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quarta-feira, outubro 18, 2023

Após indiciado pela CPI, general Heleno diz confiar no “bom senso” do Judiciário

Publicado em 18 de outubro de 2023 por Tribuna da Internet

Em quatro anos, Heleno destruiu a imagem de uma vida

Bianka Vieira
Folha

O general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), diz acreditar no “bom senso” do poder Judiciário, após ser indiciado no relatório final da CPI do 8 de janeiro.

Lido nesta terça-feira (17), o documento elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) acusa o militar de praticar os crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado no âmbito dos ataques promovidos contra as sedes Três Poderes.

MANDOU MENSAGEM – Procurado pela coluna, Heleno afirmou, em um primeiro momento, que não gostaria de comentar o relatório da CPI por meio de ligação telefônica. Em seguida, encaminhou uma mensagem.

“Nada a comentar”, escreveu o general. “Acredito no bom senso e profissionalismo de muitos membros do nosso Poder Judiciário”, finalizou.

Sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Judiciário, especialmente na figura do STF (Supremo Tribunal Federal), foi constantemente atacado. Nos atos golpistas ocorridos em Brasília, em janeiro deste ano, a sede da mais alta corte do país foi uma das mais depredadas.

NOVA POSTURA – Desde que passou a ser investigado pelo 8 de janeiro, o general Augusto Heleno tem suavizado suas críticas.

Em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em junho deste ano, o general afirmou que falou “de maneira jocosa” quando sugeriu que precisava de “dois Lexotans [ansiolítico] na veia por dia” para evitar que Bolsonaro tomasse “uma atitude mais drástica” contra o STF.

No relatório apresentado nesta terça, a relatora da CPI, Eliziane Gama, afirma que Heleno foi uma figura de “imenso relevo” no governo Bolsonaro e um dos que mais influenciavam o então presidente da República com ideias golpistas.

DIZ A RELATORA – “Não há como escusar Augusto Heleno por sua responsabilidade direta nos atos do dia 8 de janeiro”, diz a senadora.

“Isso se dá, entre outras razões, pelo fato de que Augusto Heleno esteve presente em diversas reuniões, encontros e circunstâncias que evidenciaram o intuito golpista do então presidente”, afirmou em seu relatório à CPMI.

A parlamentar ainda acusa o general de ter tido acesso a minutas golpistas sem que tivesse se insurgido contra ações que buscavam viabilizar “a intentona autoritária de Jair Messias Bolsonaro”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– O general Heleno era um dos oficiais mais respeitados. Quatro anos depois, sua imagem está deteriorada. E tudo indica que já não se fazem mais militares como antigamente. (C.N.)

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