por Natália Cancian | Folhapress
Foto: Reprodução/Pixabay
Na tentativa de evitar um colapso iminente no sistema de saúde em Manaus, capital cuja região tem a maior incidência de casos do novo coronavírus, o Ministério da Saúde fará uma convocação emergencial de médicos e enfermeiros na tentativa de reforçar o atendimento na região.
A medida foi anunciada neste sábado (11) pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis.
"Estamos encaminhando médicos intensivistas de outras regiões do país para ajudar no atendimento desses pacientes em Manaus. [Amazonas] vai ser o primeiro estado em que vamos fazer a convocação", afirmou, em referência ao programa Brasil Conta Comigo, que prevê cadastro de profissionais de saúde para atuar na emergência pelo novo coronavírus.
A ideia é que o ministério faça a seleção e contrate um grupo de profissionais para reforçar o atendimento já nos próximos dias. Atualmente, há ao menos 1.000 enfermeiros e 80 médicos cadastrados que poderiam ser chamados para atuar na região, segundo o secretário.
"Vamos convocar esses médicos e enfermeiros para que possamos aumentar a capacidade de atendimento", disse.
Em outra frente, a pasta deverá liberar recursos para instalar 350 leitos extras no hospital Delphina Aziz- Referência para casos do novo coronavírus, o hospital tem apresentado dificuldades para receber mais pacientes.
Os leitos devem ser instalados em três andares do hospital hoje vazios, à espera de estrutura.
Relato de um funcionário de plantão feito à Folha aponta que o hospital entrou em colapso na madrugada de sexta-feira. Ele descreveu um cenário de UTI e a sala de emergência lotados, duas mortes e a família de uma idosa orientada a levá-la para morrer em casa.
Segundo Gabbardo, a curva de casos de Covid-19 e a consequente ocupação de leitos em Manaus já está próxima da capacidade máxima de atendimento local.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a região de saúde de Manaus e entorno e Alto Rio Negro tem incidência de 281 casos da Covid-19 por 1 milhão de habitantes --é a maior registrada no país.
Se comparados entre os estados, Amazonas é o quarto em número de casos, com 1.050 já confirmados para a doença -fica atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
A avaliação do ministério, no entanto, é que a rede de saúde em Manaus e Fortaleza tem maior ocupação neste momento em comparação a São Paulo, por exemplo, que ainda tem leitos disponíveis.
"Se não tomarmos uma medida, vai ultrapassar a capacidade de atendimento, e não vai ter leito, respirador", afirmou Gabbardo ao anunciar as medidas.
Nesta sexta, a pasta enviou 20 respiradores para Manaus. Outros 20 devem ser enviados nesta semana.
Mais cedo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou a instalação de um hospital de campanha na cidade, com 200 leitos adaptáveis.
A unidade deverá ser a segunda do país. Um primeiro hospital está em obras em Águas Lindas (GO), a 57 km de Brasília.
Mandetta, no entanto, não quis dar prazo para a obra em Manaus. Já a previsão de entrega da unidade goiana é de duas semanas.
A medida foi anunciada neste sábado (11) pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis.
"Estamos encaminhando médicos intensivistas de outras regiões do país para ajudar no atendimento desses pacientes em Manaus. [Amazonas] vai ser o primeiro estado em que vamos fazer a convocação", afirmou, em referência ao programa Brasil Conta Comigo, que prevê cadastro de profissionais de saúde para atuar na emergência pelo novo coronavírus.
A ideia é que o ministério faça a seleção e contrate um grupo de profissionais para reforçar o atendimento já nos próximos dias. Atualmente, há ao menos 1.000 enfermeiros e 80 médicos cadastrados que poderiam ser chamados para atuar na região, segundo o secretário.
"Vamos convocar esses médicos e enfermeiros para que possamos aumentar a capacidade de atendimento", disse.
Em outra frente, a pasta deverá liberar recursos para instalar 350 leitos extras no hospital Delphina Aziz- Referência para casos do novo coronavírus, o hospital tem apresentado dificuldades para receber mais pacientes.
Os leitos devem ser instalados em três andares do hospital hoje vazios, à espera de estrutura.
Relato de um funcionário de plantão feito à Folha aponta que o hospital entrou em colapso na madrugada de sexta-feira. Ele descreveu um cenário de UTI e a sala de emergência lotados, duas mortes e a família de uma idosa orientada a levá-la para morrer em casa.
Segundo Gabbardo, a curva de casos de Covid-19 e a consequente ocupação de leitos em Manaus já está próxima da capacidade máxima de atendimento local.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a região de saúde de Manaus e entorno e Alto Rio Negro tem incidência de 281 casos da Covid-19 por 1 milhão de habitantes --é a maior registrada no país.
Se comparados entre os estados, Amazonas é o quarto em número de casos, com 1.050 já confirmados para a doença -fica atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
A avaliação do ministério, no entanto, é que a rede de saúde em Manaus e Fortaleza tem maior ocupação neste momento em comparação a São Paulo, por exemplo, que ainda tem leitos disponíveis.
"Se não tomarmos uma medida, vai ultrapassar a capacidade de atendimento, e não vai ter leito, respirador", afirmou Gabbardo ao anunciar as medidas.
Nesta sexta, a pasta enviou 20 respiradores para Manaus. Outros 20 devem ser enviados nesta semana.
Mais cedo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou a instalação de um hospital de campanha na cidade, com 200 leitos adaptáveis.
A unidade deverá ser a segunda do país. Um primeiro hospital está em obras em Águas Lindas (GO), a 57 km de Brasília.
Mandetta, no entanto, não quis dar prazo para a obra em Manaus. Já a previsão de entrega da unidade goiana é de duas semanas.
Bahia Notícias