POEMA SEM MERENDA
Os estudantes de Jeremoabo
Freqüentam as escolas todos os dias,
Porém no âmago escolar,
A merenda muitas vezes vem a faltar.
Quando há, não segue o nutricionista,
Pois o que servem é salsicha e cuscuz
Para enganar o aprendiz.
Ninguém agüenta: todo dia, o dia todo,
Cuscuz com sardinha
Ou para tentar enganar a fome
Cuscuz com salsicha barata e
industrializada.
Meu povo, não vemos mais, o leite com
chocolate,
O mingau de milho, de tapioca, a batata
com ovo,
O risoto com frango, o arribacão com
carne de boi,
A vitamina de banana, o sanduíche
natural,
O iogurte, a salada de frutas,
Mas a verba vem!
Falta a merenda para gente/ pessoas,
Para a geração saúde,
Para a aprendizagem com qualidade
social,
Fico pensando nas creches
Que o tempo é integral!
É todo dia, o dia todo,
A mesmice do cuscuz com sardinha,
A criança sendo ensinada a consumir o
enlatado.
A sociedade de Jeremoabo
Precisa se juntar para erradicar
A má- gestão da merenda escolar
E valorizar a agricultura familiar,
Nós, professores e pais precisamos
proteger
os indefesos: crianças e jovens
estudantis,
O poder está nas nossas mãos e mentes
Vamos democratizar!
Para a justiça disseminar
E a escola com merenda que sacie a
fome
E faça o menino aprender
Seja implantada nos espaços
educacionais
de Jeremoabo
terra que habita centenas de cidadãos
estudantis.
Sem merenda de qualidade, não dá!
Professora Maria Mônica Damascena
Especialista em Educação e Gestora de Pessoas.