Amanda AlmeidaO Globo
O presidente Jair Bolsonaro reforçou, neste sábado, sua posição em defesa da retomada das atividades no país. Ele usou as redes sociais para postar vídeo de entrevista dada em 25 de março em que prega que os brasileiros precisam “acordar para a realidade” antes de um suposto caos se instalar em função da paralisia no cotidiano do país pelo coronavírus.
O vídeo é uma edição de entrevista dada na porta do Palácio do Alvorada. “Há 2 semanas falei sobre o que poderia acontecer no Brasil, caso se preocupassem apenas com um problema”, escreveu o presidente como legenda para o vídeo.
MAIS DE MIL MORTES – Na sexta-feira, de acordo com o Ministério da Saúde, o país ultrapassou mil mortes pela Covid-19. São 1.056 mortes e 19.638 pessoas diagnosticadas com coronavírus.
– Certas autoridades municipais e estaduais estão tomando medidas, no meu entender, além da normalidade, proibindo tráfego de pessoas, tráfego de rodovias, fechando empresas, fechando comércios – diz Bolsonaro na entrevista.
Na sequência, ele narra que há aproximadamente 30 milhões de autônomos no Brasil: “Uma parte considerável não está ganhando o seu ganha-pão”,afirma.
VIVER DE QUÊ, PERGUNTA – O presidente diz ainda que as empresas não estão produzindo e que o homem do campo também pararia. “Nós vamos viver de quê?” – questiona.
Depois de apresentar esses argumentos, ele pede que o país volte à normalidade. “Brasileiros, acordem para realidade. Se não acordarmos em pouco dias, poderá ser tarde demais. (…) Espero que Brasil volte à normalidade, encare o vírus, até como se fosse uma guerra, mas em situação de igualdade. Se formos para o discurso fácil, ‘todo mundo em casa’, vai ser um caos” – diz.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Bolsonaro não respeita nem mesmo o Centro de Estudos Estratégicos do Exército, que divulgou recentemente um estudo defendendo a necessidade de se manter o isolamento social. Ele não se comporta como um militar na Presidência da República. Seu comportamento é de um candidato a ditador que não ouve ninguém, a única opinião que interessa é a dele. Se for aberto processo de impeachment contra ele, os militares vão aplaudir, aliviados. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Bolsonaro não respeita nem mesmo o Centro de Estudos Estratégicos do Exército, que divulgou recentemente um estudo defendendo a necessidade de se manter o isolamento social. Ele não se comporta como um militar na Presidência da República. Seu comportamento é de um candidato a ditador que não ouve ninguém, a única opinião que interessa é a dele. Se for aberto processo de impeachment contra ele, os militares vão aplaudir, aliviados. (C.N.)