na Califórnia, no fim de semana, por plataformas como Rumble, o ex-presidente foi ao ataque contra o governador democrata, possível substituto de Joe Biden, se este aceitar não concorrer.

A CNN anota que “as esperanças começam a desaparecer”, de que seja outro o candidato republicano. Na Europa, depois de uma pesquisa da ABC que mostrou Trump com 51% e Biden com 42%, o temor vai além.

CENÁRIO DE PESADELOS – Na capa da edição europeia do Politico, do grupo alemão Axel Springer, “Poderá a Europa sobreviver a Trump 2.0?”, ele que já falou em “abandonar a Otan” e agora promete acordo de paz com a Rússia.

Sua volta “é um cenário de pesadelo para europeus”, diz a reportagem, que teria ouvido mais de duas dezenas de diplomatas do continente. O abandono da Otan pelos EUA “é uma perspectiva aterrorizante”.

No russo Izvestia, o historiador Andrey Kortunov prevê, com Trump, maior controle dos recursos para a Ucrânia e menor pressão por “valores liberais” sobre Turquia, Arábia Saudita, Vietnã “e até a Índia”.

EMERGÊNCIA E CRISE – No Guardian, de Londres, o historiador Timothy Garton Ash antecipa “emergência para a Europa e crise para o Ocidente”.

No título, “A menos que Biden saia de lado, mundo deve se preparar para Trump”.

No Financial Times, com o enunciado “O que mundo deve esperar de um segundo mandato de Trump”, o colunista Janan Ganesh destaca a “ameaça” para a Otan. “Mais importante, Trump está posicionado para aliviar o peso das relações EUA-China.”

FAKE NEWS – New York Times e Die Welt, também do Axel Springer, publicaram longos relatos sobre problemas na “indústria de checadores” de fake news.

Ela se tornou “dependente de empresas de mídia social” e agora, “se a Meta [Facebook] cortar o orçamento para verificação por terceiros, poderá ser dizimada”.

O jornal alemão, com texto crítico, cobriu uma conferência europeia sobre “o futuro da verificação de fatos”. Questionando “a duvidosa ‘missão’ dos fact-checkers”, sublinhou que, contando com dois representantes do Google, o evento acabou se concentrando nos ataques ao Telegram e ao X.

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