por Natália Cancian | Folhapress
Foto: José Dias/PR
O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou neste sábado (11) que a queda na adesão ao isolamento registrada em alguns estados onde há indicação de restrições a circulação, como São Paulo, tende a levar a um aumento de casos do novo coronavírus.
"São Paulo tem um monitoramento mais preciso. Temos observado que para se ter um efeito mais significativo do distanciamento social, ele deveria estar em torno de 70%. Ainda não está no momento de um relaxamento da situação em São Paulo", afirma.
A declaração ocorreu ao ser questionado sobre dados de operadoras de celulares que apontam queda na adesão a isolamento em algumas cidades do país.
A posição da pasta vai ao encontro do que vem adotando o governo do estado e a Prefeitura de São Paulo, que chegaram a ameaçar com prisão pessoas que desobedeçam sem motivo concreto a regra de permanecer em casa, em isolamento social. O abrandamento vem sendo defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, contrariando a posição da maioria dos especialistas.
Dados do ministério mostram que alguns estados já apresentam transição para uma segunda etapa da epidemia, quando há uma "aceleração descontrolada" de casos. A situação ocorre no Amazonas, no Amapá, no Distrito Federal, em São Paulo, no Ceará e no Rio de Janeiro, por exemplo.
Neles, o coeficiente de incidência, indicador que compara o total de casos pela população, já é 50% acima da taxa nacional, de 98 casos a cada 1 milhão de habitantes. Em Amazonas, por exemplo, a taxa é de 250 casos a cada 1 milhão de habitantes. Em São Paulo, de 182 casos por 1 milhão de habitantes.
"Estamos considerando que esse é um índice de maior atenção, de emergência", afirma o secretário.
Para ele, os dados indicam que medidas de distanciamento social devem ser mantidas nestes locais.
"Há uma preocupação principalmente em Manaus do relaxamento [do afastamento] nesses locais. Manaus, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro são locais onde não podemos relaxar ainda nessas medidas", afirma.
Na última semana, a pasta elaborou um documento em que cita a possibilidade de que estados e municípios avaliem a possibilidade de um distanciamento social seletivo, focado em idosos e pessoas com doenças crônicas, a partir do dia 13 de abril.
Segundo a pasta, a medida vale apenas para locais onde os casos confirmados não tenham impactado mais de 50% da capacidade instalada.
Ele fez um apelo para que estados que adotaram medidas mais restritivas avaliem uma transição com cautela, sob risco de aumentar a ocupação dos leitos com outros fatores, como acidentes de trânsito.
Oliveira elogiou medidas adotadas pelo Distrito Federal, que decidiu abrir uma parte do comércio e bancos, com restrições.
De acordo com o secretário, nos casos em que o percentual de ocupação dos leitos está acima de 50% e há baixa oferta de equipamentos de proteção a profissionais de saúde, a recomendação é pela manutenção do distanciamento social ampliado.
Questionado sobre o momento de aplicação no país de uma medida acima, como o chamado lockdown --quando há bloqueio total de atividades e circulação em determinados locais--, Oliveira diz ainda não é o momento de pensar nessa etapa, "mas de lavar as mãos com frequência, evitar sair de casa se estiver doente e manter distanciamento social".
Apesar disso, ele diz que a medida não é descartada e que a análise de ações deve ser feita pelos gestores locais com base na estrutura da rede e evolução dos casos.
"São Paulo tem um monitoramento mais preciso. Temos observado que para se ter um efeito mais significativo do distanciamento social, ele deveria estar em torno de 70%. Ainda não está no momento de um relaxamento da situação em São Paulo", afirma.
A declaração ocorreu ao ser questionado sobre dados de operadoras de celulares que apontam queda na adesão a isolamento em algumas cidades do país.
A posição da pasta vai ao encontro do que vem adotando o governo do estado e a Prefeitura de São Paulo, que chegaram a ameaçar com prisão pessoas que desobedeçam sem motivo concreto a regra de permanecer em casa, em isolamento social. O abrandamento vem sendo defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, contrariando a posição da maioria dos especialistas.
Dados do ministério mostram que alguns estados já apresentam transição para uma segunda etapa da epidemia, quando há uma "aceleração descontrolada" de casos. A situação ocorre no Amazonas, no Amapá, no Distrito Federal, em São Paulo, no Ceará e no Rio de Janeiro, por exemplo.
Neles, o coeficiente de incidência, indicador que compara o total de casos pela população, já é 50% acima da taxa nacional, de 98 casos a cada 1 milhão de habitantes. Em Amazonas, por exemplo, a taxa é de 250 casos a cada 1 milhão de habitantes. Em São Paulo, de 182 casos por 1 milhão de habitantes.
"Estamos considerando que esse é um índice de maior atenção, de emergência", afirma o secretário.
Para ele, os dados indicam que medidas de distanciamento social devem ser mantidas nestes locais.
"Há uma preocupação principalmente em Manaus do relaxamento [do afastamento] nesses locais. Manaus, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro são locais onde não podemos relaxar ainda nessas medidas", afirma.
Na última semana, a pasta elaborou um documento em que cita a possibilidade de que estados e municípios avaliem a possibilidade de um distanciamento social seletivo, focado em idosos e pessoas com doenças crônicas, a partir do dia 13 de abril.
Segundo a pasta, a medida vale apenas para locais onde os casos confirmados não tenham impactado mais de 50% da capacidade instalada.
Ele fez um apelo para que estados que adotaram medidas mais restritivas avaliem uma transição com cautela, sob risco de aumentar a ocupação dos leitos com outros fatores, como acidentes de trânsito.
Oliveira elogiou medidas adotadas pelo Distrito Federal, que decidiu abrir uma parte do comércio e bancos, com restrições.
De acordo com o secretário, nos casos em que o percentual de ocupação dos leitos está acima de 50% e há baixa oferta de equipamentos de proteção a profissionais de saúde, a recomendação é pela manutenção do distanciamento social ampliado.
Questionado sobre o momento de aplicação no país de uma medida acima, como o chamado lockdown --quando há bloqueio total de atividades e circulação em determinados locais--, Oliveira diz ainda não é o momento de pensar nessa etapa, "mas de lavar as mãos com frequência, evitar sair de casa se estiver doente e manter distanciamento social".
Apesar disso, ele diz que a medida não é descartada e que a análise de ações deve ser feita pelos gestores locais com base na estrutura da rede e evolução dos casos.
Bahia Notícias